sábado, 26 de maio de 2007

A TRETA DO CO2

ACELERAR A CATÁSTROFE QUE ELES DIZEM QUERER EVITAR
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26 de Maio de 2007

Meu Caro J.V. Serrano:
A sua mensagem [geologia] na Ambio veio acordar-me de uma certa e persistente letargia em que a campanha do CO2 nos deixa. É uma espécie de entorpecente, de narcótico para adormecer consciências e eu confesso, armado em esperto, que claudiquei.
Até porque me convém sempre ficar a descansar, no meu rom-rom predilecto.
Ao relembrar o que parece estar esquecido – gigantescas pavimentação, mineração, deflorestação e ruptura de equilíbrios - levanta o J.V. Serrano o verdadeiro e autêntico problema dos aquecimentos ou arrefecimentos globais, ou seja lá o que for, os desequilíbrios e extremos climáticos.
A mentira generalizada do CO2 tem, evidentemente, objectivos mercenários mas até nem é isso -- o inimigo principal já identificado -- o mais importante: é que, fazendo – deliberadamente - o diagnóstico errado, todas as alegadas «soluções» vão apenas acelerar a catástrofe, o apocalipse e o dilúvio, palavras proibidas em todos os meios ideologicamente correctos.
Tal como acontece com os salvadores da Pátria (que nos hão-de afundar) acontece com os salvadores do Mundo, que tornarão o fim do Planeta irreversível.
O núcleo duro desta estratégia sabe-o perfeitamente, e pragmaticamente usa os provérbios consagrados da grande farra: «morra marta morra farta» e «depois de nós o dilúvio». «Negócio é negócio e tout d'abord».
Só alguns naifs de boa fé se deixaram também ir na conversa, na treta do CO2. (O discurso do poder reforça o poder do discurso.)
E alguns, como eu, que se consideravam muito espertinhos.
Saindo agora, com o seu alerta, desta anestesia colectiva, relembro, além dos seus quatro itens, alguns pontos que já todos esquecemos:
- o fenómeno da evapo-transpiração dos oceanos e os petroleiros que derramam o suficiente para agravar essa evapo-transpiração;
- a deflorestação criminosa que na Amazónia se repete aqui em Portugal com a santíssima trindade dos incêndios, eucaliptos e desertificação, com todos a dizerem que são os pirómanos avulsos a fazer tropelias;
- as experiências de precipitação provocada que no perímetro de Valladolid se soube um dia que havia e que é mais um tópico abafado pela retórica do CO2: se as experiências continuaram, não sei nem me interessa, mas que se fizeram, fizeram;
- complementar da treta do CO2, é a ameaça – agora luso-brasileira – de irem sondar a costa portuguesa para encontrar petróleo (talvez e oxalá encontrem apenas bosta)
Sei que há mais, muito mais itens da destruição, mas de repente ocorrem-me estes.
O que me ocorre também é que tenho de rever a matéria dada ao longo dos anos e lá tenho de ir desenterrar os dossiês do silêncio e continuar a minha carta aberta ao compadre Al Gore e antes que ele presida aos estados unidos da destruição.
Não deixa de ser bem feito o castigo de voltar a mexer na porcaria que já tinha dado como arrumada, à espera do dilúvio que há-de vir, se Nossa Senhora de Fátima ouvir as minhas orações.
Seu leitor e amigo
Afonso Cautela

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