sexta-feira, 30 de julho de 2010

AMBIENTE EM SENTIDO LATO




ac - antecipações - eh - dm - 10880 bytes- ec-humª> - sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2004

CHAVE PARA INTUIÇÕES AC 1964 - A ECOLOGIA HUMANA EM 1964 ? (*) - INTUIÇÕES DE ECOLOGIA HUMANA - INVENTÁRIO AC - LINHAS DE INVESTIGAÇÃO AC

«Diz-me o que comes -- em sentido lato -- e dir-te-ei quem és...»

Em 1964, já AC procurava o «sentido lato» (conceito alargado) e portanto a metáfora do «ar que se respira», sendo claro ao seu espírito que o «ar que se respira» é também o ideológico, o mitológico, o industrial, o químico, o físico.
Poucos anos depois, viria o sentido lato da expressão «o que comemos» e, portanto, o sentido lato da palavra «alimentos».
Mais tarde, encontraria, emocionado, em Simone Weil, a confirmação desta intuição do conceito alargado (ou plural) de alimento/alimentos.
E o inventário surgia, espontâneo, como o processo literário de dar a soma/ ou o somatório dos diversos factores ou «parcelas da soma».

*

Nem só os físicos atómicos e a sua herança contribuíram para definir a espécie de ar que hoje se respira e, por maioria de razão, se há-de respirar amanhã
Nem só as poeiras radioactivas
nem só a poluição do ar atmosférico pelas explosões termo-nucleares em testes na atmosfera
Nem só a água do mar onde caem bombas perdidas (as que se sabe e as que não se sabe) de onde são ou não são retiradas
Nem só o clima de histeria internacional criado pela corrida aos armamentos
Outros factores e ingredientes o constituem: a propaganda em torno das mitologias ou ideologias políticas, a demagogia pró-paz, os jornais, as agências, a rádio e a televisão
Outros factores e ingredientes o constituem: a atmosfera de industrialização maciça; a superpopulação e o isolamento dos indivíduos em unidades fechadas;
o ruído difuso que corrói, o ruído directo que lacera; o incremento de objectos domésticos e electro-domésticos, a alienação intelectual e afectiva a esses objectos; o espaço fechado dos arranha-céus;
a desproporção entre o indivíduo e os espaços monstruosos edificados nunca a pensar nele; a respiração física e moral dentro de ambientes viciados; o tédio intrínseco às super-organizações e respectivas hierarquias; a velocidade;
a agressividade do trânsito automóvel sobrepondo-se ao peão, ferindo, golpeando, empurrando; a devassa da vida privada, a que procedem as polícias;
as devassas à intimidade do domicílio (livros, roupas, papéis, gavetas, etc.) com pretexto em trabalhos de investigação; a censura oficial de actos, palavras, escritos, a chantagem e a delacção, os interrogatórios e a lavagem ao cérebro, os tribunais e as câmaras de tortura;
a espionagem e a contra-espionagem, não só ao nível das relações internacionais -- deteriorando na origem qualquer hipótese de convívio ou diálogo entre países -- mas ao nível das relações individuais, no trato quotidiano e profissional;
a pena de morte efectiva ou a pena de morte disfarçada de funcionalismo médio ao serviço do capital financeiro e do Estado;

Mas nem só, nem só estes «pequenos nadas» constituem a paisagem que rodeia, modela e determina o indivíduo;
os valores, os chamados valores que filósofos fabricam nas universidades, discursam nas academias, inserem nas revistas da especialidade; as chamadas controvérsias ou colóquios de Genebra; as chamadas doutrinas ou teorias, ou humanismos, são ainda e também o habitat do homem civilizado.
Arterioesclerose, depressão nervosa, cancro, alcoolismo, intoxicação pelas drogas medicamentosas ou alucinogénicas, suicídio, acidentes de viação, acidentes de aviação, criminalidade -- parecem ser os surtos endémicos protagonistas nesta fase da História.
Agredido, bombardeado, atacado pelo «ar que se respira», posto à prova nas suas defesas, na sua resistência e no seu poder de superação, as doenças epidémicas são apenas a única forma que resta aos indivíduos de reagir a sobreviver: doente, mas sobrevivente.

9184 caracteres de inéditos escritos em 1963/1964 e que foram redigidos sob clara influência de algumas leituras.
Nestes textos paira a influência de leituras como:
- Simone Weil, «As Necessidades da Alma», in «l'Enracinement»
- Mesmer, «O Magnetismo Animal»
- Karen Horney, «A Personalidade Neurótica do Nosso Tempo»
- Louis Pauwels, «Monsieur Gurdjieff»
- Aldous Huxley, «As Portas da Percepção»
- Erich Fromm, «A Sobrevivência da Humanidade»
- Voltaire, «Cândido ou o Optimismo»

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O CONTRIBUTO DE ÉTIENNE GUILLÉ






26144 bytes-novop-1> novo paradigma - notas de leitura

AVENTURAS E DESVENTURAS DO NOVO PARADIGMA: O CONTRIBUTO DE GUILLÉ

Lisboa, 20/6/1997 - O aparecimento de alguns filósofos e pensadores aparentemente insatisfeitos com o paradigma vigente, foi considerado um acto de coragem. E era.
Fritjof Capra elogiando as virtudes «científicas» do taoísmo (1) , o sr. Jeremy Rifkin, desmontando, em «Entropia» (2), os mecanismos autodestrutivos do macrosistema vigente (o tal que vive de ir matando os ecossistemas) ou mesmo Teilhard de Chardin, «charneira» entre o mundo da ciência analítica e as grandes sínteses cósmicas (cosmogonias), todos esses livros e autores pareciam trazer o suporte de ideias que faltava à anunciada Nova Idade, a profetizada Era do Aquário, a ansiada Nova Idade de Ouro, único antídoto contra o apocalipse.
A expressão «novo paradigma», inclusive, começou a ganhar terreno com a obra ensaística de Edgar Morin.
Cedo, porém, se verificou que esses prudentes e cautelosos autores de ponte só iam até onde o sistema os deixava ir. No campo santo da Santa Ecologia, proliferaram os simulacros de Novo (paradigma de) Pensamento. Única excepção conhecida: o filósofo Ivan Illich, eterno resistente.
Quando surgiu a obra de Étienne Guillé, já se poderia dizer, com toda a desconfiança, que também era pouco fiável, como os anteriores autores virados para o novo paradigma.
Uma análise mais atenta do contributo Guillé, porém, viria mostrar que era, realmente, o único capaz de assegurar a ponte entre os dois paradigmas. E que não havia tempo a perder.
Errado. Afinal, em todos estes anos, desde 1983, ano em que foi publicada a 1ª edição de «L'Alchimie de la Vie», (3) primeiro livro de Étienne Guillé, pouco ou nada se fez, a nível planetário, para aproveitar o legado insubstituível de Étienne Guillé. Os proliferantes aproveitamentos da sua obra para fins terapêuticos, inclusive alguns autores de livros que se desenvolveram à sombra do pensamento de Étienne Guillé (*), como foi o caso de Guy Londchamp, serviram, mais uma vez, o sistema estabelecido, em vez de o ultrapassar.
É de notar um autor, Guy Londechamp(4) , cujo primeiro livro apareceu nas edições Miexon, de Paris, em relação estreita com Patricia Kerviel e em que o segundo livro, «L'Homme Vibratoire» procedia ao aproveitamento das melhores teses holísticas de Étienne Guillé para as colocar, um pouco sectorialmente e de maneira redutora, ao serviço do sistema estabelecido - ou seja, o assistanato da sintomatologia ou a sintomatologia do assistanato: o aproveitamento para fins de terapia específica, e muito pouco ou nada holística, do melhor da holística de Étienne Guillé. Tal como acontece com os anteriores «autores de ponta e de ponte», Guy Londechamp cria, como médico, uma certa expectativa com a assumida atitude crítica em relação ao sistema em geral e ao sistema do assistanato em particular.
Preocupa-se com a destruição dos ecossistemas - claro! - mas quem não se preocupa hoje com os ecossistemas, principalmente os principais autores e actores da sua destruição?
Claro que Guy Londechamp faz críticas ao arcaísmo de um paradigma médico que continua a considerar a doença uma questão de vírus ou de bacilo, sem jamais questionar o terreno orgânico, onde, em matéria de saúde e doença, tudo se passa.
Claro que Guy Londechamp se mostra actualizado com os «avanços da ciência» na área quântica e em relação às descobertas da microfísica que, afinal, até confirma o que o taoísmo já dizia.
Mas a verdade é que se rende à auriculoterapia de Nogier, o que, não sendo muito, também não é um caminho que leve à necessária abertura holística da medicina, como os novos tempos impõem e exigem.
O sistema que vive de ir matando os ecossistemas, levou longe demais as suas próprias premissas para que a passagem se possa fazer com algumas críticas de pormenor ou superfície, deixando o fundo da questão inalterável.
No campo da Ecologia, a estratégia das ecoalternativas foi totalmente silenciada e recuperada. No campo da filosofia, os epistemólogos igualmente recuperaram o sistema dizendo que o contestavam. Além de Étienne Guillé, talvez um só pensador - Jean Baudrillard (*) - tenha conseguido escapar à contaminação, não ser perverso e não fazer a vontade ao sistema.
Em matéria de contaminações, estejamos seguros que o Establishment ainda não esgotou todas as reservas de miasmas que tinha para arrasar este pobre e triste Planeta.
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(1) «O Tao da Física», Fritoj Capra, Ed. Presença, Lisboa,
(2) «Entropia - Uma Visão Nova do Mundo», Jeremy Rifkin, Ed. Universidade do Algarve, Faro, s/d
(3) «L'Alchimie de la Vie», Étienne Guillé, Ed. Rocher, Paris, 1983
(5) «Simulacros e Simulação», Jean Baudrillard, Ed. Relógio d'Água, Lisboa, 1991
(4) «L'Homme Vibratoire», Guy Londechamp, Ed. Amrita, Paris, 1994■

