quarta-feira, 17 de março de 2010

HOLÍSTICA 1988

1-23 domingo, 7 de Dezembro de 2003
segunda-feira, 14 de Outubro de 2002- urgente e necessária publicação on line deste texto decisivo e tipo manifesto – prioridade absoluta
merge da série wri holi e um grande conjunto do mesmo tema - para um manifesto da medicina ecológica- capítulo do livro principal - holi-0- -> 13 files wri HOLI num único file novo word - talvez com nomes diferentes de origem muitos destes files senão todos já foram reconvertidos em novo word e impressos manifes1> medicina> manifest>- 26 de Abril de 1984 a 20/Setembro/1992


1988: HOLÍSTICA - DA PALAVRA À ACÇÃO

1
Holismo , s.m. - Expressão comum a várias línguas ou a vários dialectos (do grego «holikos», universal).

2
Para lá da sua natural elasticidade e mobilidade, para lá da sua antiguidade mas, ao mesmo tempo, da sua quase repentina e renovada modernidade, a palavra «holística» tem a seu favor outro grande mérito: não tem o sufixo «logia», sufixo que integra todas as ciências estabelecidas, e fica por isso e assim livre de vassalagem ou submissão epistemológica a uma raiz científica ortodoxa.
Como a palavra indica, «holística» é o universo do diverso, fica na fronteira de todas as ciências humanas. Tal como a palavra «dialéctica», o dinamismo da palavra «holística» permite, à concepção que expressa, ultrapassar constantemente o imobilismo estático das palavras que carregam consigo o pesado lastro do sufixo «logia».
3
[Exemplos de entidades em cuja designação entra a palavra «holística»:
-Instituto Holístico para a Investigação de Doenças Metabólicas e Cancro
-Congresso Mundial de Medicina Holística - 1983 - Ceilão
-Centre Holistique Europeen
-Université Holistique]

HOLÍSTICA - Ideias-força

DA SAÚDE PÚBLICA À ECOLOGIA HUMANA

1- Se o cancro está no ambiente, só mudando o ambiente (inclusive alimentar) do doente se erradicará o cancro; atacar o sintoma é anticientífico e irracional; procurar a causa ambiental é radical, lógico, ecológico e científico
2 - A desastrosa sociedade industrial chama progresso à soma aritmética de retrocessos que são as calamidades e catástrofes industriais, com todos os seus reflexos na saúde das populações (a chamada «saúde pública»): na Idade Média chamavam-se «epidemias», hoje chamam-se «doenças da civilização»
3 - O mais conveniente para a saúde e segurança do consumidor é, infelizmente para ele, o mais impopular em termos de opinião pública e comunicação social: prevenir é sempre mais económico que remediar. O simples é sempre mais barato que o complicado. Não há economia, mesmo de saúde, enquanto sistematicamente se cultivar o desperdício
4 - Dado que o desenvolvimento económico é feito sempre à custa do subdesenvolvimento humano, deixar ao Estado a defesa do consumidor, em matéria de saúde pública, é o mesmo que entregar a Drácula um banco de sangue
5 - Prevenir é sempre mais económico que remediar. O simples é mais barato que o complicado. Não há economia, especialmente de saúde, enquanto sistematicamente se cultiva o desperdício. por mais óbvios que sejam os princípios desta natureza, os sociólogos querem ir mais longe, exigem dados numéricos
5 - De tal maneira as noções de profilaxia básica se arreigaram nas instituições - desde a escola aos governos - que ninguém vai para a mesa sem lavar as mãos...
Uma direcção geral da inspecção económica, por exemplo, ao defender a saúde pública e os direitos (interesses) do consumidor, é no campo do «asseio» e dos aspectos «sanitários» que actua com maior ênfase.
Da higiene que há um século se preconizava até à ecologia humana que se tornou a ciência angular das sociedades modernas e das respectivas práticas médicas ou terapêuticas, vai um longo e penoso caminho: do monopólio ao pluralismo, do monolitismo despótico à diversificação e liberalização democrática, da barbárie à civilização, do despotismo à liberdade.
5 - Às «grandes» políticas globais e abstractas (ditas macroeconómicas) o técnico holístico de saúde prefere raciocinar em termos de acções concretas e positivas: às «grandes soluções», que pouco ou nada solucionam, prefere o «faça você mesmo», o «small is beatiful» que, em termos de saúde, equivale ao «trate-se a si mesmo» e ao «cure-se a si próprio» das autoterapias
6 - Preconizando para problemas de raiz, soluções radicais, atribuindo, em matéria de saúde, prioridade à estrutura antes da conjuntura, à causa antes do sintoma, ao terreno orgânico antes do órgão, podem eleger-se palavras de ordem tão óbvias como: «diz-me que ar respiras, dir-te-ei quem és; diz-me o que comes dir-te-ei o que pensas; diz-me o que bebes, dir-te-ei o que sentes; diz-me que poluições apanhas e dir-te-ei de que doenças sofres... etc

DA MEDICINA HIPOCRÁTICA À HOLÍSTICA

1 - «Acima de tudo não prejudicar» e «Que o teu alimento seja o teu medicamento»: duas máximas hipocráticas que podem figurar à entrada da mais moderna ciência holística da saúde
2 - Algumas questões de fundo para reflectir:
Quem terá de se curar: os médicos (alguns) ou a medicina natural alternativa que vem desde Hipócrates? A medicina sem saúde ou a medicina que cura?
Autocura não é automedicação: quem poderia, estando de boa fé, pensá-lo?
Combater a doença é precisamente o contrário de conservar e defender a saúde

DA HOLÍSTICA À AUTOTERAPÊUTICA:DIREITOS E DEVERES
DESCOLONIZAR O DOENTE
5 pontos vitais:
1 - O seu a seu dono: a medicina para os médicos, a saúde para os doentes
2 - Pela saúde de todos: a cada um o que é de cada um
3 - O direito à saúde começa no dever de a saber conservar
4 - A medicina democratiza-se pelas autoterapêuticas
5 - Nós, consumidores de medicinas, também queremos a palavra
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6328 caracteres manifest>medicina>manifest>inéditos ac - 1988

SAÚDE SEM MEDICINA

(JOGAR À DEFESA)

Subsídios para um manifesto holístico
*
Holística é a ciência da saúde, Medicina é a ciência da doença.
Aos médicos, pois, a medicina e a Holística a todos os cidadãos-consumidores, nomeadamente os que se especializaram nessa área: os técnicos holísticos de saúde.
*

Uma política preventiva de saúde, nas suas duas vertentes, a da higiene pública e a das bioterapêuticas, permitirá economizar ao Estado ( a todos nós) milhões de contos por ano: ter isto sempre presente como um punhal cravado no escândalo do desperdício que são os gastos públicos com medicamentos, é o dever fundamental de qualquer pessoa minimamente consciente das suas responsabilidades como cidadão de um país pobre.
1
No momento crítico que as ecoterapêuticas atravessam face aos poderes públicos, com perseguições a rusgas policiais, rafeiros e mastins da Imprensa assolados às canelas, é urgente manter a serenidade (própria de quem está dentro da razão)e não oscilar nos pontos fulcrais de uma estratégia defensiva inteligente, face à ignóbil e suja guerra que a medicina move contra os seus doentes, vítimas e refens.
A única maneira de a Ordem dos Médicos ficar sem o seu alvo de ataque predilecto - usurpação de título é a única acusação até agora com algum fundamento, entre as que ela regularmente lança aos naturoterapeutas - é estes elegerem como tónica dominante da sua acção não a medicina, mas exactamente as terapêuticas, as técnicas terapêuticas - ou, ainda melhor, holísticas, às quais todas as pessoas, pelo facto de o serem, têm o direito de acesso reconhecido na Constituição da República.
O facto de as terapêuticas naturais ou/ e técnicas holísticas (profilaxia da saúde) estarem vocacionadas para defender e conservar a saúde e não para combater a doença, mostra qual deve ser a palavra de ordem de uma estratégia defensiva, dos que advogam uma política de saúde contra a malfadada política da doença.
Saúde, prevenção da saúde, higiene individual e profilaxia, profissões e profissionais de saúde, estudantes e professores de saúde, técnicos de saúde, consumidores de saúde - pode constituir assim a nomenclatura básica, os «cavalos de batalha» da nossa defesa, deixando a medicina aos médicos e a doença aos profissionais da doença.
Desde que a Medicina não interfira na nossa área - defesa da saúde, um direito fundamental do homem, a que a Constituição da República Portuguesa curiosamente chama também «dever» - não seremos nós, defensores da saúde pelos meios naturais, a preocupar-nos com a Medicina e a sua ordem.
2
Ideias de fundo a que deve obedecer a estratégia defensiva da naturoterapia:
-defender a saúde muito mais do que combater a doença
-despistar e debelar causas em vez de abafar e reprimir sintomas (efeitos)
-praticar a higiene alimentar de acordo com a mais antiga experiência dietética
-ignorar a medicina e a Ordem dos Médicos como elementar medida de higiene e profilaxia
-focar todo o discurso defensivo na palavra «saúde», na «conservação da saúde», na «higiene alimentar», na «higiene pública», na «saúde pública», nas «técnicas terapêuticas», nas «práticas holísticas», etc
-procurar enquadramento nas normas de índole progressista emanadas da OMS e condensadas no slogan «Saúde para todos no Ano 2000»
-alinhar pelos ensinamentos da ecologia alimentar, recusando alimentos refinados, industrializados, conservados, liofilizados, alterados, adicionados de químicas, desequilibrados, desvitalizados, etc.
-alinhar criticamente em todas as análises feitas pela ecologia humana à patológica, doentia e mortífera sociedade industrial, principal fonte contemporânea de doenças: raras são hoje as doenças que não sejam doenças do ambiente, da poluição, dos consumos, da civilização, do estilo de vida, do trabalho, do stress, etc.
-confiar na vitória final das técnicas holísticas e profilácticas, deixando a medicina reduzida aos seus redutos traumáticos, à cirurgia de urgência e pouco mais
-usar, sempre que possível, serenidade que não exclui energia, na análise dos sofismas e contradições com que a medicina química continua amarrando e colonizando as pessoas
-apelar a todos os profissionais de saúde para uma vigilante autocrítica e a uma constante cura de humildade
-elaborar, quanto antes, um código deontológico para a profissão de técnico holístico de saúde ou professor de saúde
-não confiar demasiado nem exclusivamente na «solução total» que o Estado possa vir a dar à chamada «oficialização» das medicinas livres
3
Se os doentes precisam de ver reconhecido o direito à medicina que cura e que escolheram como um direito fundamental do cidadão, a questão respeita unicamente ao consumidor de medicinas e a mais ninguém: é o momento de encorajar os consumidores de saúde a dinamizar o seu próprio movimento de autodefesa, frente a naturopatas e outros alopatas
-Tem havido, até agora, na polémica em torno das «medicinas leves», uma atitude bastante umbilicalista da classe dos naturoterapeutas: só muito raramente tem sido invocada a sua «base social de apoio», ou seja, o grande movimento de ideias e de opinião que são os adeptos e consumidores das ecoalternativas ecológicas e holísticas (alternativas médicas?) e das tecnologias terapêuticas apropriadas
-Entre a medicina que trata e a medicina que cura (ou previne), o consumidor de ambas deve constituir-se em Interlocutor Principal de toda esta guerra, com a qual, às vezes, até nem tem nada a ver ou da qual se limita a ser passiva vítima
-Se quem trabalha deve fazer-se pagar pelo preço justo e compensador, é tempo também de não ir longe demais nesta matéria: se se quer deontologia e moralização dos costumes naturopáticos, não nos podemos ficar apenas pelo campo das competências técnicas mas também exigir nível moral aos praticantes
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CADA MACACO NO SEU GALHO

