domingo, 15 de abril de 2007

HÁ JÁ 25 ANOS

Ontem mesmo, no Discovery Civilization, vi um documentário sobre «Walden», o livro clássico de Henry David Thoreau (1817-1862), que morreu de tétano aos 55 anos. Ocorreu-me o que sobre ele escrevi e publiquei em 1982, na «Crónica do Planeta Terra». Pedindo desculpa do incómodo. Acima de tudo porque o slogan de Thoreau - «simplifiquem, simplifiquem, simplifiquem» - anda cada vez mais arredio dos foruns de discussão ditos do ambiente.
O texto pode ler-se na íntegra no meu site «catbooks».
http://www.catbox.info/catbooks/+my_souls+.htm
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O «SIMPLES» E O «PEQUENO» JÁ VENCERAM

O apelo de Henry Thoreau, no princípio do século XIX - «Simplifiquem, simplifiquem»!, conjugado com um outro de E.F. Schumacher, já na década de 1970 ‑ «Small is beautiful» ‑ traduz o que constitui a maior heresia criadora do ecologismo em Junho de 1982.
Quando o sistema atinge o auge do gigantismo e da complicabilidade, lançar o pequeno e o simples como palavra de ordem é, de facto, o grande desafio para a mudança radical e para a subversão.
Desmantelar o sistema é impossível. Mas é possível, por métodos não violentos, constituir unidades de produção que se orientem pelo simples e pelo pequeno. É possível, lado a lado com os sistemas gi­gantescos, agir e resolver problemas com «tecnologias intermédias» apropriadas.
O caso das tecnologias alimentares e terapêuticas pode ser dado como exemplar.
De facto, o sistema médico‑farmacêutico cerca‑nos por todos os lados, ataca em todas as frentes. Com tentáculos poderosos no aparelho de Estado, ele determina a obrigatoriedade das vacinas. Accionado pelas multinacionais farmacêuticas, ele recorre à propaganda perpétua e intensiva. Fazendo depender totalmente o doente da engrenagem hospitalar, deixa‑o completamente entregue à vontade deste.

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