quinta-feira, 3 de maio de 2007

ECO-OPORTUNISMO

O eco-oportunismo não é bom nem mau, antes pelo contrário. É um facto, agora que, depois de Al Gore, até os media estão preocupados com o destino humano do planeta, ou o destino planetário da humanidade. Acontece. Embora um bocado tarde, a psico-manipulação mediática apercebeu-se, num golpe de génio, de que tem no ambiente um meio de ampliar audiências e vender papel. Finalmente, como conta o jornalista Nuno Cardoso, «Diário de Notícias», 2 de Maio de 2007, os «media aderem à questão das alterações climáticas». O eco-oportunismo não é bom nem mau, antes pelo contrário. Para mim, que adoro neologismos, é mais um para a colecção. E felicidades para todos.
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««MEDIA ADEREM À QUESTÃO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Por NUNO CARDOSO
LEONARDO NEGRÃO (imagem)

As questões ambientais, que nos últimos tempos têm sido massivamente abordadas - muito por causa das alterações climáticas e do aquecimento global - deixaram de ser uma simples matéria de notícia para os meios de comunicação social, um pouco por todo o mundo.

Cada vez mais, os media começam a encarar a temática ambiental como uma estratégia empresarial para campanhas de sensibilização, uma vez que é um método eficaz de captar a atenção do público em geral.

Um dos exemplos mais recentes foi o de Al Gore, o ex-vice-presidente norte-americano e autor do documentário Uma Verdade Inconveniente, que alerta para o aquecimento global e o qual conheceu grande sucesso junto das bilheteiras mundiais.

Até mesmo reconhecidas publicações internacionais como o jornal El País, a operadora ABC e as revistas Vanity Fair, Domino, Outside ou Fortune já lançaram publicações 'verdes', as quais destacavam a temática ambiental.

Mas este tipo de iniciativas não se fica além-fronteiras. Em Portugal, o semanário Expresso decidiu seguir a mesma tendência ecológica aquando da vinda de Al Gore ao nosso país, em Fevereiro deste ano. Assim sendo, lançou uma edição 'verde', na qual se comprometia a compensar as emissões de dióxido de carbono que a edição desse dia implicou.

Outro exemplo nacional é o da SIC, que anunciou esta semana as novas rubricas que vão integrar o Jornal da Noite, em cada dia da semana. Assim sendo, e sem data fixa, Terra Alerta (apresentado por Carla Castelo) e Mundo Moribundo (da responsabilidade de Luís Costa Ribas) são os dois novos espaços que darão relevo às questões ambientais, nomeadamente às consequências das alterações climáticas.

Ainda na televisão, o canal Discovery Communications vai lançar um modelo de transmissão durante 24 horas por dia, exclusivamente dirigido à qualidade de vida e à ecologia. O canal, da rede Discovery, pretende alargar a emissão a 170 países.

A revista The Week, da Dennis Publishing, decidiu colocar a edição do dia 20 de Abril (alusiva ao tema do clima) apenas na Internet, numa decisão coerente com os conteúdos da revista. Só nesse dia, a The Week amealhou 500 mil dólares, empregues depois em carros híbridos.»»

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