A Naturopatia aos naturopatas
A Naturoterapia aos naturoterapeutas
A informação aos jornalistas...

Se o campo da naturopatia ou naturoterapia está invadido de charlatães e aldrabões, também a informação alusiva às alternativas terapêuticas deixa muito a desejar, não sendo elaborada nem produzida pelos que tinham obrigação de a produzir com melhor qualidade, os profissionais da informação
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AFINAL ELAS EXISTEM
FACTOS CONTRA FANTASMAS

Testemunho pessoal em outubro de 1988 como contributo a um relatório impessoal sobre a necessidade e urgência de uma informação sobre o mundo (sector) holístico

Afinal as «medicinas heterodoxas» existem, apesar dos enormes esforços que em Portugal a Comunicação Social mais influente faz para as deixar despercebidas.
Como o que tem de ser tem muita força, volta e meia chegam notícias do «mundo holístico», aquele que tem como centro o universo humano, prioridade de todas as prioridades, provando que afinal alguma coisa mexe no campo da saúde (prevenção e profilaxia) e de que nem só do combate à doença (medicina) morre o homem.
[Se ainda não há muito tempo, toda a Comunicação Social deste País ignorou os «15 anos do Movimento Ecologista», exposição de 25 painéis que esteve patente 5 dias no Forum Picoas (entre 23 e 29 de Março), é muito provável que ignore também o mundo de factos e realidades que hoje se conhecem sob a designação de «movimento holístico».
A dúvida, aliás, é se há mesmo ignorância (e a natural inocência que a ignorância dá) ou se há demasiada ciência neste fenómeno de omissão e a arrogância que toda a ciência dá.
Excepção nesta «conspiração de silêncio» foi o presidente da República, que oficiou ao Forum Holístico Internacional a sua decisão de ter aceitado presidir à Comissão de Honra do Congresso Holístico, que em segunda edição se realizou em Lisboa, no Hotel Penta, dias 23, 24 e 25 de Abril de 1988.
Para a Presidência da República, pelo menos, o movimento holístico existe, o que não deixa de ser reconfortante e de nos dar uma certa esperança de ver um dia destes a luzinha ao fundo do túnel e melhores dias para este país de canibais à solta.]
[Claro que a dúvida hamlética sobre o ser ou não ser da Holística (das medicinas ditas naturais) é um facto praticamente exclusivo deste País de anedota, que elegeu Herman como seu patrono.]
Em qualquer parte da Europa dos Doze, as actividades holísticas são prática corrente e as medicinas ditas alternativas ou naturais consideradas como técnicas terapêuticas em pé de igualdade com a medicina estabelecida oficial. [: não só não comem crianças ao pequeno almoço como fazem ganhar bom dinheiro a muito boa gente.]
[Ser alternativa ao sistema já não é crime, em outros países da Europa mas aqui, em Portugal, ainda é vergonha, uma espécie de blenorragia que se esconde das visitas.].
[Mas nada como os factos para (tentar) desfazer nevoeiros de D D.Sebastião e fantasmas de obscurantismos e inquisições.
Contra o nevoeiro do obscurantismo português, em matéria de novos ventos que sopram para o «universo humano», os factos podem coligir-se em catadupa e a dificuldade está só em seleccioná-los.]

ACONTECIMENTOS NÃO FALTAM
DE ANTON JAYASURIYA (SRI LANKA) A FERMIN CABAL (ESPANHA)

Acontecimentos do mundo holístico, não faltam. Por exemplo.
Em Benalmádena-Costa, a 4 Km de Torremolinos e a 20 de Málaga, reuniu-se, de 21 de Abril a 1 de Maio de 1988, o 14º Congresso Mundial de Medicinas Naturais, iniciativa que regularmente se realiza em países europeus mas que irradia, imagine-se, do Sri Lanka, onde Anton Jayasuriya, com a sua organização «Medicina Alternativa» (assim mesmo, com este nome português, a lembrar que Sri Lanka já se chamou Ilha de Colombo e já foi do domínio português...) fez da medicina tradicional do seu País a melhor marca registada para levar a todo o Mundo o prestígio da sua própria cultura.
Com a Acupunctura, o Sri Lanka, através de Anton Jayasuriya, tem vindo a conquistar as elites europeias e não é por acaso que, dos países anglo-saxónicos, o eixo começa a deslocar-se para os países latinos, sempre mais demorados em reagir aos estímulos: é a segunda vez que o Congresso Mundial de Medicinas Naturais se realiza na Costa sul de Espanha.
É de recordar também que o primeiro Congresso Mundial da CIA-MAN (Confederação Internacional das Associações de Medicinas Alternativas Naturais), realizado em 25-27 de Abril de 1986, significou um esforço pessoal de Fermin Cabal, advogado de Madrid consagrado às medicinas que curam, para a definitiva consagração das medicinas leves.
O assunto da oficialização destas medicinas está ainda pendente nas instâncias do Parlamento Europeu, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenta libertar-se dos «lobbies» internacionais da Farmácia para poder pôr em marcha o programa de Alma-Ata em favor das terapêuticas naturais, campanha que vigora sob o eufemismo «Saúde para todos no Ano 2000».
A provar que o «movimento holístico existe» e que as medicinas alternativas são um facto científico comprovado, bastaria lembrar algumas instituições de prestígio que não se envergonham de ser quem são e de levar o nome que levam.
De um ficheiro onde se encontram arquivados cerca de 300 endereços de uma dezena de países, respigamos os nomes de algumas instituições que, por exemplares, podem servir de exemplo a uma realidade que teima em ignorar-se em Portugal, ou antes, que a Comunicação Social em Portugal teima em ignorar :
-American Biologic Hospital
-Arizona College of Homeopatic Medicine (Arizona)
-Community Helth Foundation(Associação de Medicina Holística) - (Londres)
-East West Foundation (Boston)
-East West Macrobiotic
-Escola Medicorum Botanicae (Barcelona)
-Faculdade de Medicina de Paris XIII - Departamento de Medicinas Naturais - (Bobigny)
-Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (UNI-RIO)
(RIO DE JANEIRO)
-Hospital Saint-Justine (Monréal - Quebeque)
-International Institute for Research on Metabolic Diseases and Cancer
-London's Royal Homoepathic (Londres)
-New England School of Acupuncture (Boston - Massachusets)
-Nutrition - Hidden Walley - Humanities Califórnia Research
(USA)

ALTERNATIVAS NA TELEVISÃO PORTUGUESA
A atenção, ainda que viciada ou viciosa e sectária, por parte dos «mass media» em relação às «tecnologias alternativas de saúde», é também uma prova de que existem e de que não são um sonho.
A RTP apresentou, em 1988 (?), uma série sobre medicinas que curam, mas já em 1985 divulgara um programa de oito episódios «The Medicine Man», da Anglia Television.
À parte este caso, que foi certamente por acaso, quando a televisão se mete no «campo alternativo» é sempre para dar oportunidade à medicina química de impor os seus pontos de vista[, quase sempre de forma troglodita e escolhendo bem os alçapões onde há-de enfiar os opositores.]

