terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

PRÁTICAS 2012

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15-08-1992

EUROPA-CABO VERDE: PROJECTO DE PROJECTOS - III - ECODESENVOLVIMENTO EM CABO VERDE - ULTRAPASSAR (SEM CONFLITOS) A SOCIEDADE DE CONSUMO (A CHAMADA «SEGUNDA VAGA»)

Uma das vantagens de um país em vias de desenvolvimento face aos chamados ricos e desenvolvidos, é que ainda está a tempo de escolher o modelo de desenvolvimento que melhor quadra à sua realidade natural, à sua identidade nacional, às sua necessidades e às suas especiais particularidades históricas, culturais, geográficas, sociais.
É o que, por exemplo, Albert Tévoédjrè exprime no seu livro «A Pobreza, Riqueza dos Povos» (editorial Vozes, Petrópolis), é o que Ivan Illich comprova em toda a sua obra ensaística (dedicada à libertação do mundo colonizado e neo-colonizado), é o que Friederich Schumacher demonstra nos livros-chave do futuro que são todos os que publicou. Sirvam estes 3 exemplos - escolhidos na bibliografia da «Frente Ecológica» - para mostrar que o futuro do ecodesenvolvimento nos países até agora menos favorecidos, tem sido matéria de longa reflexão de grandes pensadores do nosso tempo. Seria desperdício imperdoável esquecer esse primeiro passo já dado e que pode servir de incentivo a uma filosofia política de cariz profundamente humanista das novas gerações de dirigentes.
Muitos países como Portugal já sabem o preço que se paga por um desenvolvimento a qualquer preço, pela invasão selvagem de indústrias e de uma sociedade de consumo onde impera a lei da selva e do «salve-se quem puder», por um frenesim triunfalista de um desenvolvimento confundido unica e exclusivamente com crescimento económico. Sociedades como Cabo Verde - onde a sociedade de consumo ainda mal começou a fazer os seus estragos - estão a tempo de aprender com os erros dos outros, estão a tempo de procurar do progresso o que lhes serve e rejeitar o que as prejudica. A sociedade de consumo tem artes de se insinuar e de impor as suas leis da selva, a sua lógica do absurdo, aos mais desprevenidos. É util que as novas gerações aprendam com alguns mestres do pensamento a defender-se de sofismas que, em nome do progresso e do desenvolvimento, nada mais fazem, nada mais têm feito, do que prorrogar ancestrais escravidões, embora de aparência mais sofisticada.
O espólio da «Frente Ecológica» conta com um lote desses livros, onde uma nova filosofia política do desenvolvimento constitui também um novo grito de esperança para os povos cansados de esperar.(Anexo: Livros-data de uma consciência ecológica, em file wri elo-22>)

PEQUENAS GRANDES SOLUÇÕES - PEQUENAS GRANDES IDEIAS - PEQUENAS GRANDES TECNOLOGIAS
SENSIBILIDADE (E ATENÇÃO) ÀS PEQUENAS GRANDES COISAS( SPGC) - NEM SÓ DE PLÁSTICOS, ELECTRODOMÉSTICOS E QUÍMICOS VIVE O HOMEM (INCLUI ACTIVIDADES E OCUPAÇÕES PARA VELHOS, REFORMADOS, DEFICIENTES, INVISUAIS, DESEMPREGADOS)
Albufeira para água da chuva
Aldeia(s)
Ardina (Trabalho de)
Arroz integral
Banheirinha de Bebé
Bicicleta
Bilros (Rendas de)
Bryophilum Callanchoe
Buinho (Cestas e cadeiras de)
Caixas de Cigarros usadas
Caixas de fósforos
Cal das Casas
Cama de Cancarã
Cama de Finca pé
Cântaro de Barro
Carrinho de Linhas
Cerâmicas artísticas e utilitárias
Chá dos Vegetais Doces
Chocalhos
Cisterna
Colmo, Telhado de
Concerto da roupa
Cortiça (Artesanato de)
Coveiro
Destilador
Difusor de essências (óleos essenciais)
Elásticos
Enfusa de barro
Esteira de Góia
Falucho
Forno de pão
Fósforos queimados
Gengibre (Raiz de)
Gaitinha de Boca
Germinador (de barro) de cereais
Guarda e Vigilante da Natureza (Trabalho de )
Oficina de amolador
Oficina de Alfaiate
Lentes de Contacto
Lixa (Papel de)
Ninho de pardal
Papel usado
Pedra Pomes
Peles (Artefactos e vestuário em)
Pêndulo
Relógio de Sol
Saco de escola
Sacos de plástico
Serapilheira, Saco de
Subafluentes
Trabalho de Alfaiate
Tacho de Barro
Trabalho de Alfaiate
Trabalho de Amolador
Trabalho de Costura
Trabalho de Engraxador
Trabalho de Oleiro
Trabalho de Rendas
Vela de purgueira
Violeta (Flor)
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CONCURSO DE IDEIAS PARA CRIANÇAS DE ESCOLA: REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS - LÉXICO ALIMENTAR - II - RAÇÕES DE CAMPANHA

«Rações de campanha» pode ser a designação para expressar toda uma estratégia alimentar e de sobrevivência que interessa aos países mais pobres conhecer. Costuma aparecer, na Europa, em «manuais de vida pobre» e/ou de eco-tácticas para o consumidor. Nos países do Norte, sempre prontos a desencadear uma guerra nuclear para se ver livres dos «excedentes», a expressão «ração de campanha» serve para designar a manutenção do soldado no momento paroxístico da guerra. De resto, o Ocidente rico desperdiça, gasta, destrói, inutiliza, etc., tudo aquilo de que o Sul precisa como de pão para a boca. Mas essas «rações de campanha», desde alimentos liofilizados e técnicas militares de sobrevivência em meio hostil, podem e devem ser conhecidas, em manual escolar, por aqueles países que, no fundo, aguentam a guerra secular e perpétua dos mais ricos sobre os mais pobres, das economias do desperdício sobre as economias de subsistência. Também as comunidades segregadas - ciganos, por exemplo - as «manchas de pobreza» dos países ricos teriam a ganhar em conhecer as «técnicas de sobrevivência» em geral e as «rações de campanha» em especial. Desde já e partindo do campo alimentar, indicam-se exemplos dessas «rações de campanha», que os países pobres podem guardar na despensa, na expectativa de «crises» ou de «más épocas», na perspectiva de «ainda maiores dificuldades».

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