terça-feira, 6 de julho de 2010

MODUS MORRENDI TECNO-BUROCRÁTICO

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sábado, 19 de Abril de 2003

MODUS MORRENDI TECNO-BUROCRÁTICO

ESTRUTURA(S) DA ABJECÇÃO(*)


Há factos que, pela força do hábito, já não notamos como anómalos. Foram-no sempre, não temos distanciamento crítico para percebermos, pois, que o foram. As maiores evidências são, assim, para nós, um dia, as maiores surpresas.
Mas se reflectirmos um pouco e um pouco distanciadamente sobre a quantidade de objectos, de produtos, de dados, eventos e mitos que nos cercam, que constituem o nosso habitat tradicional, indiscutível, começamos a perceber como são, por exemplo, absurdamente excessivos ( em quantidade) e proliferantes.
Como sofremos constantemente de gigantismo.
Como a inflação e o supérfluo são norma diária na política, na economia, na cultura, na arte, em suma, em tudo o que consumimos.
Começamos a perceber como a quantidade esmaga a qualidade, como se analisa e fragmenta, como se pulveriza e desintegra, como tudo, centrifugamente, tende para a dispersão e a multiplicação desordenada, anárquica, cancerosa. E como toda essa euforia multiplicante significa morte, já que morte significa sempre uma multiplicação de quantidade que devora uma qualidade, uma invasão de nadas e supérfluos, um afogamento do espiritual no material.

A estatística, então, será a obsessão dos especialistas que melhor servem o sistema. Os recordes apaixonam os cidadãos não só nos estádios como nos laboratórios, ganhar prémios e primeiros lugares é a constante de uma estrutura hierárquica onde alguém submete sempre alguém, onde alguém explora sempre alguém, onde alguém oprime sempre alguém.
Constantes de uma organização hierárquica onde, a restabelecer a ordem, intervém sempre como inevitável, salvadora e providencial, a autoridade, temos não só o paternalismo e o colonialismo, como todos os outros nomes que assumem: opressão, exploração, racismo, segregação, linchagem.
Depois, para produzir coisas tão diversas e tão levadas à minúcia da especialização, é preciso técnicos, especialistas. O homem (o indivíduo) , o cidadão, o consumidor, o utente, o munícipe, o contribuinte, o paciente, o doente, etc., etc, fica então dependente do especialista, do técnico, pois ele nunca será especialista de nada, ou se for, tanto dá, porque em tudo o mais ficará na dependência dos mil e um especialistas.
Apercebemo-nos (mas aperceber-nos-emos mesmo?) a pouco e pouco de que uma profunda e cancerosa anomalia reside na origem e na estrutura de tudo isto.
Logo vem um elemento do Sistema dizer que não, desculpar uma falha ou erro, prometer o paraíso para depois de amanhã, pedir-nos que esperemos mais uns tempos e, então, a ciência e a técnica tudo resolverão.
Com ajuda de bons especialistas na Economia, na Política, na Educação, na Medicina, tudo se resolverá em bem.
O aleatório entra assim em cena como componente indispensável da estrutura que tenho vindo a descrever. Esperar, esperar, esperar sempre, até que os especialistas se conjuguem e da sua acção conjugada nasça enfim a felicidade do cidadão!
Felicidade quantitativa, claro, já que de quantidade se tratou unica e simplesmente desde sempre, desde o início até ao termo(?) do processo.
O desperdício não caracteriza apenas uma estrutura de produção que se designa por capitalista: o gigantismo, a proliferação desordenada de objectos, produtos, dejectos, dados e signos caracteriza toda a estrutura cultural apoiada na indústria, esta na técnica e esta na ciência.
A análise ou desintegração da realidade não é apenas característica do capitalismo nem deste específica a dualidade estabelecida por todo o esforço inicial de conquistar a Natureza: é de toda a ordem cultural vigente, tecnocracia lhe chamam uns, outros Industriocracia, outros sociedade de consumo, e outros Abjecção.
Desde que a análise (e não a síntese das vias iniciáticas) preside ao conhecimento do mundo, está implicado nela, desde logo, um processo inevitável de violência e violentação desse mundo, dessa natureza, dessa realidade.
Domínio, violência e violentação que se estende automaticamente à realidade humana. Automatica e logicamente, constituindo um básico, radical domínio do homem pelo homem, uma básica e radical luta de classes.
Desperdício, proliferação, análise e violência andam interligados no modus vivendi tecno-burocrático.
Querem alguns ingénuos que o desperdício e o suicídio da humanidade pelo desperdício de recursos naturais e pela violentação do equilíbrio ecológico podem ser evitados com um modo de produção socialista.
Não vejo muito bem como e se se preconiza a industrialização (com o alibi do terceiro mundo e do subdesenvolvimento que o desenvolvimento foi pilhar através dos séculos dos séculos, amen), se a industrialização se baseia na técnica e se a técnica nasce da ciência analítica, não vejo como todos os mitos desta ciência, desta técnica e desta indústria miraculosamente deixam de ser perniciosos para passarem a benéficos, e de destruidores da natureza passam a seus protectores.
"Dominar a Natureza" continua a ser o leit-motiv de todos os funcionários que garantem a ordem "cultural" estabelecida e não vejo como desse domínio possa resultar mais do que depredação, anarquia, violência e morte.
Quer dizer: nenhumas alternativas ficam para esta civilização, que não sejam outros padrões de civilização diferentes, ou, pelo menos, diferentes num ponto-base, num ponto-chave. Se o indivíduo, na civilização do aleatório, nunca se autobasta, precisa sempre da organização dita social, fica sempre na dependência da política, da economia, da educação, em suma, da estrutura, do sistema, do Establishment.
Se está doente, ele automaticamente será um doente que precisado fica de médico toda a vida.
Se está educando, será educando toda a vida e toda a vida precisando educador.
Se está peão precisado de transporte, consumidor precisado de mercados, toda a vida ele ficará na dependência  de entidades, instituições, funcionários. Nunca se autobastará.
No dia em que fosse revelada por um Lovecraft, qualquer existência de comunidades onde o indivíduo se auto-baste, sem esperar que venha o técnico desta e daquela especialidade satisfazer-lhe esta e aquela necessidade, esse dia seria o princípio do fim para a brilhante civilização da tecnicidade.
Porque, como se vê, a tecnicidade joga aqui em relação muito íntima com os outros componentes da estrutura: hierarquia, autoridade, paternalismo, inflação, aleatório, análise e desperdício.
Todos estes componentes (e alguns mais, não enumerados agora) formam uma estrutura inamovível que é a do sistema cultural em que estamos.
Revolução só se poderá definir por outra estrutura cultural em que todos aqueles componentes nem intervenham nem joguem entre si como interdependentes. Pela sua inamovibilidade, aliás, é que constituem uma estrutura.
Relações aparentemente inexistentes tornam-se a esta luz óbvias e claras: Paternalismo e aleatório, por exemplo, desconhecidos os elos intermédios, podem considerar-se sem relação de causa e efeito, relação que logo se torna óbvia a um exame dos encadeados.
Reparemos, por exemplo, que entrando na engrenagem ou inércia inflacionária, é impossível deter o surto daí resultante: é impossível evitar que proliferem, desordenada e superfluamente, produtos que acabam por ser inúteis, signos, objectos e dados que atravancam o espaço, o silêncio, o tempo e a existência. Acabam, então, por apodrecer, por se deteriorar.
Produzem-se bombas e é impossível que a produção de bombas não siga uma trajectória exponencial. Resultado: inventam-se guerras para dar saída ao excesso de bombas.
Produzem-se medicamentos, inflacionária, excessiva! ultra-superfluamente. Resultado: é impossível que a lógica vá impedir de inventar doenças, multiplicar doenças, sub-dividir doenças para dar saída e consumo a esses medicamentos.
Produzem-se automóveis para 1á do necessário. Resultado: os acidentes de viação tornam-se virtualmente uma necessidade para o gasto, para o negócio e todas as campanhas de segurança rodoviária uma hipócrita manifestação de reformismo.
Por outro lado, as verdadeiras necessidades não são nunca satisfeitas, porque de qualidade.
Autoridade e paternalismo chegam assim para assegurar ao doente a ilusão de que não pode passar sem médico e sem medicamentos, o aluno não pode passar sem professor, o governado não pode passar sem governante, o peão sem polícia, o motorista cem código de estradas.
Isto é um mito criado pelo Sistema para garantir um intérmino paternalismo, uma autoridade indiscutível e uma exploração do indivíduo. Não se faz de cada doente um médico de si próprio, nem de cada educando um professor, nem de cada governado um cidadão, porque a dependência da autoridade é uma garantia de estabilidade do Sistema e porque se proclamará sempre a necessidade de mais médicos, mais técnicos, mais especialistas.
Mais, sempre mais. A carência em número será ainda um alibi para todos os fracassos qualitativos da política da Quantidade.
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(*) Este texto de Afonso Cautela, obviamente, continua rigorosamente inédito. Nem como manifesto abjeccionista foi publicado...