terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
ECO-UTOPIA 1970
utopia-1-ie>
domingo, 24 de Junho de 2007
A IDEIA ECOLÓGICA: RECAPITULANDO ALGUMAS MENTIRAS E ILUSÕES (NOTE-BOOK EM 2007-06-24)
Se eu quiser mesmo pesquisar o item ideia ecológica nos milhares de files AC, posso lá ir pelo código –ie, mas a quase todos os outros códigos, mesmo os que aparentemente pouco ou nada teriam a ver com a ideia ecológica.
Praticamente tudo o que li, vi e ouvi foi lá dar: uma obsessiva obsessão de que talvez tenha que me penitenciar.
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Rapidamente, no site Ecoline, vê-se que o pormenor mata o essencial da ideia ecológica: o que está mesmo por fazer é um balanço (banco de dados) das ideias e não de factos - destes estamos afogados e submersos!
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Coisas que ficaram infelizmente esquecidas: a grande ilusão de mandar vir água dos glaciares para os países industrializados
A grande ilusão de ir morar para Marte
A grande ilusão do oleaduto soviético que havia de transversalizar Portugal
A grande ilusão de transformar petróleo em proteína alimentar
A grande ilusão de fazer de Alqueva uma barragem para melhorar a vida no Alentejo
A grande ilusão de controlar a precipitação (controlar chuvas) a partir de um perímetro de Valladolid
A grande ilusão da Engenharia do Ambiente
A grande ilusão de exportar água do Norte para o Sul do País
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Pela milésima vez, repetir e não esquecer a filosofia de fundo que inspira os algoristas e todos os eco-tecnocratas:
«Podemos obter grandes lucros e não precisamos de mudar o nosso estilo de vida».
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Sempre que haja oportunidade, voltar às palavras de ordem do MEP e da Frente Ecológica: algumas banalidades de base (utopia ecológica) que convém recordar.
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[http://pwp.netcabo.pt/big-bang/gatodasletras/casulo1/index2.htm]
lefèbvre-2-ls=leituras selectas
MANIFESTO DIFERENCIALISTA:REALIZAR A UTOPIA
[7-11-1970 , in «O Século Ilustrado»] - Dez anos após a publicação, em França, de «Le Matin des Magiciens», manifesto de um realismo fantástico que era apenas um neo-utopismo que nascia contra o realismo de via reduzida, imobilista e dogmático, incapaz de acompanhar o movimento de aceleração histórica, «Le Manifeste Differencialiste», (1) recentemente aparecido na Gallimard (col. Idées), parece retomar caminhos idênticos.
Como diz Claude Jannoud, apreciando esse novo ensaio de Henri Lefèbvre, «o fundamento desta diligência é a investigarão do impossível-possível». Uma vez que o pretendido e pretenso realismo fracassou, em toda a linha, é preciso ir procurar noutra parte, lá onde as coisas ainda não existem, é preciso ir, como diz Lefèbvre, até à diferença, já que o sistema actual visa reduzir a diferença ao indiferente.
Depois de Saussure, a diferença fez carreira nas ciências humanas, o que lhes restitui actualidade em filosofia. Para Lefèbvre, o diferencialismo é precisamente um método capaz de ligar o próximo e o longínquo, caminhar para o famoso impossível-possível, reencontrar uma criatividade esmagada pelo imperativo da produtividade.
Há várias lógicas da sociedade, é preciso revelá-las, elaborar uma estratégia da diferença. Isto pressupõe que as revoluções devem aspirar à diferença e que devem ser diferentes umas das outras. Como Berque em «L'Orient Second», Lefèbvre sustenta o princípio da diversidade, face às forças opressivas da universalidade e da homogeneidade.
Enquanto a reflexão de Berque se apoia essencialmente na experiência do Terceiro Mundo, Lefèbvre centraliza a sua meditação sobre a revolução urbana. Assistimos a um processo de urbanização completo da sociedade, processo cujos sinais catastróficos são inúmeros. A «ilusão urbana» é o domínio do absurdo, da impotência, sob todas as latitudes, sob todos os regimes sociais. Constitui-se um espaço e também um tempo opressivos, a favor dos aglomerados gigantes.
A realidade urbana, diz em substância Henri Lefèbvre, não é já uma superestrutura, ela condiciona o futuro das sociedades, o seu desenvolvimento e mesmo o nascimento da produção. Trata-se, portanto, de um factor determinante que os homens do poder, quer os da política, quer os da ciência, quer os da indústria, ignoram.
Da sociedade urbana, porém, deverá vir o grande movimento de diferenciação, de criatividade, de liberdade que mudará o mundo.
Utopia? A palavra não mete medo ao autor, que vê na utopia o específico da crítica progressiva, a necessária distanciação em face do real. A maior parte da sua argumentação repousa sobre uma aposta: o poder de criatividade dos homens, a sua imaginação. Uma tal argumentação pertence talvez ao imaginário e terá pouco de razoável, de prudente. Mas a utopia, o desrazoável acabaram sempre por ganhar, no decorrer da História. De impossíveis tornados possíveis é que se foi fazendo, afinal, a evolução progressiva da Humanidade.
(1) Também na Gallimard e na colecção Idées apareceu, quase simultaneamente, um outro ensaio de Henri Lefèbvre: «La Revolucion Urbaine».
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(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado, com este título, na coluna «O Futuro em Questão», semanário «O Século Ilustrado», Lisboa, 7-11-1970 e no jornal «Notícias da Beira», Moçambique, coluna «Notícias do Futuro», em 7-10-70
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Posted by artigot to BOOK'S CAT at 11/05/2005 08:38:00 AM
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[http://catbox.info/big-bang]
1-2- cmo-15>Mein Kampf 1997
Revisão: quinta-feira, 22 de Março de 2007
25/11/1997
ECONOMIA PARA O ESTADO - CUIDAR DA NOSSA SAÚDE A BEM DA COLECTIVIDADE
25/11/1997 - A auto-cura proposta pelos adeptos da saúde holística, não é só um desafio para que o doente conquiste a independência e se liberte das dependências pelo auto-controle do seu próprio corpo: é também um desafio ao seu grau de civismo, se ele quiser pensar em que medida o acto individual de se tratar a si mesmo - comendo correcto, por exemplo - contribui para beneficiar a colectividade e tem efeitos sobre a colectividade.
De facto, e como se sabe, é o contribuinte quem paga, sempre e em última análise, as despesas feitas com os chamados cuidados médicos, muitas vezes erroneamente designados cuidados de saúde.
1 - Cuidar da sua própria saúde é o que todos podem e devem fazer, evitando adoecer. (Chama-se a isto Holística)
2 - Cuidar da doença é o que fazem médicos, hospitais, sistemas ditos de saúde, etc. (Chama-se a isto, segurança social sempre em apuros)
Directa ou indirectamente, o chamado beneficiário da Segurança Social irá pagar as despesas feitas com medicamentos, análises, operações, próteses, análises, tratamentos, etc - ou seja, com a doença.
(Não esqueçamos que os medicamentos aumentam de preço mais rapidamente que a inflação.)
A saúde, essa, não tem custos para a colectividade. E poucos custos terá para o cidadão. Todos, ao fim e ao cabo, temos que comer. Só nos resta comer (qualitativamente) melhor.
A iniciativa de autocura, por isso, não é apenas um benefício individual, é um lucro para a colectividade e uma economia para a chamada Segurança Social.
O contribuinte que utiliza a Segurança Social por não pagar nada ou pagar menos do que na medicina privada, não está a ver o quadro completo, deixando-se iludir com as enganadoras «facilidades» da outrora chamada previdência.
As despesas que ele fizer com tratamentos, já o contribuinte as pagou, está pagando e continuará a pagar.
E mesmo que ele nunca venha a gastar um tostão da chamada Segurança Social, já pagou na mesma.
Deste desafio à autocura do cidadão resulta que deveria ser o Estado a primeira entidade interessada na iniciativa, pois as técnicas de autocura - tecnologias alternativas de vida e de saúde - irão beneficiar não só o cidadão, evitando-lhe sofrimento e humilhações, mas fazer descer, na vertical, as despesas públicas com a doença, ou seja, com a chamada «saúde».
Mas o Estado, infelizmente, anda um bocado distraído. E dos três exaustivos relatórios que encomendou para a reforma da segurança social, nem um deles, com certeza, nem mesmo o de Boaventura Sousa Santos - um senhor da inteligência portuguesa - se terá lembrado de contemplar os produtos e suplementos alimentares como um direito do cidadão que desconta toda a vida para a segurança social.
Oxalá estivéssemos enganados.
Se se investisse com a profilaxia alimentar e com as terapias alternativas, um décimo do que se gasta com a doença, certamente que os custos com a doença iriam descer em flecha.
Nunca é demais repetir: se a política de saúde fosse efectivamente de saúde (e não de doença como é), muito mais barata ficaria essa política ao erário público do que a desastrosa e caríssima política de «combate à doença».
Não é utopia, nem fantasia, nem promessa eleitoralista, nem demagogia, nem sonho naturista, nem mero verbalismo, esta proposta realista, de alcance económico e político, de induzir o cidadão a tratar de si mesmo. Tratar no sentido de evitar a doença. Tratar no sentido de se curar por meios naturais e holísticos.
Nem a educação intensiva para a autocura é um sonho assim tão vago e tão distante.
Sem estragar o negócio a ninguém.
Quase nos sentimos no direito, como revista de ecologia, saúde e cultura, de exigir que a surdez mental dos dirigentes dê lugar - um dia não são dias - à escuta atenta e atenciosa do que é inteligente, útil, praticável, eficaz e sensato se for o bom senso - e não escorregadios ou ínvios interesses - a imperar.
Quem é amigo, quem é?
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Publicada por artigot em ORDER BOOK a 3/22/2007 08:35:00 AM
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