domingo, 8 de abril de 2007

TUDO É ENERGIA

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2-6-1997

A HERESIA DA UNIDADE

Os perigos da Física para os metafísicos da anti-metafísica
Se tudo é energia, a unidade será a heresia das heresias

Porque é que a medicina natural ou Naturopatia dos agentes físicos inquieta os metafísicos da medicina científica moderna, que se considera, como deus, omnisciente, omnividente e omnipotente?
Porque é que a electricidade em terapia, ainda tem algo de misterioso e de enigmático?
Porque se faz transmitir com presteza para os fenómenos ditos parapsíquicos e paranormais, ou para o campo das hipóteses literárias ou romanescas e dos devaneios poéticos, as curas por contacto ou imposição das mãos?
Porque está envolto numa aura mística ou mítica o poder hipnótico e os fenómenos relacionados com o chamado magnetismo animal?
Porque se pretende arrumar no gueto da metafísica o que é afinal e efectivamente físico?
Ainda e sempre, a resposta a estas perguntas poderá estar na seguinte questão: os conspiradores e donos da ciência ordinária, temem a unidade como heresia das heresias. E reduzir a realidade ao seu fundo electromagnético (proclamar que tudo é energia) eis a mais perigosa aproximação da unidade primordial.
A teoria dos campos magnéticos pode interessar a um observador ecológico da realidade, na medida em que põe como hipótese de investigação científica as relações de causa e efeito entre factos que normalmente não se consideram relacionados: por distracção, quase sempre, mas também e normalmente por má fé, porque há certas relações que se tornam incómodas e subversivas.
Relacionar (Religar) é outra perigosa heresia.
Que tudo se liga a tudo, podemos sabê-lo por intuição e confirmá-lo quando nos iniciamos na sabedoria taoísta do monismo energético, do princípio único, da ordem do universo segundo o taoísmo.
Mas raramente a ciência oficial (ciência ordinária como alguns lhe chamam), ciosa do seu dualismo e fazendo dele a sua força conservadora, nos apresenta - mesmo como hipótese de trabalho - as relações que, sendo as mais (eco) lógicas, são, no entanto, as mais susceptíveis de subverter, por isso mesmo, o conformismo, as conveniências e os interesses criados do sistema e seus zelosos funcionários, seus fiéis tecnoburrocratas.

DESFIAR A MEADA ...
A PARTIR DOS POMBOS CORREIOS

Foi um astrónomo argentino, padre Benito Reina, director do Observatório de Adare, quem levantou algumas hipóteses de trabalho fecundas, após a observação das explosões solares que, em Abril de 1966, foram largamente noticiadas na imprensa mundial.
Foi ele, efectivamente, quem ousou relacionar as explosões solares não só com as alterações magnéticas na Terra, mas ainda com tremores de terra, inundações e furacões. Chegou mesmo a atribuir as inundações então verificadas no nordeste da Argentina às referidas explosões solares.
Em Agosto do mesmo ano, 1966, Rádio Moscovo anunciava «uma grande mancha solar observada por cientistas russos do observatório astronómico de Tashkent, causaria uma tempestade magnética na terra. Segundo os cientistas, tratar-se-ia de uma erupção na periferia do Sol, durante a qual gases incandescentes seriam projectados a mais de mil quilómetros de altura.
Entre o astrónomo argentino e os astrónomos soviéticos, uma verificação em comum: explosões solares podem causar tempestades geomagnéticas.
Seis anos mais tarde, uma outra série de explosões solares levaria cientistas americanos de Boulder (Colorado) à mesma verificação e a efectuar idênticas correlações de causa e efeito entre explosões da crosta solar e perturbações no campo magnético da terra.
Mas os cientistas norte-americanos ousavam ir um pouco mais longe nas interinfluências astrais: não seriam só as comunicações pela rádio e pelo telefone a ser interrompidas devido às explosões solares, mas (note-se) «os pombos correios perderiam o sentido de orientação».
Segundo os técnicos da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica que observaram o fenómeno das explosões solares, em 1972 («uma das maiores tempestades magnéticas desde sempre registadas pela agência nos seus 30 anos de existência...») as explosões seriam de gás ionizado em volta do sol e «quando esse campo magnético em expansão encontra o campo magnético da terra, começariam as perturbações nas comunicações.»
Mas os técnicos do Colorado vão ainda mais longe:
«Um outro efeito das tempestades magnéticas parece ser a perturbação dos sensíveis sistemas de navegação de certas aves.»
Esta ilacção, aliás idêntica à do padre argentino Benito Reina, seis anos antes, teria sido extraída pelo dr. Percy Carr, da Universidade Estadual de Iowa, durante uma experiência com pombos-correios largados em determinado local. Os pombos e possivelmente outras aves - segundo Plercy Carr - «teriam sistemas de navegação e orientação ligados essencialmente ao campo magnético da Terra.»
Segundo Ralph Segman, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, a referida erupção de Agosto de 1972 «seria uma das cinco maiores observadas até agora e provocou uma onda de choque interplanetária de plasma solar ou gases electrificados.»₪

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