O EXEMPLO DE TRÊS REVISTAS FRANCESAS

Revistas francesas de grande prestígio não têm esquecido o tema.
Um número especial da revista «Autrement» era dedicado, em Dezembro de 1986, ao tema «Autres Médecines, Autres Moeurs», tinha 236 páginas e custava 80 francos franceses.
O semanário «Madame Figaro», de 13-19 de Dezembro de 1986, dedicava um dossier especial ao assunto «Médecines Douces», enquanto a «Elle» se ocupava de «Ayurveda - os segredos da Medicina indiana» - no seu número de 24/8/1987.
Em Março de 1985, era a revista «Science et Vie», tão ciosa dos seus pergaminhos científicos, que dedicava um dos seus números trimestrais às «Medicinas Paralelas».
No domínio da legislação progressista adoptada, a Austrália mostrava o caminho, fazendo aprovar, em 8 de Setembro de 1985, no Parlamento, a lei sobre Medicinas Naturais.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE AVANÇA

A Organização Mundial de Saúde editava, em 1983, a obra «Medicina Tradicional e Cobertura dos Cuidados de Saúde», o mais completo e sistemático repositório que já foi elaborado sobre o conjunto das mais preciosas medicinas tradicionais das grandes culturas do mundo como a tibetana, a chinesa, a indiana, etc.
Fazendo assim face às pressões multinacionais para ignorar ou omitir o assunto, a OMS consagra nesta obra e definitivamente as «artes terapêuticas» nas quais terá de se basear, para ser verdade e para ser democrática, a sua campanha «Saúde para Todos no Ano 2000», desideratum que só com as medicinas naturais e nacionais poderá conseguir-se, já que é impossível dotar todo o Mundo com os sistemas sofisticados e de alto custo para onde caminha a medicina de ponta... dita de «alta especialização»
No quadro que a seguir se apresenta, destacam-se com asterisco as «tecnologias apropriadas de saúde» que se encontram largamente referenciadas na obra monumental da OMS « Medicina Tradicional e Cobertura dos Cuidados de Saúde».

TERAPÊUTICAS HOLÍSTICAS de A a Z

Acupunctura*
Algoterapia
Aromoterapia
Astrodiagnóstico*
Aura*
Auriculoterapia
Biocatalítica
Bionergia*
Biofeedback*
Bioinformação
Bioquímica*/Biopatia/Bioterapia
Bioritmo*
Bromatologia
Celuloterapia
Cera (Benhos de)*
Cibernética humana*
Cólon (lavagens do)
Coluina (correcções da)
Crenoterapia/Balneoterapia*
Cromoterapia*
Desintoxação (cura de)*
Dianética*
Diatermia e micro-ondas*
Dieta de Proteínas*
Dieta vegetalina*
Dietética/Dietoterapia
Digitopunctura
Dissociação dos Alimentos
Do-In
Electrobiofísica
Electro-nipunctura
Electroterapia*
Emagrecimento (cura de)
Embrioterapia
Endocrinoterapia endógena*
Etiopatia
Enzimoterapia por lacto-fermentados
Farmacopeia vegetal/Fitoterapia*
Fisiognomia
Fisioterapia
Flores (tratamento pelas)*
Galvanismo*
Geotarapia/Argila*
Gestalterapia
Grafopatologia
Helioterapia(banhos de sol)*
Herbologia
Homeopatia*
HLB (Hemo-teste)
Hidroterapia*
Hipnoterapia*
Iman-terapia
Ioga-terapia
Ionoforese
Iridologia*
Jejum*
Lágrimas (terapia das)
Laserterapia
Kirlian (fotografia)*
Macrobiótica*
Magnetoterapia
Massagem terapêutica
Medicina antroposófica*
Medicina aiurvédica*
Medicina psiónica*
Mesmerismo*
Mesoterapia*
Monodietas*
Moxibustão*
Musicoterapia*
Naturopatia*
Neuralterapia*
Nutriterapia/Dietética*
Oligoterapia
Ondas galvânicas*
Ondas interferenciais*
Ondas curtas
Organoterapia
Orgon-terapia*
Osteoterapia*
Oxigeno-terapia*
Pedras preciosas*
Peeling (método)
Pirâmides (terapêutica pelas)*
Pranoterapia*
Psicanálise
Psicocibernética
Quinesiologia aplicada*
Quiropraxia*
Radiónica/Radiestesia*
Reflexologia/Reflexoterapia*
Relaxing/Training autogene*
Rejuvenescimento (regimes de)
Sauna terapêutico
Shiatsu*
Sofrognose/Sofrologia/Hipnose*
Sono (terapia do)
Sudação (banhos de)
Sumos de frutos(cura por)
Talassoterapia
Tai Shi Chuan
Termoterapia
Ultravioletas*
Ventosas*
Vitaminoterapia por germinados
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(*) O asterisco (*) indica as modalidades terapêuticas apenas enunciadas ou largamente analisadas pela obra monumental da Organização Mundial de Saúde sobre medicinas tradicionais publicada em 1983

O QUE DIZ «O LIVRO DA MEDICINA NATURAL»

Publicado em língua portuguesa pela editora Presença, «O Livro da Medicina Natural» (assim intitulado) considera um quadro de terapêuticas bastante bizarro, já que dele se excluem terapêuticas hoje não só evidentes como de grande público (caso da Acupunctura) enquanto se inserem outras (como a Bioquímica) que dificilmente podemos encontrar referida em fontes bibliográficas fidedignas sobres estes assuntos.
Quiroprática, Neuroterapia, Terapêutica segmentar, Terapêutica dos focos de doença e Terapêutica das zonas reflexas do Pé são as modalidades indicadas.

A LISTA DA REVISTA «TEST-ACHATS»

A eleição de novas terapêuticas faz-se, por vezes, em função da ordem indicada pelos números obtidos em sondagens.
No caso da revista belga «Test-Achats», cinco especialidades terapêuticas se encontram entre as mais votadas pelo público consumidor.
Homeopatia
Acupunctura
Terapêuticas manuais (Osteopatia e Quiropraxia)
Fiototerapia
Magnetoterapia

A LISTA DA REVISTA «SCIENCE ET VIE»

Ao reconhecer importância suficiente às «medicinas paralelas» para lhe dedicar um dos números (monográficos ou temáticos) trimestrais, a revista francesa «Science et Vie» convidou os seus colaboradores, quase todos catedráticos de Medicina, para falar das seguintes especialidades( assim pela revista classificadas), ou modalidades, aqui indicadas pela ordem como aparecem publicadas na revista:
Homeopatia
Acupunctura
Mesoterapia
Osteoterapia
Fitoterapia
Crenoterapia
Dietoterapia
Iridologia
Auriculoterapia
Paramedicinas
Psicoterapia
Epistemologia (?)


A LISTA DA REVISTA «VIE NATURELLE»

Os items seguintes foram indicados pela revista francesa «Vie Naturelle», que sobre eles organizou seminários e estágios:
Alexander (Método)
Análise conceptual
Análise transaccional
Artes Marciais
Astrologia médica
Bioenergia
Caligrafia Chinesa
Comunicação espontânea
Consciência do corpo (Método Feldenkrais)
Dietéticos (métodos)
Energética chinesa
Fitoterapia
Gestalt
Homeopatia
Iluminação intensiva
Integração postural
Iridologia
Karate-do tradicional
Massagens
Medicinas naturais
Meditações
Morfofisiologia
Musicoterapia
Naturopatia
Pintura chinesa
Programação neuro-linguística
Psico-síntese
«Rebirth»
Reflexologia
Relações pais-filhos
Relaxações
«Rolfing»
Sofrologia
Simbolismo
Tai-Chi
Yoga

A LISTA DA CIA-MAN
Ao convocar o Congresso Mundial de Medicinas Alternativas, a Confederação Internacional de Associações de Medicinas Alternativas Naturais (CIA-MAN) anunciava algumas técnicas como escolhas dos profissionais em Naturoterapia, na ordem em que se indicam a seguir:
Digitopunctura
Auriculoterpia
Herbologia
Iridologia
Sofrologia
Bromatologia
Grafopatologia
Psicocibernética
Tai Chi Chuan
Macrobiótica
Quiropraxia
Shiatsu
Do-In
Fisiognomia
Radiónica
Terapia Natural
Reflexologia
Laserterapia
Dietética
Osteopatia
Bio-feedback
Aromoterapia
Cromoterapia
Orgon-Terapia
Fisioterapia
Magnetoterapia
Ioga

A LISTA DA REVISTA «PLANETA»

Em número especial sobre «Terapias Alternativas», a revista «Planeta», do Rio de Janeiro, propunha as distinções seguintes, aqui indicadas pela ordem em que aparecem na paginação da revista:
Homeopatia
Acupunctura
Quiroprática
Termoterapia
Nutrição
Medicina herbária
Aromoterapia
Hidroterapia
Rolfing
Shiatsu
Do-In
Radiestesia
Energia piramidal
Cromoterapia
Análise transaccional
Antroposofia
Bionergética
Control Mental Silva
Gestalterapia
Meditação Transcendental
Musicoterapia
Dança
Psicanálise
Psicodrama
Relaxamento
Sofrologia
Ioga

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A MEDICINA YIN-YANG E O EMPIRISMO NEO-HIPOCRÁTICO - ECOS 84

Publicados os primeiros 5 parágrafos in «Guia do Consumidor», 26/Abril/1984


[Impublicável, pois arrasa à direita a medicina oficial e à esquerda as medicinas neohipocráticas ou naturistas]

