quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ANDRÉ VOISIN: ECOLOGIA DO CANCRO

Quando, nos anos 50, André Voisin publicou «Solo, Erva e Cancro» já se sabia tanto de Oligoelementos como hoje sabe a Drª Maria de Sousa. Ou mais. Com esta vantagem para o comum das pessoas que sofrem: toda a gente, até os cientistas, compreendeu o cientista André Voisin, que falava claro. Por isso não lhe deram o Nobel. Nem encontrarão hoje o seu nome em nenhuma enciclopédia.

Maria de Sousa, nome de uma ilustre professora-investigadora do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, volta a elogiar no jornal «Público», 18/Setembro/1992) o livro que já elogiara na entrevista que concedeu à televisão.
Trata-se de um trabalho de investigação de Fraústo da Silva e R.J. Williams, «The Biological Chemistry of the Elements».

Quando, nos anos 50, André Voisin publicou «Solo, Erva e Cancro» já se sabia tanto de Oligoelementos como hoje sabe a Drª Maria de Sousa. Ou mais. Com esta vantagem para o comum das pessoas que sofrem: toda a gente, até os cientistas, compreendeu o cientista André Voisin, que falava claro. Por isso não lhe deram o Nobel. Nem encontrarão hoje o seu nome em nenhuma enciclopédia.
E por isso os Oligoelementos transformaram-se em uma indústria. Produto tornado necessário por toda a «poluição industrial», os Bioelementos passaram a ser uma terapêutica imposta por alguns refinados delitos que a indústria impunemente pratica contra a humanidade:
- a química dos adubos e pesticidas na agricultura.
- a refinação industrial de cereais e óleos alimentares;
- o abuso do açúcar industrial (como desmineralizante número 1);
- a poluição química de metais pesados (chumbo, mercúrio, cádmio, etc) na água, no ar e nos solos agrícolas;
- os aditivos químicos (incluindo metais pesados) na conservação dos alimentos;
- os medicamentos químicos onde é corrente a presença de metais pesados como o Cádmio, etc
Quando André Voisin publicava «Solo, Erva e Cancro» não sabia que com essa obra angular de Ecologia Humana estava a meter-se numa alhada.. E que o silêncio da comunidade científica iria, nos 40 anos subsequentes, fazer desse livro e desse tema ( o Cancro está na Química) um dos muitos temas-tabu do nosso tempo.
Quando a Oligoterapia se tornou um ramo interessante da medicina metabólica, o melhor, para doentes e terapeutas, foi fingir ignorar que essa terapia ajudava a fingir que ignoramos o Cancro Industrial em que nos atolaram a Medicina Química, a Agricultura Química, a Alimentação manufacturada, etc. , etc,. , etc,.
Notícia são, entretanto, livros de Ecologia Humana tão inconvenientes como:
- «AIDS & Natural Immunity», de Martha C. Cottrell ( Japain Publications, New York, 1990);
- «The Cancer Prevention Diet», de Alex Jack (St. Martin's Press, New York, 1983);
- «Crime & Diet», de Michio Kushi (Japan Publications, New York, 1987);
- «Le Germanium - Une reponse au Cancer et au SIDA», de Serge Jurasunas (Editions Aquarius, Geneve, 1989).
Curiosamente, todos estes livros têm interface com a questão Minerais/Metais, que é, no fundo, mais de 75% de todos os problemas de Saúde Pública hoje postos às autoridades ditas de saúde.

sábado, 20 de novembro de 2010

RENÉ DUMONT & RENÉ DUBOS


JEAN DORST

RENÉ DUBOS

 RENÉ DUMONT

Cientistas da Biologia escreveram livros de tonalidade ameaçadora. Pertencem a Jean Dorst, por exemplo, «Antes que a Natureza Morra» e «A Natureza Desnaturada», títulos de dois livros seus. Alegando a famosa  neutralidade que a ciência tem de manter, davam apenas argumentos «científicos» aos que preconizavam a luta política. Depois, lavavam daí as suas mãos de cientistas neutrais. Como se ciência e cientistas não tivessem sido o principal contributo à crise ambiental.
Militantes da ecologia como René Dumont vieram da Sociologia da Fome Mundial e das evidentes preocupações que a agricultura química intensiva (adubos e pesticidas) começava a suscitar, apesar das enormes pressões sobre a opinião pública da própria F.A.O., departamento das Nações Unidas, onde se destacou o cientista Norman Borlaug, «prémio Nobel ».
Em algumas ocasiões, no âmbito do M.E.P. e das edições «Frente Ecológica», esse tema-tabu da agroquímica e do agrobusiness foi abordado, já que era e tem continuado a ser um dos que a indústria mais tem silenciado, a pretexto do objectivo humanitário de «matar a fome mundial».
Como René Dumont, entre outros, desmascarou, não só não se mata a fome com uma agricultura auto-destrutiva, como cada vez mais se contribui para a fazer alastrar.
Ribeiro Telles, quando o deixam, tem sido uma das vozes a denunciar esta hipocrisia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LHC/CERN: AS 11 GRANDES VANTAGENS DO CICLOTRÃO

bosao-8-ac-rv> domingo, 14 de Setembro de 2008

AS 11 GRANDES VANTAGENS DE UMA COISA QUE NÃO SERVE PARA NADA

Aplicando o materialismo dialéctico com grande argúcia e inteligência – agradar a Deus e ao Diabo – Rita Vaz dirigiu-me aqui na Ambio Archives uma mensagem em defesa do que lhe parece ser a utilidade da ciência pura ou investigação fundamental como também lhe chamam.
Dou-lhe razão e além das aplicações utilitárias que aponta, avanço com outras vantagens do LHC/CERN, que talvez nem sequer sirva para acabar de vez com o Planeta e o sistema solar, a começar por eles que o subproduziram, à revelia da Cobaia que somos nós todos.
1 - Além de não servir rigorosamente para nada, o LHC/CERN tem a grande vantagem de colocar a discussão sobre ambiente onde ela sempre devia ter sido colocada: na responsabilidade que os puros cientistas e a puríssima ciência têm nos desmandos e tropelias e destruições e biocídios e ecocídios perpetrados sobre o ecossistema Terra.
2 – Outra vantagem do fogoso empreendimento é pôr a nu – desmascarando – a culpa que teorias e mais teorias têm tido na degradação da vida e da qualidade de vida de tudo o que mexe neste maravilhoso Planeta. Que não precisa de cientistas para nada.
3 – A 3ª vantagem do ciclotrão é demarcar os dois lados da barricada: de um lado os que são contra a vida e do outro lado os que são pela vida (e todos os valores de nobreza que dão sentido à vida), abolindo a zona cinzenta onde covardes e oportunistas até agora se acoitavam.
4 – A 4ª vantagem do mega-monstro é fazer revelar, em câmara escura, a ideologia totalitária que presidiu ao modelo de comportamento que levou a esta bagunça.
5 – A 5ª vantagem desta bolha de buracos negros é evidenciar de como uma minoria minoritária pode, com poderes acima de todos os poderes, impunemente pôr em risco a espécie humana, armando-se em Deus de pacotilha e fazendo de nós cobaias das suas experiências.
6 – A 6ª vantagem desta artimanha cheia de manhas e truques, é liquidar de vez todos os Pilatos e todos os limpar-de-mãos, fazendo centrar a agenda individual e colectiva na prioridade de todas as prioridades– afinal o destino de todos nós pelo qual todos somos responsáveis, porque aqui estamos e enquanto aqui estivermos.
7 – A 7ª vantagem desta benfeitoria é verificarmos que os manipuladores começam a vir para os jornais e a dar entrevistas para a gente começar a saber «quem é quem» no ranking dos nossos benfeitores.
8 – A 8ª vantagem do Bosão é mostrar até que ponto a ciência sem inteligência e sem consciência é, como dizia o outro, ruína do homem.
9 – A 9ª vantagem deste gozo à custa da espécie humana é liquidar o mito da «neutralidade científica» dos puros cientistas e da puríssima, imaculada ciência. Até agora, os puros cientistas da investigação nuclear, não tinham nada a ver com a Bomba de Hiroxima, nem com Three Mile Island, nem com Chernobyl, nem com nada. Culpados seriam, eventualmente, os políticos, os militares, os economistas, os construtores de centrais nucleares, os que produzem testes ora na atmosfera ora nas poços subterrâneos, enfim os que aplicam a ciência dos cientistas. Com o acelerador de Hadrons, esta «divina neutralidade» fica literalmente desmascarada já que ciência e aplicação se juntam no mesmo monstro bifronte. E isto é que faz disto o alfa e o ómega de tudo isto.
10 – A 10ª vantagem de terem levado a enormidade tão longe é ficar bem à vista quem são os puros cientistas da pura ciência quando transformam o Planeta inteiro (sistema solar incluído) em laboratório dos seus divertimentos e das suas divertidas experimentações. Como disse no ponto 9, desta vez a «divina neutralidade» dos puros cientistas e da pura ciência ficou totalmente desmascarada. E obriga a ficar apenas em um dos dois lados da barricada, sem as costumadas meias-tintas, como disse no ponto 3.
11 – A 11ª vantagem deste caríssimo disparate é deixar claro que a batalha final se iniciou no 10 de Setembro e que a partir de Outubro, quando os buraquinhos negros começarem a acumular-se teremos 50 meses – 3, 3 anos – até à bolha que há-de sugar, por ordem de importância:
a) Os cientistas puros em geral e os do ciclotrão em especial;
b) Os cúmplices da proeza;
c) As vítimas e cobaias da experiência que somos nós todos, a espécie humana.
Eu por mim voto na alínea a), tipo guerra cirúrgica sem danos colaterais. Os buracos negros de certeza que serão muito mais inteligentes do que aqueles que os produziram e farão de certeza justiça pelas próprias mãos.
E a Rita Vaz em qual das alíneas vota?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ECO-REALISMO: IVAN ILLICH E MICHEL BOSQUET





1-5-segunda-feira, 14 de Outubro de 2002- pronto a editar on line – com pouca censura – parece um texto impecável e até decente – a tese póstuma, sim senhor – dossiês de convergência holística, ok

