terça-feira, 17 de abril de 2007

HÁ JÁ 24 ANOS

1-3-paz-1> os dossiês do silêncio – movimentos sociais empalmados pelas máquinas – mein kampf – inédito ac de 1983 – ligar ao caderno «o lobo vestido de avózinha»

OS TRAVESTIS
DAS BOAS CAUSAS

http://pwp.netcabo.pt/big-bang/ecologiaemdialogo/paz-1.htm

19/11/1983 - As bombas subterrâneas rebentam durante duas semanas, o mundo treme de antípoda a antípoda e os pacifistas de aviário promovem bombásticas marchas ditas da paz (dos cemitérios).
Quem pode ser pároco numa freguesia destas, pacifista de coração no meio desta carnavalada, desta hipocrisia estrutural, destas vedetas do travesti belicista elevado à categoria de religião moderna?
Com uma opinião pública narcotizada por meia dúzia de cassetes, pelo pietismo e mediatismo das boas intenções pacifistas chegadas aos corações no correio da véspera, o mundo treme de ponta a ponta, da Europa à China, sob o impacto das megatoneladas que eles continuam fazendo rebentar nos poços das suas experiências nucleares obviamente subterrâneas, São os testes termo-nucleares que todos fingem não notar, não ligando o efeito à causa que o provoca.
Antes da paz ou dicotomia Paz-Guerra, há uma outra dicotomia que condiciona aquela: Verdade-Mentira, assistindo nós a um espectáculo de travesti, belicistas mascarados de pacifistas na mais pífia e ostensiva das amálgamas.
No entanto, há ainda ingénuos na Terceira Idade que não notam e embarcam na marcha.
Está-se em plena guerra sísmico-nuclear e querem que alinhemos na cantoria pacifista. Qualquer pacifista que o seja, desde sempre, porque pelo exemplo e pela experiência mostrou estar do lado dos pacifistas de todos os tempos, qualquer pacifista que do coração o seja antes desta hipocrisia e deste espectáculo de travesti, encenado à pressa, é evidente que não pode vestir-se de neo-pacifista de aviário. Remete-se ao silêncio discreto da sua consciência insultada pela palhaçada em cena.

DE LANÇA EM RISTE CONTRA O PECADO

Ora pró ora anti, ora a favor ora contra, não faltam beneméritas cruzadas na sociedade industrial onde exactamente os direitos mais elementares do Homem e da Natureza são constantemente violentados.
Ninguém de bom coração - que afinal somos todos, no remanso doméstico, no calorzinho do nosso borralho íntimo - contestará a licitude e a legitimidade indiscutíveis de coisas tão belas, tão boas, tão justas como defender a paz e atacar a guerra, proteger a Natureza e abominar a Poluição.
Não faltam as chamadas causas nobres, logo puxadas a si pelas máquinas partidárias, sempre prontas a tirar delas dividendos: a Paz e a Natureza são hoje das mais propaladas, mas não menos dignas de amores e favores são, outrossim, a Criança, a Juventude, a Música, o Património Cultural, as Energias solares, o Artesanato, etc
Exércitos de salvação, por seu turno, extremamente bem intencionados, andam por este tempo e mundo de lança na mão, investindo contra os maus da Fita: a Fome, a Poluição, o Tabagismo, a Droga, a Prostituição, o Cancro, a Infidelidade Conjugal, os Lixos nauseabundos, etc .(quem quiser o catálogo completo, envia-se cópia ).
Esta divisão do Mundo em Bons e Maus, parece-me demasiado simples e simplória para ser verdade.
Ver mais no meu site big-bang
http://pwp.netcabo.pt/big-bang/ecologiaemdialogo/paz-1.htm

Sem comentários: