segunda-feira, 23 de abril de 2007

MUDAR O BICO AO PREGO

1-25-genes-1-ac-in>
domingo, 20 de Julho de 2008
sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2010-> nova revisão.

ADN, SEGUNDO CÓDIGO GENÉTICO & ETC

AQUI JUNTEI ALGUMAS PEÇAS DE UMA CONVERSA COM DOIS CIENTISTAS QUE COLABORAM, COMO EU, NA AMBIO ARCHIVES

««Estão portanto muito próximos do sucesso: enjaulados no Gulag (mediático e nem só) já têm a maioria dos portugueses. Agora é só fechá-lo à chave e atirar a chave ao rio.»»(AC)

A seguir os textos que sobre ADN e arredores publiquei na Ambio Archives, com o comentário de dois participantes nessa lista de discussão: Carlos Aguiar e Pedro Martins Barata. Ambio onde, diga-se, dominam e predominam os universitários e especialistas das várias especialidades em que eles consideram dividido o Ambiente, o Meio Ambiente.
1
JAMES WATSON E O FATALISMO GENÉTICO

Comentário de Carlos Aguiar ao meu texto de 23 DE Abril de 2007:

««A sua intervenção é inqualificável. Não merece sequer um comentário cuidado, por uma razão muito simples: o senhor aceita ideias, teorias, opiniões, etc. sem sustentação empírica com mesma facilidade com que respira e, depois, crítica despudoradamente todos aqueles cujas ideias emergem de uma vida dedicada à observação e à falsificação. Escrevi um dia nesta lista, e torno a fazê-lo: tremo ao pensar num mundo dominado pelo pedantismo metafísico.
Faço-lhe uma proposta, traduza o seu comentário para inglês e envie-o para o Prf. James Watson; é fácil de conseguir o endereço na internet. Não se esqueça de enviar também uma copia do livro "L'Énergie des Pyramides et L´Homme" do dito Etienne Guillé; aguardo com impaciência que lhe seja concedido o Prémio Nobel.
Carlos Aguiar

+
watson-1-bn>

segunda-feira, 23 de Abril de 2007

JAMES WATSON : FATALISMO GENÉTICO [TEXTO DE AFONSO CAUTELA]

O descobridor do ADN molecular - ácido desoxirribonucleico - a maior descoberta científica depois do big-bang, não tem necessariamente que ser um homem inteligente. Nem lúcido. Nem brilhante. Nem um pensador que saiba filosofar sobre a própria especialidade, ter ideias gerais sobre informações particulares.
Deram-lhe o prémio Nobel. Claro. Para isso existe o Prémio Nobel.
De facto, o descobridor do ADN, magnificamente entrevistado pela jornalista Teresa Firmino, no jornal «Público» de 31 de Março de 2007, não tem duas frases seguidas que se diga benza-te deus. E uma que de vez em quando se aproveite.
Foi esquerdista, outrora, e esse esquerdismo criou-lhe um complexo de esquerda de que parece não se ter curado. Parece fatalidade genética.
Ignorando completamente a última tendência da biologia molecular - de que são ilustres representantes o francês Etienne Guillé e o norte-americano Deepak Chopra (ver «Cura Quântica») - para ele parece existir apenas a da manipulação ou engenharia genética.
Mais grave do que os equívocos (de ordem filosófica e ideológica) é a corrente da ciência genética que ele adopta e patrocina: a da manipulação e engenharia genética, a perversão total e completa do que foi, de facto, a maior descoberta de todos os tempos - a dupla hélice do ADN, a unidade
primordial da vida.

E não está só nesta ingente tarefa de mudar o bico ao prego, apenas encabeça o pelotão:
1. «Depois de nascermos, não podemos mudar o nosso ADN» - disse ele à jornalista.
Errado: conforme Etienne Guillé descobriu, existe o segundo código genético ou código vibratório que é o código da evolução e que permite a todos os seres vivos (principalmente o ser humano porque tem consciência disso e é, portanto, responsável) completar o que o código genético da conservação - aquele de que os biólogos falam - determina.
Dito de outra maneira: não estamos «condenados» a ser como nascemos (1º código genético) mas estamos humana e moralmente obrigados a aproveitar e a desenvolver o segundo código com o qual podemos corrigir os erros do primeiro.

Até o famoso e famigerado Karma - a que alguns chamam lei linear de causa e efeito - sai pulverizado desta descoberta de um segundo código.
Usando a lindíssima metáfora proposta por Etienne Guillé: no livro do ADN está toda a informação do universo, passada, presente e futura. É a informação presente e futura que podemos «corrigir» acrescentando os
capítulos que faltam ou que estejam rasurados. São portanto nomes sinónimos: segundo código genético, código da liberdade, da evolução e da transmutação, código vibratório ou código divino.
Esta última designação é de minha inteira responsabilidade e não foi Etienne quem o disse, apenas deixou o caminho aberto quando explicou em que consiste o 2º código: na zona do ADN chamada heterocromatina constitutiva existem vestígios dos 7 metais alquímicos. São eles que garantem a informação intermolecular com o 1º código e permitem, portanto, a alteração ou correcção no tal livro.

Isto não significa que não haja erros irremediáveis de nascimento. Com o
código vibratório descoberto por Etienne Guillé, o menos que podemos afirmar é que são remediáveis, pelo menos, 50 % dos que hoje se consideram inalteráveis.
Essa é a posição de James Watson, quando disse à jornalista:
«Depois de se nascer, [o ADN ] é bastante intocável. Mas, como se sabe, as previsões estão muitas vezes erradas.»
É aqui - nas previsões - que eu me atrevo a falar de 50% de probabilidades de mudança.
2.

«É o ADN que determina o futuro e não um potencial Deus. Não acredito num Deus pessoal que interfere com as nossas vidas. Não acredito que a oração ajude» - diz James Watson, fazendo jus ao seu esquerdismo e psicologismo e ateísmo.
Não se trata de crer ou não crer: com a descoberta do segundo código genético, há apenas factos, experimentalmente comprováveis, há apenas certezas, tal como a descoberta do primeiro que a ele, Watson, se deve.
Certezas que nada nem ninguém pode abalar.
Estamos para lá da crença, da psicologia, da ideologia, da religião, da conversa fiada.

Estamos no que se designa por funcionamento ortomolecular da célula.
Por isso me atrevi a designar o segundo código (descoberto por Etienne) de «código divino»: não temos outro remédio senão aceitar que somos filhos do macaco (com muita honra) mas que também com muita honra somos filhos de Deus.

3.

Onde Watson se mostra mesmo reaccionário até dizer chega é quando alinha, sem pestanejar, com os da «engenharia genética»: «Estive na China - diz ele - onde a maioria do algodão vai ser produzido com plantas geneticamente modificadas. Os transgénicos parecem ser mais eficientes e menos perigosos para o ambiente».
De facto, o descobridor da dupla hélice do ADN não tem que ser inteligente, nem lúcido, nem sequer brilhante. Pode é ser galardoado pelo Nobel.
Pior ainda é quando vem à tona o seu incurável esquerdismo, esse sim, uma fatalidade genética de que, aos 78 anos, parece não se poder já livrar:
«A oposição aos transgénicos vem sobretudo das pessoas de esquerda. Antes era-se pró-comunista, agora não se pode, por isso é-se anti-ADN. A esquerda não gosta da genética, porque mostra que nem todas as falhas dos seres humanos se devem ao capitalismo. Pode ser apenas má sorte com os genes que se tem».
Impossível dizer mais asneiras em tão pouco tempo: um biólogo, de facto, não tem que ser inteligente nem sequer lúcido. Mas fadista e com apelos à má sorte? Valha-nos Nossa Senhora dos Aflitos.
Fatalidades genéticas, que lhe havemos de fazer?

4.

Só mais uma citação de Watson, porque não quero alongar-me:
«Não sou religioso, não acredito na alma.»
Resposta minha: eu também não acredito, tenho a certeza. Agora e depois do segundo código genético, ou código vibratório, é a certeza mais certa de todas as minhas certezas. Porque já não tenho crenças, graças a Deus.

5.
Só mais uma:
«Dizer que uma célula contém a alma é tudo superstição. Sou prático: será a clonagem boa para os portugueses? Talvez. Será má? Não. Refiro-me à clonagem de células, não de humanos.»
Aqui é que o homem parece tornar-se perigoso, porque o foram chamar para a Fundação Champallimaud, onde dirigirá um conselho científico e começará a sua opinião a ter peso internamente: ainda mais com os pesos pesados do PR e do Primeiro-Ministro que lhe estenderam a passadeira vermelha.

Como não creio em deus e talvez não acredite em bruxas, estou certo de que Leonor Beleza (em cuja inteligência acredito 100%) saiba gerir este
pedregulho no caminho da tão simpática fundação.

Mas lá que a jornalista Teresa Firmino, do jornal «Público», lhe conseguiu arrancar algumas inquietantes afirmações, parece-me óbvio e acho que devemos estar atentos. E agradecer o bom trabalho de uma boa jornalista.
+
2. AINDA O LIXO DA CÉLULA

lixo-1-ac-ab>

14-Junho-2007

AINDA O LIXO DA CÉLULA: ATÉ QUANDO CATILINA?
[TEXTO DE AFONSO CAUTELA]

A notícia veio na revista «Nature» (um grande artigo), na Revista «Genome Research» (28 artigos) e foi primeira página do jornal «Público» (14.Junho.2007) com o título «Cientistas provam que o lixo do ADN é fundamental para a vida». Refere-se, como todos sabem, à zona do ADN molecular que os biólogos oficiais consideravam, até hoje, «lixo da célula» por não lhe conhecerem a função.

Agora conhecem um pouco melhor, já não consideram lixo (pelo que o jornal não usa aspas) mas daí até o considerarem um segundo código genético ainda vão ser necessários mais uns anos, quiçá uns séculos, para que mais 35 grupos de investigadores de mais 80 instituições espalhadas pelo mundo cheguem a alguma conclusão.

A questão do segundo código genético foi aqui levantada, como alguns ambionautas talvez se lembrem, e escandalizou várias pessoas. Mas não o Pedro Martins Barata, que investigou o caso.
+
De facto e tal como Pedro Martins Barata afirmou na Ambio, em 27 de Abril de 2007, «a teoria da segunda string de ADN é efectivamente uma teoria científica comprovada e em discussão, embora em moldes completamente diferentes dos que se encontram em sites esotéricos. Mais uma vez, uma consulta rápida à base Scirus ou à Web of Knowledge confirma o mesmo.»

+
Desta vez o assunto «lixo da célula» não foi encontrado em sites esotéricos, mas, talvez ainda pior, é notícia de primeira página do jornal «Público», em texto assinado por Ana Gerschenfeld, em 14 de Junho de 2007.

Está bem que a jornalista - especialista na área científica - se baseia na revista «Nature» e em mais 28 artigos da revista «Genoma Research», mas não sei até que ponto o Pedro Martins Barata dará crédito a estas duas revistas: a «Nature» que é sempre a primeira a dar as últimas e a Genoma Research que, pelo andar da carruagem e pela quantidade de artigos que publicou sobre o «lixo», deve ser o porta-voz do célebre consórcio ENCODE, fabricado para comercializar o mapeamento do Genoma (que parece ter terminado em Abril de 2003) e «para compilar a lista de todos os elementos - não apenas genes - que dentro da gigantesca molécula de ADN, possuíssem algum tipo de função biológica».

Mesmo assim - o ENCODE reúne apenas 35 grupos de investigação de 80 instituições espalhadas pelo Mundo - mesmo assim, digo, duvido que a notícia mereça algum crédito ao Pedro Martins Barata. Já que foi veiculada por uma jornalista e por um jornal.

Quiçá que seja mesmo e apenas um engano mais. E alguma coisa que nem sequer exista como aconteceu com a investigação que o Pedro Martins Barata realizou sobre o nome e a carreira de Etienne Guillé: dissera eu que fora Etienne o descobridor, pelo menos há vinte anos, do segundo código genético (no tal «lixo da célula»), para o qual lixo foram precisos agora 35 grupos de investigação de 80 instituições de todo o mundo.
+
Pensando no aviso do José Amoreira - nunca falo de ambiente na Ambio e apenas do meu ego - hesitei em mandar esta mensagem. Mas como o assunto é lixo e devidamente avalizado por cientistas, penso que se poderá enquadrar, sem escândalo, nesta lista de assuntos de Ambiente.
+
Lendo o artigo, que a seguir retransmito para a Ambio, percebe-se que a grande descoberta se resume a bem pouco: «nem tudo é lixo, afinal, nessa zona do ADN - como até agora diziam os cientistas - mas o que é e para que serve continua um grande, um imenso mistério. Lá vão precisar de mais 4 anos e de mais 35 grupos de investigadores de 80 instituições mundiais para descobrir o que está descoberto há um quarto de século. E que no tal lixo da célula esteja afinal a segunda string a que aludia o Pedro Martins Barata, no dia 27 de Abril de 2007, aqui na Ambio, iremos precisar mais outros tantos anos de outras tantos cientistas de outras tantas instituições.
+
Esotéricos ou não esotéricos, seres humanos que apenas têm de gramar tudo isto, a pergunta continuará a ser a mesma: por quantos anos ainda iremos ter de os gramar sem sequer os poder mandar àquela parte?
+
Sem mais comentários, a notícia do «Público», 14 de Junho de 2007:

««ESTUDO PÕE EM CAUSA VISÃO TRADICIONAL

PARTES DO ADN HUMANO QUE SE JULGAVAM ADORMECIDAS AFINAL ESTÃO ACTIVAS

14.06.2007 - 09h36

Por Ana Gerschenfeld

««Quando, em Abril 2003, ficou concluída a leitura da totalidade do genoma humano, os cientistas tinham perante os seus olhos um gigantesco livro de instruções (com três mil milhões de "caracteres") para a construção do corpo dos homens e das mulheres. Mas ainda estavam longe da meta: conseguir decifrar a língua em que esse livro está escrito para perceber exactamente como é que as diversas partes do corpo são fabricadas - e como, por vezes, as coisas correm mal, dando origem a doenças.
A visão convencional do ADN é que ele contém cerca de 30 mil genes cuja sequência serve para fabricar as proteínas, que são os tijolos de base das células vivas. O resto - 98 por cento do património genético - era considerado "lixo" desprovido de função biológica. Daí que os esforços dos geneticistas tenham ido, em geral, no sentido de identificar e estudar exclusivamente os genes que codificam proteínas, à procura das causas das doenças que assolam a humanidade.
Contudo, tudo indicava que o "lixo" do ADN continha outros elementos importantes para a construção do organismo - sem ir mais longe, elementos que regulavam a expressão dos próprios genes. Foi por isso que, logo a seguir à sequenciação do genoma, foi lançado um consórcio (ENCODE) com o objectivo de compilar pela primeira vez a lista de todos os elementos - não apenas os genes - que, dentro da gigantesca molécula de ADN, possuíssem algum tipo de função biológica.
Numa primeira fase, os 35 grupos de investigadores de 80 instituições espalhadas pelo mundo que integram o consórcio - liderado pelos National Institute of Health (NIH) norte-americanos -, decidiram olhar para apenas um por cento do ADN, escolhendo cuidadosamente as partes que iriam analisar mais a fundo, para testar estratégias que permitissem identificar outros elementos funcionais do genoma. O objectivo pode parecer modesto, mas não é: a prova disso é que o batalhão de cientistas envolvidos demorou quatro anos a completar o trabalho, que hoje culmina com a publicação de um grande artigo na revista "Nature" e mais 28 "artigos companheiros" na revista "Genome Research".
Mais: as surpresas que o estudo desta pequena fracção do genoma já revelou deixam vislumbrar que, para além de algumas respostas, irão sobretudo surgir muitas novas perguntas, cuja resposta irá pôr em causa a visão convencional do ADN.
Para já, há "a descoberta de que a esmagadora maioria do ADN no genoma humano é transcrito para moléculas funcionais, chamadas ARN, e que estas transcrições apresentam grandes zonas de sobreposição em relação umas as outras", explica um comunicado dos NIH. Ou seja, grandes zonas que repetem as mesmas sequências genéticas. "Os novos dados indicam que o genoma contém muito poucas sequências inutilizadas", diz o mesmo documento. Porquê? Mistério. Mas o certo é que, de uma penada, morre assim o conceito de "lixo" no ADN.
"Tornou-se claro", diz John Greally, do Einstein College of Medicine, num artigo de comentário na "Nature", "que existe uma organização em grande escala do genoma". O genoma não é apenas uma colecção de genes independentes, mas uma rede complexa, dentro da qual os genes são apenas uma categoria de actores.
Os novos resultados poderão ter profundas implicações para a maneira como se estuda a origem genética das doenças humanas. "Para perceber as causas das doenças, temos de perceber qual é a função desta maioria de não-genes", diz Greally.»»
+
Post Scriptum:

E lá tive que interromper as minhas prometidas e merecidas férias na Ambio... Sorry.
Afonso

+

3. MENSAGEM DE AC A CARLOS AGUIAR

VIVA A CLONAGEM, ABAIXO A METAFÍSICA
25 de Abril de 2007

Meu Caro Carlos Aguiar:

Agradeço o seu comentário ao meu texto e venho retribuir com outro. Vamos por pontos.
1.
Devo dizer-lhe que o 2º código genético, descoberto por Etienne Guillé, também me parece uma coisa um bocado estranha, apesar de vir de uma autoridade mundial em Biologia Molecular, catedrático da Sorbonne e investigador do Instituto Curie.
Só não ganhou ainda o Prémio Nobel.
Confesso que a ideia do 2º código me agrada e ficaria com bastante pena se não fosse verdade.
Mas como não vi em parte nenhuma, nem sequer na Wikipédia que é socorro de aflitos, a mais mínima contestação à tese vibratória e muito menos ao caminho de conhecimento (gnose) inaugurado por Etienne Guillé, confiei de que talvez, sim senhor, a hipótese vibratória do segundo código genético fosse fiável.
Até ver, e até que viesse alguém corajoso como o Carlos Aguiar, para a derrubar, não seria de deitar fora e dado que abre, no actual e global desespero, uma janela de esperança.
2.
Aproveito a atenção que o Carlos Aguiar decidiu dar ao meu texto (que eu também qualifico de inqualificável, que eu também classifico de inclassificável) e pedir-lhe um grande, grande favor: veja se me descobre alguém (autor, livro, wikipédia, o que for) que rebata ponto por ponto, vírgula por vírgula, a tese do 2º código, veja se me consegue pelo menos isso.
É que se não encontrar nada, nem mesmo na internet, que derrube, por completo, a série de descobertas a meu ver geniais que se contêm no trabalho de Etienne, alguém, no meio disto, está a ver a fita ao contrário. E até sou capaz de ser eu, que de biologia não percebo patavina nem pouco mais ou menos. Embora goste muito da palavra «heterocromatina constitutiva» que os biólogos normais consideram o «lixo da célula» e onde o Etienne foi situar o tal segundo código.
O tal que, diga-se em abono da verdade, me dava muito jeito. Talvez isso - uma janela de esperança na jaula global que o poder das elites intelectuais arranjou - talvez isso não interesse muito aos cientistas mas a mim que não sou cientista - apenas uma vítima deles, enjaulado no Gulag que eles fabricaram - interessa-me sobremaneira.
3.
Quando, em 1992, pela mão do meu amigo Manuel Fernandes, descobri Etienne e o seu método de pesquisa, li os seus livros para o grande público (já são 6 títulos de «ecologia alargada», em 2007) e traduzi centenas das suas páginas que religiosamente guardo, tenho andado com uma candeia a ver se encontro interlocutor válido para compartilhar aquilo a que chamo a minha sorte grande. Desde os meus amigos cientistas e ecologistas aos meus amigos esoteristas, esperei que me provassem, por a+b, que a obra de Etienne é «ficção científica», como a classificou um cientista francês, Henri Laborit. E continuo esperando.
4.
Outro assunto, bastante mais pessoal e ad hominem. Continua o Carlos preocupado pensando no que seria um mundo de gente como eu : «tremo ao pensar num mundo dominado pelo pedantismo metafísico», diz você.
Sinceramente: já é a segunda vez que me manifesta essa sua angústia existencial. Eu próprio, que nunca tinha posto tal hipótese (cruzes, canhoto!), sou confrontado com a dúvida, a grande dúvida: para o mundo ter chegado à merda a que chegou, ainda era preciso mais gente como eu?
Amigo Carlos: terá que me explicar muito bem explicadinho, quem domina o que parece ser para si o actual paraíso:
a. Os que, como eu, desconfiam dos geneticistas desvairados e das manipulações genéticas
b. ou os que as advogam com uma suspeita pertinácia?
Afinal quem pôs isto de pantanas?
Sabe que um microbiologista do Texas, de nome Garza-Valdès quer clonar Jesus e escreveu um livro «The DNA of God»? E que propôs a ideia ao Papa João Paulo II, que prometeu ir rezar por ele? E que um outro senhor, Gérard Lucotte também? E que a filosofia raeliana, com sede em Monreal, também?
Moral da história: não é fácil, até mesmo ao Vaticano, desembaraçar-se dos geneticistas. Nem dos metafísicos da genética.
5.
Inteiramente de acordo consigo: faz falta uma Alta Autoridade reguladora que fiscalize os livres pensadores, os que andam fora da lei, da regra, da norma, do pensamento dirigido, da unideologia, do politica e ideologicamente correcto.
Faz mesmo falta quem ponha na ordem os desordeiros e o meu amigo bastante se esforça por isso, com a ajuda do Pedro Bingre, que o fiscaliza a si.
Infelizmente para si e por enquanto, a asneira é livre.
Eu continuarei a ser um perigo público pensando pela minha cabeça e evitando que ma lavem com teorias parolas.
Concordará portanto que não é perigo público nem atentatório do ambiente, três coisas que pelos vistos aceita porque decorrem da ciência em que o meu amigo religiosamente acredita:

1.. a clonagem, inclusive humana (acho que é considerada crime em alguns países)
2.. os geneticamente modificados ( larga e suficientemente denunciados por quem tem toda a autoridade moral e científica para o fazer, inclusive a fundadora desta lista, Margarida Silva, em 1996 (já lá vão 11 anos!) (*)
3.. as manipulações genéticas em geral e a engenharia genética em particular: se não me engano devemos esse precioso contributo aos cientistas nazis.
Compartilho, portanto, os seus receios: o mundo da genética tal como está (e que se contrapõe radicalmente à corrente encabeçada por Etienne) é um paraíso e metafísicos como eu são um perigo público.
7.
Combina a bota com a perdigota. Que o Carlos não queira aceitar a hipótese do 2º código - o da liberdade - parece-me coerente com as suas ideias justicialistas e maoistas de policiar o meio ambiente e todo o oxigénio respirável.
Mas olhe que, já desde o Francis Bacon, a «hipótese» é uma das 4 fases da ciência experimental (Observação, Hipótese, Experimentação e Formulação de leis), não vejo que se possa horripilar assim tanto o que é uma hipótese de trabalho e de pesquisa. Hipótese que ainda não chegou a tese e muito menos a teoria (cruzes, canhoto). Foi o que aprendi com o meu mestre António Sérgio (sabe o Carlos quem é este personagem?)
Um ponto que eu não entendo, porém, é como é que o Carlos consegue conciliar os seus ideais ambientalistas - que suponho serem os seus - com as peremptórias afirmações de quem defende:

a) os geneticamente modificados
b) a clonagem (humana?)
c) a engenharia genética.

Um caso de engenharia mental a ser considerado?
8.
Quanto à sua confessada gaffe (e o alerta do Pedro Bingre) do termo «falsificação», percebi perfeitamente o que o meu amigo queria dizer, também não sou assim tão tapado. Em último caso consultava a Wikipédia que, em filosofia da ciência e outras matérias duvidosas, tem sempre a última palavra e a mais actualizada.
Nada melhor para finalizar esta missiva do que as palavras de ouro que lhe foram endereçadas a propósito pelo Pedro Bingre :
«Quem não percebe reiterada e continuamente as limitações da mera esperteza verbal está condenado a distorcer a realidade até à pura e estéril aporia ou, o que é pior, fantasia desmesurada ao serviço de crenças irracionais.»

Vou já ver à Wikipédia o que significa «aporia».
Com respeitosos cumprimentos me despeço até breve.
Afonso
---
(*) Já agora, estes dois sites:

http://www.ambientesaude.pt/index.php?page=231&view=forum:ViewDiscussion&zepp_obj_id=7

http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=2570&Itemid=40
+

4. O DISCURSO DE PEDRO MARTINS BARATA ONDE SE DEMONSTRA QUE ETIENNE GUILLÉ NÃO EXISTE

27-Abril-2007

1 - Segundo uma pesquisa na Internet, seja no site do Instituto Curie, seja no site da Universidade Paris-Orsay (não confundir, por favor, com Paris-Sorbonne), em nenhum dos casos foi possível encontrar referências a Etienne Guillé. Também não foi possível encontrá-lo em sites como o www.scirus.com, onde estão referenciados os principais jornais científicos da área da Biologia (site da editora científica Elsevier)

2 tirando sites com típico fervor esotérico e místico, não foi possível encontrar nenhuma referência científica a Etienne Guillé

3 - a teoria da segunda "string" de ADN é efectivamente uma teoria científica comprovada e em discussão, embora em moldes completamente diferentes dos que se encontram em sites esotéricos. Mais uma vez, uma consulta rápida à base Scirus ou à Web of Knowledge confirma o mesmo.
[veja-se aqui um desmentido na base science direct]:
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleListURL&_method=list&_ArticleListID=1204136962&_sort=r&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=f863f4693d9628f802dc5226deeef7aa]

4 - Por último, a própria Wikipédia francesa decidiu retirar as páginas relativas a Etienne Guillé, após uma discussão que colocou em causa a biografia e o valor científico da mesma.

Desde o momento em que a ciência ganhou foros de superioridade enquanto forma de conhecimento (provavelmente desde Auguste Comte),
cresceram as tentativas de associar o que são claramente actividades não-científicas ao estatuto da ciência. Não admira que a Astrologia se chame assim, apesar de não ser, efectivamente, uma ciência definida pela existência de explicações verificáveis e falsificáveis.
+
MAIS DO MESMO BARATA

Caros ambionautas:

Hesitei, ainda hesito, em responder a algumas mensagens da Ambio, porque não tenho a certeza de que a escrita valha o esforço, e porque sei que vou levar na cabeça. Acontece que fiquei deveras incomodado com algumas mensagens, em particular a do Afonso Cautela (que não conheço pessoalmente) e a última mensagem do José Carlos Marques, embora por questões de natureza diferente.
Em relação à mensagem do Afonso Cautela, não me deterei em grandes
considerações. Em primeiro lugar, Afonso Cautela afirma que foi minha
intenção apodá-lo de mentiroso. Não foi. A minha intenção foi tentar
perceber como é que um autor afirma ser investigador do Instituto
Curie e não faz parte do staff actual (nem dos últimos dez anos,
segundo soube), e clarificar que o autor em causa não é professor da
Sorbonne (Université Paris-I), mas que afirma ser professor da
Universidade Paris-XII. Estranhei o facto de que tão ilustre
professor não ser referenciado no site da Universidade em causa. E
caro Afonso, fui à procura de elementos sobre Etienne Guillé, porque
quis perceber exactamente o que era o "segundo ADN" ou "segundo
código genético", o tal "código divino" de que, honestamente, nunca
houvera ouvido menção. Repito, portanto, que não foi minha intenção
apodá-lo de "mentiroso". O que não quer dizer que não distribua
mentiras, mesmo que inopinadamente.
Um ponto quero esclarecer: Afonso Cautela acusa-me de "[não poder]
viver (respirar) sem rótulos, sem estereótipos, sem diplomas, sem
certificados, sem licença (licenciatura) para pensar, escrever e
publicar. Se à técnica do rótulo depois chamam ciência, isso já não é
comigo, driblem lá a questão interpares". Para quem não me conhece,
fico a perceber que sabe já mesmo muito de mim. E que a elevação do
debate é sem dúvida um atributo da ciência extraordinária de Afonso
Cautela. Mas de uma coisa pode estar certo: defenderei sempre o seu
direito a escrever o que quiser na Ambio, pelo que não enfio a
carapuça de "polícia do pensamento" que me quer pôr.
A mensagem do José Carlos Marques é, na minha modesta opinião, e sei
que vou ser crucificado aqui na lista por escrever isto, perigosa,
mais ainda do que a ciência de Etienne Guillé ou Deepak Chopra. E
estou a medir e pesar as palavras, e quero mesmo dizer, perigosa. E
por amor de Deus, não me venham dizer que eu considerei o JCM
perigoso. Irrita-me a tendência para a acusação "ad hominem" presente
em muitas mensagens nesta lista, sempre que se escreve sobre assuntos
como as touradas o vegetarianismo ou o assunto em epígrafe. Permitam-
me que tente rebater algumas afirmações do JCM:

JCM: "Uma coisa que se perdeu de vista desde que a ciência ascendeu a
um estatuto de "endeusamento" (é esse o estatuto que ela tem, mesmo
em Portugal, por mais Abelhas Maias que haja e por mais falta de
cultura científica formal que exista) na sociedade moderna foi a
unidade do pensamento humano: magia, mito, religião, ciência, arte,
por mais diferentes que sejam, têm em comum uma coisa: todos são
produtos do pensamento e da imaginação, que é ela própria uma forma
de pensamento.

Curiosamente, eu diria que apenas em países de baixa cultura
científica, e que a ciência pode sofrer de "endeusamento". Só num
país onde ser "doutor" é uma raridade, é que o conhecimento formal
académico pode ser considerado um ser superior. A ciência, tal como
eu a vejo (mas já não sei nada disto) é uma actividade essencialmente
humilde. Apenas nos mitos da ficção científica, o cientista é um
homem que aspira ao conhecimento ou ao poder universal. (quanto às
Abelhas Mais, sinceramente não percebi).
JCM afirma que religião, arte, ciência, mito, são todos produtos do
pensamento e da imaginação. Nada de controverso aí.

JCM: "Por mais que custe aos que apenas aceitam uma ou algumas dessas formas com rejeição das outras, em todas elas houve e há elementos de verdade e de erro. Afinal não são essas formas que nos devem
preocupar mas sim afinal e apenas a verdade e o erro, em versão não
maniqueísta nem mecanista."
Não se trata de aceitar umas formas e rejeitar outras. Concebo
perfeitamente que alguém sinta necessidade de uma ligação
transcendental na sua vida (eu sinto, por vezes), assim como concebo
que os mitos e as tradições e as religiões têm funções sociais úteis,
e nada disso é incompatível, parece-me, com a actividade científica.
Apenas não os concebo (sou com certeza tacanho) enquanto formas de
conhecimento que sejam definíveis pelas categorias de "verdade" e
"erro". Achar que a ressurreição de Cristo é uma "verdade", como
pensam alguns milhões de cristãos, não a coloca no mesmo patamar que
a "verdade" das fórmulas de Newton para a atracção mútua dos
planetas. Exactamente porque a "verdade de Cristo" pode ser
experimentada espiritualmente, mas não pode ser verificada pelo
método científico. A não ser que enveredemos pelos caminhos da
cientologia.

JCM: "O que o cientista honesto deverá fazer, mais do que denunciar
as falsidades em bloco desta ou daquela forma de pensamento, é
aceitar humildemente que a ciência é ela própria um produto do
pensamento que, paradoxalmente, exerce a crítica sobre si próprio e
sobre os seus próprios produtos - incluindo os da ciência, que não
ficam ao abrigo da crítica pelo facto de supostamente se basearem num
método que os isentaria por definição do erro".
O cientista honesto deverá efectivamente aceitar humildemente tudo
aquilo que JCM diz (e nada há de paradoxal nisso). Mas onde discordo
e acho que JCM cai exactamente no endeusamento da ciência, é quando
afirma que os produtos da ciência "não ficam ao abrigo da crítica
pelo facto de supostamente se basearem num método que os isentaria
por definição do erro". É óbvio que tudo e criticável, é essa a
natureza da pesquisa científica. O que é errado é afirmar que o
método científico isenta os produtos científicos do erro. Se
aceitarmos Popper e outros autores (e eu aceito, porque faz sentido
para o meu entendimento de ciência) que defendem a falsificabilidade
como critério de determinação da ciência, todos os resultados
científicos são passíveis de ser errados. Por ridículo que seja, até
os senhores da Flat Earth Society podem concebivelmente estar certos.
A Teoria da Relatividade pode estar errada. Milhares de teses de
doutoramento podem estar erradas. O Miguel Bastos Araújo pode estar
errado. Pode não haver aquecimento global. Em economia (uma ciência
muito pouco auto-reflexiva, asseguro-lhe), posso-lhe garantir que
grandes teorias foram consideradas, no todo ou em parte erradas,
desde a lei de Say até às teorias Keynesianas ou monetaristas. É essa
a natureza da ciência. Não vejo onde possa subsistir a ideia da
isenção de erro como factor determinante do produto científico. Só
pode vir de um positivismo retardado e bacôco (oh, não, vão pensar
que eu chamei retardado e bacôco ao JCM!!!).

Pelo contrário, é aquilo que não é possível de ser falsificado, como
por exemplo a afirmação "Deus existe", que não pode ser considerado
objecto da ciência. E isso em nada menoriza quem acredita em Deus, e
dele "tem conhecimento". E desde já uma clarificação: eu sou crente.
É quem não admite a possibilidade de estar errado que lança a
Humanidade no maior caos. Lembro-me de uma cena impressionante e
absolutamente comovente de um documentário muito antigo da BBC -
"The Ascent of Man" em que Jan Bronowski, filho de pais judeus mortos
em Auschwitz, e amigo íntimo de Leo Szilard, um dos pais da bomba
atómica que renegou o seu filho (e que inclusivamente tentou dissuadir
a sua utilização na guerra) explica isso mesmo, de pé sobre as lagoas
onde eram lavadas as cinzas dos gaseados e incinerados. Quem quiser,
faça a pesquisa no YouTube e encontrará algures a cena de que falo.
Bronowski é certamente muito mais eloquente do que eu alguma vez serei.

Eu sou um péssimo investigador, e provavelmente não serei nunca
grande coisa como cientista. Mas prezo demasiado a ciência para a ver
abusada para justificar misticismos e esoterismos. Mais: acredito
que esse abuso custa vidas.

