sexta-feira, 27 de abril de 2007

ADN NAS ESTRELAS

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LUGARES COMUNS DA SABEDORIA UNIVERSAL

22-12-2005

Com a ajuda do Google, tenho sempre sorte. Julgava perdida uma notícia de 22.12.2005 (há já dois anos) mas teclei o título de que ainda me lembrava – Precursores do ADN nas estrelas – e surgiu-me em primeiro lugar numa lista de cerca 152 resultados. Obrigado ao Google, ao «Diário de Notícias» que publicou a notícia e à Filomena Naves que, infelizmente, não tenho visto nas páginas daquele prestigiado jornal, desde a recente remodelação .
Mas pronto: tenho a notícia que me interessa, mais um capítulo das animosidades que estes assuntos têm actualmente nos meios bem pensantes e ideologicamente correctos da ciência oficial.
São factos que a ciência astronómica está a descobrir mas que traduzem um lugar-comum das grandes tradições da sabedoria ancestral:
«O que está em cima é igual ao que está em baixo» - como disse lapidarmente o arquitecto Imhotep (ou Hermes Trismegisto, ou Esculápio/Asclépius, ou deus Toth).
«Assim na Terra como no Céu» - como o repetiu a tradição judaico-cristã, que nestas matérias até nem prima pela lucidez. Desta vez e mau grado os guardas do Gulag, tivemos acesso à grande e mais antiga novidade.

PRECURSORES DO ADN NAS ESTRELAS
Por F. N.

«Têm os nomes pouco sugestivos de cianeto de hidrogénio e acetileno, mas a sua descoberta a 375 anos-luz da Terra, junto a uma estrela chamada IRS46, está a entusiasmar os astrónomos. É que aquelas substâncias, que ali foram detectadas sob a forma de gases quentes, contam-se entre os elementos precursores do ADN. Ou seja, da vida.

«A descoberta foi feita por astrofísicos holandeses que realizaram as observações daquela estrela longínqua com o telescópio espacial Spitzer, da NASA, na banda dos infravermelhos.

«Aqueles gases orgânicos, que se encontram presentes no sistema solar, nas atmosferas dos planetas gigantes, como Júpiter, e na da maior lua de Saturno (Titã), já tinham sido identificados junto de grandes estrelas pelo ISO (Infrared Space Observatory) da agência espacial europeia, um satélite de observação astronómica. Então, porquê tanto entusiasmo agora?

«É simples. Esta é a primeira vez que a assinatura química daqueles compostos orgânicos é identificada numa zona onde se pensa existirem corpos rochosos potencialmente idênticos à Terra. É isso que faz toda a diferença. Nas observações feitas anteriormente pelo ISO não existia essa particularidade.

«Segundo a equipa holandesa, a estrela IRS46, que está na constelação Ophiuchus, está no centro de um sistema solar ainda na infância. "Esse sistema poderá assemelhar-se ao nosso há milhares de milhões de anos, muito antes de a vida eclodir na Terra", disse o líder da equipa holandesa, Fred Lahuis, do observatório de Leiden.

«Supõe-se que os elementos como os que foram agora detectados naquele sistema solar, ainda em formação, foram trazidos para a Terra por cometas, há cerca de três ou quatro milhões de anos.

«Segundo Geoffrey Blake, outro dos autores do estudo, "obtém-se uma amostra de compostos orgânicos, incluindo aminoácidos e uma base de ADN chamada adenina" se aqueles ingredientes se puderem concentrar e reagir quimicamente, num tubo de ensaio ou numa superfície adequada.»
O que dirá a isto o insuspeito Carlos Aguiar, fiscal de serviço que me fiscaliza as prosas?

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