5 páginas - inédito de 1977 - antecedentes da hipótese vibratória- capítulo do livro principal

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA: ETAPA DA CONSCIÊNCIA CÓSMICA

1977 - O mundo em geral, animado e inanimado, apresenta-se com uma forma e um comportamento em tudo semelhante ao mundo particular da vida e dos seres vivos.
Este é o salto qualitativo que uma leitura ecológica da realidade implica.
A leitura ecológica da realidade não visa especialmente escandalizar o burguês, embora também não veja inconveniente nisso: mas pode acontecer que escandalize mesmo, ao considerar, por exemplo, dois dos autores mais radicais do ecorealismo - Ivan Illich e Michel Bosquet - pouco menos que reformistas.
Quererá isso dizer que uma leitura ecológica da realidade obriga a pôr postulados e a dar saltos muito mais mortais do que os da convivencialidade, da autogestão, da autoregulação e da autosuficiência?
A ecologia ou dimensão biológica não entra ainda no discurso de ecopolíticos como Michel Bosquet e Ivan Illich. Tudo se passa e resolve exclusivamente em termos de relacionação social: o radicalismo de Illich e Bosquet só é ecológico porque o rearranjo da sociedade que eles propõem pressupõe que a vida, os seres vivos e todo o fenómeno vivo irá indirectamente sofrer alterações com essa mudança.
O que se propõe com uma leitura ecológica da realidade é um postulado muito mais ambicioso:
a) Que cada indivíduo seja entendido como um ecossistema
b) Que cada ecossistema seja entendido como um indivíduo, um corpo organizado, um mecanismo orgânico, uma ...pessoa
c) Que cada pessoa ou ecossistema seja considerado apenas uma célula do corpo ou ecossistema global chamado universo.
Talvez se classifique esta hipótese de trabalho como organicismo, pan-vitalismo, retorno a Taine, metafísica, fundamentalismo, etc.

DIAGNÓSTICO SEM TERAPIA

Fazer o diagnóstico não será, no entanto, propor a cura.
Em criança, pensa-se que o termómetro é que faz baixar ou subir a febre... Ainda hoje muitos adultos pensam que o diagnóstico já é a cura.
Se a leitura ecológica da realidade torna essa realidade (opaca, brutal e absurda) apenas um pouco mais legível, já é alguma coisa mas não é ainda a terapia da doença.
Sem mais exigências, pois, do que ser um método de diagnóstico, a ecologia humana dá um primeiro passo para que as terapias políticas possam avançar.
Os partidos têm agora o hábito de, aos fins de semana, realizarem uma «análise política da situação». É um método de diagnóstico como outro qualquer.
Tal como Freud nunca teve coragem de se autopsicanalizar, aplicando apenas e sempre aos outros a sua invenção, eis que os partidos padecem da mesma imodéstia, do mesmo «complexo de Freud»: excluem-se eles próprios da (psic)análise.
É como se os partidos - e Freud - postulassem a omnividência divina do diagnosticador, a sua impecável objectividade, o seu estado absoluto e permanente de saúde.
Como Freud e a medicina em geral, o médico age como Deus fora do mundo que analisa e diagnostica. Nunca se inclui como doente entre os doentes deste mundo. Até Einstein descobriu que o investigador é indissociável da investigação.
Eis porque uma leitura ecológica (ou ecoanálise) é diferente de uma psicanálise ou politicoanálise: o observador, investigador, analista ou diagnosticante inclui-se no contexto analisado, susceptível portanto de estar contaminado da mesma patologia. Estamos todos neste aquário, neste frasco de álcool: respiramos o mesmo irrespirável fluido ambiental.
De uma maneira geral , a doença é comum e os sintomas individuais não devem ser mais do que sinais a remeter-nos sempre para a doença. Quer dizer: para o ecossistema na sua generalidade e globalidade.

A MALHA TÂNTRICA

Corpo doente, a sociedade apresenta (também) os seus sintomas.
Uma leitura ecológica da realidade social, portanto, postula a existência desses corpos ou ecossistemas, susceptíveis de adoecer ou morrer como os indivíduos chamados homens.
E trata de interpretá-los para tentar saber de que doença principal sofre o ecossistema maior: e de que maneira se articulam as doenças dos vários ecossistemas, entrelaçados entre si, tal qual os fios de uma malha (tantra).
Uma leitura ecológica da realidade distingue-se da romântica convivencialidade (convivialidade) proposta por Ivan Illich e seguida por Michel Bosquet, em vários aspectos fundamentais:
a) O diagnóstico deles é, como o do médico, unilinear e acredita que há uma só linha que vai da causa ao efeito, da patogénese à patologia;
b) O ecodiagnóstico postula que ontem, hoje e amanhã estaremos sempre mergulhados num continuum, ora mais ora menos poluído, ora mais ora menos asfixiante, ora mais capitalista ora mais socialista, ora totalitário ora liberal e que a única coisa a fazer é sabermos de que doença sofremos: não termos nunca a petulância de considerar que alguma vez existiram, existem ou existirão ecossistemas totalmente sãos, quer dizer, em absoluto equilíbrio ou em equilíbrio estático;
c) Com a ecoanálise (ou leitura ecológica da realidade) cessa o aleatório de um presumível futuro, o messianismo do reformador, do apóstolo e do revolucionário, para ficar apenas o (eco) realismo do que existe em perpétuo movimento mas, por isso mesmo, sem mudança;
d) Sendo o pesadelo de ontem igual ao de hoje e ao de amanhã, a politicoterapia possível é a do instante. Quer dizer: seja qual for o ambiente, devo imunizar-me permanentemente, procurando muito menos mudá-lo do que encontrar eu próprio a maneira de a ele resistir ou de com ele conviver;
e) Seja qual for o status - estado totalitário de hoje ou repúblicas autogestionárias de amanhã - o que importa já para um entendimento imediato, quer dizer, ecológico da realidade é estar biofisicamente imunizado a ele.
E isto é que é tudo.

SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS POR TUDO

Esta trama, este continuum, esta malha sem fim de causas-efeitos-causas, eis o que o nosso instinto de conservação rejeita com um certo mau-humor, porque nos recusamos fundamentalmente a considerar responsáveis por tudo o que acontece, porque tendemos a ilibar-nos da violência, do ódio, do sofrimento que varre, como um vendaval de inferno, o mundo.
A política, neste contexto, é a arte de encontrar bodes expiatórios das nossas próprias culpas.
A tal ponto os nossos mecanismos de autodefesa estão bem montados, que rotulamos de metafísica qualquer tentativa para mostrar a evidência: que tudo se liga a tudo, que tudo depende de tudo, que todos somos responsáveis de tudo, que todos criamos tudo o que nos acontece.
Tudo é energia. Tudo é infinito e eterno. Tudo existe sempre.
Por isso criamos uma infinita piedade pelo nosso ego. Inventamos mil argumentos para o desculpar.
Afinal - que injustiça! - porque nos atinge a inflação, o desemprego, a doença, o cancro, o defeito físico, o desastre, o acaso, o destino, a sorte?! Se eu fui sempre tão bom, tão bem comportado, tão esmoler, tão amigo das crianças e dos pobres, dos velhos e dos animais, porque sofro tanto, porque tenho tanto medo, porque sou tão perseguido?
Assim raciocina o nosso ego.
O nosso ego é não só a afirmação de auto-orgulho mas uma tentativa permanente para ilibar e encobrir a nossa condição totalitariamente condicionada. Para encobrir a evidência de que estamos condenados à Eternidade.
A nossa condição é totalitária e a este totalitarismo há quem chame karma. O nosso ego inventa então um mito chamado liberdade para esquecer aquela temível evidência totalitária. Um mito chamado livre arbítrio.

NASCER PARA A VIDA É NASCER PARA A MORTE

Nada do que acontece é por acaso, toda a desordem acontece porque há uma ordem infinita do infinito universo. Tudo acontece porque todos ajudamos a que aconteça.
Quando se diz nós, digo o corpo infinito e eterno do qual somos hoje apenas um momento, apenas uma célula, corpo que vai para trás até à eternidade e caminha para a frente até à eternidade.
A esta realidade puramente física chamam metafísica os homens assustados que recuaram ao saber que estavam condenados a ser para sempre. Inventaram a morte. Inventaram o suicídio.
Inventaram narcóticos e alucinogénicos. Inventaram a política e o xadrez. Inventaram o cinema e o futebol. Inventaram palavras - metafísica, religião, mito, misticismo - com que pretendem exorcismar a responsabilidade de ser (mos) não um ego ou ilha separada do todo mas a consciência do todo ou eu total.
Por isso talvez não haja exagero, face a este extremismo fundamentalista do óbvio e do evidente, considerar ecoreformistas um Ivan Illich, um Michel Bosquet.
Desde que se cai na rede, desde que se nasce para a vida (que é nascer para a morte como avisavam os cátaros, que por isso foram perseguidos como heréticos), desde que se entra no processo de putrefacção ou de-composição chamado mundo, desde que nos empurram para a caverna platónica chamada existência, todo o gesto ou acção com que se pretende amortizar o sofrimento irá, a curto ou médio prazo, agravar ainda mais esse sofrimento ou karma.
Irá internar-nos mais na caverna das sombras.
Uma vez enredado na inextricável trama chamada realidade, mundo, natureza, meio ambiente, ordem do universo, qualquer veleidade de sair significará sempre e cada vez mais o (afundamento no) caos, a doença, a violência instalada e instaurada, o absurdo em movimento, a infecção generalizada.
Desde que se entre, nunca mais é possível sair. Daí que os mitos de libertação, da evolução, da redenção andem a par com os mitos do futuro, do ideal, da salvação.
Uma vez enredado na malha, o bicho homem projecta na caverna a sua sombra e chama-lhe ideais (idola tribu lhes chamou Francis Bacon): Paz, Saúde, Felicidade, Justiça, Amor, eis a galeria de grandes palavras que cristalizam na mente humana as suas próprias sombras mais temidas. A utopia e o vício de sonhar ou idealizar caracteriza sempre a escravidão de facto.
Prisioneiro da caverna, o homem sonha que no futuro, sempre no futuro, verá o sol e a luz, sonha com jardins do paraíso, com o Eden de Adão e Eva, com o Jardim das Delícias, enfim, não faltam, nas mitologias douradas, de ontem e de hoje, referências constantes à utopia.
Realismo será a posição búdica que reconhece a queda, a escravidão, a caverna, a ilusão das ilusões ou sombras.
Realismo é saber que quanto mais esforços e acções se fizerem para sair do buraco, mais fundo nele ficamos.
O que uma ordem iniciática propõe é apenas a hipótese realista para encontrar a porta de saída da caverna, recuando em relação às sombras em vez de paroxisticamente nos colarmos a elas pelo cultivo da acção, pelo cultivo do ego, pela crença de que se chega mais depressa fortalecendo a vontade de chegar.
O esforço iniciático é uma pausa nesse paroxismo da vontade, uma retirada estratégica do foco infeccioso - o mundo das relações profanas ou ilusões - um recuo na orgia da acção que dê possibilidade de avançar na in-acção ou desfazer de mitos, ilusões, fantasmas.
Palavras-chave deste texto:
Caos
Caverna platónica
Continuum
Convivencialidade
Convivialidade
Ecoanálise
Ecopolítica
Ecossistema
Ego
Equilíbrio estático
Eternidade
Física e metafísica
Imunidade ortomolecular
Carma
Leitura ecológica do real
Malha de causas-efeitos
Metáfora orgânica
Mito da liberdade
Omnividência
Ordem iniciática
Politicoterapia
Rede
Tantra
Utopia