Por último, e voltando à questão que me trouxe aqui, a da manipulação
genética: ao contrário do Carlos Aguiar, eu sou contra os OGM e
participei do abaixo-assinado contra os OGM. Tento não os consumir e
não acredito efectivamente na argumentação exposta por Carlos Aguiar.
Essa minha atitude não precisa de chamar à colação quaisquer
argumentos que não sejam científicos e racionais. E até, se quiserem,
bastante egoístas.
Tenho dito. Estou esgotado, que a minha humilde cabeça não dá para mais.
Cumprimentos de um burro bem albardado.:-)
+
O resto do discurso do Barata pode ver-se no site da Ambio Archives, como por exemplo:
https://mail.uevora.pt/pipermail/ambio/2007-April/007159.html
+

5. AFONSO CAUTELA EM 29-Abril-2007 :
SERÁ QUE O MUNDO EXISTE?

Sim senhor, bom esforço. Cautelosamente e sem nunca citar o meu nome, o Pedro Martins Barata quis proceder a uma árdua investigação policial, indagando, por tudo quanto é sítio, se o Autor por mim citado nesta lista a propósito da hipótese do segundo código genético na heterocromatina constitutiva, existia mesmo ou era ficção da minha desvairada imaginação.
Indagou o Pedro se o Autor por mim citado seria, de facto e de direito, biólogo molecular, professor da Sorbonne e investigador do Instituto Curie.
Recorrendo principalmente à Wikipédia, deduz-se que ficou perfeitamente informado. Os cépticos da ciência ordinária desconfiam de tudo mas depois caem de borco nas bíblias do nosso tempo que pululam na Internet. Ok, albarda-se o burro à vontade do dono.
Mas não vamos por aí.
Ainda há que deslindar alguns pontos na valiosa prosa do Pedro Martins Barata, que - confessa - não se sente «pessoalmente encartado para uma discussão sobre filosofa da ciência.». Mas olhe que isso, nesta lista, é que é muito, muito grave. Pensar pela própria cabeça sem ser oficialmente encartado, não sei mesmo se lhe dará algum direito de presença aqui.
Mas também iremos ver isso mais adiante.
Por agora, centremo-nos na rusga laboriosa efectuada, por montes e vales, pelo meu amigo Pedro.

1. Não citou o meu nome, porque teria que me chamar mentiroso e ele, mais uma vez, cautelosamente, diz que espera «não ofender ninguém». Fique à vontade, Pedro, pode chamar-me o que quiser, quando quiser e sempre que quiser. Confio na sua perícia em rótulos. Como dizia um amigo meu que adora burricos: «Se me chamarem burro, é um elogio. Se um inteligente me chamar inteligente, é um insulto.» Subscrevo estas palavras e acrescento: «Não ofende quem quer, apenas quem pode.»

2. Seguindo, portanto, o critério de investigação forense - detectar indícios e provas nas primeiras 72 horas - o Pedro não encontrou provas nem indícios de que o autor por mim citado sequer existisse.

3. Ou seja: não foram encontradas provas de que o autor de «L'Alchimie de la Vie» seja oficial e academicamente credenciado, de que o autor de «Le Langage Vibratoire de La Vie» exiba um diploma de biólogo molecular, de que o autor de «L'Homme entre Ciel et Terre» tenha estudos publicados em revistas da especialidade (por acaso são bastantes), de que o autor de «Les Énergies des Pyramides et l'Homme» recebesse algum dia a certificação de diplomado em filosofia da ciência. Compreendo a dificuldade do Pedro em catalogar o incatalogável e compreendo que ele não possa viver (respirar) sem rótulos, sem estereótipos, sem diplomas, sem certificados, sem licença (licenciatura) para pensar, escrever e publicar. Se à técnica do rótulo depois chamam ciência, isso já não é comigo, driblem lá a questão interpares.

[veja-se aqui um desmentido na base science direct]:
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleListURL&_method=list&_ArticleListID=1204136962&_sort=r&view=c&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=f863f4693d9628f802dc5226deeef7aa]

4. Se o Pedro fosse à FNAC teria resolvido num ápice a sua dificuldade: os livros do autor citado, quando há (e raramente há) estão arrumadinhos na estante do esoterismo, ao lado da vidente Solnado, do alquimista Paulo Coelho e das edições Pergaminho. Teria aí o rótulo ideal - suficientemente desacreditado entre os da ciência ordinária - que resolveria o seu problema. Rótulo que resolve o problema de todos os especialistas da ciência ordinária quando deparam com um autor ou obra inclassificável.

5. Ainda bem que indagou na Net onde só encontrou o nome do citado autor em «sites de típico fervor esotérico e místico». Ainda bem porque a maioria são sites e blogs meus. Desculpe lá o mau jeito mas nesse desgosto não lhe posso valer. Afinal o caçador acabou caçado.

6. Mais um bocadinho e temos aqui armada a cena dos canudos de Sócrates, não o filósofo mas o 1º Ministro. Mais um esforço do Pedro na senda dos rótulos e carimbos e há um dia em que descobre que não existe. De que nada existe. De que tudo é pó, cinza e nada. Acho que era o Berkley que defendia um idealismo absoluto mas também não estou certo de que o Berkley tivesse existido. Dantes dizia-se: o que não aparece na televisão, não existe. Variante pós-moderna disto: Se não vem na Net, não existe. Outra variante é: o que não for declarado científico pelo Pedro e sua equipa técnica, não é científico, vai vergonhosamente para o saco do «esoterismo».

7. Rótulos & Carimbos: aqui está um critério infalível de avaliação do mérito de um autor. Se o Prof Marcelo nas suas conversas em família sabe, vai com certeza seguir as pegadas do Pedro, para averiguar do que vale e não vale, do que mexe e não mexe, do que existe e não existe neste mundo de Deus (que obviamente também não existe).

8. Depois da laboriosa rusga efectuada pelo Pedro, mais um rótulo pode ser aplicado ao delinquente: o Afonso Cautela é um mentiroso e as contra-capas dos livros editados nas Editions du Rocher e na editora «L'Originel» também mentem. Pior: em todo o universo conhecido não consta ninguém que tivesse aposto o rótulo de «científico» ao autor de seis livros publicados para o público e de artigos (dezenas) em revistas da especialidade.

9. Não sei se isto vem a propósito mas acho que sim: Segundo o jornal «Público» do passado sábado, a Fundação Gulbenkian fazia mais uma espectacular exibição de poder com um simpósio - «do Big Bang à Linguagem» - e dos 10 cientistas anunciados nem um só nome português aparece no glorioso painel. Chiça: parece-me um abuso mas quem sou eu para avaliar as decisões da poderosa organização. Só acho uma coisa: metade da energia gasta pelos especialistas contra a metafísica, a mística, o esoterismo e outras coisas horripilantes à venda no mercado, talvez fosse melhor que a aplicassem a perguntar à excelentíssima instituição se já mudou a sede para o Worl Trade Center ou se ainda continua aqui com uns belos jardins de volta desenhados pelo meu amigo Arquitecto Ribeiro Telles.