Acupunctura - escudo invisível contra o poder despótico da medicina imposta

26/Abril/1984 -
A bem do consumidor, as relações entre medicina ortodoxa e medicinas alternativas naturais começam a civilizar-se, começam a processar-se com certa normalidade, depois de um tempo em que se agrediam mutuamente com acusações recíprocas de «obscurantismo».
A bem do consumidor, duas tendências se desenham actualmente em Portugal nas relações entre o sistema estabelecido e as medicinas livres, na valorização profissional e qualificação técnica dos novos terapeutas.
Curiosamente, a grande linha de clivagem passa pelas «agulhas da Acupunctura».
É aqui, na mais antiga medicina do Mundo, que o poder médico não quer perder terreno nem está disposto a transigir um milímetro sequer.
«Técnico de saúde em medicina oriental yin-yang», sim, talvez, é possível, desde que na Acupunctura sejam só os médicos a mexer.
***
[ É assim que, enquanto decorrem ou vão decorrer, em Lisboa e Porto, cursos de Acupunctura só para médicos, o leque de oportunidades se abre, como veremos a seguir, a não médicos, no campo das «técnicas terapêuticas orientais».
Dando alento à primeira tendência, o Porto vai dinamizar o direito à saúde pelas medicinas naturais, através de um curso de Acupunctura, a iniciar no próximo mês de Maio, tecnicamente apoiado pelo corpo docente do Instituto Médico-Naturista de Lisboa e patrocinado pela Associação Portuguesa de Naturopatia.
Dando força à segunda tendência - a liberalização das técnicas terapêuticas e o alargamento de oportunidades a quantos o desejarem - outras iniciativas estão a ser apoiadas por estas duas instituições.
***
Há uma questão de fundo que a «luta pela qualidade» levanta ao movimento holístico português neste momento.
Parte das novas terapias encontra-se ainda na fase de investigação, como é o caso da Magnetoterapia, da Aromoterapia, da Cromoterapia, da Hipnoterapia, etc.
Ora, se nada impede a investigação e ela á salutar, não se podem, no entanto, confundir tateamentos no escuro, como os da terapia pelo íman, com sistemas antiquíssimos de rigor comprovado através dos séculos e das civilizações. Não se podem confundir experiências e experimentações com técnicas absolutamente e definitivamente assentes, com bases filosóficas até hoje inultrapassáveis.
A acupunctura é uma ciência de rigor, a única medicina de rigor, aliás, que se conhece e frente à qual todas as ciências ocidentais são arremedos grotescos.
A Acupunctura não é só científica, é a mais científica e até a única científica das Medicinas, na medida em que é a única dialéctica global entre macro e microcosmo, a única capaz de acompanhar o fluxo vivo da vida. A única que não opera em cadáveres nem em órgãos isolados do contexto...
Nada, absolutamente nada é hoje comparável - nem as próprias medicinas naturais do campo hipocrático - ao sistema médico yin-yang.
***
O pluralismo, portanto, não pode ser ecletismo. O pluralismo não pode servir de pretexto a todo o empirismo que grassa nos meios ditos de medicina natural e que parece querer apenas estender até ao infinito o número de terapias, numa lista infindável destinada a confundir ou encandear os desprevenidos e potenciais utilizadores de tanta maravilha «natural».
Calma, pois, e «stop» às longas listas de terapias com nomes sonantes.
A única medicina com provas dadas, no conjunto das medicinas heterodoxas, é de facto a medicina a que se pode, com propriedade, chamar Energética. O resto, incluindo a própria medicina oficial, anda há muito a tactear no escuro e vai caminhando por aproximações ou afastamentos. A Acupunctura em particular e toda a medicina energética que dela irradia em geral, é a única a ir ao «ponto» exacto, como decorre da própria anatomia destas coisas.
***
Se tivermos que ser dogmáticos, pois há que sê-lo, nesta hora decisiva da verdade.
O único sistema médico que hoje pode fazer frente, em terreno seguro, ao sistema alopático da morte lenta, é a Medicina Energética ou medicina divina do yin-yang.
É o único com «back-ground». É o único que cobre todas as gamas, desde as urgências à doença crónica, desde os cuidados primários à prevenção, desde o diagnóstico à anestesia, desde a libertação do doente colonizado pelo sistema até à libertação humana total. É a única medicina com milhares de anos de validade prática ininterrupta. É a única que não precisou de evoluir para ser perfeita. É a única que os médicos têm que respeitar, se não quiserem ser desrespeitados por irresponsabilidade histórica.
As próprias medicinas ditas «naturais» com mais probabilidade de se fazer ouvir e de vingar só o conseguirão no contexto teórico do sistema energético, da dialéctica yin-yang.
Homeopatia, Oligoterapia, Cromoterapia, Musicoterapia, Aromoterapia são alguns (poucos) ramos terapêuticos com possibilidade de se impor para lá do empirismo e do experimentalismo, sob a condição de serem entendidos no mesmo contexto vibratório ou ondulatório, dos mesmos pressupostos onde radica a dialéctica yin-yang e terapêuticas ou artes derivadas.
Ao lado disto, a própria medicina neo-hipocrática do tipo colucciano, ou do tipo «castrista», ou do tipo «alimentação racional» são formas meramente empíricas, embora muito mais eficazes do que a medicina química, que nem empírica chega a ser Apresentam-se extremamente duvidosas, vulneráveis e, neste momento, marginais ao processo de autodignificação da actividade profissional na área holística.
***
Não se quer, com estas palavras, dividir o meio da medicina holística, já de si tão dividido e cheio de lutas intestinas, mas também não se pode, em nome da unidade, continuar admitindo tudo o que na essência o destroi e que, no fundo, se pode resumir a «incompetência» e «falta de qualidade».
Comparado ao sistema yin-yang, a tentativa neo-hipocrática de reformar por dentro a transviada medicina europeia, é empírica e frágil. Não se pode iludir esta realidade, nem deixar de a reafirmar, em nome de um pluralismo que é preciso preservar. Claro que é preciso preservar um pluralismo terapêutico, pois de «partido único» estamos bem fartos: mas o que está ainda no domínio empírico e da pesquisa experimental, não se pode dar como aquisição definitiva e infalível.
Fale-se então de «medicinas experimentais», mas não se meta nisto a medicina yin-yang, maior a vacinada, adulta e responsável, definitivamente crescida, que tem inscritos no céu da Perenidade os seus princípios eternos, que se identifica com a própria aventura humana no passado, no presente e no futuro, com o próprio destino do Planeta e das espécies que nele vivem.
Não são os macrobióticos que têm de ceder às experiências hipocráticas - que em matéria alimentar se podem chamar «lacto-ovo-vegetarianos» - que tiveram, aliás, um papel pioneiro mas cuja estagnação em que caíram é sinal das suas próprias debilidades.
Se todos os que praticam shiatsu, artes marciais, macrobiótica, acupuntura, moxa, digitopunctura, etc, percebessem a unidade essencial e primordial de um sistema que é não só o melhor mas, como sistema, o único coerente, tudo seria mais fácil para o movimento alternativo em geral e o movimento ecologista em particular.
Se tudo é energia - e não há dúvida que é - tudo seria fácil e até o reconhecimento oficial das novas medicinas se faria com muito mais rapidez.
Este é o caminho, sem cedências e se quisermos que a medicina moribunda vergue à força da verdade, do rigor, da qualidade, da ciência e da técnica indiscutíveis.
[Uma regra de oiro , a seguir sem hesitações, se poderá induzir da avalanche de comunicações presentes no Congresso de Madrid, dispersão de temas e técnicas, panorama heteróclito que não prenuncia nada de positivo e coerente para os próximos anos das terapêuticas naturais.]

O dualismo será também aqui a máxima perversão a ser evitada. A luta pela Unidade continua. Depois da autocrítica, é urgente a autoselecção interna das prioridades, saber por onde começar, já que as energias de cada um - médico e doente - não sendo inesgotáveis, têm de ser devidamente geridas e administradas.
Gerir a energia é o segundo princípio que se torna urgente concretizar em toda a extensão do campo naturoterapêutico.
Não se pode já colocar, em pé de igualdade, métodos e escolas que a experiência de séculos concluiu, por triagem natural, serem de níveis de rendimento diferentes. Poupar energias obriga a seleccionar técnicas. Se tudo aponta para uma concepção panenergética do Universo vivo, não é mais possível continuar teimando, inconsciente e acriticamente, em métodos que não se equacionam em função da concepção energética.
Se a bússola é o yin-yang, não se poderá usá-lo apenas para tapar buracos que os outros métodos, sem norte, sem oriente( desorientados portanto) vão abrindo.
Ainda aqui manda a moral que se seja humilde para aceitar a óbvia superioridade do sistema médico chinês tradicional, face, por exemplo, aos contributos mais ou menos aproximados das modernas formas naturoterapêuticas e biomédicas.
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2221 caracteres atelier>prontuar

CENTRO HOLÍSTICO DE INFORMAÇÃO

Dispositivo complementar do atelier yin-yang, o Centro Holístico de Informação abrange um conjunto de serviços integrados, de suposta utilidade pública, e centrados num espólio bibliográfico que, na perspectiva da unidade holística, é o mais completo e diversificado que existe no País.
O Centro Holístico de Informação abrange, assim, actividades convergentes, todas de interesse público e em defesa do consumidor, irradiando de uma base - o livro (biblioteca), o documento, o banco de dados, etc.
Poderá considerar-se o CHI como unidade-piloto, célula-base de toda uma rede futura, de todo um tecido que, na sua expressão alargada, seria o Plano de Informação e Ajuda ao Consumidor (P.I.A.C.).
O Centro Holístico de Informação integra desde já os seguintes serviços:
-Telefone-gravador de pronto socorro - Atendimento personalizado do consumidor - Informações de urgência para casos de urgência
-Gabinete de Diagnóstico Holístico - Diagnóstico precoce e prevenção natural - Ficha holística ou perfil
-Boletim holístico - Sumário de notícias do País e do Mundo - Mini-agência do consumidor

-Biblioteca - com serviço de consulta à distância e fornecimento
de fotocópias
-Clube do Livro Saudável -
-Página periódica em revista ou jornal
O CHI actuará essencialmente no campo noticioso, informativo e documental, pretendendo constituir-se como:
ponto de encontro e convergência;
intercomunicador noticioso entre todos os amigos das ecoalternativas, consumidores e produtores;
centro de apoio informativo à comunicação social;
e centro documental para estudantes e professores de saúde.
O CHI irá desenvolver as seguintes actividades e funções:
- Biblioteca de convergência holística
- Mini-agência noticiosa de ajuda ao consumidor
- Telefone-gravador de primeiros socorros em terapêuticas naturais
- Atendimento - consultório de primeiros socorros
- Publicação periódica que dê voz ao movimento holístico internacional
- 20 mil dados em computador para resposta aos apelos de 1ºs socorros
- Gabinete jurídico na área holística de saúde e segurança
- Actividade editorial sobre etapas da autocura
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1033 caracteres mandamen>prontuar

[Contributo a um manifesto da Esperança]

OS 10 MANDAMENTOS DA LEI UNIVERSAL
- Introdução a uma medicina ecológica segundo o princípio yin-yang -

Medicina yin-yang, porquê?

Porque:
é necessário evitar a doença em vez de a combater
é necessário realizar o diagnóstico em função do meio ambiente
é necessário exaurir o nosso carma em vez de o carregar
é necessário descolonizar o doente e libertar as pessoas da dependência média
é necessário ensinar a conservar a saúde em vez de continuar a combater a doença
é necessário preparar o advento da era que aí vem e que virá quer a medicina vigente queira ou não queira
é necessário substituir a imunização das vacinas pela imunização natural ou profilaxia alimentar
é necessário viver em vez de vegetar agonizando

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Todos podem aprender a curar-se: as artes operativas orientais são acessíveis a todos, nos seus níveis elementares, e a sua eficácia, mesmo a nível elementar, só depende da vontade que cada um puser na sua aplicação.
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6326 caracteresholi-7>naturº>revista>

INÉDITO AC 1986
[[ para ilustrar este artigo: fotos de Lyon de Castro e Fritjof Capra e /ou capas dos seus livros]]

# MANIFESTO «CONVERGÊNCIA HOLÍSTICA» [DA ECOLOGIA ALIMENTAR À ECOLOGIA HUMANA E DA ECOLOGIA HUMANA À HOLÍSTICA]
# SOBRE MOVIMENTO NATURO-VEGETARIANO EM PORTUGAL - AGHEGAS A UMA HISTÓRIA
# NOTÍCIAS DA ÁREA HOLÍSTICA
# EDITORIAL DA «REVISTA HOLÍSTICA DE SAÚDE»: UNIR VÁRIOS FIOS DA MESMA REDE, RAMOS DA MESMA ÁRVORE
# QUESTÕES DE NOMENCLATURA E/OU LÉXICO

Com nomes mais ou menos semelhantes -- «naturismo», «vitalismo», «vegetarianismo», «higienismo» -- tem vindo a designar-se, de maneira bastante difusa e por vezes confusa, uma série de práticas, pessoas e actividades que se dizem ligadas à Natureza, respeitando as leis naturais e preconizando o que chegam a chamar de «saúde natural».
[Ainda hoje estou para saber o que é «saúde natural» e se alguma coisa a distinguirá da artificial. ]
Nomenclatura como esta é, só por si, elucidativa da confusão que tem existido em certos meios ditos naturopáticos, os quais, aparentemente, teriam a ver com Ecologia Humana mas que, feliz ou infelizmente, se verifica pouco ou nada terem a ver com ela, e já tantamos explicar porquê. O facto de invocarem figuras e entidades tutelares comuns -- como por exemplo «Natureza», «Leis Naturais, «Biologia», etc., -- não é suficiente, nem pouco mais ou menos, para uma perfeita identidade de objectivos e propósitos. Feitas as contas e realizado o balanço crítico, conclui-se que o número de coisas que separa o «naturismo» da «Ecologia alimentar»(para só falar desta) é muito maior do que aquilo que eventualmente os possa unir. Para já, o pendor «moralista» ou «predicante» inerente ao discurso naturista clássico é uma das razões que mais o distanciam da Ecologia Humana, pedra angular das modernas ciências humanas. Evitando a carga ideológica do «ismo» inerente ao naturismo, verificou-se recentemente um esforço, por parte de alguns naturistas de velha data para «inventar» a palavra «Naturologia», que seria a ciência básica em que assentaria o naturismo como ética e movimento.
Conforme prova o livro do veterano em Naturopatia José Lyon de Castro , intitulado «Naturologia» e subintitulado « --------», a Naturologia não se mostra menos carregada de ideologia e prédica que o próprio «Naturismo.-----
O livro de José Lyon de Castro tem o mérito de deixar tudo isto bem evidente, em 1986, quando a evolução das ideias no campo das «alternativas naturais à medicina química» entrou num verdadeiro «boom» e aponta para uma rápida selecção de valores, para uma hierarquia drástica de conceitos, levando a separar, de uma vez por todas, o trigo do joio.


ENTRE CILA E CARIBDES

Para o bem ou para o mal, a nossa época aponta para o pragmatismo das tecnologias, independentemente de ideologias, talvez como resposta salutar à tecnocracia dos que impõem as tecnologias de violência, morte e doença. Isto mesmo no que toca às tecnologias de saúde, extremando-se totalmente os campos entre o que se entende por «tecnologias apropriadas de saúde» (aquilo a que hoje se chama «medicinas alternativas, paralelas, doces, heterodoxas, etc.) e as «tecnologias violentas de combate à doença» (aquilo a que a Ecologia Humana decidiu chamar Biocracia).
Uma coisa é certa: face à «homilia» que o discurso dito naturista ou «naturopático» insiste em ser, mais próximo de um religiosismo fanático do que de uma ciência, a Ecologia Humana não poderá aceitar os pressupostos desse «religiosismo», dito «naturismo», só porque do outro lado se encontra, de boca aberta, a tecnocracia ameaçadora da Biocracia médica.
Mais uma vez a Ecologia Humana escolhe a terra de ninguém, que é a terra de todos. Dizendo «não» aos mitos naturistas, vitalistas, higienistas, nudistas, vegetarianistas, etc., por muito que lhe deva historicamente alguma coisa, mas dizendo simultaneamente, e por outro lado, «não aos mitos da Biocracia que se acolhe hoje na prática médica dominante, quase exclusivamente a dominando.
Ecologia Humana há-de conquistar o seu espaço, por mais que naturistas sejam ridicularizados pelos médicos e por mais que os médicos sejam temidos ou odiados pelos naturistas.

SECTARISMOS RELIGIOSOS E DIALÉCTICA TAOÍSTA

É um facto que as diversas opções religiosas, nomeadamente hinduísmo, judaísmo e adventistas do Sétimo Dia, põem nas suas prédicas uma tónica importante nos regimes alimentares, que classificam de «vegetarianos», sustentando, em termos mais emocionais do que científicos, a polémica de «vegetarianos» contra «carnívoros».
É certo, também, que algumas seitas o fazem com mais tolerância e outras com menos, com um discurso mais ou menos inteligente. O que interessa apurar de tudo isto, na perspectiva de Ecologia humana e de convergência holística, que não quer imiscuir-se em motivações de ordem religiosa -- quando se trata pura e simplesmente de eleger as tecnologias apropriadas de saúde ao campo alimentar -- é o que fica, como técnica alimentar e terapêutica, de todos esses discursos, ora no tom de prédica, ora no tom de homilia, ora no tom de sermão.
É a prédica, a homilia e o sermão que a Ecologia Humana rejeita, já que fundamenta o seu raciocínio na pura relação de causalidade e efeito entre duas realidades: pessoa humana e meio alimentar.
Acontece que o sistema taoísta, de onde irradia aquilo a que modernamente se chamou Macrobiótica, é o sistema que garante essa dialéctica ágil de causa-efeito, único princípio inamovível da Ecologia Humana, sem nenhuma tonalidade religiosa ou sectária.
Físicos modernos como Fritjof Capra encontram no taoísmo o mesmo rigor que exigem à ciência física.
Essa é uma das razões porque a Ecologia Humana manifesta a sua clara opção pelos princípios taoístas do Yin-Yang, não se deixando entalar enre os sectarismos religiosos naturo-alimentares e a Biocracia (tecnocracia da vida) em que degeneraram as chamadas ciências da vida e ciências humanas ocidentais.
Isto sem falar da medicina mais antiga do Mundo, a Acupunctura, que é a medicina total por excelência e também a medicina ecológica por natureza.
Não admira que a Ecologia Humana reconheça nela e em todo o sistema yin-yang -- matemáticca eterna -- o seu mais nobre antepassado, a sua mais remota, profunda e firme raiz.

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2498 caracteres holi-8>prontuar>

NOMES DE PESSOAS, FIRMAS E ENTIDADES
NA ÁREA HOLÍSTICA EM PORTUGAL

- Dr. Fernando Soares - APAE
- Dr. Joaquim Almeida - APAE
- Dr. Mitsuharu Tsuchya
- Drª Luísa ? -- Asma Brônquica
- Manuel Fernandes -- R. Camilo Castelo Branco, 31 -2º - 54 21 91 (consultório)
- Vítor Cunha -- Parque Miraflores, lote 24 - 9º- Esq - 1495 Lisboa
- Unimave - Centro Macrobiótico Vegetariano -- Cooperativa de Responsabilidade Limitada -- Rua Mouzinho da Silveira, 25 - 1200 Lisboa -- Tel. 355 73 62
- Mireille Rodriguez -- Drenagem Linfática -- Rua F.R. Pacheco, Lote 2, Galiza Estoril - Por marcação -- Tel: 466 1369
- Fénix -- Editores e Livreiros -- Rua de Timor, 23 -- 1100 Lisboa -- Tel: (01) 82 24 14
- Sivananda -- Associação de Yoga -- Formação de Instrutores - Meditação -- Naturopatia - Astrologia - Rua das Amoreiras, 50 - r/c-Esq - 1200 Lisboa - Tel (01) 69 38 02
- Próvida -- Produtos Naturais -- Quinta dos Linhais -- Cortegaça -- 2715 Sintra -- Tel: 927 05 40
- José Bento Barros Soares -- Quinta do Ceilão -- Olho Marinho -- 2510 Óbidos -- Tel: (062) 96 93 0
- J.L. Ferreira -- Importador Distribuidor de Artigos Naturais -- Rua Victor Cordon, 3 -- 1200 Lisboa -- Tel: 342 10 63
- Psicanálise Integral -- Para crianças, adolescentes e adultos -- Av Almirante reis, 156 - 1º -- 1000 Lisboa -- Tel: (01) 53 52 06
- Resende & Rijo -- Paula Cristina A.P. Resende Rijo -- Produtos Naturais Ramiro Leão
- Ecolândia ? - representante em Portugal da linha «Megafood» --
- Joaquim Pereira Marujo -- Unidade de Investigação em Antropociências -- UITI -- Apartado 4231 - 1506 Lisboa Codex
- Art & Factus - Novo Conceito de Artesanato -- Centro Comercial da Mopuraria -- Loja 408 - Piso 1 -- 1100 Lisboa
- José Faro - 52 98 91
- José Louza - Helena Louza ( Colaboradores de «Vida Maior»)
- Luís Silva
- Luís d'Avillar
- Luz Ventura

SAÚDE PÚBLICA

- Emergência Nacional - 115
- Centro de Informação AntiVenenos - 795 01 43
- Centro SOS - Voz Amiga - 54 45 45
- SOS Criança - 793 16 17
- Linha Aberta - Informação sobre uso e abuso de drogas -- 726 77 66
- Centro das Taipas - 342 85 85
- Linha SIDA - 759 99 43
NO ESTRANGEIRO
- Prof. Dr. J. Bossy - Director Científico da federação Mundial de Acupuinctura e Moxibustão
- Dr. Nguyeeen Van Ghi - Vice-presidente da Federação Mundial de Acupunctura e Moxibustão - Presidente da Associação Francesa de Acupunctura e Moxibustão - Presidente da Associação Europeia de Oftalmologia /Medicina Tradicional Chinesa
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satillar-1035 caracteres

Ninguém está inocente das doenças que tem.
Após a cura de Satillaro - em 15 meses de macrobiótica - já ninguém pode hoje alegar ignorância.
Após 8 seminários de Michio Kishi em Lisboa, após 12 restaurantes a funcionar, só na área de Lisboa, após a publicação em português de duas dezenas de livros e de um periódico que se chamou «Jornal da Via Macrobiótica», já ninguém pode hoje dizer que desconhecia e, por isso, adoeceu.
Ninguém está inocente das suas próprias doenças.
Curar é fácil, e prevenir ainda mais. Difícil é vencer a opacidade estúpida e arrogante, a inércia da asneira, os interesses e monopólios da indústria alimentar que mata, a fraude publicitária e a mentira dita científica.
A verdade não está só nos livros, nem está principalmente nos livros. Depende essencialmente dos olhos puros e sem preconceitos que queiramos abrir à maravilhosa e poderosa Ordem do Universo. Cujas leis teimamos em não respeitar. Em não conhecer. Em ignorar.
Porque sabemos demais das ciências que temos.
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2237 caracteres holi-10>prontuar>yoga>guia> artes de viver

A PRÁTICA MILENAR DO YOGA

27/3/1991

Houve tempo em que sabíamos respirar -- tal como o instinto inato nos ensina. Depois, com os hábitos da civilização urbana, com a poluição atmosférica, com os gases deletérios, nomeadamente o chumbo na gasolina e a gasolina com chumbo, o acto de respirar tornou-se um problema. O congestionamento dos brônquios por catarros não eliminados -- outro flagelo do nosso tempo e outro problema da saúde pública, veio dificultar a situação.
Surgiu então no Ocidente a técnica do yoga -- palavra de origem oriental que significa «religação» e de onde não está, portanto, ausente o conceito da palavra religião, união do céu e da terra.
Mas a sociedade de consumo transformou o yoga em simples técnica de atingir «performances». Desligando-se do seu contexto de religação cósmica -- o Universo em sintonia com o universo individual -- o yoga tornou-se no Ocidente quase sinónimo de ginástica, ao lado da chamada «ginástica sueca». Não afecta a essência desta prática milenar, desta forma de gnose, que tem a ver com um vasto fundo de sabedoria, mas diminui a sus eficácia técnica. E nós, na sociedade de consumo, temos a perfeição técnica como religião, dizemos colocar a eficácia, a rentabilidade, acima de todas as coisas.
Mas não há mal. O yoga está aí, interpretado de mil maneiras, umas mais correctas ou ortodoxas do que outras.
Em Lisboa, o yoga tibetano pode aprender-se na Rua do Salitre, ------ É só telefonar para -----e marcar. Há também uma escola de grande influência internacional, o Unyoga, ligada ao célebre mestre brasileiro----- Vários ginásios anunciam cursos de yoga, à mistura com aeróbica e dança jazz. Nada disso mancha ou incomoda esta ancestral maneira de viver respirando e de respirar vivendo. A pouco e pouco, o consumidor apressado do nosso agitado frenesim urbano, verifica que as artes de viver não têm época nem lugar e de que são para aprender já. São universais e eternas, e podem, por isso, a qualquer momento, ser moda, estar na moda.
Voltaremos a falar de yoga: por hoje queríamos só começar por ele (os brasileiros acham que é ela, fazem da yoga um substantivo feminino) uma digressão calma e relaxante pelas artes de viver.

1084 caracteres holi-11>prontuar>zenalim-frases>antologia do disparate>

Em artigo do «Le Nouvel Observateur», reproduzido por «O Jornal» [?????]escrevia-se sobre o yin-yang alimentar o seguinte passo de antologia:
«Maio 68. A China, os Beatles e os «hippies» estão na moda. As dietas acompanham essa moda. Os filhos revoltam-se contra os pais, que queriam obrigá-los a comer para crescerem. E determinam: fora com a sopa, o chouriço, a carne de porco, todos os pratos reaccionários! Viva a alimentação que equilibra o nosso yin profundo com o nosso yang subconsciente. A dieta zen, que vem directamente do Oriente misterioso, é constituída por 70 a 90 por cento de cereais e 10 a 30 por cento de legumes, regados com uns goles de água pura de tisana ou temperados com um fio de azeite. Vantagem: o consumo de calorias é praticamente nulo, a monotonia dos pratos tira o apetite ao mais comilão. Inconvenientes: carências de proteínas, vitaminas, cálcio, ferro. A pessoa não emagrece, mas sofre de carências alimentares. Por vezes essa desnutrição provoca alucinações interessantes.»

Obras e autores recentes exemplificam, de maneira clara, o que se entende por Holística moderna e seu principal objectivo: o «aggiornamento» das ciências de ponta com as mais antigas fontes da sabedoria.
Em ...., por exemplo, o físico nuclear Fritjof Capra, lança um corajoso desafio com a obra «O Tao da Física», enfrentando a estrita ortodoxia científica com uma tese então herética nos meios académicos: A cosmologia taoísta antecipa de alguns séculos os princípios da física nuclear e, de certo modo, as leis da relatividade.
Não contente com este seu trabalho de aproximação entre a vanguarda da ciência ocidental e uma das fontes mais antigas da filosofia oriental, Fritjof Capra publicou depois, em ......, uma obra de fundo, uma revisão histórica e panorâmica das diversas teroias e paradigmas que têm marcado o pensamento humano, para chegar, am última instância, ao paradigma holístico, que consdiera o ínico capaz de corresponder ao avanço da ciência e da tecnologia.
Mas no campo da Biologia molecular, a surpresa seria igualmente chocante, quando em ...., Etienne Guillé publicava em França o primeiro volume da sua obra gigantesca «L'Alchimie de la Vie». Viriam depois, com a mesma marca da heresia criadora, « » e « ». Guillé tem hoje ----anos, e nunca se sentiu tão à vontade para defender a mais absoluta e estrita identidade hologramática entre a ,moderna Biologia molecular e a sabedoria ancestral de perdidas civilizações, tal como a egípcia, a chinesa, a hindu, a azteca (?) e a cabala judaica. O à vontdade com que Guillé se move na floresta de símbolos e signos, não é o único fascínio da sua obra. Como investigador do Cancro, durante mais de duas décadas, ele encontra nesta doença da civilização o interface onde convergem todos os caminhoa da entropia destruidora e da neguentropia reconstrutiva. Como se isto fosse pouco, Guillé pega no pêndulo e descobre a linguagem universdal por excelência a que chamou linguagem vibratória. Hoje, ele é um profeta humilde e paciente que aguarda o momento cósmico em que a sua mensagem possa ser escutada e possa servir de colossal ajuda à Humanidade armadilhada no terror que ela própria acumulou.
Já em 1992, surge outro grande livro da esperança: Martha C. Cotrell é um dos nomes que assina a obra acabada de sair sobre « SIDA, Macrobiotics». A constutição deste elenco é já por si significativa do espírito holístico da obra. Médica endocrinologista, Martha C. Cotrell encontra-se em diálogo perfeito com Michio Kushi, o mais conhecido profeta, depois de Jorge Oshawa, do yin-yang taoísta aplicado à ecologia Alimentar. O trabalho de Martha C. Cortell é verdadeiramente genial: guiada pela intuição a que o taoísmo chama «discernimento», ela analisa e sistematiza os factores ambientais (quase todos) que conduzem à imunodeficiência e, portanto, ao reaparecimento da mais antiga forma da evolução biológica, a dos Vírus. Mas esta conquista cada vez maior de «terreno» que se verificou, nas últimas décadas, por parte do vírus, não é apenas o único ponto em que a abordagem de Martha Cottrel se mostra de natureza holística, relacionando o mais antigo com o ultramoderno. É também nas terapêuticas sugeridas para a mais moderna das epidemias, a sida: curiosamente, essas terapêuticas, globais e ecológicas, encontram-se definidas para todo o sempre no sistema taoísta, que, entre outras terapias, daria lugar à acupunctura tradicional chinesa e à recente Macrobiótica (não se sabe bem porquê, mas, para o bem e para o mal, assim rebaptizada).
Já em ...., Michio Kushi se associara a outro grupo de médicos para analisar e sistematizar aquilo a que podemos chamar a Ecologia do Cancro (tal como à mais recente obra podemos chamar uma introdução à Ecologia da SIDA). À disposição da humanidade que sofre, está esse livro de orientação e que se chama Cancer Diet»...
Detectando esta vaga de fundo, este Grande Rio que vai buscar afluentes a diversas correntes do pensamento europeu, uma autora norte-americana resolve, em ......, historiar os livros e autores que convergem na Linha de Heresia criadora:

No Brasil, .... , principal animador da corrente holística, promove em...., um primeiro Congresso e publica em uma cuidada revisão dos nomes e iniciativas que convergem nessa ideia.
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1861 caracteres holi-13>holi>

NOMES, DATAS E FACTOS PARA A HISTÓRIA DO MOVIMENTO HOLÍSTICO INTERNACIONAL
1
J.I. RODALE: O CONCEITO DE ORGÂNICO EM AGRICULTURA

O «papel da alimentação num meio ambiente poluído» constitui matéria de um estudo elaborado pela Rodale Press e apresentado na exposição internacional de Alimentação sã e de Produtos Naturais, realizada em Bruxelas, a 7 de Setembro de 1973.
As datas têm alguma importância, já que a Rodale Press reivindicava, nesse ano de 1973, o pioneirismo da sua acção, explicando que, através da publicação periódica «Prévention» - «jornal para uma melhor saúde» - desde 1950 se fizera porta-voz do movimento em favor da saúde pelos produtos naturais.
Tal como um livro de um escritor francês, Pierre Fournier, também comprova ( «Où on va? J,en sais rien mais on y va», ed. do Square, Paris, 1973), os movimentos nem sempre convictamente apelidados de naturistas contribuíram, mau grado os seus múltiplos equívocos, para engrossar uma corrente que só nos anos 70 viria a ter um perfil definido, coerente e ideologicamente politizado.
Do referido artigo publicado pela Rodale Press, cite-se ainda:
«Prévention nasceu do que nós chamamos o «conceito orgânico». O seu fundador, J.I. Rodale, esforçou-se em aperfeiçoar a teoria de base, que o material orgânico é o elemento mais vital na fertilidade do solo e de que a destruição da substância orgânica do solo pelos métodos modernos de exploração, é a causa tanto de problemas de produção como de saúde.
«No momento da sua morte, em 1971, J.I. Rodale sabia que o método orgânico se tornara na agricultura mundial, uma força vital. Ele sabia que o método orgânico estava vivo e efectivo, e que o seu filho Robert era particularmente dotado das capacidades necessárias para continuar a tarefa que consistia em fazer do método orgânico a alternativa do meio para a agricultura futura.»
***
[ Ciência da Nutrição: cuidado com o Cão]

Temos, felizmente, em língua portuguesa e em edição de preço relativamente acessível, da Fundação Calouste Gulbenkian, um tratado de Nutrição Humana, do Prof. Gonçalves Ferreira, uma das autoridades mundiais na matéria. O facto de termos à mão um livro que esgota, praticamente, tudo o que a ciência da Nutrição conseguiu até hoje apurar, torna-o também útil para percebermos as limitações dessa Ciência quando confrontada com as exigências da Ecologia Humana. Para já, a limitação mais importante parece ser, exactamente, os extremos de análise a que a ciência de Nutrição leva uma arte (a de comer) que tem de ser prática e útil no dia a dia, dominada por todos nós e nem só por especialistas. O exemplo das Vitaminas é bastante elucidativo: pode ver-se o número de páginas que o assunto ocupa no referido tratado. Poderá ver-se a bibliografia infindável que se tem escrito sobre Vitaminas. Poderá ver-se, também, que além dos quadros práticos que já foram elaborados - úteis no dia a dia como base de consulta - falta ainda e no entanto fazer um dicionário que permita a consulta rápida - imediata - de dados que nenhuma memória consegue reter. Quando se fala em Germinados de cereais como fonte de Vitaminas, está a dar-se uma alternativa global, ecológica, prática, barata, para toda essa ciência de mil nomes difíceis que vem da página 173 à página 594 do tratado de «Nutrição Humana». Quando se fala de Algas e de Sal Integral, está a dar-se uma alternativa global, ecológica, prática, barata (em suma, holística) para toda a ciência dos Sais Minerais e Oligoelementos que vem da página 595 à página 648 do mesmo tratado de «Nutrição Humana». Quando se aconselha a Macrobiótica como opção alimentar mais próxima da Ecologia Humana é exactamente porque a Macrobiótica é, de todas as escolas dietéticas, a que aponta para essas soluções globais, práticas, ecológicas, baratas, aplicáveis (em suma, holísticas) enquanto a grande e alta ciência da Nutrição nos afoga primeiro em ciência, para depois nos fazer o enterro prático.

2
[ AGOSTO, 1987] - ARRAIAL DE EQUÍVOCOS

Confundir as eco-medicinas do próximo e inevitável futuro com superstições, crendices e mágicas de uma certa tradição popular, tantas vezes mal recriada por manipuladores modernos, tem sido uma das formas de prejudicar, junto da ordem médica e da opinião pública, o direito à aut~enticas alternativas naturo-terapêuticas.
Misturar técnicas naturoterapêuticas estritamente racionais e rigorosas com bruxos, magos e místicos é, como estratégia, um suicídio do próprio movimento naturista, mas continua a ser cometido irresponsavelmente por movimentos, entidades e figuras que se reclamam da Naturoterapia(como tantos ainda insistem em dizer).
Um boletim editado. em Julho de 1987, pela Federação Nacional das Medicinas Alternativas do Brasil ( FENAMAN), organismo que se pretende ligado à Organização Mundial de Saúde e à organização das Nações Unidas, via CIA-MAN (o que não corresponde factualmente à realidade, pelo menos até Agosto de 1987) exemplifica essa tendência para misturar alhos com bugalhos, prejudicando os que investigam as eco-medicinas com espírito crítico e científico.
Reabilitar o curandeirismo e o charlatanismo não é, de facto, o que pretendem as novas correntes da Naturoterapia com os novos movimentos alternativos da Medicina: trata-se, sim, de abrir a ciência, como aliás lhe competia e não é nenhum favor, a linhas de investigação até agora tabu, e desde que respeitam o bom senso, a razão e a inteligência crítica, de acordo com uma filosofa holística do homem.
A nova naturoterapia combate o charlatanismo onde quer que ele estiver: na medicina ortodoxa oficial (onde aliás abunda), tanto como nas medicinas ditas heterodoxas, paralelas, alternativas ou naturais.
No Brasil, com efeito, que se gaba de possuir muitos praticantes de terapêuticas naturais entre os médicos formados pelas faculdades de medicina clássica, há correntes insistindo no equívoco fatal de misturar »formas mágicas de curar» com técnicas terapêuticas simples mas precisas e eficazes.
No Brasil, onde o movimento holístico de livros e autores, por exemplo, tem contribuído nos últimos anos para elevar e dignificar a imagem das eco-medicinas, desde Ernesto Bono e Jaime Landmann, há ainda organizações, como esta FENAMAN, pretensamente representativas de toda uma classe profissional, contribuindo para prorrogar e agravar o equívoco.
«Harmonistas» de denominaram a si mesmo os autores de uma publicação francesa, impressa em tinta azul, com a figura de S. Francisco de Assis por patrono e intitulada «Vivre en Harmonie», uma das que largamente contribuiu para a confusão entre técnicas e regras dietéticas com procedimentos ou regulamentos morais.
Para as correntes dietéticas como esta dos «harmonistas», é mais importante julgar o comportamento individual (fumar ou não fumar, por exemplo) do que as grandes opressões institucionais ou empresariais sobre os indivíduos, grupos ou mesmo sobre toda a humanidade.
Exemplar de uma distorção mental infelizmente bastante comum em correntes ditas humanistas e espirituais é esta frase colhida num dos números da revista «Vivre en Harmonie»:
« ...espectáculo proporcionado por ferozes militantes anti-nucleares que, entretanto, se dedicam com igual violência ao tabagismo e ao álcool, com o espírito aparentemente em paz.»
Idealismo da pior qualidade é a ideologia de muitos movimentos ditos harmonistas que apontam, aparentemente, para metas comuns dos ecologistas e dos holísticos mas que nada têm a ver com eles, como se pode verificar por afirmações daquele teor.
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[ Nota inédita de 1979 sobre a revista «Natura»] - Com a marca inconfundível de Indíveri Collucci, o emigrado da Itália de Mussolini que em Portugal encontrou acolhimento e em Portugal fez carreira de Naturoterapeuta, a revista «Natura» acompanha mensalmente, desde 1954, os altos e baixos de uma determinada concepção de heterodoxia médica (dita, mais tarde, lacto-ovo-vegetariana) com algumas qualidades e bastantes defeitos.
Se é certo que através da revista «Natura» - assinalável, que mais não fosse, pela sua permanência e regularidade, ao longo de mais de 40 anos - se travaram alguns bons combates pelo alimento integral e biológico, contra as vacinas e os medicamentos, etc. - também é certo que à revista «Natura» se devem alguns mitos e conceitos extremamente negativos para a imagem que as medicinas naturais criaram em Portugal face ao poder monopolista da Medicina Química.
O discurso naturo-vegetariano nunca foi, na corrente representada pela revista «Natura», além de um empirismo elementar, cristalizou sem evoluir, repetindo-se até à exaustão: como se pode, aliás, verificar comparando artigos publicados nos primeiros números da revista «Natura», há 34 anos, e os que ainda hoje aí se podem ler.
A reincidência nos temas tratados pela revista ilustra este marcar passo de uma concepção dita «vegetariana» ou «lacto-ovo-vegetariana», que aguarda o momento dialéctico de ser ultrapassada por outros movimentos que têm sabido sintonizar a realidade global do ambiente, para lá das necessidades meramente alimentares e das doutrinas sobre nutrição que se deixaram fossilizar.
[ Ver contributos convergentes desta posição in «Contributo à Revolução Ecológica» ]■

domingo, 7 de março de 2010

DE COLAPSO EM COLAPSO

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domingo, 7 de Março de 2010

PERGUNTAS DE UM IGNORANTE A QUEM SAIBA RESPONDER

A IGNORÂNCIA DA NOSSA CIÊNCIA

Comprido e chato, este Inverno 2009/2010 tem sido um bom exemplo de alguns factores que convergem em cascata para multiplicar efeitos que, em crescendo logarítmico, se potenciam uns aos outros.
Um bom exemplo da nossa imensa ignorância de tudo o que nos rodeia, do infinitamente pequeno ao infinitamente grande.
No clima propriamente dito – notam-se mais as alterações drásticas – mas não só no clima: o Planeta Terra está a ser varrido por fenómenos (ou factos) que aparentemente sempre se deram mas que, tudo indica, incluindo as estatísticas, acontecem agora com maior frequência e intensidade.
Sabem-se alguns factos soltos, verificados aqui e ali (há sempre notícia desde que haja mortos) , mas falta e faltará sempre a correlação intercausal entre esses factos e de como se potenciam uns aos outros.
Fazer essa correlação seria tarefa de uma Ecologia alargada que não existe nem poderá existir jamais. É impossível pensar o simultâneo, teria dito Claude Lévy Strauss.
Aos que nada sabem, resta-nos fazer perguntas sobre o pouco ou nada que ainda se sabe.
a) Será que o eixo da terra, como anunciou o radioastrónomo Richard Gross, da NASA, se desloca de alguns centímetros quando acontecem grandes terremotos como o do Chile (Fevereiro 2010) ou de Samatra (2004)? O astrónomo deu números (deslocamento de 8 centímetros) mas veio logo outro – alemão, Rainer King - afirmar que era impossível esse tipo de cálculo. E levou as mãos à cabeça, diz a notícia…Um cientista que discorda de outro cientista faz parte da nossa rotina de ignorantes. Impossível ou não, a pergunta a fazer será: a inclinação do eixo da Terra está a alterar-se ou não? Com ou sem resposta, fica a pergunta.
b) E esta outra: como se prevê que, em consequência do sismo no Chile, seja reactivada a actividade vulcânica (isto para não dizer que a actividade vulcânica é que terá, como primeiro sinal, provocado o sismo), será que uma coisa causa a outra ou ambas são efeito de uma causa que está antes (e provavelmente acima) das duas?
c) Se a Lua, como se sabe, tem influência na crosta terrestre e provoca o regime de marés, porque não haveremos de indagar se a mesma Lua não terá influência na movimentação das placas tectónicas e, portanto, se alguns dos sismos não resultam da conjugação de mais esse facto (factor) , a Lua em fase de Lua Cheia? E, já agora, se à Lua juntarmos um rebentamento nuclear subterrâneo (algures num dos 9 países que os fazem) será que não podemos ligar a bota com a perdigota? Regime de marés e regime de ventos, mais duas incógnitas para esta já complicada equação.
d) Neste contexto, seria grande asneira retomar a hipótese das alterações no campo magnético da Terra, provocadas, por sua vez, por tempestades solares? A ciência diz que, se e quando o campo magnético enfraquece, as radiações solares atingem o Planeta com maior intensidade e frequência.
e) Já agora e já que falamos em camadas de protecção, o que terá a ver o rasgão do ozono com todas estas alterações e em que medida se ligam umas às outras? Rasgão do ozono: causa ou efeito? Ou as duas coisas? Ou nenhuma?
f) Será que o padrão destas tempestades solares – que a ciência calcula de 11 em 11 anos – continua a ser mesmo de 11 em 11 anos ou também esse padrão varia e se altera constantemente por causas que a ciência nem sequer sonha?
g) Quando se juntarem algumas peças deste puzzle, vai ser interessante verificar até que ponto e onde é que entra a treta do aquecimento global e do CO2: será que chega aos dois por cento na avaliação global dos colapsos em cadeia? Se o colapso atingir as grandes redes das quais tecnologicamente dependemos – eléctrica e de telecomunicações, para só citar duas daquilo a que chamamos progresso– talvez a situação seja, no mínimo, um bocado desconfortável: regressarmos de repente não digo à Idade Média mas pelo menos à idade pré-industrial, será que estamos preparados?…
h) A propósito de alterações no ecossistema Terra em vectores que seria suposto só variarem em escalas de tempo muito vastas (milhares, milhões de anos), como vamos ler a notícia (banalizada este Inverno) de que o anticiclone dos Açores se deslocou (?!) , de que os frios siberianos vêm do Árctico e os do Árctico vêm da Sibéria? Nunca se percebe, aí, se as notícias estavam só a falar por metáfora (um frio muito frio será sempre siberiano) ou se algo havia de real nessa deslocação das vagas de frio que por aí passaram na Europa. Afinal, o anticiclone dos Açores desloca-se: ora se posiciona sobre a zona oeste da Europa, como é habitual, mas ao largo, no Atlântico; ora, quando lhe dá na mona, está a sudueste da sua posição média, o que implica que a corrente de Oeste e depressões frontais atinjam a Europa, sobretudo a norte do Golfo da Biscaia, causando chuvas intensas e temperaturas baixas no Reino Unido, Países Baixos e Escandinávia.[Esta informação, do Instituto de Meteorologia em Portugal, é de 2007 (26 de Julho)]
i) Imagens de Washington, coberta de neve até ao pescoço, foram provavelmente imagens só para jornais e telejornais, já que nem sequer se soube quantos dias durou o nevão e o colapso do sistema provocado pelo nevão. Se há colapso de grandes dimensões não convém aprofundar e escrutinar muito os acontecimentos…Aliás, colapso começa a ser uma palavra tabu, tantos são eles e em cascata.
j) Um outro factor, esquecido dos noticiários, este Inverno, é o da corrente do Golfo: se pesquisarmos com o Google, do Golfo só temos notícias de 2008 (Maio e Dezembro) e de 2007 (Agosto). Quando a corrente do Golfo – outra alteração drástica – deixar de moderar o clima da Europa e arredores, provavelmente só o iremos saber muito a posteriori. De momento, continuaremos a tiritar de frio…polar, porque sim e ponto final parágrafo.
k) Enfim, mais uma vez até da listagem dos factos e factores interinfluentes estamos desfasados: quanto mais da sua ligação e intercomunicação. Provavelmente todos se interpenetram e intercondicionam no ecossistema Terra e é impossível ler isso tudo ao mesmo tempo. Como impossível é que tenhamos alguma vez capacidade de relacionar o ecossistema Terra com o ecossistema chamado sistema solar.
l) Última e definitiva dificuldade que nunca iremos superar: a relação primeira e última entre Macrocosmos e o Microcosmos a que os biólogos chamam ADN molecular. De onde viemos e para onde vamos é o que nunca, nunca saberemos.