Autores citados:
Francis Bacon
Freud
Ivan Illich
Michel Bosquet
Platão
Taine

AS ALERGIAS SEGUNDO KEITH MUMBY

1-1- mumby-6 >adn> - leitura analítica de keith mumby(*) - notas de leitura
DAS VACINAS À SIDA COM AS ALERGIAS PELO MEIO (*)
17/8/1994 - 1 - Quando alguns médicos dizem que a Alergia se esconde por detrás de doenças vulgares como Artrite, Eczema ou Enxaquecas, estão a dizer uma notável verdade, embora sem o saber. E é o Fígado, sempre o Fígado, o órgão comum às duas sintomatologias, o órgão que de facto determina Alergias, como determina Eczemas, como determina Enxaquecas (Vesícula). O tratamento do Fígado é o tratamento comum a Alergias, Eczemas, Enxaquecas: o Enxofre. Os alimentos com Enxofre. Nunca esquecer que o Enxofre, princípio masculino por definição, como a radiestesia ensina, é o princípio destrutor (ou desestruturante). Ou seja: sob a acção do Enxofre, o organismo reencontra um movimento de desestruturação que deverá ser aproveitado como oportunidade e acompanhado por todo um conjunto de cuidados de higiene alimentar.
2 - Notável é que Mumby faça uma única referência de duas linhas ao eventual papel do Fígado nas Alergias. E que nem uma só vez a palavra desintoxicação apareça no livro: quando é de desintoxicação (e do Fígado como principal órgão eliminador) que se trata, quando estudamos Alergias. Nem uma só vez também o Enxofre é referido como «des-sensibilizante» universal. Face a esta aproche das Alergias, vê-se assim que o método da radiestesia - e o trabalho dos Metais com o Pêndulo - pode significar uma revolução na terapêutica e na profilaxia.
3 - Se o ano de 1902 é a data em que surgiu a palavra Alergia, há que procurar, perto desta, a data em que o uso obrigatório da Vacina se generalizou. E talvez se possa estabelecer uma correlação de causa-efeito entre as Vacinas e as Alergias. De que, por exemplo, a imunodeficiência crónica e endémica (apelidada de sida) é apenas o fenómeno mais recente. Mas a sida é ainda uma Alergia, na doença ambiental definida para a Alergia. A escalada, que tem um século, deu-se ao nível da transmissão de informação entre células. A imunodeficiência (doença das Vacinas, fundamentalmente) é o ponto zero da inter-informação vibratória entre as células. O total bloqueio. A incrustação desordenada de metais (alguns dos quais seriam, nessa situação, classificados de Alergenos). Não deixa de ser curioso que os laboratórios andem à procura de uma vacina para a sida, quando a sida, a ser alguma coisa, é apenas o último elo de um processo histórico que começou exactamente com o advento, generalização pública e obrigatoriedade da Vacina. De toda a espécie de Vacinas. Cujo princípio universal, como se sabe, é inocular a própria doença...

4 - MUMBY ANTOLÓGICO

«A maioria dos alérgicos a produtos químicos têm um sentido do Olfacto muito apurado».
Mumby, 75

«Por norma o radiestesista usa um pêndulo, posto em movimento por cima da amostra do cabelo. O movimento altera-se em caso de alergia. Não tenho nenhuma objecção contra esta espécie de coisas desde que sejam feitas por um radiestesista (o que geralmente não se verifica). O custo geralmente é moderado (cerca de 3 contos) pelo que, do meu ponto de vista, ninguém está a ser roubado. Posso apontar com segurança um certo número de exemplos dos meus arquivos onde as melhoras se registaram ao eliminar os alimentos identificados por intermédio da radiestesia.»
Mumby, 101

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(*) «O Tratamento das Alergias», de Keith Mumby, edições 70, Lisboa, 1990

sábado, 6 de novembro de 2010

PROFETAS DA VISÃO HOLÍSTICA




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O «REALISMO ECOLOGISTA» EM 1987: PROFETAS DA VISÃO HOLÍSTICA

Será a Ecologia Humana a ciência das ciências do futuro ou será antes uma fraude e os que, há quase vinte anos, a estudam, preconizam e defendem, uns atrasados mentais?
Terá razão a Tecnocracia que combate ferozmente as alternativas ecológicas de vida ou terão razão os que, em pequenos grupos como a «Frente Ecológica», há cerca de vinte anos tentam esclarecer as pessoas sobre o que mais importa à sua saúde, vida e segurança?
As edições da «Frente Ecológica» foram, durante década e meia, voz activa e participante nessa polémica de «vida ou de morte», documentam e testemunham o nascimento de uma ciência que ainda não nasceu: a Ecologia Humana. Irá ela algum dia nascer?
Se a aparentemente sem saída crise ecológica e a consequente derrocada do mundo actual se deve, principalmente, à ciência estabelecida, ajudada pelas tecnologias antiecológicas que essa ciência alimenta, não será, evidentemente, dentro da mesma lógica autodestrutiva, com instrumentos, cientistas e tecnologias do sistema estabelecido que iremos criar um distanciamento crítico necessário para perceber onde estamos, de onde viemos e para onde vamos.
Para sabermos como vamos sobreviver à catástrofe, ultrapassar a crise e reatar o fio perdido da «vida para viver» em vez da actual «vida para morrer», teremos - na opinião de alguns - de recorrer a outra ciência e a outra tecnologia diferente daquelas que promoveram a crise e apontam para a catástrofe.
A intuição holística e ecológica - o sentido profundo da Unidade - foi mantida, através dos séculos, por alguns profetas que nunca aceitaram, na totalidade, a ordem da desordem estabelecida, nem se conformaram com ela.
Curiosamente e como a obra de Fritjof Capra (*) vem, exaustivamente demonstrar, a ciência ocidental de ponta como a Física Atómica em que ele é especialista, conduz à inevitabilidade de regresso às fontes orientais do Conhecimento como o Taoísmo.
No meio da balbúrdia em que se transformaram as gralhas ditas ecológicas e ecologistas, tentaram alguns, em nome do «realismo ecologista», ordenar ideias e prioridades, inventariando obras de autores que, em maior ou menor grau, mantiveram sintonizado o comprimento de onda correcto e que foram, portanto, precursores e profetas da holística contemporânea.
Inventário discutível, sem dúvida, ele constitui um primeiro desafio aos que investigam no campo das ideias, para se defenderem das mentiras numérico-estatísticas que, em nome do rigor matemático e experimental, a ciência oficial vai impingindo.
Como se pretende mostrar pelos autores até agora inventariados pelo «realismo ecologista», num primeiro contributo a uma abordagem holística do real, verifica-se que vem principalmente de escritores, filósofos e homens de pensamento o melhor antídoto à mentira científica. É deles que vem, portanto, o contributo mais decisivo para a viragem contemporânea de mentalidades a que, por comodidade metodológica, chamamos Holística, palavra que sucedeu à palavra Ecologia, completamente desfigurada por todos os ecoequívocos, eco-oportunismos e ecotravestis.
Debaixo da palavra Ecologia, e abusando dela, se vieram acobertando os oportunismos, ao ponto de os ecologistas de sempre se sentirem completamente excluídos.
Com todas as limitações de uma lista mais do que provisória, eis, por ordem alfabética, alguns profetas da visão holística do mundo e da vida, a maior parte dos quais, como é óbvio, jamais pronunciou ou ouviu pronunciar a palavra Ecologia, até porque a maior parte deles viveu muito antes de que a palavra tivesse sido inventada.
Procura-se, com esta lista «inesperada», mostrar que a «filosofia» em que se fundamentam as ideias e o movimento ecologista, não são de ontem nem de hoje, mas de sempre. Como é de sempre a intuição que acompanhou os mais lúcidos sobre a unidade fundamental do universo.
Com o «realismo ecologista» trata-se de exercer uma pedagogia profunda, no sentido de ultrapassar, por um mergulho profundo nas raízes da Dialéctica taoísta do yin-yang, as antinomias clássicas da cultura europeia e ocidental (Ver Denis de Rougemont, «Cartas aos Europeus», pg. 54 da edição portuguesa (**). )
Com efeito, essas dicotomias e antinomias são responsáveis não só pela contradição fundamental que atravessa e dilacera a cultura europeia-ocidental - Homem contra Natureza - mas por outras lutas e antinomias que dela decorrem (homem contra o homem, luta de classes, luta de gerações, totalitarismo contra Liberdade, etc. )
A bipolarização a nível político, a dicotomia Esquerda-Direita levada a extremos patológicos, inviabiliza não só qualquer entendimento fraterno entre pessoas e povos, como conduz ao supremo confronto, ao supremo frente a frente dos dois blocos bélicos em uma guerra nuclear.
A aprendizagem da dialéctica yin-yang e a arte da liberdade será assim o objectivo supremo, o que implica um longo período de estudo e reconversão mental, para que gradualmente as caducas antinomias, as contradições inelutáveis vão dando lugar à contradição dialéctica e criadora que as filosofias do yin-yang como o taoísmo ensinaram na sua sabedoria mas a arrogância da chamada ciência europeia e ocidental não só destruiu (em muitos casos), como lançou nos porões da História.
Corolário desta antinomia que a própria Europa criou contra outros povos, culturas, civilizações e continentes, são todas as formas bárbaras de Biocídio, nomeadamente nas formas de Etnocídio e de Genocídio sistemático, que caracteriza as cruzadas do «espírito europeu» e as colonizações sangrentas levadas a cabo por ele.
Apoiam este trabalho de investigação e prospecção heurística, não só alguns textos produzidos e editados na «Frente Ecológica» sobre dialéctica yin-yang aplicada na Prática, mas fontes e autores, mais ou menos proféticos, que paulatinamente se foram aproximando da verdade, quase todos depois de terem percorrido a via dolorosa dos sistemas filosóficos de raiz racionalista, experimental e positivista.
É pelos resultados concretos e pelas consequências práticas no dia a dia dos factos e dos acontecimentos, que a Ecologia Humana pretende comprovar a validez ou invalidez de todo um sistema teórico, de uma ideologia e, se quiserem, de todo um padrão civilizacional, baseado nas armas, na violência e na morte. E na ciência, como corolário sine qua non.
Pela primeira vez na História, o combate ideológico trava-se ao nível dos acontecimentos e factos a que uma ideologia (a tecnocrática) deu lugar: os factos são a prova, a irrefutável prova que demonstra a invalidez de teorias, ideias, hipóteses da constelação tecnocrática.
Feita esta prova, efectuado o balanço crítico desta civilização, repara-se, por exemplo, que a Ecologia Humana e a crítica nela implícita à sociedade industrial, vem coincidir com os pressupostos teóricos e filosóficos da corrente teosófica que no mundo ocidental fundaria a sua primeira sociedade em 1875.
Há cento e poucos anos, em 1875, Madame Helena Petrovna Blavatsky, deixava testemunhado, na sua obra monumental, «Ísis Sem Véu», o combate com as correntes ideológicas que, em nome do progresso, do bem estar, da felicidade dos povos, da razão, etc., ainda não tinham sido postas à prova na realidade concreta dos povos e das pessoas.
Nessa data, quem não acreditava que o século das luzes despontava, que a paz e a felicidade eternas estavam a ser preparadas pela ciência e pela técnica, enfim, que o homem tinha na mão o próprio destino e que, se necessário fosse, escalaria o céu para matar Deus em pessoa?
Cem anos depois, a História dá toda a razão a Helena Blavatsky. A engrenagem ideológica que ela criticara, bem como as instituições que lhe servem de pilares, está podre.
Para honra de Blavatsky e desgraça nossa, mortais terrenos, provou-se, com a crise ecológica, que este ramo europeu da chamada evolução das espécies, estava não só errado de raiz, não só tinha havido um engano de agulha há muitos séculos, não só era estruturalmente violento e portanto autosuicida, como trazia a morte na alma e a vocação autofágica e canibalesca da sua própria destruição.
A crítica da Engrenagem tecnocrática feita pela Ecologia Humana possui, portanto, antecedentes e de certa força. Não tem de que se envergonhar das suas premissas e conclusões, que há cem anos já eram preconizadas por espíritos inconformistas e pouco dados a crenças e superstições.
A superstição científica já era então objecto de crítica: porque razão não o há-de ser hoje, em que estão bem à vista os frutos podres dessa árvore envenenada?
Um mundo que só tem o holocausto nuclear como «saída», está ou não suficientemente definido, julgado e condenado?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ORTODOXIA E PLURALISMO MÉDICO





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TERAPIAS FIÁVEIS E TERAPIAS INVIÁVEIS

Lisboa, 2/12/1996 - Em determinado momento, nomeadamente quando a OMS (Organização Mundial de Saúde) publicou o grosso tratado(*) em favor das medicinas tradicionais - caucionando assim uma área até então institucionalmente interdita - divulgou-se a ideia de que tínhamos passado de uma tirania monocromática - a medicina ortodoxa ou ordinária - para o reino do pluralismo médico.
A lista de terapias que então nos ofertavam era infindável.
Nada faltava nessa lista , desde a técnica mais antiga e comprovada - Acupunctura , por exemplo - até às novidades acabadas de sair do forno, ou seja, oriundas dos EUA , que é de onde chegam sempre as grandes e primeiras novidades.
Fred Wachsmann, que depois passou a assinar Fred Vasques Homem, num livro publicado em 1953 , «Milagre e Fé na Cura»(**), não hesita em nos repertoriar as artes e tretas mais variadas, numa mescla que , se não é de má fé, serve, pelo menos , a que os de má fé façam , logo por aí, o óbito das naturoterapias.
Vamos então à lista de Fred Wachsmann, autor de alguns bons livros sobre Ecologia Humana em geral e Ecologia alimentar em particular.
Eis a lista dele, que damos aqui por ordem alfabética:
Acupunctura
Aeroinoterapia
Amuletos
Antroposofia
Astrologia
Chiropratica
Christian Science
Cintos
Elixires
Espondiloterapia
Espiritismo
Exorcismos
Filtros
Homeopatia
Kneip (terapia)
Lahmann ( Terapia)
Magnetismo
Naturoterapia
Osteopatia
Ozonoterapia
Pedras Mágicas
Pranoterapia
Priessnitz ( Terapia)
Quiromancia
Sangue de Pombo
Schroth (Terapia de)
Talismãs
Treino Autógeno
Vertebroterapia

Esta lista, amálgama entre o relativamente bom e o claramente péssimo, serve, ao menos,de ponto de partida para, filtrada através da hipótese vibratória, virmos a saber que terapias são hoje fiáveis e quais, rapidamente, devemos remeter, rápido, para o caixote do lixo.
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(*) OMS - « Médecine Traditionelle et Couverture des Soins de Santé » - Genebra, 1983
(**) Dr. Fred Wachsmann - «Milagre e Fé na Cura» - Lisboa, 1953

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

JOEL DE ROSNAY: ECO-TECNOCRACIA?







rosnay-2-ls-ie> domingo, 29 de Dezembro de 2002-scan

ESCOLA ECO-ENERGÉTICA NA UNIVERSIDADE NOVA?

[Depois de 1975, única data possível ... ] - A tradução em português do livro "O Macroscópio”, de Joel de Rosnay, vem relembrar-nos que a escola Eco-energética do MIT (o conhecido instituto de Massachussets) não é entre nós um ausente e que alguns técnicos ou pensadores que neste momento se ocupam e preocupam, em novas universidades novas, com as relações energéticas entre Ecologia e Economia, por lá passaram ou de lá receberam forte influxo informativo e formativo. Influxo energético...

Registemos o interesse que o Prof. Delgado Domingos tem consagrado à análise energética e a forma como o seu pensamento de técnico em Termodinâmica evoluiu até a descoberta das alternativas ou fontes infinitas do Futuro.

Não esqueçamos que o prof. Gomes Guerreiro, secretário de Estado do Ambiente no I Governo Constitucional, já em 1953, na sua obra "A Floresta na Conservação do Solo e da Água” defendia teses muita próximas da análise energética e que a sua passagem pela escola norte-americana da Califórnia não foi por acaso.

Também o Prof. Cruz de Carvalho, hoje em Portugal, a leccionar no Instituto Universitário de Évora, foi o primeiro no estudo entre Energia e Agricultura, Ecologia e economia Agrária, tendo trabalhado em universidades da Califórnia.

E outros citaríamos, de gosto, se a memória nos ajudasse. Ou viremos a citar, se alguém tiver a gentileza de nos escrever, indicando mais casos que nós ignoremos. ■
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16-12-1998

SUBLINHADOS DO LIVRO «A HISTÓRIA MAIS MARAVILHOSA DO MUNDO»

Todos os organismos são feitos de carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio e a sua fonte de energia, o sol.
Joel de Rosnay

O carbono (...) pode conduzir os electrões de ponta a ponta das suas cadeias, o que de certa maneira prefigura as redes nervosas e as redes de comunicação electrónicas.
Joel de Rosnay

Outrora não se sabia que as moléculas eram feitas de átomos nem que as células eram feitas de moléculas.

Um organismo composto de células especializadas resiste melhor do que um conjunto de células idênticas, porque pode responder de diferentes maneiras às agressões do ambiente, o que lhe dá mais hipótese de sobrevivência.
Joel de Rosnay

Os sistemas monolíticos acabam sempre por desaparecer.
Joel de Rosnay

Um cristal não vive, reproduz-se mas não fabrica energia.
Joel de Rosnay

Um organismo vivo é um sistema capaz de assegurar a sua própria conservação, de se gerir a si próprio e de se reproduzir.
Joel de Rosnay

Somos verdadeiramente feito de poeira das estrelas.
Hubert Reeves

A centena de elementos atómicos que conhecemos na natureza, foram produzidos nas estrelas.
Hubert Reeves

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ECOLOGIA DO CANCRO: CARÊNCIAS MINERAIS







Maria de Sousa, nome de uma ilustre professora-investigadora do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, volta a elogiar no jornal «Público» (18/Setembro/1992) o livro que já elogiara na entrevista que concedeu à televisão.Trata-se de um trabalho de investigação de Fraústo da Silva e R.J. Williams, «The Biological Chemistry of the Elements».

Quando, nos anos 50, André Voisin publicou «Solo, Erva e Cancro» já se sabia tanto de Oligoelementos como hoje sabe a Drª Maria de Sousa. Ou mais. Com esta vantagem para o comum das pessoas que sofrem: toda a gente, até os cientistas, compreendeu o cientista André Voisin, que falava claro. Por isso não lhe deram o Nobel. Nem encontrarão hoje o seu nome em nenhuma enciclopédia.
E por isso os Oligoelementos se transformaram em uma indústria. Produto tornado necessário por toda a «poluição industrial», os Bioelementos passaram a ser uma terapêutica imposta por alguns refinados delitos que a indústria impunemente pratica contra a humanidade:
- a química dos adubos e pesticidas na agricultura;
- a refinação industrial de cereais e óleos alimentares;
- o abuso do açúcar industrial (como desmineralizante número 1);
- a poluição química de metais pesados (chumbo, mercúrio, cádmio, etc) na água, no ar e nos solos agrícolas;
- os aditivos químicos (incluindo metais pesados) na conservação dos alimentos;
- os medicamentos químicos onde é corrente a presença de metais pesados como o Cádmio, etc
Quando André Voisin publicava «Solo, Erva e Cancro» não sabia que com essa obra angular de Ecologia Humana estava a meter-se numa alhada... E que o silêncio da comunidade científica iria, nos 40 anos subsequentes, fazer desse livro e desse tema (o Cancro está na Química) um dos muitos temas-tabu do nosso tempo.
Quando a Oligoterapia se tornou um ramo interessante da medicina metabólica, o melhor, para doentes e terapeutas, foi fingir ignorar que essa terapia ajudava a fingir que ignoramos o Cancro Industrial em que nos atolaram a Medicina Química, a Agricultura Química, a Alimentação manufacturada, etc,etc,etc.

Notícia são, entretanto, livros de Ecologia Humana tão inconvenientes como:
- «AIDS & Natural Immunity», de Martha C. Cottrell (Japain Publications, New York, 1990);
- «The Cancer Prevention Diet», de Alex Jack (St. Martin's Press, New York, 1983);
- «Crime & Diet», de Michio Kushi (Japan Publications, New York, 1987);
- «Le Germanium - Une reponse au Cancer et au SIDA», de Serge Jurasunas (Editions Aquarius, Geneve, 1989).
Curiosamente, todos estes livros têm interface com a questão Minerais/Metais, que é, no fundo, mais de 75% de todos os problemas de Saúde Pública hoje postos às autoridades ditas de saúde.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ECOLOGIA DO CANCRO: UM DESAFIO À CIÊNCIA MÉDICA

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5.10.2010

ECOLOGIA DO CANCRO: UM DESAFIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA

O grande desafio que hoje se coloca à comunidade científica de tendência única, é apenas este : será possível avançar na investigação das causas que provocam o Cancro sem atender ao meio ambiente que exactamente o provoca?
Se o Cancro está no Ambiente – e está – a Ecologia do Cancro não será a via que falta à ciência analítica, meramente analítica, do Cancro?
A dificuldade principal está em saber o que é Ambiente, já que tudo é Ambiente e, portanto, tudo é susceptível de provocar o Cancro, populismo que tem uma certa dose de verdade.
Mas nesse Ambiente que é tudo, podemos indicar um primeiro conjunto de factores causais que já foram reconhecidos pela própria ciência analítica e que se intercondicionam para o resultado (ou efeito) final : a célula maligna.
Dos factores causais que já foram reconhecidos pela ciência – que depois os ignora num diagnóstico holístico e global, mas isso é outra questão – lembremos alguns:
Ambiente radioactivo
Radiações ionizantes
Poluição electromagnética
Poluição química
Ambiente endógeno do doente
Exposição à radiação solar
Gazes de escape automóvel
Dióxido de carbono de origem fabril
Queimaduras solares ( buraco do ozono)

Dos factores nunca ou raramente citados na Ecologia do Cancro, lembremos:
Radiações cósmicas
Manchas solares
Campo magnético solar
Campo magnético da terra

Dos factores raramente lembrados ou nunca, na Ecologia do Cancro, temos ainda:
A Era Zodiacal de Peixes, frequências vibratórias que fundamentalmente nos condicionam e que influem em todo o comportamento dos seres vivos no Planeta Terra;

Ou até que ponto o Dinheiro, por exemplo, imprime um arquétipo profundo favorável ao desenvolvimento da célula cancerosa;

A verdade é que esta e outras questões de fundo – a Ecologia do Cancro no sentido mais alargado – nunca serão investigadas pela ortodoxia científica e pela sintomatologia médica que apenas considera sintomas ou efeitos sem jamais indagar das causas: mesmo quando fala do factor alimentar, nunca o integra no diagnóstico e muito menos na terapêutica.
A Profilaxia alimentar do Cancro é uma das variáveis que a ciência estabelecida (sintomatológica) nunca equaciona, como não equaciona nenhum outro tipo de profilaxia.

Todos os que sofrem ou poderão vir a sofrer de Cancro pedem aos grandes centros de investigação que alarguem o horizonte de visão e que, além de laboratórios sofisticados e grandes orçamentos, usem também de alguma inteligência: a abordagem alternativa do Cancro, tendo sido obra de pioneiros desde, pelo menos, há cem anos, foi conquistando terreno nos próprios meios da comunidade científica de prestígio universitário.
E algumas correntes de fundo se criaram, que ninguém – e muito menos a investigação oncológica – pode ignorar ou fingir que ignora como se nada disto tivesse existido:

Medicina eumetabólica
Medicina neo-hipocrática
Medicina homotóxica
Medicina ortomolecular

Nomes notáveis ligados às correntes alternativas da investigação oncológica (e onde até nem faltam os Prémios Nobel…):
Henri Laborit
Joseph Levy
Hans Nieper
Virchow
Linus Pauling
Serge Jurasunas

De nada serve à investigação oncológica de linha única fingir que ignora os outros caminhos: não abona a sua inteligência e é prova de pouca ciência…

Todos ficamos satisfeitos com o Centro Champalimaud, inaugurado em 5 de Outubro de 2010: mas mais satisfeitos ficaríamos se , ao lado, mais abaixo ou mais acima, fosse também construído um Centro de Pesquisa Ortomolecular para a Ecologia do Cancro.
Então, sim, tínhamos ciência a sério.

Como a obra do Dr. David Servan-Schreiber - «Anti-Cancro – uma nova maneira de viver» - claramente mostra em 380 páginas, a comunidade científica (de que ele, aliás, é um ilustre representante) , está literalmente fechada a outras linhas e lógicas de investigação que não sejam as da sua própria ortodoxia. E é pena.
Servan-Schreiber, com o seu próprio caso – um tumor cerebral com o qual conviveu 18 anos – veio alterar o paradigma dominante na investigação dominante: há, obviamente, outras linhas para investigar o Cancro, sem Cobaias, ou antes, onde o próprio investigador é cobaia de si mesmo.
Um antecedente igualmente notável é o do Dr. Anthony J. Satillaro que testemunhou o seu percurso de cura na obra «Rappelé à la Vie – Une Guérison du Cancer», Ed. Calmann-Lévy, Paris, 1983.

[VER MAIS
http://countdown-2012-artigot.blogspot.com/2010/10/david-servan-schreiber-o-medico-rebelde.html

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CARTA A AL GORE



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CARTA AC AO AL GORE E AOS ALGORISTAS

6-3-2007

Meu Caro Al Gore:
O teu filme trata, principalmente, de uma ameaça global, aquela que actualmente é mais propalada, sabe-se lá se assoprada por interesses inconfessáveis ou que não se manifestam abertamente.
Mas, como bem sabes, há outras ameaças globais que, desde os anos 60 e princípio dos anos 70, têm vindo a ser denunciadas, não só por cientistas (que regra geral estão sempre muito ocupados ou distraídos com o pormenor não abarcam o global) mas por homens de pensamento, filósofos atentos ao status quo mundial, profetas e visionários (místicos, anarquistas, pensadores, escritores), que intuíram ou verificaram, com intuição, sensibilidade e amor, as ameaças que há pelo menos 40 anos começaram a tornar-se nítidas no horizonte global.
+
6-3-2007

Meu Caro Al Gore:
Afinal és um gajo porreiro e contas a tua história de maneira comovente. Tens os cientistas do teu lado e o teu inimigo principal é a estupidez de alguns interesses comerciais, de alguns lobbies, de alguns gananciosos que nem a eles próprios se querem salvar. Preferem prioritar os interesses petrolíferos de anónimas multinacionais. Coitados deles e das almas deles.
Em princípio e até ver, o teu alerta ecológico não serve segundas intenções, ou serve apenas uma intenção lícita: a tua promoção como eventual candidato à presidência.
Serve o lobby nuclear mas indirectamente: honra te seja feita.
E acima de tudo marcas a diferença relativamente às posições dominantes hoje acerca das ameaças globais.
Entre as carpideiras do Juízo Final e os Panglosses do costume, meu caro Al Gore, tu traças um itinerário inesperadamente honesto, confessional, redentor, com uma esperança infinita de que o Planeta Terra há-de sobreviver a esta crise apocalíptica.
Claro que não vai e o fim da Planeta Terra está mais do que próximo, está iminente.
Mas ficam-te bem esses sentimentos e a esperança que finges acalentar.
Uma esperança desesperada como dizia o poeta.
Já alinhei, como tu, nos niilismos radicais e disso não me arrependo mas acho que também não contribuí, com esses alertas, com esses alarmes (e alarmismos) para agravar a situação.
É o que fazem hoje os especialistas chamados cientistas – mais ou menos de boa fé – multiplicando globalmente, com a ajuda dos media globalizantes, o niilismo e a raiva.
Não tens como eu nenhuma seita do fim do mundo a defender e por isso és um espírito livre em que outros espíritos livres podem confiar e em que se podem apoiar.
O teu poder é redentor e bem o provas neste filme que os Óscares premiaram porque não tinham outro remédio.
Aqui para nós, meu Caro Al Gore, tu é que premiaste a Academia (e de uma vez por todas) anualmente encarregada de distinguir nenhuma coisa no meio de coisa nenhuma. E ainda ganhaste outro prémio com a proclamação que Madona fez do teu filme: «o melhor documentário de sempre» disse ela.
+
7-3-2007

Se estou hoje interessado em militar (com power point e tudo) na hipótese vibratória recebida do Etienne Guillé, é porque considero fundamental esse passo – a que chamei ecologia alargada - ou imperatico cósmico – para não continuarmos a patinar no desespero e no caos a que planetariamente fomos chegando como bem contas no teu filme.
Filme que, apesar de apontar as metas da globalização, foi feito em função do meio norte-americano e suas taras ou idiossincrasias.
Confesso que nunca pensei que fosse tão grande a mediocridade por ti enfrentada, para já não falar dos interesses rastejantes que te rasteiraram a carreira política.
Está explicado porque nunca ganhaste a presidência mas está explicado também porque havia uma predestinação na tua missão de vida.
E a predestinação.
E esta: ficaste um dos apóstolos mais influentes deste nosso tempo e mundo, em favor da boa nova.
Não foram os Óscares mas a Madonna que classificou o teu filme como «o melhor documentário de sempre.»
O que nem sequer é difícil, dada a tal generalizada mediocridade de quase tudo o que vem com o carimbo «made in usa» , mediocridade a que tiveste de fazer frente quando decidiste percorrer um determinado caminho eleitoral.

+
8-3-2007

Se os que detêm o poder (político, económico, religioso, financeiro, nuclear)nada têm feito e nada querem fazer para contrariar e acima de tudo evitar as ameaças globais que pendem sobre o Planeta, não serão as pessoas que, individualmente, ou em grupos ecológicos, ou mesmo em ong’s, vão poder alguma coisa.
E muito menos quando num país como os Estados Unidos da América ganham os candidatos que não deviam ganhar e perdem os candidatos que deviam ganhar.
É aí que a viragem terá de se fazer, a nível de paradigma e em que a mudança de paradigma terá que se fazer, a bem ou a mal.
+
9-3-2007

A questão das eco-tácticas, com que finalizas o teu documentário, nem sequer é o de serem uma pinga de água no oceano de destruição e poluição.
Além de ingénuas – uns 5% do que seria necessário para travar e inverter a escalada da destruição, as eco-tácticas ainda por cima, vão encorajar os fautores da hecatombe: vão ficar mais uma vontade, porque as multidões decidiram agir ecologicamente falando.
Uma ditadura da qualidade que obrigue os delinquentes a retroceder, é indispensável se queremos mesmo evitar o inevitável caminho para o abismo.
+
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De Ecologia Humana (-eh) só pudeste citar o triste e trágico episódio da tua querida irmã, que morreu com cancro no pulmão. Precisaríamos de outros tantos documentários como este teu para citar, mesmo ao de leve, tantos itens que este teu amigo, ao longo dos tempos, ao longo dos séculos, teve a ousadia de inventariar, tendo cunhado a palavra Ecologia Humana e Ecologia do Cancro.

POST SCRIPTUM:

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+ ÍNDICES DE ENTROPIA

 ACTUALIZAR DIA A DIA A LISTA DO COMPUTADOR
 RECORRER AOS RECORTES DA PASTA [ABJECTOS]

BIOMASSA
CLOROFLUORCARBONETOS
BURACO DO OZONO
NUCLEAR
RADIAÇÕES IONIZANTES
TRANSGÉNICOS
ENGENHARIA GENÉTICA
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
MEGALOMANIAS & MEGAGIGANTISMOS
ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
HACKERS & Cª
MEGA BARRAGENS HÍDRICAS

Todo aquele que promova, elogie, mercadeje qualquer destes itens deverá ser declarado, à luz da consciência humana, predador intencional, porque nem sequer tem a desculpa de ser um predador natural como alguns animais.
Nem sequer a crítica é aceitável.
Apenas a rejeição radical pura e simples.


+
[Links para essas antevisões do futuro próximo podem ser encontrados a partir de alguns itens , como por exemplo:
Temas:
exaustão de recursos planetários
economias do desperdício
consumismo desenfreado
exploração do terceiro mundo pelo imperialismo capitalista
crescimento da fome mundial
destruição das duas florestas equatoriais: Amazónia e África Central, pela ganância de muitos gananciosos
a utopia trágico do crescimento económico infinito e exponencial]
+
[escrever esta carta com o mapa dos 500 links à frente, como reavivar a memória]
+
[na Mesa de Files, o código –sc= scan deve ter bastantes títulos de catálogo já no big-Bang ou a juntar ao Big-Bang]

GRATIDÃO A MIGUEL DE UNAMUNO



1-1 - 90-09-04 – ls > leituras do afonso - sábado, 12 de Abril de 2003-novo word - entropia>

RAÍZES DA DECADÊNCIA: O DESESPERO DOS HEDONISTAS(*)

[(**) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no jornal «A Capital», «Livros na Mão», 30-10-1990+-]

4-9-1990

A palavra «entropia» ainda não estava na moda quando Miguel de Unamuno escreveu «Del Sentimiento Tragico de la Vida», que agora aparece em nova tradução portuguesa(*). Em 1953, a editora Educação Nacional, do Porto, publicara a versão de Cruz Malpique, mais literal e académica do que esta que o Círculo de Leitores agora apresentou.
Para o filósofo de Salamanca - também romancista, poeta e dramaturgo - a condição humana já era entendida como maldição e prova, no que andou muito perto dos «pessimistas» como Schopenhauer, Nietzsche, Leopardi ou Kierkegaard e também de muitos que se viram englobados no rótulo de «existencialistas».
Mas de uns e outros ele se demarcou, pela intuição central que o título desta obra particularmente expressa: o «sentido trágico da vida» seria o sentido entrópico da vida que regula todos os sistemas morais do Ocidente, baseados num cego, obstinado e estúpido hedonismo. Essa seria, no Ocidente, a nossa «doença», que levámos séculos a difundir pelo Mundo, como a maior pandemia da História. Perdemos as raízes da sabedoria, que consistia exactamente em saber que o homem é energia e que toda a ciência se deverá resumir, afinal, em conhecer a arte de administrar essa energia.
A nossa «doença» chama-se «ignorância» e daí, dessa ignorância, o sentido trágico e cego do caminhar por este mundo. Ler Miguel de Unamuno e o seu diagnóstico, é ler os sintomas exacerbados da Doença que se reconhece, confessa mas não ultrapassa, e isso ainda por preconceito «cultural».
Fala Unamuno dos «Upanishads» mas o seu despeito irritado logo se revela nesta acusação ao monismo das cosmologias extremo-orientais que da Energia sabiam como ninguém mais voltou a saber: «aquilo a que eu aspiro, não é submergir-me no grande todo, na Matéria, ou na Força, infinitas e eternas, ou em Deus. Aquilo a que eu aspiro não é a ser possuído por Deus, mas a possuí-lo, a fazer-me Deus, sem deixar de ser o eu que vos digo ser neste momento. »
A «doença» ocidental, a que Unamuno chama «tragédia», um tanto exageradamente, caracteriza-se por criar essa espécie de catarata ideológica que impede de ver tudo quanto não seja e não ajude ao progresso da própria doença.
Para lá do interesse quase mórbido que a sua fascinante leitura suscita, especialmente aos que gostem de romances policiais, para lá do muito que se aprende e sofre neste testemunho humano de beleza inigualável que é o livro de Unamuno, importa ao militante da Heresia detectar algumas passagens francamente demonstrativas do apego ao erro e da rejeição apriorística das raras janelas terapêuticas que se podem abrir.
Pobres filósofos como este «trágico» Unamuno que, na imensa noite e na imensa doença da «civilização» ocidental, marraram contra as paredes do cárcere, não vendo que eram de vidro..., muitas vezes tendo na mão o amuleto - a intuição central da entropia cósmica - capaz de exorcismar angústias, revoltas, desesperos, mas sem o saber utilizar. Mais: alguns deles, como Unamuno, tiveram o amuleto na mão e deitaram-no fora.

Os filósofos ditos «pessimistas» e, em séculos mais recentes, os «existencialistas», com seus gritos, aflições, insónias e calafrios, são bem a imagem, o sintoma de uma «doença» cada dia mais incurável e de que a Poluição e suas sequelas é apenas um dos sintomas mais ridículos e insignificantes. Mas foi ela, a Poluição, que obrigou alguém a descobrir a palavra Entropia. Valha-nos isso.
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(*) «O Sentimento Trágico da Vida», Miguel de Unamuno, Ed. Círculo de Leitores
(**) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no jornal «A Capital», «Livros na Mão», 30-10-1990+-

domingo, 24 de outubro de 2010

4 ECO-PRECURSORES NA BIBLIOTECA DO GATO










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18/1/1992, Lisboa

APROVEITAR TODAS AS MIGALHAS: ANTOLOGIA DO PENSAMENTO ECOLOGISTA ATRAVÉS DAS ERAS

Não tem o radical-humanista, também conhecido por «radical-livre», assim tantos apoios bibliográficos que possa dispensar as poucas migalhas que vão caindo do lauto banquete filosófico e literário, que possa dispensar algumas preciosas obras, ainda que breves, ou autores, ainda que esquecidos, principalmente se esquecidos, se colocados no índex das ideologias que incomodam as ideologias totalitárias dominantes.
De maneira avulsa, com os dedos tolhidos de frio, tento reconstituir, só para não esquecer, aquela pequena lista de leituras que foram contributo ao despertar de uma consciência, em certa época chamada de ecologista, para facilitar.
Como não há nenhuma história do pensamento ecologista (ou há?), impõe-se reunir o avulso e o disperso, concatenando páginas, autores, obras.
Agora mesmo leio uma análise de Gabriel Marcel sobre a «funcionalização da medicina», a que Illich chamaria «medicalização da medicina». Católico e existencialista, mas simpático -- creio -- à resistência francesa, não é propriamente um pensador nas boas graças da moda, da Unideologia. Mas ele já tinha escrito uma das obras que mais me marcaram, lida na tradução portuguesa: «Os Homens Contra o Humano».
Simone Weil, também da resistência, já uma vez falámos desta autora: quer em «L'Énracinement» quer em «Opressão e Liberdade», é um quase manifesto de eco-humanismo (Ecologia Humana) o que aí se encontra.
Releio, para confirmar, a mística da Natureza em Jean Giono romancista e não há dúvida que passa à frente de todos os místicos da Natureza já por mim (re)conhecidos: D.H. Lawrence, Henry David Thoreau, mesmo o Herman Hess.
Quando li «O Jogo das Contas de Vidro» reagi exactamente por não corresponder à expectativa que obras dele me tinham criado, pelo discursivismo da narrativa e, quanto a misticismo, uma excessiva secura, quase comparável ao tecnocrata Umberto Eco desse apesar de tudo interessante «O Nome da Rosa».
Jamais duvidei, portanto, do interesse precursor que teve esse místico da Vida, apesar de a geração hippy o ter entendido na sua parte mais exótica e superficial. Aliás e já agora, relativamente a alguns profetas desta geração hippy, chegou o momento de fazer o balanço selectivo e crítico: deixando um bocado na sombra Marcuse ou Reich, que estiveram na ribalta, recuperar Allan Watts, por exemplo, que esteve mais na sombra, ou mesmo Theodor Roszack. Não são as obras mais faladas de Herman Hess -- à excepção de «Sidharta» -- as que maior marca me deixaram mas outras menos conhecidas, como «Narciso e Goldmundo» e «Ele e o Outro», que li nas edições naif da Guimarães.
A provar que Herman Hess está nos meus autores de cabeceira, que mais não fosse como abencerragem romântico, tal como Romain Rolland, é que, além de obras soltas, adquiri uma vez em Madrid as Obras Escogidas da Aguilar(colecção Nobel) em papel bíblia e capa azul celeste...A propósito dos autores pouco gratos à Unideologia totalitária, regresso quando posso aos católicos progressistas, ao Emanuel Mounier, da «L'Esprit», por exemplo, e, principalmente, ao Jean Marie Domenach, rotulados de «personalistas» e/ou «existencialistas católicos». Volto principalmente a essa obra-chave do pensamento ecologista que é «A Propaganda Política» de J.M. Domenach.
O que eu quero dizer com estes exemplos é que a escassez de fontes para apoiar o pensamento ecologista é tal que não deverá haver escrúpulos, se a ajuda nos vier dos místicos, católicos, existencialistas, «out-siders» sem lugar na história da Filosofia e às vezes nem sequer da Literatura.
Já agora: a maior descoberta da mística ibérica -- mais concretamente catalã -- foi a que fiz há um ano, com esse monstro chamado Raimundo Lull. Tirando o Ivan Illich, de facto, quem temos aí para nos guiar? Para nos dizer que não estamos defendendo absurdos, utopias, disparates?
Até em Alexis Carrel, essa polémica figura que, segundo disse alguém «pregou no deserto do século XX», até em Carrel, temos que procurar, apesar da sua estimada Fisiologia e da concepção materialista mecanicista, migalhas de um fundo humanista para a medicina, que fez traduzir «O Homem, esse Desconhecido» em 17 idiomas.
Apesar do Nobel, há em Carrell lampejos e intuições subversivas que o pensamento ecologista não poderá desdenhar, ultrapassando algumas contradições mais gritantes dessa estranha figura de médico que acabou non grato ao sistema e de cuja morte, inclusive, pouco se sabe, envolta que está em alguns mistérios. Fechamos os olhos ao colaboracionismo de que o acusaram, sabendo que ele escreveu «Medicina oficial Y medicinas Heréticas», texto de abertura de uma antologia de autores, relíquia que eu descobri num «bouquiniste», edição catalã (claro!) de Luis de Caralt, mas que vem da editora Plomb de Paris.

SE A SAÚDE FOSSE CONSUMIR MEDICAMENTOS

Se metermos o vírus da subversão ecologista no sistema médico, não é a reforma da medicina o que se preconiza; nem se escolhemos entre medicina privada e medicina colectivizada; nem se o preço dos medicamentos é comparticipado. O vírus ecológico no sistema médico, como nos outros sistemas, visa abrir alternativas ecológicas ao sistema. E o alternativo, no caso da saúde, é conservá-la em vez de combater a doença (dogma número 1 da minha religião). É cada um tomar em mão, desde pequenino, quando ainda torce o pepino, a sua própria saúde, quer dizer, o seu próprio destino, aprendendo como primeira matemática a contabilidade kármica e como primeira geometria do universo o mapa dos meridianos da Acupunctura. Este é o dogma número 2 da minha religião -- «se vires alguém com fome, dá-lhe de comer mas ensina-o a pescar» -- pois toda a educação ocidental vai no sentido inverso: submissão e dependência ao sistema. Isto tem tudo a ver com a «descolonização do doente» -- dogma número 3 da minha religião -- e nada a ver com (consumos de) medicamentos, vacinas, próteses, serviços hospitalares, próteses, cirurgias, enfim, o inferno da monodependência. Transição para a radicalização do «cada um médico de si mesmo» -- dogma número 4 da minha religião -- é o «Professor de Saúde», a que outrora se chamava higienista e muito bem mas que parece ter caído em desuso, nas profundas do esquecimento, mais uma espécie extinta sem desgosto para ninguém.
Obliterando-se como disciplina global holística, a Higiene ou Prevenção fica reduzida, nas escolas, ao ridículo das vacinas e pouco ou nada mais. O professor de saúde, se existisse, ensinaria todas as regras, das antigas às modernas, que se conhecem para conservar esse bem precioso que é a saúde, para evitar que os vários sistemas (tantos) que vivem da doença continuassem vampirizando (e fazendo sofrer) a pobre humanidade (dogma número 5 da minha religião).
O professor de saúde passa pela holística, pela Ecologia Humana, pela Toxicologia, pelos diagnósticos empírico-holísticos, pela medicina metabólica (subsumida neste momento na amálgama de uma especialidade médica inactuante -- a Endocrinologia -- e nas pseudo-alimentações racionais), passa pelas terapias paralelas já confirmadas pela prática e pela experiência, passa pela autocontrole alimentar, passa pelas técnicas e/ou tecnologias apropriadas de saúde. Escrevem-se sobre doenças milhares de livros, e outras tantas toneladas sobre especialidades médicas.
Sobre Holística da saúde, temos que andar com uma lanterna, a escolher e a separar muito bem escolhido o trigo do joio, a experiência confirmada do charlatanismo beato e barato. É urgente, portanto, pôr em prática o Perfil Holístico Individual (Dogma número 6 da minha religião). ■

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O LIVRO EGÍPCIO DOS MORTOS







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A «IMORTALIDADE» AO ALCANCE DOS MORTAIS(*)

3-12-1996
- Caderno de encargos para outra vida – viagem de ida sem regresso -- o que ficou conhecido por «livro os mortos egípcio» (*) toma notas sobre o que se deve preparar neste mundo com vista a ter, pelo menos, duas assoalhadas garantidas no outro.
Quem vai pró mar avia-se em terra e há que passar a grande prova dos símbolos. Como tudo quanto os egípcios anteriores a Mubarak faziam, na senda dos protochineses e outros habitantes do Continente Mu (vulgo: Atlântida), como, por exemplo, os Tibetanos, há que dar prioridade a quem se apresente pela direita quando o tráfego é intenso. E o tráfego (tráfico), nos dias que correm, com o afluxo de canais, está congestionadíssimo de símbolos e ícones, pelo que ter à mão de semear um guia rápido de como se foge à morte afrontando-a é, apesar das dificuldades de criptografia, de útil manuseio.
Mas este «cardfile» do inferno, agora editado com uma olímpica coragem pela Assírio & Alvim(*), tem ainda outros atributos desinquietantes. Cada investigador que o encontra, fica com histórias para contar toda a vida -- como se preparasse os próximos capítulos de reincarnações futuras. Ninguém pode estar quieto com este papiro da Morte à cabeceira, com esta telenovela pré-bíblica (e prédiluviana), com a primeira «obra aberta» do Mundo que a humanidade escreveu, ainda o sr. Umberto Ecco não tinha nascido, mais a sua tecnocracia das letras e muito menos a ninhada de discípulos que ele havia de gerar por aqui.
Comparado com o chamado «livro dos mortos tibetano», que encantou o alucinogénico e psicadélico Timothy Lear, não se notam logo as semelhanças, porque à vista desarmada não se vê nada do que importa ver. É preciso fechar os olhos.
Quem quiser fazer a viagem ao fim da Noite terá que tomar, não só algumas precauções cautelares (não comprar o livro, por exemplo) - como recomendaram dois mestres deste tipo de carreiras de autocarro, o Alan Watts (neobudista da Califórnia) e o Henri Michaux (voz da Poesia Mundial).
Pegue-se pois com pinças ou/e luvas de borracha, neste tipo de tábuas da lei, que nada têm a ver com a canja de letras do Moisés, antes pelo contrário, quando cristianismo e judaísmo surgiram para disputar o império da alma humana, baratas após o Dilúvio, já Egípcios, Protochineses e Tibetanos sabiam a escola toda. Os chineses, em vez de livro dos mortos, chamaram-lhe «livro do imperador amarelo», vulgata do «Tao Te King».
Mais tarde os gulags das religiões de Estado completariam a Obra das religiões sacerdotais. Não se confunda, porém, com nenhuma delas, a fonte perene e pós-moderna que deriva destes hieróglifos, destas figurinhas perfiladas (pintadas de perfil) e sentadas como quem escreve a carta diária aos deuses da sua paixão.
As próprias bruxas de Jules Michelet -- que eram analfabetas como todos os alfabetos sabem -- foram lá beber. Porque como diria o Prof, nas fontes frescas é que a gente deve abeberar-se.
A orgia de traduções-traições que tem sobrevoado, em ataques cirúrgicos, ambos os chamados «livros dos mortos», quer egípcio quer tibetano, mostra bem que se trata não só de um best-seller tão importante como o Kundera, mas da tal «obra aberta» que tudo contém e que, portanto, permite todas as retroversões, incluindo as eruditas, que dão bastante gozo aos eruditos, como sabem todos os ignorantes e analfabetos.
Com o advento das «novas tecnologias» e logo que o livro dos mortos esteja gravado em disquete, passa a ser um divertimento ainda mais interessante do que o I Ching, outra das «obras abertas» que mais retro-versões tem merecido dos sinólogos.
Quem quiser escrever poesia ou jogar o tarô, não tem mais do que abeirar-se e servir-se. Mas cuidado com o banquete. Como avisou Cesariny à entrada do (seu) inferno, ninguém se convença de que o bilhete de entrada para a eternidade custa tanto como uma plateia de Pavarotti: mesmo em petrodólares, o acesso à vida da morte (Leão Chestov dixit), custa os olhos da cara, meus senhores, e cada um lá sabe o preço dos olhos que tem.
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(*) «Livro dos Mortos Egípcio», Ed. Assirio e Alvim

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

NÚCLEO NOVA NATUROLOGIA





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NÚCLEO NOVA NATUROLOGIA

INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS:

UM NOVO PARADIGMA PARA UMA NOVA NATUROLOGIA

10/JUNHO/1999 - O que era, até há 10 anos, um défice de informação científica no campo da Naturologia, transformou-se, como por encanto, numa overdose informativa, que acaba por asfixiar, pela quantidade, o que antes havia de menos.
Trata-se agora, em Naturologia, de proceder a uma selecção rigorosa da informação científica disponível, quer em bibliografia, quer na Internet.
As novas gerações que enveredam pelas carreiras da Naturologia, certas de que o futuro está aí, deverão fundamentar um rigoroso critério de avaliação, selecção e hierarquização de conhecimentos científicos, a começar nas ciências do antigamente que deverão ser ou não ser ensinadas.
O peso destas ciências (a que corresponde uma velhíssima metodologia e uma ultrapassadíssima ideologia) no ensino da Naturologia é ainda opressivo, sem que as instituições (escolas e institutos de ensino, nomeadamente) possam fazer nada, elas próprias prisioneiras do impasse e bloqueio que o excesso de informação (do Novo e do Velho paradigma) foi criando nos sistemas de aprendizagem.
Se as instituições, pela sua inércia intrínseca e pelo seu natural imobilismo, nada podem fazer para avançar em frente e para garantir a viragem do novo paradigma científico, terão que ser os «contemporâneos do futuro», os núcleos de novos investigadores e de novos pesquisadores, os grupos de entusiastas, de pessoas com espírito de inovação que terão de encetar essa tarefa de inovação e desenvolvimento.
Maior equilíbrio entre teoria e prática, maior equilíbrio entre cérebro esquerdo e cérebro direito, maior equilíbrio entre teorias biológicas obsoletas e teorias biológicas do novo paradigma, maior equilíbrio entre memória e inteligência, maior equilíbrio entre acção e meditação, maior equilíbrio entre rotina burocrática e espírito de criatividade, maior equilíbrio entre hiperanálise e globalização holística, entre visão macroscópica e visão microscópica (hoje imperante e exclusivista) é o que a nova elite nascente terá de assegurar.
Para ajudar a formar essa elite de novos naturólogos - elite que irá, a pouco e pouco, constituindo um lobby de qualidade face aos lobbies (comerciais) da quantidade hoje dominantes, quer em alopatia quer em naturopatia, - foi criado o Núcleo de Estudos Avançados Nova Naturologia (abreviadamente Núcleo Nova Naturologia, ou ainda NNN) com a missão vanguardista de estudar algumas das linhas que fundamentam um novo critério para um novo paradigma de uma nova naturologia.
É assim que, sem descurar nem menosprezar os grandes sistemas tradicionais - medicina tradicional chinesa, ayurveda, medicina tibetana - , sem menosprezar a preciosa tradição hipocrática e neo-hipocrática, a prioridade do Núcleo NN se dirige ao trabalho de estudo, avaliação, selecção e afinamento das práticas e teorias terapêuticas surgidas no século que agora finda, algumas ainda mal testadas ou mal exploradas.
Se há no mundo de hoje uma contagem decrescente cheia de nuvens negras, com tintas apocalípticas e catastrofistas - há que contrapor uma contagem decrescente, um countdown de esperança, tal como o imperativo cósmico-biológico nos impõe.
Estamos no limiar da 2ª Idade de Ouro e seria uma pena que não fôssemos merecedores dessa dádiva cósmica. É a última chance do Planeta Terra.
Eis algumas linhas ou matérias curriculares, no campo das ideias naturológicas, que o Núcleo NN se propõe estudar, analisar, avaliar, avalizar e trazer ao limiar das 1ªs prioridades:
A) O novo e maravilhoso mundo das terapias vibratórias impõe-se, desde logo, como linha privilegiada.
B) Segue-se o campo das medicinas do terreno, «metabolic medecine», com uma problemática algo polémica e que tem de ser filtrada criticamente, para sabermos o que vale e o que não vale nestas práticas ortomoleculares
C) O renascimento das curas mágicas e alquímicas ( a que o médico norte-americano Deepak Chopra chama «curas quânticas») é outro campo que deverá passar ao crivo da crítica e transitar de tabu proibido a tema de livre e aberta discussão.
Muitos grupos falam de iniciação - alguns abusivamente - mas é urgente e necessário saber os fundamentos da cura iniciática e de que forma ela entronca, quer no esquema egípcio das 12 ciências sagradas, quer na nova ciência do novo paradigma.
D) As teorias biológicas que fundamentam a Nova Naturologia deverão também demarcar-se das que geraram a medicina hoje moribunda, sendo objecto de uma revisão crítica, na medida em que foram abafadas por teorias biológicas que conduziram ao sucesso comercial (mas à falência ideológica também) das actuais prática médicas - farmacêuticas e cirúrgicas.
O Núcleo NN depara-se assim com 2 desafios:
a) de um lado, as teorias biológicas (nomeadamente a microbiana, a darwinista e a maltusiana) que levaram à medicina alopática e químico-farmacêutica (e portanto ao fenómeno apocalíptico da iatrogénese);
b) do outro lado, as teorias biológicas esquecidas mas que é necessário ressuscitar no sentido do novo paradigma e do novo imperativo cósmico.
E) O espírito de trabalho que anima o Núcleo NN não é o de fazer crítica cerrada ao que está mal ou mesmo péssimo, mas investir todo o tempo e as melhores energias no estudo das alternativas ecológicas ao que está mal no sistema e na ideologia do sintoma.
Por isso uma das linhas dominantes do Núcleo NN será a linha ecológica, já que sem diagnóstico ecológico (até agora cantonado na área maldita da chamada Saúde Pública) não há hoje, na sociedade industrial de mil e uma poluições, possibilidade de estabelecer uma etiologia correcta e uma correcta terapia.
O diagnóstico ecológico (e a ecologia como alguns poucos a entendem) é assim decisivo pra a fundamentação científica da Nova Naturologia e das práticas dela decorrentes.
Entre outros motivos porque o diagnóstico ecológico (a despistagem de factores ambientais adversos na génese das doenças) é fundamental na opção-chave da Nova Naturologia, respeitadora das leis biológicas fundamentais.
F) Tratando-se, com efeito, não só de praticar alternativas ecológicas de vida e de cura às antigas terapias sintomatológicas (que multiplicam logaritmicamente as doenças, em vez de logaritmicamente as diminuir) mas de apontar para a nova linha do próximo futuro, que não será tanto o terapeuta no sentido clássico mas o professor de saúde no sentido ultramoderno.
O Núcleo NN, ao criar um grupo de elite que transmita a nova mensagem, dirige-se , fundamental e prioritariamente, à formação de professores de saúde, vanguarda da Naturologia.

Resumindo e concluindo: fazer a triagem crítica e analítica das terapias alternativas naturais que têm surgido nos últimos 10 ou 20 anos, é o principal objectivo do NNN.
Na lista publicada pela Organização Mundial de Saúde na obra « Médecine Traditionnelle et Couverture des Soins de Santé» ( OMS, Genève, 1983) , eram propostas cerca de uma centena de novas e antigas terapias como alternativas à alopatia. (Ver file plurimed> ).
É necessário e urgente estudar o valor relativo dessa terapias, as que, fundamentadas em bases científica e/ou empíricas, devem merecer a melhor atenção das novas gerações de naturólogos.
Os grandes sistemas tradicionais - acupunctura, ayurveda, medicina tibetana, etc - têm, como já dissemos, um lugar insubstituível na prática e no ensino da Naturologia, nomeadamente os que se fundamentam na mais antiga cosmobiologia da terra, que é o yin yang taoísta. O seu valor é indiscutível e não há nada a rever naqueles sistemas que os milénios consagraram. Há só que aprender.
Já o mesmo não acontece nas múltiplas terapias alegadamente baseadas em princípios da ciência analítica.
Com estes objectivos - talvez ambiciosos mas justos, urgentes e necessários - o Núcleo NN arranca a sua primeira iniciativa, um ciclo sobre «Informação Biológica e Saúde».
A bioinformação é, aliás, o campo onde o défice informativo de há 10 anos tem sido drasticamente alterado para o seu oposto: a overdose informativa nos livros, autores e Internet.
O Núcleo NN apenas deverá triar , com critério, - ou seja, com inteligência, com ideias e com intuição - esse manancial informativo, de modo a separar o trigo do joio, de modo a joeirar a palha que é a fibra celulósica necessária ao estímulo da vesícula biliar mas que, neste caso, bloqueia o processo de comunicação.
Há que peneirar a informação disponível.
Comunicação em geral e comunicação intercelular em especial bem pode ser o nosso slogan, o nosso emblema, o nosso programa e a nossa hipótese de trabalho a testar experimentalmente.
Docentes e discentes, todos podem juntar-se a nós e dizer se apoiam este programa de trabalho.
Deixem o vosso nome e morada, no papel distribuído para o efeito, para que sejam contactados nas futuras iniciativas públicas do Núcleo NN.
Neste momento - 10 de Junho de 1999 - assinam e respondem pelo Núcleo NN, os seguintes nomes:
Luísa Valdeira
Carlos Campos Ventura
Novaes
Afonso Cautela
Armindo Caetano