10. Resumindo e concluindo. Já o disse nesta lista ao Carlos Aguiar: admiro o vosso denodado esforço de policiar o meio ambiente e gostaria que tivessem êxito. Politicamente os ventos vão bastante favoráveis ao policiamento das hostes, bem podem aproveitar a onda. A chamada democracia está cada vez mais anémica e a liberdade é uma espécie em vias de extinção. Perguntem ao alegre Manuel Alegre, que também não estou certo se existe. Estão portanto muito próximos do sucesso: enjaulados no Gulag (mediático e nem só) já têm a maioria dos portugueses. Agora é só fechá-lo à chave e atirar a chave ao rio.
+

6. AC VOLTA À CENA, DESTA VEZ POR CAUSA DE UM ILUSTRE CIENTISTA – GEORGE STEINER- QUE CRITICOU A CIÊNCIA NA FUNDAÇÃO GULBENKIAN

+
Domingo, 28 de Outubro de 2007 - 06:37:49 WET
stress-1-ac-ab> sábado, 27 de Outubro de 2007

O «LIXO» DA NEW AGE E O LIXO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL
O SURREAL-ABJECCIONISMO DE GEORGE STEINER

A comunidade científica anda em grande stress e o stress, segundo dizem os cientistas (clínicos), não faz nada bem à saúde deles. A somatização da ansiedade é o pior que há e fala-se em psicosomática como causa das patologias mais horríveis. É a ecologia do stress.


1-George Steiner, que sofreu as passas do Algarve nos tempos nazis (embora as sinopses biográficas não assinalem se esteve ou não em campos de concentração), tem todo o direito a debitar (continuar debitando) o discurso de ódio que contra o chamado Holocausto ouvimos por tudo o que é mídia, todos os dias e a toda a hora (como se não houvesse holocaustos no plural).
Mas que os próprios cientistas não escapem às suas setas envenenadas é que torna a aparição de Steiner em Lisboa, a convite da Fundação Gulbenkian, um «study case» a ter em conta e a analisar ao microscópio electrónico.
Aliás, foi ele quem sugeriu o tema - Os limites da Ciência - ao qual a Fundação se limitou a acrescentar um ponto de interrogação. (!)

2-Um outro caso de agudo stress foi o de James Watson, co-descobridor da estrutura helicoidal do ADN molecular, por causa das declarações consideradas racistas a um jornal inglês: «Branco é mais inteligente que negro» - acho que ele disse. Não só lhe cancelaram o programa de palestras no Reino Unido como, em fim de festa, o demitiram de todos os cargos no Instituto de Investigação de Spring Harbor, em Nova Iorque. «Prémio Nobel da Medicina despedido» - dizia laconicamente o título da notícia (26.10.2007). Isto é o que hoje se faz a uma Prémio Nobel, faria se não fosse.
Conforme o jornalista Luís Miguel Queirós acentuava no jornal «Público» (26.Outubro.2007), Steiner aproveitaria o contacto com os jornalistas para deixar clara a sua condenação da recente campanha movida contra James Watson, lamentando que este tenha sido perseguido pelas suas opiniões «numa sociedade que afirma prezar a liberdade de expressão».

Bingo! O homem disse uma acertada, a frase conveniente no meio de um discurso todo ele de non sense surrealista, em que se fartou de gozar com o pagode, à conta do macio colchão de penas que aqui acolhe sempre todo e qualquer renomado cientista, diga ele o que disser, faça ele o que fizer. Prémio Nobel ou não.
Quanto ao James Watson, apetece mesmo dizer: «não batam mais no homem, por amor de Deus». Eu próprio estou com remorsos de ter aqui na Ambio feito alguns reparos ao seu discurso bio-tecnocrático, classificado na altura, aliás, pelo Carlos Aguiar de «inclassificável» (eu e o que disse). Vamos a ver é se o demitem também da conselho científico da Fundação Champallimaud: espero bem que não. Seria o Holocausto em que fala o G.S.
Ainda por cima, não se sabe se o prémio Nobel insultou os negros ou se foi um elogio dizendo os brancos mais inteligentes. Afinal parece que a famosa inteligência branca dos europeus e arredores só deu porcaria: à luz dos holofotes agora montados pelo G.S e da tese por ele desmontada, tudo afinal parece lixo e não vejo que seja mais ou menos lixo do que a New Age.
Portanto...
3-Mas a crueldade inter-pares parece não ter limites, ao contrário da ciência que, segundo a Fundação Gulbenkian, tem limites e para isso se fez um colóquio internacional.
Embora vendo a fita toda ao contrário - os dois mil anos de ciência europeia que teriam lançado a sociedade ocidental numa rota de «progresso» - George Steiner acha que estamos agora em total decadência:
«Onde estão os Platões, os Bachs, os Mozarts de hoje?».
Para lá de surrealista nos plurais, a questão é por demais peregrina e entra numa figura de retórica a que se chama petição de princípio.
Partindo da tese que Platão, Bach e Mozart são produtos da «civilização», estamos outra vez a ver a fita ao contrário: eles foram o que foram, e guardamo-los no coração, exactamente contra e apesar do que se chama progresso, do que ele G.S. chama progresso, civilização, ciência, etc. Eles foram as grandes almas que foram: mas essas estão sempre connosco, antes e depois dos G.S. e dos J.W. deste triste tempo-e-mundo.
Além disso, nada nos diz de que os Mozart não estão hoje aí, todos os dias, e até em maior número: com os estereótipos do estilo G.S. é que nunca os iremos ver e reconhecer.
4 - Com postulados destes, o non sense das suas afirmações faz então todo o sentido:
«A Índia florescerá em breve numa civilização plena de arte, ciência e literatura.» Para a afirmação ficar mais completa deveria ele acrescentar: ao tornar-se potência atómica e fazendo regularmente rebentamentos termo-nucleares subterrâneos, que provocam tsunamis devastadores, a Índia, de facto, está a atingir os picos do progresso.
5 - Necessaria e contraditoriamente, lançou outra das suas boutades: «gerações de europeus que preferem lixos New Age, como as astrologias e outras superstições.»
Para quem disse as asneiras que disse, esta pretensamente ofensiva adjectivação da New Age acaba por ser elogiosa.
Por várias razões ecológicas:
Lixo é hoje a matéria-prima mais valiosa em tempo-e-mundo de luxos e lixos;
Na New Age cabe tudo e mais alguma coisa, inclusive os orientalismos e neo-hinduísmos de que ele, uma linha atrás, faz o pomposo elogio;
Os próprios que trabalham em eco-alternativas de vida vêm-se gregos para se demarcar da avalanche de «atrasos de vida» de que o mercado New Age está hoje a abarrotar: como bom judeu, deve ser essa - o marketing New Age e respectivos lucros - a parte que o magoa mais;
O Mozart terá sido uma criança índigo e hoje as crianças índigo proliferam, segundo algumas teses defendidas no âmbito daquilo a que o senhor G.S. chama «lixo New Age»;
Arranjar um saco chamado New Age onde se mete tudo o que nos incomoda porque incomoda os establishments e negócios do establishment, também não é sinal de grande inteligência: mas ninguém nos disse que o senhor G.S. tinha que ser inteligente.
O que confirma também o stress em que anda a comunidade científica: e não me venham dizer que não os avisei do perigo de AVC's.
6 - Enfim, o homem achou-se em terra de bantus e quis mesmo impressionar a malta, especialmente os jornalistas que têm sempre que gramar este tipo de notabilidades: Filomena Naves foi a vítima no «Diário de Notícias» e Luís Miguel Queirós no «Público». Sei bem o que isso custa.
E quando tentou redimir-se com algumas verdades óbvias - que têm a ver com a noção de progresso científico e tecnológico por ele advogada - já ninguém o levou a sério.
«Ricos que se passeiam nas suas limusines, a malnutrição e a fome de crianças, a religião do futebol, a pornografia, o dinheiro como valor supremo.»
Tudo isso, afinal, perguntamos nós, o óbvio do óbvio, não foi produzido pelo mesmo sistema de progresso que agora, de repente, se acha em decadência?
O que é que raio está em causa e ele quer (ou não quer) pôr em causa?
Não será exactamente o progresso, a ideia de progresso a que alguns chamam retrocesso, a ideia de desenvolvimento a que alguns chamam sub-desenvolvimento, a «racionalidade europeia», o positivismo, a ideologia tecno e biocrática, a corrida para metas megalómanas, a destruição ambiental, o latrocínio de recursos os mais preciosos, etc, etc, todos os estereótipos, ciclos viciosos, becos sem saída, paradoxos de um sistema que vive de ir matando os ecossistemas?
7 - Mas toda esta crónica tem uma grandessíssima vantagem: se o senhor G.S. é «um dos mais prestigiados pensadores contemporâneos», como os jornais lhe chamaram e por isso a Fundação o convidou, então podemos avaliar do que são os outros menos prestigiados.
Vamos é fugir antes que eles cá cheguem.
+

6. BARATA VOLTA À CENA, DESTA VEZ POR CAUSA DE UM ILUSTRE CIENTISTA – GEORGE STEINER- QUE CRITICOU A CIÊNCIA NA FUNDAÇÃO GULBENKIAN

Desculpem-me todos nesta lista, mas não posso deixar de expressar o
meu nojo por estas afirmações: "George Steiner, que sofreu as passas do Algarve nos tempos nazis (embora as sinopses biográficas não assinalem se esteve ou não em campos de concentração), tem todo o direito a debitar (continuar debitando) o discurso de ódio que contra o chamado Holocausto
ouvimos por tudo o que é mídia, todos os dias e a toda a hora (como se não houvesse holocaustos no plural)".

(...) Os próprios que trabalham em eco-alternativas de vida vêm-se
gregos para se demarcar da avalanche de «atrasos de vida» de que o
mercado New Age está hoje a abarrotar: como bom judeu, deve ser essa
- o marketing New Age e respectivos lucros - a parte que o magoa mais
(...)

Aparte o arrazoado que as circunda, estas afirmações são de uma
indigência extrema e espanta-me que ninguém nesta lista as tenha
contestado. Com certeza os membros mais vocais desta lista acham que
o Afonso Cautela tem razão. Outros haverá que, achando-o ininputável,
se calam.

É uma tristeza este estado de coisas. Por mim calo-me e não respondo
mais a nenhum e-mail sobre este assunto.
Pedro Martins Barata
+
6. AC VOLTA À CENA, DESTA VEZ POR CAUSA DE UM ILUSTRE – GEORGE STEINER- QUE CRITICOU A CIÊNCIA NA FUNDAÇÃO GULBENKIAN

A questão não é bem como o Pedro Martins Barata a coloca, em 28 de Outubro passado, nesta Ambio, na rubrica «o stress dos cientistas».
Se «os membros mais vocais desta lista» não aparecem a contestar a «indigência extrema» das minhas prosas - como ele se queixa - é porque o clima de «medo» de há muito está instalado nesta lista e não é só o P.M.B. a contribuir para isso, não.
A prova de que as pessoas têm «medo» das peixeiradas que ocupam dias e dias desta compassiva lista e desse compassivo robô que até as gralhas reproduz na íntegra!, é que no caso concreto deste item - «o stress dos cientistas» - recebi em particular palavras de apoio e simpatia.
Só o João Soares teve «coragem» de publicar o que achava e de me cumprimentar pelo que eu disse de George Steiner - do que G.S achou por bem dizer em Lisboa, na Fundação Gulbenkian - que aliás foi do conhecimento público e ao qual não acrescentei nem (mais) uma vírgula.
Não conheço o G.S. de banda nenhuma, não quero conhecer e nem sequer era ele o tema central mas o que a Fundação Gulbenkian entendeu ser pertinente (por sugestão do próprio G.S.): «Terá a ciência limites»?
Vai daí, o P.M.B. esquecendo o fundo da questão (como vai sendo regra nesta lista), dá conta das suas alergias (dos seus espirros) pessoais, apelando ao povo da Ambio - «os membros mais vocais desta lista» - que o apoiem e aplaudam nas suas irritações e subjectivismos e estados de alma e soberbas e stresses e ódios:
«espanta-me que»
«o meu nojo por»
«é uma tristeza que»
«de uma indigência extrema»: esta é a prosa altamente rica, profunda, filosófica, do P.M.B. face à «extrema indigência» da minha.
Não hão-de as pessoas fugir disto? Alhear-se disto?
Graças a Deus que temos uma lista onde cada um tem o direito de dizer o que pensa (a questão é que pense!).
O problema é que a cada canto de um virtual arame farpado há um guarda do gulag (costumam andar aos pares!), pelo que as pessoas de boa fé e de boas intenções que por aqui navegam - «os membros mais vocais desta lista» - se retraiem, preferindo comunicar em privado em vez de publicar opiniões.
Não responde mais a nenhum mail sobre este assunto - garantiu o P.M.B.
Nem precisa. Já disse de facto tudo. Bate e foge - ainda é uma atitude de grande incidência moral.
De uma, porém, não se livra: «os membros mais vocais desta lista» talvez se resolvam a fazer o que ele pede, neste seu vibrante e comovente apelo ao «progrom» contra um outro membro da lista.
Até agora ainda não resultou mas pode ser que resulte. Quando o director da lista - também incluído, é óbvio, nos «membros mais vocais desta lista» - quiser tomar uma atitude e quando as pessoas perderem o «medo» que os P.M.B. instauraram neste espaço de potencial liberdade.
Tal como os que falam do Holocausto (com toda a razão) mas esquecem os holocaustos, também não esqueço que o P.M.B. me chamou mentiroso e ignorante porque eu citei o autor de «L'Alchimie de la Vie» e a sua descoberta do 2º código genético há vinte anos.
Também, como cristão novo, não vou esquecer o que ele desta vez me chamou.
Mais uma vez, o que seria uma questão para elevar o nível filosófico desta lista foi rotulado de «esotérico» e lançado no caixote do lixo da New Age. Como aconteceu agora, a pretexto do G.S.
Dá vontade de dizer uma palavra feia.
Não hão-de as pessoas - «os membros mais vocais desta lista» - ter «medo» disto e destes guardas do gulag? Dos rótulos e estereótipos? Dos subjectivismos e alergias pessoais? De serem sistematicamente enxovalhados e humilhados? De dizerem alhos e responderem-lhe bugalhos? De psicomoralismos e paternalismos? De arrogâncias e outras doenças crónicas? De soberbas e desabafos? De polícias do pensamento e directores de opinião?
De apelos ao «progrom» contra o palestiniano que está do outro lado da fronteira?
Cruzes, canhoto.
[AFONSO CAUTELA]
+

Sem comentários: