1-2-autoterapia-1-nw
SOMOS O QUE COMEMOS:
DOENÇAS METABÓLICAS E AUTOTERAPIA ALIMENTAR
«O diabético tem de ser médico de si próprio» - dizia o título de uma reportagem, da jornalista Diana Mendes, no «Diário de Notícias»( 11 de Setembro de 2007).
Não podemos perder a oportunidade de falar sobre alguns itens muito importantes em ecologia alimentar.
Antes de mais, há que render homenagem à Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP) uma associação de verdadeiro serviço público e que se sobrepõe em atendimento aos serviços oficiais do Ministério da Saúde – administrações regionais de saúde - , sempre congestionados. As famosas listas de espera.
Em qualquer caso, a diabetes é, por definição, a doença que mais exige do próprio doente e da consciência que ele tiver da sua situação: como alguns dos testemunhos apresentados pela jornalista Diana Mendes, mostram e confirmam.
Doença metabólica directa e claramente dependente do regime alimentar, é mais do que correcto afirmar, como faz o título do jornal: «o diabético tem de ser médico de si próprio».
Nunca a palavra «autoterapia alimentar» fez tanto sentido.
Googlando, encontrei páginas que defendem essa «autoterapia alimentar» na perspectiva da ecologia humana e do famoso aforismo: «somos o que comemos».
«Um diabético deve aprender a controlar a sua doença, educar-se e tornar-se porta-voz, porque a informação é escassa".( Maria Isabel Coelho)
À Maria Isabel Coelho, que tão bem definiu a autoterapia que é urgente defender e divulgar, dedico estas páginas da Net:
1. http://catbox.info/big-bang/vidanatural/autoterapia.htm
2. http://catbox.info/big-bang/vidanatural/+autoterapia+.htm
+
Transcrevo a reportagem de Diana Mendes, no «DN» :
"O DIABÉTICO TEM DE SER MÉDICO DE SI PRÓPRIO"
Por DIANA MENDES
ASSOCIAÇÃO DE DIABÉTICOS É OPÇÃO ÀS LISTAS DE ESPERA
João Pedro Sousa praticava artes marciais até 1977, altura em que lhe diagnosticaram diabetes. Hoje, vê apenas vultos, mas ninguém lhe tira os 18 quilómetros de marcha por dia. Com 60 anos e meia vida partilhada com a doença, acredita que "os médicos devem dar a informação máxima e, a partir daí, o diabético passa a ser médico de si próprio". A gravidade do seu caso obriga a consultas de três em três meses. Mas chegou a ser criticado por um médico por ir a nova consulta nove meses depois.
As listas de espera fazem parte da vida de vários diabéticos, com quem o DN falou em plena Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. A entidade, com dois edifícios unidos e quatro pisos, está recheada de valências e atende diariamente dezenas de diabéticos. Muitos, se não a maioria, cansaram-se da lenta resposta dos serviços públicos de saúde, que chega a superar ano e meio, tal como o DN noticiou ontem.
É esse o caso de Vítor Teixeira, diabético há sete anos e a quem falaram de uma lista de espera "de dois anos para uma consulta". Foi por sugestão sua que a médica de família, em Alcoentre, decidiu passar uma credencial para a consulta. "Estava tudo bem, mas mandaram-me marcar nova consulta de rotina. Quando me disseram que a lista era de dois anos disse logo: Não posso marcar já?" Com 57 anos, Vítor descobriu há um a associação de doentes, onde já é seguido nas consultas de nutrição, oftalmologia e cardiologia, e as listas são curtas, garantem os doentes.
João Pedro Sousa é o doente ideal para os especialistas em diabetes. Conhece os números, os cuidados, e sabe bem os problemas que pode vir a ter. "No meu caso, tive consequências nos olhos", lamentando sofrer de uma retinopatia diabética proliferativa. As cirurgias, tratamentos a laser e viagens em busca dos melhores serviços não salvaram os seus olhos . Mas ainda hoje não cede um milímetro nos seus cuidados. Anda "6500 quilómetros por ano, 18 por dia, mais musculação e bicicleta". Nas festas, pode comer doces, mas o açúcar é substituído por adoçante. A namorada, nome de baptismo do " aparelho para medir a glicémia", tem de ir sempre atrás.
A isto chama "sermos duros connosco próprios. Agora, está na fase de "porta-voz". E explicou: um diabético deve aprender a controlar a sua doença, educar-se e tornar-se porta-voz, porque a informação é escassa".
Também Maria Isabel Coelho mostrou estar muito preocupada com a sua condição de diabética, descoberta há três anos. Depois de ir ao centro de saúde, "onde me informaram que tinha de ir ao oftalmologista, fiquei a saber que tinha de esperar um ano e meio pela consulta. Mas aqui na associação faço exames todos os anos, como a retinografia".
Enquanto espera pelo serviço público, vai visitando os edifícios da associação e, pelo meio, passa por institutos privados para suprir outras necessidades, que espelham o receio de não conseguir combater algum problema em tempo útil.
É esta espera, que pode chegar a ano e meio, que leva alguns médicos de família, como Rosa Galego, a insinuar que "não se deve fazer rastreios quando não se responde em tempo útil ao tratamento".
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
ecologia do stress
1-4-stress-1-ac-ab> sábado, 27 de Outubro de 2007
O «LIXO» DA NEW AGE E O LIXO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL
O SURREAL-ABJECCIONISMO DE GEORGE STEINER
A comunidade científica anda em grande stress e o stress, segundo dizem os cientistas (clínicos), não faz nada bem à saúde deles. A somatização da ansiedade é o pior que há e fala-se em psicosomática como causa das patologias mais horríveis. É a ecologia do stress.
1-George Steiner, que sofreu as passas do Algarve nos tempos nazis (embora as sinopses biográficas não assinalem se esteve ou não em campos de concentração), tem todo o direito a debitar (continuar debitando) o discurso de ódio que contra o chamado Holocausto ouvimos por tudo o que é mídia, todos os dias e a toda a hora (como se não houvesse holocaustos no plural).
Mas que os próprios cientistas não escapem às suas setas envenenadas é que torna a aparição de Steiner em Lisboa, a convite da Fundação Gulbenkian, um «study case» a ter em conta e a analisar ao microscópio electrónico.
Aliás, foi ele quem sugeriu o tema – Os limites da Ciência – ao qual a Fundação se limitou a acrescentar um ponto de interrogação. (!)
2-Um outro caso de agudo stress foi o de James Watson, co-descobridor da estrutura helicoidal do ADN molecular, por causa das declarações consideradas racistas a um jornal inglês:«Branco é mais inteligente que negro» - acho que ele disse. Não só lhe cancelaram o programa de palestras no Reino Unido como, em fim de festa, o demitiram de todos os cargos no Instituto de Investigação de Spring Harbor, em Nova Iorque. «Prémio Nobel da Medicina despedido» - dizia laconicamente o título da notícia (26.10.2007). Isto é o que hoje se faz a um Prémio Nobel, faria se não fosse.
Conforme o jornalista Luís Miguel Queirós acentuava no jornal «Público» (26.Outubro.2007), Steiner aproveitaria o contacto com os jornalistas para deixar clara a sua condenação da recente campanha movida contra James Watson, lamentando que este tenha sido perseguido pelas suas opiniões «numa sociedade que afirma prezar a liberdade de expressão».
Bingo! O homem disse uma acertada, a frase conveniente no meio de um discurso todo ele de non sense surrealista, em que se fartou de gozar com o pagode, à conta do macio colchão de penas que aqui acolhe sempre todo e qualquer renomado cientista, diga ele o que disser, faça ele o que fizer. Prémio Nobel ou não.
Quanto ao James Watson, apetece mesmo dizer: «não batam mais no homem, por amor de Deus». Eu próprio estou com remorsos de ter aqui na Ambio feito alguns reparos ao seu discurso bio-tecnocrático, classificado na altura, aliás, pelo Carlos Aguiar de «inclassificável» (eu e o que disse). Vamos a ver é se o demitem também do conselho científico da Fundação Champallimaud: espero bem que não. Seria o Holocausto em que fala o G.S.
Ainda por cima, não se sabe se o prémio Nobel insultou os negros ou se foi um elogio dizendo os brancos mais inteligentes. Afinal parece que a famosa inteligência branca dos europeus e arredores só deu porcaria: à luz dos holofotes agora montados pelo G.S e da tese por ele desmontada, tudo afinal parece lixo e não vejo que seja mais ou menos lixo do que a New Age.
Portanto...
3-Mas a crueldade inter-pares parece não ter limites, ao contrário da ciência que, segundo a Fundação Gulbenkian, tem limites e para isso se fez um colóquio internacional.
Embora vendo a fita toda ao contrário – os dois mil anos de ciência europeia que teriam lançado a sociedade ocidental numa rota de «progresso» – George Steiner acha que estamos agora em total decadência:
«Onde estão os Platões, os Bachs, os Mozarts de hoje?».
Para lá de surrealista nos plurais, a questão é por demais peregrina e entra numa figura de retórica a que se chama petição de princípio.
Partindo da tese que Platão, Bach e Mozart são produtos da «civilização», estamos outra vez a ver a fita ao contrário: eles foram o que foram, e guardamo-los no coração, exactamente contra e apesar do que se chama progresso, do que ele G.S. chama progresso, civilização, ciência, etc. Eles foram as grandes almas que foram: mas essas estão sempre connosco, antes e depois dos G.S. e dos J.W. deste triste tempo-e-mundo.
Além disso, nada nos diz de que os Mozart não estão hoje aí, todos os dias, e até em maior número: com os estereótipos do estilo G.S. é que nunca os iremos ver e reconhecer.
4 - Com postulados destes, o non sense das suas afirmações faz então todo o sentido:
«A Índia florescerá em breve numa civilização plena de arte, ciência e literatura.» Para a afirmação ficar mais completa deveria ele acrescentar: ao tornar-se potência atómica e fazendo regularmente rebentamentos termo-nucleares subterrâneos, que provocam tsunamis devastadores, a Índia, de facto, está a atingir os picos do progresso.
5 - Necessaria e contraditoriamente, lançou outra das suas boutades: «gerações de europeus que preferem lixos New Age, como as astrologias e outras superstições.»
Para quem disse as asneiras que disse, esta pretensamente ofensiva adjectivação da New Age acaba por ser elogiosa.
Por várias razões ecológicas:
Lixo é hoje a matéria-prima mais valiosa em tempo-e-mundo de luxos e lixos;
Na New Age cabe tudo e mais alguma coisa, inclusive os orientalismos e neo-hinduísmos de que ele, uma linha atrás, faz o pomposo elogio;
Os próprios que trabalham em eco-alternativas de vida vêm-se gregos para se demarcar da avalanche de «atrasos de vida» de que o mercado New Age está hoje a abarrotar: como bom judeu, deve ser essa – o marketing New Age e respectivos lucros - a parte que o magoa mais;
O Mozart terá sido uma criança índigo e hoje as crianças índigo proliferam, segundo algumas teses defendidas no âmbito daquilo a que o senhor G.S. chama «lixo New Age»;
Arranjar um saco chamado New Age onde se mete tudo o que nos incomoda porque incomoda os establishments e negócios do establishment, também não é sinal de grande inteligência: mas ninguém nos disse que o senhor G.S. tinha que ser inteligente.
O que confirma também o stress em que anda a comunidade científica: e não me venham dizer que não os avisei do perigo de AVC’s.
6 - Enfim, o homem achou-se em terra de bantus e quis mesmo impressionar a malta, especialmente os jornalistas que têm sempre que gramar este tipo de notabilidades: Filomena Naves foi a vítima no «Diário de Notícias» e Luís Miguel Queirós no «Público». Sei bem o que isso custa.
E quando tentou redimir-se com algumas verdades óbvias – que têm a ver com a noção de progresso científico e tecnológico por ele advogada – já ninguém o levou a sério.
«Ricos que se passeiam nas suas limusines, a malnutrição e a fome de crianças, a religião do futebol, a pornografia, o dinheiro como valor supremo.»
Tudo isso, afinal, perguntamos nós, o óbvio do óbvio, não foi produzido pelo mesmo sistema de progresso que agora, de repente, se acha em decadência?
O que é que raio está em causa e ele quer (ou não quer) pôr em causa?
Não será exactamente o progresso, a ideia de progresso a que alguns chamam retrocesso, a ideia de desenvolvimento a que alguns chamam sub-desenvolvimento, a «racionalidade europeia», o positivismo, a ideologia tecno e biocrática, a corrida para metas megalómanas, a destruição ambiental, o latrocínio de recursos os mais preciosos, etc, etc, todos os estereótipos, ciclos viciosos, becos sem saída, paradoxos de um sistema que vive de ir matando os ecossistemas?
7 – Mas toda esta crónica tem uma grandessíssima vantagem: se o senhor G.S. é «um dos mais prestigiados pensadores contemporâneos», como os jornais lhe chamaram e por isso a Fundação o convidou, então podemos avaliar do que são os outros menos prestigiados.
Vamos é fugir antes que eles cá cheguem.
O «LIXO» DA NEW AGE E O LIXO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL
O SURREAL-ABJECCIONISMO DE GEORGE STEINER
A comunidade científica anda em grande stress e o stress, segundo dizem os cientistas (clínicos), não faz nada bem à saúde deles. A somatização da ansiedade é o pior que há e fala-se em psicosomática como causa das patologias mais horríveis. É a ecologia do stress.
1-George Steiner, que sofreu as passas do Algarve nos tempos nazis (embora as sinopses biográficas não assinalem se esteve ou não em campos de concentração), tem todo o direito a debitar (continuar debitando) o discurso de ódio que contra o chamado Holocausto ouvimos por tudo o que é mídia, todos os dias e a toda a hora (como se não houvesse holocaustos no plural).
Mas que os próprios cientistas não escapem às suas setas envenenadas é que torna a aparição de Steiner em Lisboa, a convite da Fundação Gulbenkian, um «study case» a ter em conta e a analisar ao microscópio electrónico.
Aliás, foi ele quem sugeriu o tema – Os limites da Ciência – ao qual a Fundação se limitou a acrescentar um ponto de interrogação. (!)
2-Um outro caso de agudo stress foi o de James Watson, co-descobridor da estrutura helicoidal do ADN molecular, por causa das declarações consideradas racistas a um jornal inglês:«Branco é mais inteligente que negro» - acho que ele disse. Não só lhe cancelaram o programa de palestras no Reino Unido como, em fim de festa, o demitiram de todos os cargos no Instituto de Investigação de Spring Harbor, em Nova Iorque. «Prémio Nobel da Medicina despedido» - dizia laconicamente o título da notícia (26.10.2007). Isto é o que hoje se faz a um Prémio Nobel, faria se não fosse.
Conforme o jornalista Luís Miguel Queirós acentuava no jornal «Público» (26.Outubro.2007), Steiner aproveitaria o contacto com os jornalistas para deixar clara a sua condenação da recente campanha movida contra James Watson, lamentando que este tenha sido perseguido pelas suas opiniões «numa sociedade que afirma prezar a liberdade de expressão».
Bingo! O homem disse uma acertada, a frase conveniente no meio de um discurso todo ele de non sense surrealista, em que se fartou de gozar com o pagode, à conta do macio colchão de penas que aqui acolhe sempre todo e qualquer renomado cientista, diga ele o que disser, faça ele o que fizer. Prémio Nobel ou não.
Quanto ao James Watson, apetece mesmo dizer: «não batam mais no homem, por amor de Deus». Eu próprio estou com remorsos de ter aqui na Ambio feito alguns reparos ao seu discurso bio-tecnocrático, classificado na altura, aliás, pelo Carlos Aguiar de «inclassificável» (eu e o que disse). Vamos a ver é se o demitem também do conselho científico da Fundação Champallimaud: espero bem que não. Seria o Holocausto em que fala o G.S.
Ainda por cima, não se sabe se o prémio Nobel insultou os negros ou se foi um elogio dizendo os brancos mais inteligentes. Afinal parece que a famosa inteligência branca dos europeus e arredores só deu porcaria: à luz dos holofotes agora montados pelo G.S e da tese por ele desmontada, tudo afinal parece lixo e não vejo que seja mais ou menos lixo do que a New Age.
Portanto...
3-Mas a crueldade inter-pares parece não ter limites, ao contrário da ciência que, segundo a Fundação Gulbenkian, tem limites e para isso se fez um colóquio internacional.
Embora vendo a fita toda ao contrário – os dois mil anos de ciência europeia que teriam lançado a sociedade ocidental numa rota de «progresso» – George Steiner acha que estamos agora em total decadência:
«Onde estão os Platões, os Bachs, os Mozarts de hoje?».
Para lá de surrealista nos plurais, a questão é por demais peregrina e entra numa figura de retórica a que se chama petição de princípio.
Partindo da tese que Platão, Bach e Mozart são produtos da «civilização», estamos outra vez a ver a fita ao contrário: eles foram o que foram, e guardamo-los no coração, exactamente contra e apesar do que se chama progresso, do que ele G.S. chama progresso, civilização, ciência, etc. Eles foram as grandes almas que foram: mas essas estão sempre connosco, antes e depois dos G.S. e dos J.W. deste triste tempo-e-mundo.
Além disso, nada nos diz de que os Mozart não estão hoje aí, todos os dias, e até em maior número: com os estereótipos do estilo G.S. é que nunca os iremos ver e reconhecer.
4 - Com postulados destes, o non sense das suas afirmações faz então todo o sentido:
«A Índia florescerá em breve numa civilização plena de arte, ciência e literatura.» Para a afirmação ficar mais completa deveria ele acrescentar: ao tornar-se potência atómica e fazendo regularmente rebentamentos termo-nucleares subterrâneos, que provocam tsunamis devastadores, a Índia, de facto, está a atingir os picos do progresso.
5 - Necessaria e contraditoriamente, lançou outra das suas boutades: «gerações de europeus que preferem lixos New Age, como as astrologias e outras superstições.»
Para quem disse as asneiras que disse, esta pretensamente ofensiva adjectivação da New Age acaba por ser elogiosa.
Por várias razões ecológicas:
Lixo é hoje a matéria-prima mais valiosa em tempo-e-mundo de luxos e lixos;
Na New Age cabe tudo e mais alguma coisa, inclusive os orientalismos e neo-hinduísmos de que ele, uma linha atrás, faz o pomposo elogio;
Os próprios que trabalham em eco-alternativas de vida vêm-se gregos para se demarcar da avalanche de «atrasos de vida» de que o mercado New Age está hoje a abarrotar: como bom judeu, deve ser essa – o marketing New Age e respectivos lucros - a parte que o magoa mais;
O Mozart terá sido uma criança índigo e hoje as crianças índigo proliferam, segundo algumas teses defendidas no âmbito daquilo a que o senhor G.S. chama «lixo New Age»;
Arranjar um saco chamado New Age onde se mete tudo o que nos incomoda porque incomoda os establishments e negócios do establishment, também não é sinal de grande inteligência: mas ninguém nos disse que o senhor G.S. tinha que ser inteligente.
O que confirma também o stress em que anda a comunidade científica: e não me venham dizer que não os avisei do perigo de AVC’s.
6 - Enfim, o homem achou-se em terra de bantus e quis mesmo impressionar a malta, especialmente os jornalistas que têm sempre que gramar este tipo de notabilidades: Filomena Naves foi a vítima no «Diário de Notícias» e Luís Miguel Queirós no «Público». Sei bem o que isso custa.
E quando tentou redimir-se com algumas verdades óbvias – que têm a ver com a noção de progresso científico e tecnológico por ele advogada – já ninguém o levou a sério.
«Ricos que se passeiam nas suas limusines, a malnutrição e a fome de crianças, a religião do futebol, a pornografia, o dinheiro como valor supremo.»
Tudo isso, afinal, perguntamos nós, o óbvio do óbvio, não foi produzido pelo mesmo sistema de progresso que agora, de repente, se acha em decadência?
O que é que raio está em causa e ele quer (ou não quer) pôr em causa?
Não será exactamente o progresso, a ideia de progresso a que alguns chamam retrocesso, a ideia de desenvolvimento a que alguns chamam sub-desenvolvimento, a «racionalidade europeia», o positivismo, a ideologia tecno e biocrática, a corrida para metas megalómanas, a destruição ambiental, o latrocínio de recursos os mais preciosos, etc, etc, todos os estereótipos, ciclos viciosos, becos sem saída, paradoxos de um sistema que vive de ir matando os ecossistemas?
7 – Mas toda esta crónica tem uma grandessíssima vantagem: se o senhor G.S. é «um dos mais prestigiados pensadores contemporâneos», como os jornais lhe chamaram e por isso a Fundação o convidou, então podemos avaliar do que são os outros menos prestigiados.
Vamos é fugir antes que eles cá cheguem.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
HÁ JÁ 26 ANOS
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O FATALISMO DE CHEGAR ANTES DO TEMPO
UM INÉDITO DE 1981
Lisboa, 6/8/1981 - Que o ecologista seja precursor e o tecnocrata lhe pilhe, sistematicamente, as teses e as ideias, começa a fazer parte da nossa rotineira delinquência diária.
Que o tecnocrata não diga onde pilhou as ideias e se proclame pioneiro, começa a tornar-se hábito.
Quando amanhã o filho do tecnocrata vociferar também contra o Nuclear, porque o pai lhe arranjou um cancro radioactivo per capita, será que o ecologista ainda será imolado por andar a dizer isso há 36 anos (fazem agora, a 6 de Agosto)?
Sabendo como os ecologistas só querem minar a civilização e os altos valores da Cristandade, como se compreende que a civilização tecnológica mais avançada esteja a plagiar tudo o que os ecologistas defendiam? Tudo o que era, ainda há meses, motivo de escárnio, pelourinho ou inquisição?
Se o solar vem «made in Germany» ou «made in USA», abrem-se as portas, venha ele, é progressista, produz megavátios e o Eurico da Fonseca dá, com certeza, mais um dos seus colóquios sobre apertos energético-combustíveis .
Mas se o solar é dos ecologistas - pequenas unidades geradoras de energia conforme as circunstâncias, as necessidades e a realidade concreta de cada local - uf!, a pressurosa imprensa progressista arranja todos os fumos e bufos para meter a ridículo ou submeter aos Pina Manique da ordem esses rapazes que cada vez mais (mesmo com a desajuda dos «mass media») mobilizam pessoas.
Há dois anos, ou ainda menos, era preso todo o que sugerisse uma disseminaçao de unidades geradoras de energia solar: hoje os alemães dizem que vão implantar no Alentejo (*) uma central solar e vai preso todo o português que não quiser.
-----
(*) Afinal, a central alemã parece que era só fumaça. Em 26 de Julho de 1997, não consta que essa central alemã tivesse sido construída ou qualquer outra
O FATALISMO DE CHEGAR ANTES DO TEMPO
UM INÉDITO DE 1981
Lisboa, 6/8/1981 - Que o ecologista seja precursor e o tecnocrata lhe pilhe, sistematicamente, as teses e as ideias, começa a fazer parte da nossa rotineira delinquência diária.
Que o tecnocrata não diga onde pilhou as ideias e se proclame pioneiro, começa a tornar-se hábito.
Quando amanhã o filho do tecnocrata vociferar também contra o Nuclear, porque o pai lhe arranjou um cancro radioactivo per capita, será que o ecologista ainda será imolado por andar a dizer isso há 36 anos (fazem agora, a 6 de Agosto)?
Sabendo como os ecologistas só querem minar a civilização e os altos valores da Cristandade, como se compreende que a civilização tecnológica mais avançada esteja a plagiar tudo o que os ecologistas defendiam? Tudo o que era, ainda há meses, motivo de escárnio, pelourinho ou inquisição?
Se o solar vem «made in Germany» ou «made in USA», abrem-se as portas, venha ele, é progressista, produz megavátios e o Eurico da Fonseca dá, com certeza, mais um dos seus colóquios sobre apertos energético-combustíveis .
Mas se o solar é dos ecologistas - pequenas unidades geradoras de energia conforme as circunstâncias, as necessidades e a realidade concreta de cada local - uf!, a pressurosa imprensa progressista arranja todos os fumos e bufos para meter a ridículo ou submeter aos Pina Manique da ordem esses rapazes que cada vez mais (mesmo com a desajuda dos «mass media») mobilizam pessoas.
Há dois anos, ou ainda menos, era preso todo o que sugerisse uma disseminaçao de unidades geradoras de energia solar: hoje os alemães dizem que vão implantar no Alentejo (*) uma central solar e vai preso todo o português que não quiser.
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(*) Afinal, a central alemã parece que era só fumaça. Em 26 de Julho de 1997, não consta que essa central alemã tivesse sido construída ou qualquer outra
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horizonte 2012
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
HÁ JÁ 35 ANOS
2872 caracteres- econoticia> cronlist>- impressao
SELECÇÃO DE MACRONOTÍCIAS SOBRE ESTADO DO AMBIENTE
1972-1988: O FIM DO MUNDO EM NOTÍCIA
Fui procurar nos meus arquivos, a ver desde quando se anunciava, nos jornais, o fim do mundo por alterações climáticas. Desde 1972 que havia registos e aqui deixo a lista até 1988, 16 anos, portanto, em que o fim do Mundo foi notícia.
Relatórios, manifestos, factos, avisos, sinais, sintomas, previsões, profecias, ameaças, congressos, retroconfirmativos ac, etc., aí ficam. Até 2012 ainda temos, segundo as minhas contas, 1884 dias e uns segundos. (1884 days/ 45219 hours/ 2713162 minutes /162789777 seconds).As macronotícias vão assinaladas com 5 estrelas (*****).
-- 1972 --
09/06/1972 - Quem altera o clima ?
-- 1973 --
14/02/1973 - SOS OCEANO Jacques Cousteau lança o alarme.
13/09/1973 - Terceiro congresso do WWF (Worl Wildlife Fun).
-- 1974 --
27/01/1974 - Fome e seca: 20 milhões de pessoas correm perigo de morte.
04/02/1974 - Quais as possibilidades de sobrevivência do Mundo?
27/02/1974 - Banco Mundial avisa sobre países pobres.
16/04/1974 - Aviso da Fundação(argentina) Bariloche.
--/07/1974 - Anomalias climáticas põem alimentação em perigo.
-- 1975 --
11/01/1975 - Mensagens subliminais por satélite.
18/01/1975 - Cientistas (de Pugwash) avisam sobre guerra nuclear.
-- 1976 --
10/04/1976 - Clube de Roma prevê abismo na década de 80
-- 1977 --
30/08/1977 - Cem países estudam luta contra deserto.
-- 1978 --
03/12/1978 - Explosão demográfica inverte-se (*****).
-- 1979 --
01/02/1979 - Clima do mundo vai sofrer profundas transformações.
11/03/1979 - Inquietação sobre o clima.
15/05/1979 - Energia nuclear nos EUA - Dois mil mortos por cancro nos
próximos vinte anos (*****).
17/06/1979 - O pesadelo das cidades.
28/06/1979 - Poluição no Ocidente industrial.
08/08/1979 - Morte de actores americanos atribuída a radioactividade
(*****).
14/09/1979 - Contaminação industrial na RFA.
31/10/1979 - Poluição das cidades nos países da OCDE.
08/11/1979 - Poeiras na atmosfera influenciam clima.
14/12/1979 - Contaminação mata nas grandes cidades.
-- 1980 --
14/01/1980 - Desmentidas alteraçãoes climáticas apocalípticas.
19/01/1980 - Experiências nucleares no ano que findou (*****).
11/03/1980 - Regiões tropicais podem ficar sem água.
28/03/1980 - O uso de armas biológicas e químicas ameaça os recursos
naturais da Terra - adverte um relatório do SIPRI.
29/03/1980 - Desenvolvimento de armas nucleares ameaça recursos
naturais.
26/08/1980 - Mudanças climáticas.
05/09/1980 - Formigueiros humanos no ano 2000?
-- 1981 --
28/11/1981 - Exploração de petróleo provoca deslocação de cidades na
Venezuela.
-- 1982 --
10/12/1982 - Catástrofes de dois em dois dias.
-- 1983 --
11/07/1983 - Alemães federais já não acreditam no progresso (*****).
-- 1984 --
11/01/1984 - Aquecimento da terra poderá provocar apocalipse em 1990.
15/02/1984 - Segundo relatório americano - O mundo está em estado
lamentável.
-- 1985 --
11/12/1985 - Oxigénio é Eldorado da Amazónia (*****).
-- 1986 --
10/01/1986 - Venezuela - Ruído excessivo das discotecas produz surdez
e neuroses.
18/06/1986 - Relações leste-oeste: Médicos face à guerra nuclear.
-- 1987 --
17/02/1987 - Um em cada quatro trabalhadores pode ter perturbações
psíquicas - alerta a OIT (*****).
28/04/1987 - Comissão mundial alerta - Defesa do ambiente entra em
fase crítica.
-- 1988 --
26/06/1988 - Cientistas contestam cientistas - Ano dois mil será
melhor do que hoje.
---
SELECÇÃO DE MACRONOTÍCIAS SOBRE ESTADO DO AMBIENTE
1972-1988: O FIM DO MUNDO EM NOTÍCIA
Fui procurar nos meus arquivos, a ver desde quando se anunciava, nos jornais, o fim do mundo por alterações climáticas. Desde 1972 que havia registos e aqui deixo a lista até 1988, 16 anos, portanto, em que o fim do Mundo foi notícia.
Relatórios, manifestos, factos, avisos, sinais, sintomas, previsões, profecias, ameaças, congressos, retroconfirmativos ac, etc., aí ficam. Até 2012 ainda temos, segundo as minhas contas, 1884 dias e uns segundos. (1884 days/ 45219 hours/ 2713162 minutes /162789777 seconds).As macronotícias vão assinaladas com 5 estrelas (*****).
-- 1972 --
09/06/1972 - Quem altera o clima ?
-- 1973 --
14/02/1973 - SOS OCEANO Jacques Cousteau lança o alarme.
13/09/1973 - Terceiro congresso do WWF (Worl Wildlife Fun).
-- 1974 --
27/01/1974 - Fome e seca: 20 milhões de pessoas correm perigo de morte.
04/02/1974 - Quais as possibilidades de sobrevivência do Mundo?
27/02/1974 - Banco Mundial avisa sobre países pobres.
16/04/1974 - Aviso da Fundação(argentina) Bariloche.
--/07/1974 - Anomalias climáticas põem alimentação em perigo.
-- 1975 --
11/01/1975 - Mensagens subliminais por satélite.
18/01/1975 - Cientistas (de Pugwash) avisam sobre guerra nuclear.
-- 1976 --
10/04/1976 - Clube de Roma prevê abismo na década de 80
-- 1977 --
30/08/1977 - Cem países estudam luta contra deserto.
-- 1978 --
03/12/1978 - Explosão demográfica inverte-se (*****).
-- 1979 --
01/02/1979 - Clima do mundo vai sofrer profundas transformações.
11/03/1979 - Inquietação sobre o clima.
15/05/1979 - Energia nuclear nos EUA - Dois mil mortos por cancro nos
próximos vinte anos (*****).
17/06/1979 - O pesadelo das cidades.
28/06/1979 - Poluição no Ocidente industrial.
08/08/1979 - Morte de actores americanos atribuída a radioactividade
(*****).
14/09/1979 - Contaminação industrial na RFA.
31/10/1979 - Poluição das cidades nos países da OCDE.
08/11/1979 - Poeiras na atmosfera influenciam clima.
14/12/1979 - Contaminação mata nas grandes cidades.
-- 1980 --
14/01/1980 - Desmentidas alteraçãoes climáticas apocalípticas.
19/01/1980 - Experiências nucleares no ano que findou (*****).
11/03/1980 - Regiões tropicais podem ficar sem água.
28/03/1980 - O uso de armas biológicas e químicas ameaça os recursos
naturais da Terra - adverte um relatório do SIPRI.
29/03/1980 - Desenvolvimento de armas nucleares ameaça recursos
naturais.
26/08/1980 - Mudanças climáticas.
05/09/1980 - Formigueiros humanos no ano 2000?
-- 1981 --
28/11/1981 - Exploração de petróleo provoca deslocação de cidades na
Venezuela.
-- 1982 --
10/12/1982 - Catástrofes de dois em dois dias.
-- 1983 --
11/07/1983 - Alemães federais já não acreditam no progresso (*****).
-- 1984 --
11/01/1984 - Aquecimento da terra poderá provocar apocalipse em 1990.
15/02/1984 - Segundo relatório americano - O mundo está em estado
lamentável.
-- 1985 --
11/12/1985 - Oxigénio é Eldorado da Amazónia (*****).
-- 1986 --
10/01/1986 - Venezuela - Ruído excessivo das discotecas produz surdez
e neuroses.
18/06/1986 - Relações leste-oeste: Médicos face à guerra nuclear.
-- 1987 --
17/02/1987 - Um em cada quatro trabalhadores pode ter perturbações
psíquicas - alerta a OIT (*****).
28/04/1987 - Comissão mundial alerta - Defesa do ambiente entra em
fase crítica.
-- 1988 --
26/06/1988 - Cientistas contestam cientistas - Ano dois mil será
melhor do que hoje.
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horizonte 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
viemos de sírius
1-1-globais-1->3 de Setembro de 2007
PROFECIAS & PREVISÕES: É O FIM DO MUNDO
Seja por aquecimento global e desastres climáticos, seja por endemias e pandemias da mais diversa índole e vírus, seja por ameaças de bioterrorismo (com antrás pelo correio), seja por um crash monumental da bolsa mundial, seja por uma guerra nuclear, seja por asteróides desvairados que perigosamente se aproximam do Planeta Terra, seja por penúria petrolífera num globo em monodependência dos hidrocarbonetos fósseis, seja porque teremos de expiar todos os progressos da tecnologia com retrocessos na qualidade de vida e no ar que respiramos e na comida que comemos, seja porque a sociedade do conforto e do luxo tem uma outra face que é a do lixo (tóxico, radioactivo) sem haver onde armazenar, seja ainda porque as ideologias redentoras dos amanhãs que cantam parece que já cantam pouco ou cada vez mais desafinado,
a verdade é que nos encontramos, todos os dias, à beira do abismo, ou pelo menos, com jornais e telejornais (e canais TV só noticiosos) a clamarem que é o último dia da nossa incarnação.
Perigos, ameaças, ciclos viciosos, becos sem saída, vão compondo o puzzle para que já ninguém consegue arranjar a peça em falta, as peças em falta.
E não se diga que só os especialistas em catastrofologia das grandes organizações internacionais (globais) tipo OMS, OMM, FAO, ONU, dão constantes alarmes sobre o Estado (deplorável)da Nação Terra.
Em matéria de maus agoiros, há instituições religiosas que não param de nos assustar.
Um jornal que costumo encontrar nos bancos do comboio é um belo exemplo e um completo repositório dos vários apocalipses que nos esperam ao dobrar da esquina.
Sejamos ingénuos e perguntemos a que lógica de extermínio e de resignação obedece esta acção conjunta de previsionistas e profetas, de cientistas e seitas religiosas, para nos tirar à queima roupa a mais ténue raspa de esperança num próximo futuro.
Que raio de política é esta do susto?
Quem ganha com tantas ameaças e tanta histeria?
Quem pode ainda confiar nestes epígonos do apocalipse, nestes profetas da desgraça, nestes militantes do desespero e da raiva?
Metade das ameaças e previsões são delírio místico ou científico, e provavelmente nem 20% têm consistência real. Mas que o Meio é favorável a um ambiente de hecatombe, parece bastante evidente.
E se fossem todos, profetas e previsionistas, ver se chove?
+
A ameaça dos asteróides e o desastrismo criado à volta deles terá algum fundamento.
Segundo as minhas fontes, os asteróides são acessórios filiais de Sírius e Sírius é a pátria da nossa pátria de origem.
Em qualquer caso, devíamos agradecer aos asteróides que andam a cheirar-nos e seja qual for o seu objectivo: mesmo que eles decidam destruir o que criaram e que nós – humanóides – não soubemos preservar e respeitar, apenas irão terminar o que nós começámos.
Qual é, no fundo e então, a grande esperança para os humanóides terráqueos?
É que não precisamos de rezar nem de fugir, nem de escavar silos para refúgio de uma guerra atómica, porque os irmãos extraterrestres vigiam esta malta e não deixarão os gananciosos do dinheiro e do poder resingar mais.
PROFECIAS & PREVISÕES: É O FIM DO MUNDO
Seja por aquecimento global e desastres climáticos, seja por endemias e pandemias da mais diversa índole e vírus, seja por ameaças de bioterrorismo (com antrás pelo correio), seja por um crash monumental da bolsa mundial, seja por uma guerra nuclear, seja por asteróides desvairados que perigosamente se aproximam do Planeta Terra, seja por penúria petrolífera num globo em monodependência dos hidrocarbonetos fósseis, seja porque teremos de expiar todos os progressos da tecnologia com retrocessos na qualidade de vida e no ar que respiramos e na comida que comemos, seja porque a sociedade do conforto e do luxo tem uma outra face que é a do lixo (tóxico, radioactivo) sem haver onde armazenar, seja ainda porque as ideologias redentoras dos amanhãs que cantam parece que já cantam pouco ou cada vez mais desafinado,
a verdade é que nos encontramos, todos os dias, à beira do abismo, ou pelo menos, com jornais e telejornais (e canais TV só noticiosos) a clamarem que é o último dia da nossa incarnação.
Perigos, ameaças, ciclos viciosos, becos sem saída, vão compondo o puzzle para que já ninguém consegue arranjar a peça em falta, as peças em falta.
E não se diga que só os especialistas em catastrofologia das grandes organizações internacionais (globais) tipo OMS, OMM, FAO, ONU, dão constantes alarmes sobre o Estado (deplorável)da Nação Terra.
Em matéria de maus agoiros, há instituições religiosas que não param de nos assustar.
Um jornal que costumo encontrar nos bancos do comboio é um belo exemplo e um completo repositório dos vários apocalipses que nos esperam ao dobrar da esquina.
Sejamos ingénuos e perguntemos a que lógica de extermínio e de resignação obedece esta acção conjunta de previsionistas e profetas, de cientistas e seitas religiosas, para nos tirar à queima roupa a mais ténue raspa de esperança num próximo futuro.
Que raio de política é esta do susto?
Quem ganha com tantas ameaças e tanta histeria?
Quem pode ainda confiar nestes epígonos do apocalipse, nestes profetas da desgraça, nestes militantes do desespero e da raiva?
Metade das ameaças e previsões são delírio místico ou científico, e provavelmente nem 20% têm consistência real. Mas que o Meio é favorável a um ambiente de hecatombe, parece bastante evidente.
E se fossem todos, profetas e previsionistas, ver se chove?
+
A ameaça dos asteróides e o desastrismo criado à volta deles terá algum fundamento.
Segundo as minhas fontes, os asteróides são acessórios filiais de Sírius e Sírius é a pátria da nossa pátria de origem.
Em qualquer caso, devíamos agradecer aos asteróides que andam a cheirar-nos e seja qual for o seu objectivo: mesmo que eles decidam destruir o que criaram e que nós – humanóides – não soubemos preservar e respeitar, apenas irão terminar o que nós começámos.
Qual é, no fundo e então, a grande esperança para os humanóides terráqueos?
É que não precisamos de rezar nem de fugir, nem de escavar silos para refúgio de uma guerra atómica, porque os irmãos extraterrestres vigiam esta malta e não deixarão os gananciosos do dinheiro e do poder resingar mais.
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pensar o óbvio
metafora-1-ac-ab>
ECO-FILOSOFANDO SOBRE A ARTE DE FILOSOFAR
RECURSOS DE UM APRENDIZ DE FILÓSOFO
Felizmente que há especialistas capazes de nos falarem, em termos de toda a gente, dos assuntos mais especializados, de economia, bolsa e finanças ou de Ambiente.
Foi o caso num artigo de António Peres Metelo, redactor principal do «Diário de Notícias» e um dos nossos melhores especialistas em jornalismo económico.
Várias lições podemos retirar desse magnífico editorial, («DN», 7 de Setembro de 2007) onde, entre outras metáforas certeiras, destaco esta: «a crise está na massa do sangue do nosso sistema económico».
Quem não percebe nada de economia e finanças, nunca se atreveria a escrever isto mesmo que o pensasse.
A metáfora exprime um vasto conjunto de ideias e factos que o discurso analítico normal nunca poderia exprimir com tanta clareza e, curiosamente, com tanta exactidão.
No artigo de António Perez Metelo, detectei outras metáforas igualmente elucidativas e que fazem o leitor comum compreender matérias altamente especializadas:
«o efeito dominó»
«panaceia»
«velocidade da luz»
«transparência»
«lambem as feridas»
«os ventos da fortuna»
«febres cíclicas»
E finalmente, a frase-chave: «A existência de ciclos, com as suas inevitáveis crises, por mais que não se queira, está na massa do sangue do sistema económico que nos rege.»
Sem metáforas, o jornalista nunca se poderia fazer entender em matérias tão especializadas.
+
Dá gosto ver e ler um especialista que eco-filosofa sobre o essencial e o estrutural.
Porque, sendo o essencial o sistema no seu intérmino labor de destruir os ecossistemas, há sempre ocasião de um economista falar de ecologia falando de economia, ou falar de economia falando de ecologia, prestando bons esclarecimentos ao entendimento causal de tudo o que acontece e inter-relaciona (porque, para o bem e para o mal, tudo se interrelaciona com tudo).
Se tudo é Ambiente – outra banalidade de base a que podemos recorrer – então nenhuma especialidade, só por si, pode dar um contributo consistente a uma visão global do enredo (ou rede) chamado ecossistema.
Quem é suficientemente genial para falar de várias especialidades e relacionar (acima de tudo relacionar) umas com as outras? Nem Leonardo da Vinci hoje o conseguiria.
Quem não é génio, nem Leonardo da Vinci da Ecologia, mas não desiste de pensar as inter-relações de causalidade, refugia-se na única coisa que qualquer um pode fazer: eco-filosofar livremente.
E eco-filosofando, tentar relacionar as partes com o todo.
+
Já vimos que, ao falar de sistema (o todo no seu conjunto) a metáfora dá bastante jeito, embora o cientista especialista, aí, fale de Retórica.
Dou exemplos da minha Retórica:
«ciclos viciosos»
«ponto sem retorno»
«crescimento logarítmico»
«a sociedade industrial desemboca em vários becos sem saída»
«ao puzzle do sistema faltam sempre peças»
«a crise é estrutural a um sistema crítico que vive de ir matando os ecossistemas: não pode viver sem matar».
+
Uma aproximação filosófica ao meio ambiente não é evidentemente uma ciência de rigor. Mas será possível uma ecologia de rigor? As ciências humanas e as ciências da vida poderão ser ciências de rigor?
A arte de filosofar não é uma ciência de rigor. É uma arte de conhecer, por aproximações sucessivas, um pouco melhor a realidade ambiente que nos cerca.
O dever de filosofar sobre o (estado do) Ambiente deveria estar inscrito como direito, na Declaração Universal dos Direitos do Homem.
E o direito à metáfora para expressar ideias gerais.
E o direito a errar, já que errar é caminhar.
O caminho da análise (científica) já nos levou longe demais na atomização da realidade ambiente. Na pulverização do seu entendimento. Na parcelarização do que só faz sentido em pequenos, médios e grandes conjuntos.
Julgo saber que a parte e o todo é um problema por resolver na epistemologia institucional, a que hoje se reduz a Filosofia admitida.
É esta outra dificuldade básica para quem quer pensar sobre o meio ambiente: é que qualquer «todo» que se considere é sempre parte de um «todo» maior. Daí que tenhamos se falar em «ciência alargada» e em «ecologia alargada».
+
A eco-filosofia postula-se em uma banalidade de base:
Reconhecer e pensar o óbvio: Tudo é ambiente.
Por exemplo: relacionar uma patologia com o ambiente (exógeno ou endógeno) que a provoca, é um óbvio ainda não reconhecido oficialmente pela ciência médica oficial. Este óbvio não será reconhecido enquanto a doença for rentável. Enquanto a doença for rentável , nunca mais teremos uma eco-filosofia da saúde (Holística , ou lá o que lhe quiserem chamar).
A ciência médica recusa-se a reconhecer o óbvio – a doença está no ambiente – porque isso contraria uma indústria que é, depois do armamento e do automóvel, uma das mais lucrativas.
+
Outro óbvio ululante é a existência de um continuum energético: a matéria seria apenas um grau de condensação do espírito criador: a eternidade, o infinito.
O microcosmos seria apenas a outra «ponta» do macrocosmos. Por isso se diz que filosofar sobre o óbvio é repetitivo, volta-se muitas vezes ao mesmo ponto para avançar mais alguns.
Este postulado óbvio (outra metáfora) inutiliza muitas teorias que a ciência se gaba de ter produzido mas principalmente a última em data que dá pelo nome de «teoria do todo».
Uma tolice ainda no limbo, ao que parece, e que como tolice irá continuar.
Como é, aliás, óbvio.
+
Entropia e Neguentropia, Nómeno e Fenómeno voltam a entrar no vocábulo básico de uma eco-filosofia.
Os 4 elementos de Empédocles e os 5 elementos da biocosmologia taoista são metáforas muito úteis a quem quer filosofar sobre o todo ambiente.
Fazem um corte transversal – outra metáfora! – onde a ciência analítica cria mais um nicho e faz casuística sistemática (?).
+
Além da metáfora o aprendiz de filósofo dispõe de outros recursos na sua tarefa artesanal de pensar com a própria cabeça: as listas de inventário são outra forma (artesanal, concordo) de nos aproximarmos de uma realidade complexa e, por vezes, inflacionária.
A «lista negra» das poluições, por exemplo, é o menos que podemos invocar quando se pretende apontar uma entre mil poluições.
Os transgénicos são outro exemplo de como a discussão acaba por se polarizar apenas num capítulo do todo que é o horror da biotecnologia e respectivas putifarias (esta das patifarias é outra metáfora útil).
Mas quem diz listas de inventário, diz títulos de jornal: resumem em duas linhas o que levaria páginas a explicar analiticamente.
+
A Retórica , outro recurso muito mal visto nos meios académicos, presta relevantes serviços a quem não conhece todas as especialidades de todas as ciências e matérias sobre as quais tem que se pronunciar, não de maneira analítica mas sintética: como faz a metáfora. E lá vai chegando onde pode, por aproximação e com margem de erro maior ou menor. Afinal, o que a ciência académica também faz. Apenas com maior arrogância.
+
Como o artigo de António Perez Metelo confirma, um bom editorial de um bom jornal (a ilacção geral a partir de um caso particular) é mais um bom caminho de nos aproximarmos à realidade ambiente.
+
Saber é poder. E lucro.
Não vale a pena fingir que ignoramos um dado básico em toda esta questão: com o «monopólio da verdade», quer das religiões quer das universidades, a arte de filosofar deixou de ter legitimidade. O que não for atestado pelas corporações, atestado pela universidade ou abençoado pelas igrejas, é zero.
Mas é nesse zero que os marginalizados do sistema ainda conseguem arranjar espaço para se pronunciarem sobre o que «sabem» (pensar é recordar). O direito a pensar há muito que foi proibido pelas inquisições e instituições. A quem fica de fora – ainda somos uma boa maioria silenciosa – só resta filosofar. Só resta ir eco-filosofando.
E seja o que Deus quiser.
http://ecologiaemdialogo.blogspot.com/
http://myweb26.com.sapo.pt/+hemeroteca+.htm
http://catbox.info/big-bang/ecologiaemdialogo/+deep%20ecology+.htm
ECO-FILOSOFANDO SOBRE A ARTE DE FILOSOFAR
RECURSOS DE UM APRENDIZ DE FILÓSOFO
Felizmente que há especialistas capazes de nos falarem, em termos de toda a gente, dos assuntos mais especializados, de economia, bolsa e finanças ou de Ambiente.
Foi o caso num artigo de António Peres Metelo, redactor principal do «Diário de Notícias» e um dos nossos melhores especialistas em jornalismo económico.
Várias lições podemos retirar desse magnífico editorial, («DN», 7 de Setembro de 2007) onde, entre outras metáforas certeiras, destaco esta: «a crise está na massa do sangue do nosso sistema económico».
Quem não percebe nada de economia e finanças, nunca se atreveria a escrever isto mesmo que o pensasse.
A metáfora exprime um vasto conjunto de ideias e factos que o discurso analítico normal nunca poderia exprimir com tanta clareza e, curiosamente, com tanta exactidão.
No artigo de António Perez Metelo, detectei outras metáforas igualmente elucidativas e que fazem o leitor comum compreender matérias altamente especializadas:
«o efeito dominó»
«panaceia»
«velocidade da luz»
«transparência»
«lambem as feridas»
«os ventos da fortuna»
«febres cíclicas»
E finalmente, a frase-chave: «A existência de ciclos, com as suas inevitáveis crises, por mais que não se queira, está na massa do sangue do sistema económico que nos rege.»
Sem metáforas, o jornalista nunca se poderia fazer entender em matérias tão especializadas.
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Dá gosto ver e ler um especialista que eco-filosofa sobre o essencial e o estrutural.
Porque, sendo o essencial o sistema no seu intérmino labor de destruir os ecossistemas, há sempre ocasião de um economista falar de ecologia falando de economia, ou falar de economia falando de ecologia, prestando bons esclarecimentos ao entendimento causal de tudo o que acontece e inter-relaciona (porque, para o bem e para o mal, tudo se interrelaciona com tudo).
Se tudo é Ambiente – outra banalidade de base a que podemos recorrer – então nenhuma especialidade, só por si, pode dar um contributo consistente a uma visão global do enredo (ou rede) chamado ecossistema.
Quem é suficientemente genial para falar de várias especialidades e relacionar (acima de tudo relacionar) umas com as outras? Nem Leonardo da Vinci hoje o conseguiria.
Quem não é génio, nem Leonardo da Vinci da Ecologia, mas não desiste de pensar as inter-relações de causalidade, refugia-se na única coisa que qualquer um pode fazer: eco-filosofar livremente.
E eco-filosofando, tentar relacionar as partes com o todo.
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Já vimos que, ao falar de sistema (o todo no seu conjunto) a metáfora dá bastante jeito, embora o cientista especialista, aí, fale de Retórica.
Dou exemplos da minha Retórica:
«ciclos viciosos»
«ponto sem retorno»
«crescimento logarítmico»
«a sociedade industrial desemboca em vários becos sem saída»
«ao puzzle do sistema faltam sempre peças»
«a crise é estrutural a um sistema crítico que vive de ir matando os ecossistemas: não pode viver sem matar».
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Uma aproximação filosófica ao meio ambiente não é evidentemente uma ciência de rigor. Mas será possível uma ecologia de rigor? As ciências humanas e as ciências da vida poderão ser ciências de rigor?
A arte de filosofar não é uma ciência de rigor. É uma arte de conhecer, por aproximações sucessivas, um pouco melhor a realidade ambiente que nos cerca.
O dever de filosofar sobre o (estado do) Ambiente deveria estar inscrito como direito, na Declaração Universal dos Direitos do Homem.
E o direito à metáfora para expressar ideias gerais.
E o direito a errar, já que errar é caminhar.
O caminho da análise (científica) já nos levou longe demais na atomização da realidade ambiente. Na pulverização do seu entendimento. Na parcelarização do que só faz sentido em pequenos, médios e grandes conjuntos.
Julgo saber que a parte e o todo é um problema por resolver na epistemologia institucional, a que hoje se reduz a Filosofia admitida.
É esta outra dificuldade básica para quem quer pensar sobre o meio ambiente: é que qualquer «todo» que se considere é sempre parte de um «todo» maior. Daí que tenhamos se falar em «ciência alargada» e em «ecologia alargada».
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A eco-filosofia postula-se em uma banalidade de base:
Reconhecer e pensar o óbvio: Tudo é ambiente.
Por exemplo: relacionar uma patologia com o ambiente (exógeno ou endógeno) que a provoca, é um óbvio ainda não reconhecido oficialmente pela ciência médica oficial. Este óbvio não será reconhecido enquanto a doença for rentável. Enquanto a doença for rentável , nunca mais teremos uma eco-filosofia da saúde (Holística , ou lá o que lhe quiserem chamar).
A ciência médica recusa-se a reconhecer o óbvio – a doença está no ambiente – porque isso contraria uma indústria que é, depois do armamento e do automóvel, uma das mais lucrativas.
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Outro óbvio ululante é a existência de um continuum energético: a matéria seria apenas um grau de condensação do espírito criador: a eternidade, o infinito.
O microcosmos seria apenas a outra «ponta» do macrocosmos. Por isso se diz que filosofar sobre o óbvio é repetitivo, volta-se muitas vezes ao mesmo ponto para avançar mais alguns.
Este postulado óbvio (outra metáfora) inutiliza muitas teorias que a ciência se gaba de ter produzido mas principalmente a última em data que dá pelo nome de «teoria do todo».
Uma tolice ainda no limbo, ao que parece, e que como tolice irá continuar.
Como é, aliás, óbvio.
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Entropia e Neguentropia, Nómeno e Fenómeno voltam a entrar no vocábulo básico de uma eco-filosofia.
Os 4 elementos de Empédocles e os 5 elementos da biocosmologia taoista são metáforas muito úteis a quem quer filosofar sobre o todo ambiente.
Fazem um corte transversal – outra metáfora! – onde a ciência analítica cria mais um nicho e faz casuística sistemática (?).
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Além da metáfora o aprendiz de filósofo dispõe de outros recursos na sua tarefa artesanal de pensar com a própria cabeça: as listas de inventário são outra forma (artesanal, concordo) de nos aproximarmos de uma realidade complexa e, por vezes, inflacionária.
A «lista negra» das poluições, por exemplo, é o menos que podemos invocar quando se pretende apontar uma entre mil poluições.
Os transgénicos são outro exemplo de como a discussão acaba por se polarizar apenas num capítulo do todo que é o horror da biotecnologia e respectivas putifarias (esta das patifarias é outra metáfora útil).
Mas quem diz listas de inventário, diz títulos de jornal: resumem em duas linhas o que levaria páginas a explicar analiticamente.
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A Retórica , outro recurso muito mal visto nos meios académicos, presta relevantes serviços a quem não conhece todas as especialidades de todas as ciências e matérias sobre as quais tem que se pronunciar, não de maneira analítica mas sintética: como faz a metáfora. E lá vai chegando onde pode, por aproximação e com margem de erro maior ou menor. Afinal, o que a ciência académica também faz. Apenas com maior arrogância.
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Como o artigo de António Perez Metelo confirma, um bom editorial de um bom jornal (a ilacção geral a partir de um caso particular) é mais um bom caminho de nos aproximarmos à realidade ambiente.
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Saber é poder. E lucro.
Não vale a pena fingir que ignoramos um dado básico em toda esta questão: com o «monopólio da verdade», quer das religiões quer das universidades, a arte de filosofar deixou de ter legitimidade. O que não for atestado pelas corporações, atestado pela universidade ou abençoado pelas igrejas, é zero.
Mas é nesse zero que os marginalizados do sistema ainda conseguem arranjar espaço para se pronunciarem sobre o que «sabem» (pensar é recordar). O direito a pensar há muito que foi proibido pelas inquisições e instituições. A quem fica de fora – ainda somos uma boa maioria silenciosa – só resta filosofar. Só resta ir eco-filosofando.
E seja o que Deus quiser.
http://ecologiaemdialogo.blogspot.com/
http://myweb26.com.sapo.pt/+hemeroteca+.htm
http://catbox.info/big-bang/ecologiaemdialogo/+deep%20ecology+.htm
contaminação alimentar
corantes-1-ac-ab>
CONTAMINANTES & COMPANHIA: UMA HISTÓRIA MUITO ANTIGA
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/dcm87-eh.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/silenc.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/dcm83-2.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/pao-1.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/pao-2.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/+ecologia%20alimentar+.htm
Ao que foi dito, escrito e publicado em 1987, sobre polímeros e contaminação alimentar, há apenas algumas novidades recentes entre as muitas que todos os dias se acumulam sobre alimentos que são contaminantes e prejudiciais à saúde do indígena.
22 de Maio de 2006 – A federação das indústrias Agro-Alimentares quer criar um código de conduta para o sector sobre estilos saudáveis, que ajude a combater a obesidade, revelou ontem a directora-geral da organização
22 de Julho de 2007 – Leite é o alimento que mais alergias provoca. O jornal «O Destak» sintetizava assim: o leite é a principal causa das alergias alimentares, e cólicas, nos bebés até aos 3 anos, mas muitos adultos também sofrem de intolerância à lactose. O pediatra Libério Ribeiro, especializado em alergias, aconselha o «leite extensivamente hidrolizado ou de soja.»
7 de Setembro de 2007 – Corantes contribuem para a hiperactividade: consumo de alguns aditivos acentua o défice de atenção das crianças. A jornalista do «DN», Maria João Caetano, apontava alguns alimentos «perigosos», onde os cientistas encontraram aditivos (seis corantes e um conservante) em vários produtos que integram a alimentação comum: bolos, refrigerantes, gomas e outros doces, iogurtes, molhos, filetes de peixe panados, gelados.
Crianças e adultos, portanto, ninguém está a salvo.
E sobre o Leite de Soja, aconselhado pelo pediatra Libério Ribeiro, ninguém está seguro, hoje, que essa Soja não seja transgénica nem conservada por radiações ionizantes.
Do que todos podemos ter a certeza é de que estamos metidos em mais um buraco sem saída.
Até quando, Catilina?
CONTAMINANTES & COMPANHIA: UMA HISTÓRIA MUITO ANTIGA
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/dcm87-eh.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/silenc.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/dcm83-2.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/pao-1.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/pao-2.htm
http://catbox.info/big-bang/vidanatural/+ecologia%20alimentar+.htm
Ao que foi dito, escrito e publicado em 1987, sobre polímeros e contaminação alimentar, há apenas algumas novidades recentes entre as muitas que todos os dias se acumulam sobre alimentos que são contaminantes e prejudiciais à saúde do indígena.
22 de Maio de 2006 – A federação das indústrias Agro-Alimentares quer criar um código de conduta para o sector sobre estilos saudáveis, que ajude a combater a obesidade, revelou ontem a directora-geral da organização
22 de Julho de 2007 – Leite é o alimento que mais alergias provoca. O jornal «O Destak» sintetizava assim: o leite é a principal causa das alergias alimentares, e cólicas, nos bebés até aos 3 anos, mas muitos adultos também sofrem de intolerância à lactose. O pediatra Libério Ribeiro, especializado em alergias, aconselha o «leite extensivamente hidrolizado ou de soja.»
7 de Setembro de 2007 – Corantes contribuem para a hiperactividade: consumo de alguns aditivos acentua o défice de atenção das crianças. A jornalista do «DN», Maria João Caetano, apontava alguns alimentos «perigosos», onde os cientistas encontraram aditivos (seis corantes e um conservante) em vários produtos que integram a alimentação comum: bolos, refrigerantes, gomas e outros doces, iogurtes, molhos, filetes de peixe panados, gelados.
Crianças e adultos, portanto, ninguém está a salvo.
E sobre o Leite de Soja, aconselhado pelo pediatra Libério Ribeiro, ninguém está seguro, hoje, que essa Soja não seja transgénica nem conservada por radiações ionizantes.
Do que todos podemos ter a certeza é de que estamos metidos em mais um buraco sem saída.
Até quando, Catilina?
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práticas 2012
ecologia alimentar
1-2-autoterapia-1-nw>
SOMOS O QUE COMEMOS
DOENÇAS METABÓLICAS E AUTOTERAPIA ALIMENTAR
«O diabético tem de ser médico de si próprio» - dizia o título de uma reportagem, da jornalista Diana Mendes, no «Diário de Notícias»(11 de Setembro de 2007).
Não podemos perder a oportunidade de falar sobre alguns itens muito importantes em ecologia alimentar.
Antes de mais, há que render homenagem à Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP) uma associação de verdadeiro serviço público e que se sobrepõe em atendimento aos serviços oficiais do Ministério da Saúde – administrações regionais de saúde - , sempre congestionados. As famosas listas de espera.
Em qualquer caso, a diabetes é, por definição, a doença que mais exige do próprio doente e da consciência que ele tiver da sua situação: como alguns dos testemunhos apresentados pela jornalista Diana Mendes, mostram e confirmam.
Doença metabólica directa e claramente dependente do regime alimentar, é mais do que correcto afirmar, como faz o título do jornal: «o diabético tem de ser médico de si próprio».
Nunca a palavra «autoterapia alimentar» fez tanto sentido.
Googlando, encontrei páginas que defendem essa «autoterapia alimentar» na perspectiva da ecologia humana e do famoso aforismo: «somos o que comemos».
«Um diabético deve aprender a controlar a sua doença, educar-se e tornar-se porta-voz, porque a informação é escassa".( Maria Isabel Coelho)
À Maria Isabel Coelho, que tão bem definiu a autoterapia que é urgente defender e divulgar, dedico estas páginas da Net:
1. http://pwp.netcabo.pt/big-bang/vidanatural/autoterapia.htm
2. http://pwp.netcabo.pt/big-bang/vidanatural/+autoterapia+.htm
3. http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&cr=countryPT&q=+site:pwp.netcabo.pt+autoterapia+alimentar
+
Transcrevo a reportagem de Diana Mendes, no «DN» :
"O DIABÉTICO TEM DE SER MÉDICO DE SI PRÓPRIO"
Por DIANA MENDES
ASSOCIAÇÃO DE DIABÉTICOS É OPÇÃO ÀS LISTAS DE ESPERA
João Pedro Sousa praticava artes marciais até 1977, altura em que lhe diagnosticaram diabetes. Hoje, vê apenas vultos, mas ninguém lhe tira os 18 quilómetros de marcha por dia. Com 60 anos e meia vida partilhada com a doença, acredita que "os médicos devem dar a informação máxima e, a partir daí, o diabético passa a ser médico de si próprio". A gravidade do seu caso obriga a consultas de três em três meses. Mas chegou a ser criticado por um médico por ir a nova consulta nove meses depois.
As listas de espera fazem parte da vida de vários diabéticos, com quem o DN falou em plena Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. A entidade, com dois edifícios unidos e quatro pisos, está recheada de valências e atende diariamente dezenas de diabéticos. Muitos, se não a maioria, cansaram-se da lenta resposta dos serviços públicos de saúde, que chega a superar ano e meio, tal como o DN noticiou ontem.
É esse o caso de Vítor Teixeira, diabético há sete anos e a quem falaram de uma lista de espera "de dois anos para uma consulta". Foi por sugestão sua que a médica de família, em Alcoentre, decidiu passar uma credencial para a consulta. "Estava tudo bem, mas mandaram-me marcar nova consulta de rotina. Quando me disseram que a lista era de dois anos disse logo: Não posso marcar já?" Com 57 anos, Vítor descobriu há um a associação de doentes, onde já é seguido nas consultas de nutrição, oftalmologia e cardiologia, e as listas são curtas, garantem os doentes.
João Pedro Sousa é o doente ideal para os especialistas em diabetes. Conhece os números, os cuidados, e sabe bem os problemas que pode vir a ter. "No meu caso, tive consequências nos olhos", lamentando sofrer de uma retinopatia diabética proliferativa. As cirurgias, tratamentos a laser e viagens em busca dos melhores serviços não salvaram os seus olhos . Mas ainda hoje não cede um milímetro nos seus cuidados. Anda "6500 quilómetros por ano, 18 por dia, mais musculação e bicicleta". Nas festas, pode comer doces, mas o açúcar é substituído por adoçante. A namorada, nome de baptismo do " aparelho para medir a glicémia", tem de ir sempre atrás.
A isto chama "sermos duros connosco próprios. Agora, está na fase de "porta-voz". E explicou: um diabético deve aprender a controlar a sua doença, educar-se e tornar-se porta-voz, porque a informação é escassa".
Também Maria Isabel Coelho mostrou estar muito preocupada com a sua condição de diabética, descoberta há três anos. Depois de ir ao centro de saúde, "onde me informaram que tinha de ir ao oftalmologista, fiquei a saber que tinha de esperar um ano e meio pela consulta. Mas aqui na associação faço exames todos os anos, como a retinografia".
Enquanto espera pelo serviço público, vai visitando os edifícios da associação e, pelo meio, passa por institutos privados para suprir outras necessidades, que espelham o receio de não conseguir combater algum problema em tempo útil.
É esta espera, que pode chegar a ano e meio, que leva alguns médicos de família, como Rosa Galego, a insinuar que "não se deve fazer rastreios quando não se responde em tempo útil ao tratamento".
SOMOS O QUE COMEMOS
DOENÇAS METABÓLICAS E AUTOTERAPIA ALIMENTAR
«O diabético tem de ser médico de si próprio» - dizia o título de uma reportagem, da jornalista Diana Mendes, no «Diário de Notícias»(11 de Setembro de 2007).
Não podemos perder a oportunidade de falar sobre alguns itens muito importantes em ecologia alimentar.
Antes de mais, há que render homenagem à Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP) uma associação de verdadeiro serviço público e que se sobrepõe em atendimento aos serviços oficiais do Ministério da Saúde – administrações regionais de saúde - , sempre congestionados. As famosas listas de espera.
Em qualquer caso, a diabetes é, por definição, a doença que mais exige do próprio doente e da consciência que ele tiver da sua situação: como alguns dos testemunhos apresentados pela jornalista Diana Mendes, mostram e confirmam.
Doença metabólica directa e claramente dependente do regime alimentar, é mais do que correcto afirmar, como faz o título do jornal: «o diabético tem de ser médico de si próprio».
Nunca a palavra «autoterapia alimentar» fez tanto sentido.
Googlando, encontrei páginas que defendem essa «autoterapia alimentar» na perspectiva da ecologia humana e do famoso aforismo: «somos o que comemos».
«Um diabético deve aprender a controlar a sua doença, educar-se e tornar-se porta-voz, porque a informação é escassa".( Maria Isabel Coelho)
À Maria Isabel Coelho, que tão bem definiu a autoterapia que é urgente defender e divulgar, dedico estas páginas da Net:
1. http://pwp.netcabo.pt/big-bang/vidanatural/autoterapia.htm
2. http://pwp.netcabo.pt/big-bang/vidanatural/+autoterapia+.htm
3. http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&cr=countryPT&q=+site:pwp.netcabo.pt+autoterapia+alimentar
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Transcrevo a reportagem de Diana Mendes, no «DN» :
"O DIABÉTICO TEM DE SER MÉDICO DE SI PRÓPRIO"
Por DIANA MENDES
ASSOCIAÇÃO DE DIABÉTICOS É OPÇÃO ÀS LISTAS DE ESPERA
João Pedro Sousa praticava artes marciais até 1977, altura em que lhe diagnosticaram diabetes. Hoje, vê apenas vultos, mas ninguém lhe tira os 18 quilómetros de marcha por dia. Com 60 anos e meia vida partilhada com a doença, acredita que "os médicos devem dar a informação máxima e, a partir daí, o diabético passa a ser médico de si próprio". A gravidade do seu caso obriga a consultas de três em três meses. Mas chegou a ser criticado por um médico por ir a nova consulta nove meses depois.
As listas de espera fazem parte da vida de vários diabéticos, com quem o DN falou em plena Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. A entidade, com dois edifícios unidos e quatro pisos, está recheada de valências e atende diariamente dezenas de diabéticos. Muitos, se não a maioria, cansaram-se da lenta resposta dos serviços públicos de saúde, que chega a superar ano e meio, tal como o DN noticiou ontem.
É esse o caso de Vítor Teixeira, diabético há sete anos e a quem falaram de uma lista de espera "de dois anos para uma consulta". Foi por sugestão sua que a médica de família, em Alcoentre, decidiu passar uma credencial para a consulta. "Estava tudo bem, mas mandaram-me marcar nova consulta de rotina. Quando me disseram que a lista era de dois anos disse logo: Não posso marcar já?" Com 57 anos, Vítor descobriu há um a associação de doentes, onde já é seguido nas consultas de nutrição, oftalmologia e cardiologia, e as listas são curtas, garantem os doentes.
João Pedro Sousa é o doente ideal para os especialistas em diabetes. Conhece os números, os cuidados, e sabe bem os problemas que pode vir a ter. "No meu caso, tive consequências nos olhos", lamentando sofrer de uma retinopatia diabética proliferativa. As cirurgias, tratamentos a laser e viagens em busca dos melhores serviços não salvaram os seus olhos . Mas ainda hoje não cede um milímetro nos seus cuidados. Anda "6500 quilómetros por ano, 18 por dia, mais musculação e bicicleta". Nas festas, pode comer doces, mas o açúcar é substituído por adoçante. A namorada, nome de baptismo do " aparelho para medir a glicémia", tem de ir sempre atrás.
A isto chama "sermos duros connosco próprios. Agora, está na fase de "porta-voz". E explicou: um diabético deve aprender a controlar a sua doença, educar-se e tornar-se porta-voz, porque a informação é escassa".
Também Maria Isabel Coelho mostrou estar muito preocupada com a sua condição de diabética, descoberta há três anos. Depois de ir ao centro de saúde, "onde me informaram que tinha de ir ao oftalmologista, fiquei a saber que tinha de esperar um ano e meio pela consulta. Mas aqui na associação faço exames todos os anos, como a retinografia".
Enquanto espera pelo serviço público, vai visitando os edifícios da associação e, pelo meio, passa por institutos privados para suprir outras necessidades, que espelham o receio de não conseguir combater algum problema em tempo útil.
É esta espera, que pode chegar a ano e meio, que leva alguns médicos de família, como Rosa Galego, a insinuar que "não se deve fazer rastreios quando não se responde em tempo útil ao tratamento".
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práticas 2012
transgénicos+ fome
malthus-1-ac>
1946-2007: MEIO SÉCULO DE LUTA
A despropósito ainda do milho transgénico e dos activistas do estilo verde-eufémia, José Júdice, colunista do jornal «Metro» (5 de Setembro de 2007), aproveitou para dizer mal dos ecologistas em geral e para tentar reanimar um morto totalmente morto(1766-1834) Thomas Robert Malthus. E o seu maltusianismo, completamente arrumado e enterrado, diga-se, pelo biologista, sociólogo e político Josué de Castro, em obras que estão hoje mais vivas do que quando foram publicadas, na segunda metade do século passado: Geopolítica da Fome, O Livro Negro da Fome, O Ciclo do Caranguejo e Geografia da Fome.
Ainda não há muito tempo, Luísa Schmidt, socióloga e especialista na área do Ambiente, rendia grandes elogios a este autor, um dos pensadores fundamentais da Idade Moderna. E considerava o livro «Geografia da Fome» o livro que mais a marcou.
Outros, mesmo não sociólogos, poderiam dizer o mesmo.
Josué de Castro foi voz de uma geração.Quando o Terceiro Mundo, a Fome e a Pobreza ainda eram tema de conversa. E de luta. E de combate. E de ódio ao poder que eterniza a miséria.
Que pena o colunista José Júdice, que de vez em quando diz umas coisas acertadas, não se ter lembrado deste autor e das suas obras fundamentais sobre as causas estruturais da fome.
Em vez disso, desenterra conversas antigas, do tempo em que os animais falavam e em que a famosa teoria de Malthus fazia carreira para pôr os ecologistas a ridículo.
Por causa dos transgénicos e dos activistas do verde Eufémia, ele não hesitou em reanimar o que já tinha sido definitivamente arrumado por Josué de Castro.
Escreve o articulista:
«A humanidade não morreu à fome porque o progresso da química, da biologia e da agronomia produziu nos últimos 15 anos adubos, pesticidas e novas plantas capazes de alimentar o planeta.»
Curiosamente, não invoca a explosão demográfica que era o grande cavalo de batalha dos malthusianos.
O dilema não é, como José Júdice falaciosamente afirma, entre agricultura química (com pesticidas, adubos químicos, transgénicos e etc) e agricultura biológica.
Qualquer das duas é, a médio e longo prazo, insustentável: o que qualquer ecologista sensato defende é uma «agricultura sustentável» e não uma agricultura «biológica» para elites.
Não vale a pena manter antigas falácias para continuar a indrominar a malta.
Mais adubos químicos, mais pesticidas, mais transgénicos, mais biocombustíveis hão-de significar sempre mais fome. Ponto final parágrafo.
RETROSPECTIVA CONFIRMATIVA:
http://pwp.netcabo.pt/big-bang/gatodasletras/casulo1/josué.htm
1946-2007: MEIO SÉCULO DE LUTA
A despropósito ainda do milho transgénico e dos activistas do estilo verde-eufémia, José Júdice, colunista do jornal «Metro» (5 de Setembro de 2007), aproveitou para dizer mal dos ecologistas em geral e para tentar reanimar um morto totalmente morto(1766-1834) Thomas Robert Malthus. E o seu maltusianismo, completamente arrumado e enterrado, diga-se, pelo biologista, sociólogo e político Josué de Castro, em obras que estão hoje mais vivas do que quando foram publicadas, na segunda metade do século passado: Geopolítica da Fome, O Livro Negro da Fome, O Ciclo do Caranguejo e Geografia da Fome.
Ainda não há muito tempo, Luísa Schmidt, socióloga e especialista na área do Ambiente, rendia grandes elogios a este autor, um dos pensadores fundamentais da Idade Moderna. E considerava o livro «Geografia da Fome» o livro que mais a marcou.
Outros, mesmo não sociólogos, poderiam dizer o mesmo.
Josué de Castro foi voz de uma geração.Quando o Terceiro Mundo, a Fome e a Pobreza ainda eram tema de conversa. E de luta. E de combate. E de ódio ao poder que eterniza a miséria.
Que pena o colunista José Júdice, que de vez em quando diz umas coisas acertadas, não se ter lembrado deste autor e das suas obras fundamentais sobre as causas estruturais da fome.
Em vez disso, desenterra conversas antigas, do tempo em que os animais falavam e em que a famosa teoria de Malthus fazia carreira para pôr os ecologistas a ridículo.
Por causa dos transgénicos e dos activistas do verde Eufémia, ele não hesitou em reanimar o que já tinha sido definitivamente arrumado por Josué de Castro.
Escreve o articulista:
«A humanidade não morreu à fome porque o progresso da química, da biologia e da agronomia produziu nos últimos 15 anos adubos, pesticidas e novas plantas capazes de alimentar o planeta.»
Curiosamente, não invoca a explosão demográfica que era o grande cavalo de batalha dos malthusianos.
O dilema não é, como José Júdice falaciosamente afirma, entre agricultura química (com pesticidas, adubos químicos, transgénicos e etc) e agricultura biológica.
Qualquer das duas é, a médio e longo prazo, insustentável: o que qualquer ecologista sensato defende é uma «agricultura sustentável» e não uma agricultura «biológica» para elites.
Não vale a pena manter antigas falácias para continuar a indrominar a malta.
Mais adubos químicos, mais pesticidas, mais transgénicos, mais biocombustíveis hão-de significar sempre mais fome. Ponto final parágrafo.
RETROSPECTIVA CONFIRMATIVA:
http://pwp.netcabo.pt/big-bang/gatodasletras/casulo1/josué.htm
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práticas 2012
desperdício de biomassa
1-2- lixo-1-ie-ab>
ESPÉCIES INVASORAS: COMBATER OU REAPROVEITAR
EM BENEFÍCIO DOS HUMANOIDES?
1- Todos os dias confirmamos de como sabemos afinal tão pouco de tudo.
Novidade absoluta vou encontrá-la no jornal «Metro» (20 de Setembro de 2007):
«Os restos de comida da cadeia de restaurantes MacDonald’s vão ser reaproveitados para gerar energia em hospitais e teatros.»
Acção exemplar ou golpe de propaganda, a iniciativa não deixa de ser uma boa notícia e a notícia não deixa de ser uma boa iniciativa.
Não tenho conhecimentos que confirmem se tecnicamente é possível transformar alimentos em electricidade.
Mas alguma coisa hoje é impossível aos técnicos e engenheiros do Ambiente?
Por isso confio que os especialistas da Ambio possam esclarecer-nos a todos.
A ser possível (tecnicamente possível) a nossa fé nos cientistas de serviço é que fica profundamente abalada: se eles sabiam isto e não disseram, há aqui qualquer coisa que não bate certo.
Se não sabiam, ainda pior.
2 – Mas isto leva-me de um salto para um assunto no qual tenho pensado muito e de que já lançara aqui na Ambio, em tempos, um repto tipo apelo, dirigido à criatividade dos senhores cientistas.
Na altura estava (e ainda estou) obcecado com o jacinto de água, considerado praga pelos cientistas que só têm soluções do tipo «lança-chamas» e de contra-ataque violento.
E agora continuo magoadíssimo, claro:
a) Porque nunca vou ter resposta a esta minha angústia
b) Porque tanta matéria verde provavelmente nem sequer sequestra CO2 (o que hoje pode ser considerado um crime de lesa pátria global)
c) Porque as acácias são basto de bonitas e, francamente, face ao pepino celulósico (vulgo eucaliptus globulus), preferia que usassem para este o dito lança-chamas.
Vira a coisa no programa Biosfera e volto a ver, num contexto alargado, a mesma questão que, na minha velha inocência, pusera: porque não se aproveitam os jacintos como biomassa?
Tecnicamente não é possível?
Comercialmente não é rentável?
Mas há impossíveis para os cientistas e engenheiros do ambiente?
3- O programa Biosfera, da RTP 2 (19 de Setembro de 2007) coloca a big questão das «espécies invasoras»: cuidado mesmo, porque são terrivelmente prolíficas e não há biodiversidade onde elas acampam.
A acácia das lindas flores amarelas é a primeira na fila das malditas.
Aqui, como calculam, o coração bateu-me forte: será que vão também incluir os eucaliptos globulus nas invasoras?
Sim, a Maria Grego, em menos de um segundo, citou (citou só) o eucalipto e passou adiante, pormenorizando, como se impunha, as restantes infestantes.
E dei comigo a perguntar às jovens biólogas que tão bem falaram das várias espécies em tribunal: queridas, porque raio não é tecnicamente possível usar tanta matéria-prima para biocombustível, tanta biomassa para produzir mais electricidade?
Será que só têm soluções de contra-ataque (violento) para nos desembaraçarem da praga?
ESPÉCIES INVASORAS: COMBATER OU REAPROVEITAR
EM BENEFÍCIO DOS HUMANOIDES?
1- Todos os dias confirmamos de como sabemos afinal tão pouco de tudo.
Novidade absoluta vou encontrá-la no jornal «Metro» (20 de Setembro de 2007):
«Os restos de comida da cadeia de restaurantes MacDonald’s vão ser reaproveitados para gerar energia em hospitais e teatros.»
Acção exemplar ou golpe de propaganda, a iniciativa não deixa de ser uma boa notícia e a notícia não deixa de ser uma boa iniciativa.
Não tenho conhecimentos que confirmem se tecnicamente é possível transformar alimentos em electricidade.
Mas alguma coisa hoje é impossível aos técnicos e engenheiros do Ambiente?
Por isso confio que os especialistas da Ambio possam esclarecer-nos a todos.
A ser possível (tecnicamente possível) a nossa fé nos cientistas de serviço é que fica profundamente abalada: se eles sabiam isto e não disseram, há aqui qualquer coisa que não bate certo.
Se não sabiam, ainda pior.
2 – Mas isto leva-me de um salto para um assunto no qual tenho pensado muito e de que já lançara aqui na Ambio, em tempos, um repto tipo apelo, dirigido à criatividade dos senhores cientistas.
Na altura estava (e ainda estou) obcecado com o jacinto de água, considerado praga pelos cientistas que só têm soluções do tipo «lança-chamas» e de contra-ataque violento.
E agora continuo magoadíssimo, claro:
a) Porque nunca vou ter resposta a esta minha angústia
b) Porque tanta matéria verde provavelmente nem sequer sequestra CO2 (o que hoje pode ser considerado um crime de lesa pátria global)
c) Porque as acácias são basto de bonitas e, francamente, face ao pepino celulósico (vulgo eucaliptus globulus), preferia que usassem para este o dito lança-chamas.
Vira a coisa no programa Biosfera e volto a ver, num contexto alargado, a mesma questão que, na minha velha inocência, pusera: porque não se aproveitam os jacintos como biomassa?
Tecnicamente não é possível?
Comercialmente não é rentável?
Mas há impossíveis para os cientistas e engenheiros do ambiente?
3- O programa Biosfera, da RTP 2 (19 de Setembro de 2007) coloca a big questão das «espécies invasoras»: cuidado mesmo, porque são terrivelmente prolíficas e não há biodiversidade onde elas acampam.
A acácia das lindas flores amarelas é a primeira na fila das malditas.
Aqui, como calculam, o coração bateu-me forte: será que vão também incluir os eucaliptos globulus nas invasoras?
Sim, a Maria Grego, em menos de um segundo, citou (citou só) o eucalipto e passou adiante, pormenorizando, como se impunha, as restantes infestantes.
E dei comigo a perguntar às jovens biólogas que tão bem falaram das várias espécies em tribunal: queridas, porque raio não é tecnicamente possível usar tanta matéria-prima para biocombustível, tanta biomassa para produzir mais electricidade?
Será que só têm soluções de contra-ataque (violento) para nos desembaraçarem da praga?
custos da saúde
lixo-2-ie-ab>domingo, 23 de Setembro de 2007
PRAGAS & DOENÇAS: COMBATER NÃO CHEGA E SÓ PIORA
A resposta da ciência médica ao que se chama doença, é típica de uma mentalidade: «combate-se» a doença em vez de manter ou recuperar a saúde.
E chama-se «saúde» ao que é, pura e simplesmente, «doença».
É um insulto à inteligência de todos nós, contribuintes, que pagamos o equívoco e os custos deste discurso troca-tintas.
É a sintomatologia a vencer a causalidade.
É o ciclo vicioso da química a criar mais e novas doenças em vez de curar as antigas.
Afinal a analogia com o que vinha dizendo – combater as espécies invasoras com meios químicos e violentos em vez de as recuperar, reutilizar, reciclar – talvez não seja assim tão disparatado.
Temos um antecedente: a medicina profiláctica natural, a medicina metabólica, a medicina ecológica e holística já provou que a via não violenta é muito melhor (e fica muito mais barata ao orçamento) do que a via química e cirúrgica.
Deixo mais um convite aos senhores cientistas: um pequeno golpe de asa (um pouco mais de criatividade) e talvez que muitas «pragas» nossas conhecidas se extinguissem de vez.
Não é preciso ser idealista mas apenas seguir a ordem lógica, científica e natural das coisas. Será assim tão difícil à mentalidade de um especialista?
Será assim tão difícil chamar saúde ao que é saúde e doença ao que é doença?
+
Notícia de 20 de Setembro de 2007:
«Cientistas do Porto provaram que o consumo de ecstasy causa danos nos neurónios que podem levar à morte das células cerebrais e que este efeito é travado com um medicamento usado no tratamento da doença de Parkinson.»
De certeza que os cientistas do Porto têm razão e que a sua descoberta é uma grande descoberta.
Para quem não é cientista e se fia apenas no instinto, na experiência ou na intuição, também há algumas certezas:
Qualquer droga química, admitida ou proibida, de farmácia ou de candonga, nunca é inócua e se mata 10 ou 100 ou cem mil células cerebrais ou outras, tanto faz, a fisiologia, a filosofia e a ética é a mesma; metais pesados deixam sempre marca, mesmo quando não têm efeito definitivamente acumulativo.
Que se utilize exactamente essa mesma lógica (fisiologia, filosofia e ética) para engrandecer uma outra droga de farmácia, é que me parece pouco razoável, quiçá imoral e bastante perverso. No mínimo, contraditório.
Teremos então que nos resignar a uma mentalidade dominante – a que chamei unideologia – que nos tem conduzido a uma lista negra enorme de efeitos:
Listas de espera nos hospitais
Escalada de novas e velhas patologias
Escalada de gastos do SNS
+
É aqui que encaixa uma outra notícia recente: «Gastamos em saúde 10% de tudo o que produzimos» (DN, 14 de Setembro de 2007).
O jornalista Pedro Sousa Tavares, resume assim alguns itens deste dossiê definitivo (a doença a que se chama, teimosa e estupidamente, saúde):
a) 14, 5 mil milhões de euros foi a factura da saúde paga por todos os portugueses em 2005, segundo o INE
b) 9,7% do PIB foi investido no sector. O equivalente a 1.369, 74 euros por cada habitante.
c) Portugal gastou em 2005, 9,7% do produto interno bruto em despesas de saúde.
Quando tocamos nos milhões, tudo fica esclarecido e à mostra.
Uma mentalidade ecológica e causal em vez de sintomatológica e de sopas depois do almoço, ficaria indubitavelmente mais barata ao orçamento, para lá de evitar sofrimento desnecessário. Listas de espera, cirurgias, novas patologias, hospitalizações, etc.
Quem se trata por meios naturais, no entanto, terá de pagar tudo do seu bolso.
Quem faz auto-profilaxia alimentar e poupa no orçamento de Estado, ainda paga mais de impostos e nem sequer um obrigado recebe das autoridades de «saúde»
Quem modesta e ecologicamente contribui para diminuir aritmeticamente a dor do mundo (diria Albert Camus), só recebe risinhos dos cientistas e especialistas.
Quem aponta a pastilha elástica como um crime de consumo corrente (entre crianças) ainda é classificado de parvo e de pateta (acaba de aparecer no mercado uma marca que junta a pastilha elástica com drop!!!) .
Provavelmente tudo isto está certo e parvo é quem cá anda com militâncias estúpidas.
Mas às vezes dá vontade de gritar alto: «Chega, Basta».
PRAGAS & DOENÇAS: COMBATER NÃO CHEGA E SÓ PIORA
A resposta da ciência médica ao que se chama doença, é típica de uma mentalidade: «combate-se» a doença em vez de manter ou recuperar a saúde.
E chama-se «saúde» ao que é, pura e simplesmente, «doença».
É um insulto à inteligência de todos nós, contribuintes, que pagamos o equívoco e os custos deste discurso troca-tintas.
É a sintomatologia a vencer a causalidade.
É o ciclo vicioso da química a criar mais e novas doenças em vez de curar as antigas.
Afinal a analogia com o que vinha dizendo – combater as espécies invasoras com meios químicos e violentos em vez de as recuperar, reutilizar, reciclar – talvez não seja assim tão disparatado.
Temos um antecedente: a medicina profiláctica natural, a medicina metabólica, a medicina ecológica e holística já provou que a via não violenta é muito melhor (e fica muito mais barata ao orçamento) do que a via química e cirúrgica.
Deixo mais um convite aos senhores cientistas: um pequeno golpe de asa (um pouco mais de criatividade) e talvez que muitas «pragas» nossas conhecidas se extinguissem de vez.
Não é preciso ser idealista mas apenas seguir a ordem lógica, científica e natural das coisas. Será assim tão difícil à mentalidade de um especialista?
Será assim tão difícil chamar saúde ao que é saúde e doença ao que é doença?
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Notícia de 20 de Setembro de 2007:
«Cientistas do Porto provaram que o consumo de ecstasy causa danos nos neurónios que podem levar à morte das células cerebrais e que este efeito é travado com um medicamento usado no tratamento da doença de Parkinson.»
De certeza que os cientistas do Porto têm razão e que a sua descoberta é uma grande descoberta.
Para quem não é cientista e se fia apenas no instinto, na experiência ou na intuição, também há algumas certezas:
Qualquer droga química, admitida ou proibida, de farmácia ou de candonga, nunca é inócua e se mata 10 ou 100 ou cem mil células cerebrais ou outras, tanto faz, a fisiologia, a filosofia e a ética é a mesma; metais pesados deixam sempre marca, mesmo quando não têm efeito definitivamente acumulativo.
Que se utilize exactamente essa mesma lógica (fisiologia, filosofia e ética) para engrandecer uma outra droga de farmácia, é que me parece pouco razoável, quiçá imoral e bastante perverso. No mínimo, contraditório.
Teremos então que nos resignar a uma mentalidade dominante – a que chamei unideologia – que nos tem conduzido a uma lista negra enorme de efeitos:
Listas de espera nos hospitais
Escalada de novas e velhas patologias
Escalada de gastos do SNS
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É aqui que encaixa uma outra notícia recente: «Gastamos em saúde 10% de tudo o que produzimos» (DN, 14 de Setembro de 2007).
O jornalista Pedro Sousa Tavares, resume assim alguns itens deste dossiê definitivo (a doença a que se chama, teimosa e estupidamente, saúde):
a) 14, 5 mil milhões de euros foi a factura da saúde paga por todos os portugueses em 2005, segundo o INE
b) 9,7% do PIB foi investido no sector. O equivalente a 1.369, 74 euros por cada habitante.
c) Portugal gastou em 2005, 9,7% do produto interno bruto em despesas de saúde.
Quando tocamos nos milhões, tudo fica esclarecido e à mostra.
Uma mentalidade ecológica e causal em vez de sintomatológica e de sopas depois do almoço, ficaria indubitavelmente mais barata ao orçamento, para lá de evitar sofrimento desnecessário. Listas de espera, cirurgias, novas patologias, hospitalizações, etc.
Quem se trata por meios naturais, no entanto, terá de pagar tudo do seu bolso.
Quem faz auto-profilaxia alimentar e poupa no orçamento de Estado, ainda paga mais de impostos e nem sequer um obrigado recebe das autoridades de «saúde»
Quem modesta e ecologicamente contribui para diminuir aritmeticamente a dor do mundo (diria Albert Camus), só recebe risinhos dos cientistas e especialistas.
Quem aponta a pastilha elástica como um crime de consumo corrente (entre crianças) ainda é classificado de parvo e de pateta (acaba de aparecer no mercado uma marca que junta a pastilha elástica com drop!!!) .
Provavelmente tudo isto está certo e parvo é quem cá anda com militâncias estúpidas.
Mas às vezes dá vontade de gritar alto: «Chega, Basta».
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pepino celulósico
1-3-cientistas-2-ac-ab>
OS EUCALIPTOS E A INFÂNCIA DA ECOLOGIA
O anúncio que coloquei na secção «procura-se» - cientistas precisam-se – foi ouvido e agradeço portanto a atenção dos amigos ambionautas que quiseram dar alguma importância ao meu veemente apelo.
Nenhum (cor)respondeu à questão de fundo – inventar tecnologias mais ecológicas de combater pragas (invasoras, infestantes, parasitas, etc) – mas ficaram algumas dicas e achegas.
A tecno-ecologia, de facto, está ainda na infância e há-de crescer. Espero que cresça e apareça para nos libertar a tempo de alguns ciclos viciosos que nos estrangulam e que eu costumo incluir num aforismo: «apagar fogos com gasolina» é ainda a filosofia em vigor.
Por enquanto os especialistas de ecologia, ainda na infância da arte, têm outras prioridades e urgências: defender o pepino celulósico, por exemplo, e por motivos muito óbvios:
a) É plantado deliberadamente e não cai por acaso, programam-se os incêndios para lhe criar área de plantio;
b) Não está classificado na categoria de árvore infestante nem invasora nem parasita nem hidróvora nem exótica nem monocultura esgotante (temos que ser rigorosos na nomenclatura);
c) E depois a exportação de pasta de papel que havemos de importar já sob a forma de papel de jornal? Como é que iria ser, se a indústria está sempre e queixar-se de que não tem matéria-prima?
Mais um ciclo vicioso?
Mais um beco sem saída?
Mais um caso em que temos de pagar o preço do progresso?
Mais um estrangulamento do sistema contra os ecossistemas?
Não posso deixar de confessar que esperava criatividade dos senhores especialistas mas não tanta subtileza no distinguo dos conceitos e rótulos.
Questão de fundo, para eles, é mesmo de como vamos classificar a planta. Pode ser infestante sem ser invasora e pode ser invasora sem ser infestante. Ou vice-versa.
Uma vez que o eucalipto é exótico mas não invasor (de facto é cá posto deliberada e programadamente) podemos plantá-lo e rezar para que ele cresça depressa, sem que venha daí mal ao mundo.
Um pouco mais de conversa e temos aí as virtudes todas do eucalipto:
a) É exótico mas não se pode incluir nas exóticas indesejáveis;
b) É invasor e mata a biodiversidade mas não se pode incluir entre as invasoras;
c) É hidróvoro e bebe toda a água disponível mas não se pode nem deve incluir entre as indústrias hidróvoras, porque não vem nas listas classificadas;
d) É parasita mas não consta nos livros de Botânica que falam de plantas parasitas;
e) É monocultura mas não mata a biodiversidade, apenas lhe ocupa o espaço;
f) É esgotante dos solos mas também o trigo o é e precisamos dele (visão pragmática da vida);
g) É desertificante mas também nenhum cientista ainda provou laboratorialmente (nem irá provar nunca) tal atoarda;
Esta ecologia infantil – tão cheia de subtilezas linguísticas - caracteriza-se por algumas constantes:
a) Raramente liga a causa ao efeito;
b) Ignora as N causas que podem provocar o mesmo efeito;
c) Ignora as interacções e variáveis dentro de um ecossistema e nunca pode prever os efeitos de uma nova variável lá metida;
c) Quando decide combater uma praga, utiliza instrumentos pré-históricos, da era sintomatológica ou pré-ecológica: os químicos ou à paulada;
d) Quanto à ética é a mais pós-moderna possível: tudo se justifica desde que dê lucros. É o preço do progresso e a ecologia que se lixe.
+
Quanto aos que responderam ao meu apelo – cientistas precisam-se – começo pelo Henrique Pereira dos Santos que no seu estilo lacónico e sacudido, diz:
«O eucalipto e o milho invasores? É a primeira vez que ouço dizer tal coisa, sobretudo do milho que precisa de mil cuidados para se aguentar. São exóticas, mas não são invasoras.»
Como não fui eu que falei de milho, a conversa não é comigo: mas como agora tudo vai dar ao milho e aos verdes eufémia, não me admira nada esta pequena confusão de narizes. O Henrique Pereira dos Santos anda atarefadíssimo a discutir os transgénicos e já vê milho em todas as entrelinhas.
De qualquer maneira fica a subtileza e finura que refiro acima: exóticas não quer dizer que sejam invasoras e vice-versa.
+
A mesma transcendente questão da nomenclatura vem expressa na mensagem de Henk Feith:
«Por curiosidade: o eucalipto não consta nesta guia como planta invasora. Porque não basta ser exótica para ser invasora. Invasora tem a ver com a sua capacidade de reprodução e expansão, logo invasão de territórios onde a sua presença não foi premeditada.»
Tomei nota do subtil distinguo e para a outra vez serei mais preciso quando falar de pepino celulósico.
+
Subtileza mas num outro sentido vem na mensagem de Rita Vaz, que respondeu num texto esclarecedor e do qual apenas posso sublinhar, por falta de espaço, estas passagens:
«Os eucaliptos, ao contrário, são usados para produzir pasta de papel, por isso apesar de invasores, têm aproveitamento. São uma cultura como outra qualquer importada (milho, tomate, batata, por exemplo, que vieram dos USA). Longe de mim defender a cultura do eucalipto, estou só a expor o que sei.»
É a filosofia pragmática da vida mas que eu defendo inteiramente: o preço a pagar pelo progresso, o desenvolvimento do subdesenvolvimento, mas que lhe havemos de fazer se a vida é feita de paradoxos e ciclos viciosos e estrangulamentos e becos sem saída?
Inteiramente de acordo também com Rita Vaz nesta sua posição:
«Acima de tudo acho que mais importante do que arranjar maneiras de transformar as exóticas invasoras em energia, era ensinar as pessoas a poupar energia e correr com as exóticas invasoras.»
Mas correr como: ecológica ou violentamente?
O que é que ficaria mais barato ao Orçamento de Estado?
Recapitulando a matéria dada, irei concluir.
Tal como sugere Rita Vaz, restos de comida convertidos em energia eléctrica ainda estamos para ver mas energias há muitas e talvez que não seja má ideia transformar resíduos em biogás.
Por acaso era aí que eu queria chegar – ao biogás - , embora saiba como o pragmatismo reage a estas mini-soluções ecológicas. Pensamos sempre em grande e o small para nós nunca foi beautiful:
«Acho – diz Rita Vaz - que o mais provável é que os restos passem por um processo de fermentação ou degradação aeróbia que liberte algum combustível (um álcool ou por exemplo metano), e esse combustível seja utilizado como fonte de energia. Isso não é novidade - faz-se degradação bacteriana de restos vegetais com recuperação de combustível gasoso em muitas indústrias, inclusive em Portugal.»
Conforme Rita Vaz indica, talvez a Fundação para a Ciência e Tecnologia tenha resposta à minha questão de fundo:
a) como aproveitar ecologicamente a biomassa das invasoras, infestantes e cª, em vez de continuarmos com as lamúrias do costume?
b) porque é que o biogás a partir de excrementos animais continua tabu, se há mais de meio século se sabe disso e da eco-tecnologia capaz de o produzir?
Desculpem lá os senhores cientistas mas não sou eu que tenho de ir pedir contas às altas autoridades deste país: são os senhores cientistas que devem impor aos governos o que se deve fazer, o que tem de se fazer, o que é urgente fazer.
Não há deputados verdes na AR?
Como não sei o que é isso de Fundação para a Ciência e Tecnologia, a minha conversa pode ficar por aqui.
E obrigado pela vossa colaboração.
OS EUCALIPTOS E A INFÂNCIA DA ECOLOGIA
O anúncio que coloquei na secção «procura-se» - cientistas precisam-se – foi ouvido e agradeço portanto a atenção dos amigos ambionautas que quiseram dar alguma importância ao meu veemente apelo.
Nenhum (cor)respondeu à questão de fundo – inventar tecnologias mais ecológicas de combater pragas (invasoras, infestantes, parasitas, etc) – mas ficaram algumas dicas e achegas.
A tecno-ecologia, de facto, está ainda na infância e há-de crescer. Espero que cresça e apareça para nos libertar a tempo de alguns ciclos viciosos que nos estrangulam e que eu costumo incluir num aforismo: «apagar fogos com gasolina» é ainda a filosofia em vigor.
Por enquanto os especialistas de ecologia, ainda na infância da arte, têm outras prioridades e urgências: defender o pepino celulósico, por exemplo, e por motivos muito óbvios:
a) É plantado deliberadamente e não cai por acaso, programam-se os incêndios para lhe criar área de plantio;
b) Não está classificado na categoria de árvore infestante nem invasora nem parasita nem hidróvora nem exótica nem monocultura esgotante (temos que ser rigorosos na nomenclatura);
c) E depois a exportação de pasta de papel que havemos de importar já sob a forma de papel de jornal? Como é que iria ser, se a indústria está sempre e queixar-se de que não tem matéria-prima?
Mais um ciclo vicioso?
Mais um beco sem saída?
Mais um caso em que temos de pagar o preço do progresso?
Mais um estrangulamento do sistema contra os ecossistemas?
Não posso deixar de confessar que esperava criatividade dos senhores especialistas mas não tanta subtileza no distinguo dos conceitos e rótulos.
Questão de fundo, para eles, é mesmo de como vamos classificar a planta. Pode ser infestante sem ser invasora e pode ser invasora sem ser infestante. Ou vice-versa.
Uma vez que o eucalipto é exótico mas não invasor (de facto é cá posto deliberada e programadamente) podemos plantá-lo e rezar para que ele cresça depressa, sem que venha daí mal ao mundo.
Um pouco mais de conversa e temos aí as virtudes todas do eucalipto:
a) É exótico mas não se pode incluir nas exóticas indesejáveis;
b) É invasor e mata a biodiversidade mas não se pode incluir entre as invasoras;
c) É hidróvoro e bebe toda a água disponível mas não se pode nem deve incluir entre as indústrias hidróvoras, porque não vem nas listas classificadas;
d) É parasita mas não consta nos livros de Botânica que falam de plantas parasitas;
e) É monocultura mas não mata a biodiversidade, apenas lhe ocupa o espaço;
f) É esgotante dos solos mas também o trigo o é e precisamos dele (visão pragmática da vida);
g) É desertificante mas também nenhum cientista ainda provou laboratorialmente (nem irá provar nunca) tal atoarda;
Esta ecologia infantil – tão cheia de subtilezas linguísticas - caracteriza-se por algumas constantes:
a) Raramente liga a causa ao efeito;
b) Ignora as N causas que podem provocar o mesmo efeito;
c) Ignora as interacções e variáveis dentro de um ecossistema e nunca pode prever os efeitos de uma nova variável lá metida;
c) Quando decide combater uma praga, utiliza instrumentos pré-históricos, da era sintomatológica ou pré-ecológica: os químicos ou à paulada;
d) Quanto à ética é a mais pós-moderna possível: tudo se justifica desde que dê lucros. É o preço do progresso e a ecologia que se lixe.
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Quanto aos que responderam ao meu apelo – cientistas precisam-se – começo pelo Henrique Pereira dos Santos que no seu estilo lacónico e sacudido, diz:
«O eucalipto e o milho invasores? É a primeira vez que ouço dizer tal coisa, sobretudo do milho que precisa de mil cuidados para se aguentar. São exóticas, mas não são invasoras.»
Como não fui eu que falei de milho, a conversa não é comigo: mas como agora tudo vai dar ao milho e aos verdes eufémia, não me admira nada esta pequena confusão de narizes. O Henrique Pereira dos Santos anda atarefadíssimo a discutir os transgénicos e já vê milho em todas as entrelinhas.
De qualquer maneira fica a subtileza e finura que refiro acima: exóticas não quer dizer que sejam invasoras e vice-versa.
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A mesma transcendente questão da nomenclatura vem expressa na mensagem de Henk Feith:
«Por curiosidade: o eucalipto não consta nesta guia como planta invasora. Porque não basta ser exótica para ser invasora. Invasora tem a ver com a sua capacidade de reprodução e expansão, logo invasão de territórios onde a sua presença não foi premeditada.»
Tomei nota do subtil distinguo e para a outra vez serei mais preciso quando falar de pepino celulósico.
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Subtileza mas num outro sentido vem na mensagem de Rita Vaz, que respondeu num texto esclarecedor e do qual apenas posso sublinhar, por falta de espaço, estas passagens:
«Os eucaliptos, ao contrário, são usados para produzir pasta de papel, por isso apesar de invasores, têm aproveitamento. São uma cultura como outra qualquer importada (milho, tomate, batata, por exemplo, que vieram dos USA). Longe de mim defender a cultura do eucalipto, estou só a expor o que sei.»
É a filosofia pragmática da vida mas que eu defendo inteiramente: o preço a pagar pelo progresso, o desenvolvimento do subdesenvolvimento, mas que lhe havemos de fazer se a vida é feita de paradoxos e ciclos viciosos e estrangulamentos e becos sem saída?
Inteiramente de acordo também com Rita Vaz nesta sua posição:
«Acima de tudo acho que mais importante do que arranjar maneiras de transformar as exóticas invasoras em energia, era ensinar as pessoas a poupar energia e correr com as exóticas invasoras.»
Mas correr como: ecológica ou violentamente?
O que é que ficaria mais barato ao Orçamento de Estado?
Recapitulando a matéria dada, irei concluir.
Tal como sugere Rita Vaz, restos de comida convertidos em energia eléctrica ainda estamos para ver mas energias há muitas e talvez que não seja má ideia transformar resíduos em biogás.
Por acaso era aí que eu queria chegar – ao biogás - , embora saiba como o pragmatismo reage a estas mini-soluções ecológicas. Pensamos sempre em grande e o small para nós nunca foi beautiful:
«Acho – diz Rita Vaz - que o mais provável é que os restos passem por um processo de fermentação ou degradação aeróbia que liberte algum combustível (um álcool ou por exemplo metano), e esse combustível seja utilizado como fonte de energia. Isso não é novidade - faz-se degradação bacteriana de restos vegetais com recuperação de combustível gasoso em muitas indústrias, inclusive em Portugal.»
Conforme Rita Vaz indica, talvez a Fundação para a Ciência e Tecnologia tenha resposta à minha questão de fundo:
a) como aproveitar ecologicamente a biomassa das invasoras, infestantes e cª, em vez de continuarmos com as lamúrias do costume?
b) porque é que o biogás a partir de excrementos animais continua tabu, se há mais de meio século se sabe disso e da eco-tecnologia capaz de o produzir?
Desculpem lá os senhores cientistas mas não sou eu que tenho de ir pedir contas às altas autoridades deste país: são os senhores cientistas que devem impor aos governos o que se deve fazer, o que tem de se fazer, o que é urgente fazer.
Não há deputados verdes na AR?
Como não sei o que é isso de Fundação para a Ciência e Tecnologia, a minha conversa pode ficar por aqui.
E obrigado pela vossa colaboração.
incurável miopia
almada-2-nw> segunda-feira, 24 de Setembro de 2007
DOENÇAS DO AMBIENTE: AFINAL EXISTEM?
«Triste tempo o nosso, em que é preciso lutar pelas evidências» - Max Frisch, escritor suíço.
Várias notícias recentes confirmam uma óbvia evidência: o ambiente influi na saúde das pessoas.
Começou a saber-se, inclusive, que existe uma cadeira universitária de Saúde Ambiental e uma Escola Superior de Tecnologia da Saúde.
Aleluia, aleluia!
O facto de o ambiente não ser levado em conta no diagnóstico clínico, é só uma questão de miopia que a medicina ainda não conseguiu curar.
Vejamos então o que se tem dito desta relação intrínseca entre ambiente e saúde, óbvia evidência com séculos de vigência:
Mais cancro entre os que vivem próximo de poste de alta tensão (2 Setembro de 2007, in «Meia Hora»)
Viver junto a altas tensões aumenta taxa de cancro (3 Setembro de 2007, in «Diário de Notícias»)
Leite materno aumenta alergias? (14 de Setembro de 2007, in «DN»)
Uma em cada três escolas tem placas de amianto (19 de Setembro de 2007, in «DN»)
EUA: Medicamentos vitimam mais desde 1998 (11 de Setembro de 2007, in «Global»)
+
Pormenorizemos esta última:
««A DOENÇA DOS MEDICAMENTOS
O número de casos de efeitos secundários graves e mortes ligadas a tratamentos mais do que duplicaram, segundo um relatório das autoridades federais americanas, relativo ao período entre 1998 e 2005.
Os medicamentos e analgésicos destinados a reforçar o sistema imunitário foram os principais responsáveis pela maioria dos incidentes registados.
Ao longo deste período de sete anos, foram assinalados 467 809 casos de reacções severas e por vezes fatais. O número de mortes provocadas por ingestão de medicamentos passou de 5 519, em 1998, para 15 107, em 2005, de acordo com os dados recolhidos pela FDA (Food and Drug Administration).
No total, l 489 medicamentos foram relacionados com os efeitos secundários graves e as mortes. No entanto, entre estes, 51 foram referenciados em 500 casos anuais, contando para 43,6% do total de incidentes.»»
Não precisa de comentários, uma notícia onde está tudo dito.
Nem sempre o que vem dos USA é desconfiável.
Nem sempre as verdades inconvenientes são reveladas com tanta crueldade.
Nem sempre a célebre afirmação de Ivan Illich é confirmada nos noticiários mundiais: «Medicina provoca mais doenças do que cura.»
Só falta acrescentar um dado insignificante: A iatrogénese já ocupa o 1º lugar, depois do cancro e das cardiovasculares, nas estatísticas de mortalidade.
+
CANCRO E POSTES DE ALTA TENSÃO
Nuno Teixeira, coordenador do departamento de Física da Escola Superior de Tecnologia da Saúde, explicou à Lusa que há «evidência científica» de que a presença de uma corrente eléctrica muito forte pode levar ao «aumento de patologias do foro oncológico», por aquela poder originar campos electromagnéticos elevados.
Eu bem me parecia que sim, mas ainda bem que a ciência confirma evidências do senso comum.
Já não confirma outra evidência, os efeitos nefastos para a saúde dos telemóveis.
«Não estão provados cientificamente» - diz o próprio Nuno Teixeira .
Teremos que esperar, pois, que a ciência confirme o óbvio.
+
OBRA DE INTERESSE PÚBLICO QUE O PÚBLICO NÃO QUER
Pela notícia a seguir transcrita do «Portugal Diário» (7/9/2007), mais uma vez se verifica que o público não quer uma obra decretada como de «interesse público».
Contradição do sistema?
Ciclo vicioso?
Buraco sem saída?
Seria apenas mais um.
Resumindo: o povo não quer o progresso que lhe querem impor:
««Moradores da urbanização Quinta de São Macário, Almada, irão manifestar-se sábado contra a construção da linha de muito alta tensão junto ao local, considerando que a medida é ilegal e prejudicial para a saúde dos habitantes.
Bruno Silva, morador da urbanização, disse à Agência Lusa que alguns postos desta linha de muito alta tensão ficarão situados a 30 metros das habitações e a 100 metros do colégio Campo de Flores, uma escola com cerca de mil alunos, o que «põe em causa a saúde dos moradores e dos alunos do colégio».
Esta linha de muito alta tensão, a cargo da Rede Eléctrica Nacional (REN) pretende fazer a ligação entre as subestações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, estando prevista a sua entrada em funcionamento a partir do início de 2009.
Os moradores envolvidos no protesto acusam a REN de estar a realizar a obra ilegalmente, visto que o terreno onde ficará situado o posto mais próximo da Quinta de São Macário «estava destinado a espaços verdes, como consta no alvará de loteamento aprovado pela Câmara».
O título do «Diário de Notícias» despachava o assunto muito mais rapidamente:
«Despacho de interesse público para linha de alta tensão muito contestado em Almada».
Uma coisa de interesse público que o público não quer faz as delícias de um coleccionador de paradoxos.
Ou contradições, becos sem saída, estrangulamentos do sistema, ciclos viciosos.
+
PERIGOSO AMIANTO NAS ESCOLAS
Sopas depois de almoço ou ciclo vicioso, parece ser também outro gravíssimo problema de saúde ambiental:
««Uma em cada três escolas tem placas de amianto (19 de Setembro de 2007) »
Se uma em três escolas tem placas com amianto, como titulava o «Diário de Notícias», pode avaliar-se o que vai custar a reconversão desses tectos todos.
É mais uma invariável do sistema – acordar tarde demais para as tecnologias que produz – mas porque é que a Ecologia não há-de dinamizar a indústria?
Não vejo nada contra.
Aconteceu, à escala mundial, com os frigoríficos e os famosos cloro-fluorcarbonetos (todos para o lixo, como alertava Hélder Spínola, no Dia Mundial do Buraco do Ozono, 16 próximo passado) e acontece agora à escala europeia com o amianto em revestimentos de sítios como escritórios e escolas.
Pode imaginar-se o que vai ter que ser investido na reconversão, mas lá terá que ser, uma vez que ficou provado, embora bastante tarde, que o amianto era prejudicial à saúde. E fora lá posto com a melhor das intenções: garantir segurança contra fogos.
São assim os paradoxos da nossa sociedade de consumo, que nos protege mas que tem de fazer de nós cobaias para os produtos que comercializa.
Mal se faz uma coisa boa para as pessoas, logo essa coisa se prova, anos, décadas, depois que prejudica a saúde pública.
Está bem que a saúde é individual e intransmissível e ainda me hão-de explicar o que é isso de «saúde pública».
Mas a gente entende o que este discurso troca-tintas nos quer dizer e que é óbvio: o ambiente influi na saúde das pessoas.
E os avanços tecnológicos, ao industrializar-se, ao comercializar-se, nunca levam em consideração as consequências no ambiente e na saúde das pessoas.
E contra isto, batatas.
RETROSPECTIVA CONFIRMATIVA:
http://catbox.info/big-bang/ecologiaemdialogo/+ecologia%20humana+.htm
DOENÇAS DO AMBIENTE: AFINAL EXISTEM?
«Triste tempo o nosso, em que é preciso lutar pelas evidências» - Max Frisch, escritor suíço.
Várias notícias recentes confirmam uma óbvia evidência: o ambiente influi na saúde das pessoas.
Começou a saber-se, inclusive, que existe uma cadeira universitária de Saúde Ambiental e uma Escola Superior de Tecnologia da Saúde.
Aleluia, aleluia!
O facto de o ambiente não ser levado em conta no diagnóstico clínico, é só uma questão de miopia que a medicina ainda não conseguiu curar.
Vejamos então o que se tem dito desta relação intrínseca entre ambiente e saúde, óbvia evidência com séculos de vigência:
Mais cancro entre os que vivem próximo de poste de alta tensão (2 Setembro de 2007, in «Meia Hora»)
Viver junto a altas tensões aumenta taxa de cancro (3 Setembro de 2007, in «Diário de Notícias»)
Leite materno aumenta alergias? (14 de Setembro de 2007, in «DN»)
Uma em cada três escolas tem placas de amianto (19 de Setembro de 2007, in «DN»)
EUA: Medicamentos vitimam mais desde 1998 (11 de Setembro de 2007, in «Global»)
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Pormenorizemos esta última:
««A DOENÇA DOS MEDICAMENTOS
O número de casos de efeitos secundários graves e mortes ligadas a tratamentos mais do que duplicaram, segundo um relatório das autoridades federais americanas, relativo ao período entre 1998 e 2005.
Os medicamentos e analgésicos destinados a reforçar o sistema imunitário foram os principais responsáveis pela maioria dos incidentes registados.
Ao longo deste período de sete anos, foram assinalados 467 809 casos de reacções severas e por vezes fatais. O número de mortes provocadas por ingestão de medicamentos passou de 5 519, em 1998, para 15 107, em 2005, de acordo com os dados recolhidos pela FDA (Food and Drug Administration).
No total, l 489 medicamentos foram relacionados com os efeitos secundários graves e as mortes. No entanto, entre estes, 51 foram referenciados em 500 casos anuais, contando para 43,6% do total de incidentes.»»
Não precisa de comentários, uma notícia onde está tudo dito.
Nem sempre o que vem dos USA é desconfiável.
Nem sempre as verdades inconvenientes são reveladas com tanta crueldade.
Nem sempre a célebre afirmação de Ivan Illich é confirmada nos noticiários mundiais: «Medicina provoca mais doenças do que cura.»
Só falta acrescentar um dado insignificante: A iatrogénese já ocupa o 1º lugar, depois do cancro e das cardiovasculares, nas estatísticas de mortalidade.
+
CANCRO E POSTES DE ALTA TENSÃO
Nuno Teixeira, coordenador do departamento de Física da Escola Superior de Tecnologia da Saúde, explicou à Lusa que há «evidência científica» de que a presença de uma corrente eléctrica muito forte pode levar ao «aumento de patologias do foro oncológico», por aquela poder originar campos electromagnéticos elevados.
Eu bem me parecia que sim, mas ainda bem que a ciência confirma evidências do senso comum.
Já não confirma outra evidência, os efeitos nefastos para a saúde dos telemóveis.
«Não estão provados cientificamente» - diz o próprio Nuno Teixeira .
Teremos que esperar, pois, que a ciência confirme o óbvio.
+
OBRA DE INTERESSE PÚBLICO QUE O PÚBLICO NÃO QUER
Pela notícia a seguir transcrita do «Portugal Diário» (7/9/2007), mais uma vez se verifica que o público não quer uma obra decretada como de «interesse público».
Contradição do sistema?
Ciclo vicioso?
Buraco sem saída?
Seria apenas mais um.
Resumindo: o povo não quer o progresso que lhe querem impor:
««Moradores da urbanização Quinta de São Macário, Almada, irão manifestar-se sábado contra a construção da linha de muito alta tensão junto ao local, considerando que a medida é ilegal e prejudicial para a saúde dos habitantes.
Bruno Silva, morador da urbanização, disse à Agência Lusa que alguns postos desta linha de muito alta tensão ficarão situados a 30 metros das habitações e a 100 metros do colégio Campo de Flores, uma escola com cerca de mil alunos, o que «põe em causa a saúde dos moradores e dos alunos do colégio».
Esta linha de muito alta tensão, a cargo da Rede Eléctrica Nacional (REN) pretende fazer a ligação entre as subestações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, estando prevista a sua entrada em funcionamento a partir do início de 2009.
Os moradores envolvidos no protesto acusam a REN de estar a realizar a obra ilegalmente, visto que o terreno onde ficará situado o posto mais próximo da Quinta de São Macário «estava destinado a espaços verdes, como consta no alvará de loteamento aprovado pela Câmara».
O título do «Diário de Notícias» despachava o assunto muito mais rapidamente:
«Despacho de interesse público para linha de alta tensão muito contestado em Almada».
Uma coisa de interesse público que o público não quer faz as delícias de um coleccionador de paradoxos.
Ou contradições, becos sem saída, estrangulamentos do sistema, ciclos viciosos.
+
PERIGOSO AMIANTO NAS ESCOLAS
Sopas depois de almoço ou ciclo vicioso, parece ser também outro gravíssimo problema de saúde ambiental:
««Uma em cada três escolas tem placas de amianto (19 de Setembro de 2007) »
Se uma em três escolas tem placas com amianto, como titulava o «Diário de Notícias», pode avaliar-se o que vai custar a reconversão desses tectos todos.
É mais uma invariável do sistema – acordar tarde demais para as tecnologias que produz – mas porque é que a Ecologia não há-de dinamizar a indústria?
Não vejo nada contra.
Aconteceu, à escala mundial, com os frigoríficos e os famosos cloro-fluorcarbonetos (todos para o lixo, como alertava Hélder Spínola, no Dia Mundial do Buraco do Ozono, 16 próximo passado) e acontece agora à escala europeia com o amianto em revestimentos de sítios como escritórios e escolas.
Pode imaginar-se o que vai ter que ser investido na reconversão, mas lá terá que ser, uma vez que ficou provado, embora bastante tarde, que o amianto era prejudicial à saúde. E fora lá posto com a melhor das intenções: garantir segurança contra fogos.
São assim os paradoxos da nossa sociedade de consumo, que nos protege mas que tem de fazer de nós cobaias para os produtos que comercializa.
Mal se faz uma coisa boa para as pessoas, logo essa coisa se prova, anos, décadas, depois que prejudica a saúde pública.
Está bem que a saúde é individual e intransmissível e ainda me hão-de explicar o que é isso de «saúde pública».
Mas a gente entende o que este discurso troca-tintas nos quer dizer e que é óbvio: o ambiente influi na saúde das pessoas.
E os avanços tecnológicos, ao industrializar-se, ao comercializar-se, nunca levam em consideração as consequências no ambiente e na saúde das pessoas.
E contra isto, batatas.
RETROSPECTIVA CONFIRMATIVA:
http://catbox.info/big-bang/ecologiaemdialogo/+ecologia%20humana+.htm
ficção científica
ozono-2-nw> quarta-feira, 26 de Setembro de 2007
OZONO 2007
O Canal Odisseia – e o jornal «Público» (16 de Setembro de 2007) - não deixaram de comemorar o que internacionalmente se classifica como uma grande vitória para «salvar» o Mundo.
Que – dizem os especialistas – parece estar à beira do colapso.
A BBC produziu um documentário – tecnicamente perfeito como é marca da casa – sobre o encontro da Califórnia, em 2006, onde vários cientistas de renome apresentaram projectos para combater o CO2.
«Propostas para Salvar o Planeta» - era o título do Canal Odisseia/BBC para mostrar o que 5 cientistas andam a projectar.
À parte a «árvore sintética» para enterrar o CO2, as outras quatro propostas são de arrasar qualquer amante da ficção científica.
Mas todos eles são, além de ilustres cientistas, figuras adoráveis: cabelos brancos, exalando boas intenções por todos os poros, com os netinhos ao colo, eles querem salvar o planeta das garras do CO2, em nome das novas gerações, exactamente com a mesma mentalidade, a mesma ética, a mesma ingenuidade, a mesma inocência, a mesma ignorância com que ajudaram (e muito)a afundar o mesmíssimo Planeta.
Não é o paradoxo de Fermi mas é emocionante e comovente.
O Canal Odisseia, com toda a artilharia pesada da BBC (sempre que quer convencer as massas) produziu imagens sensacionalmente bonitas dos projectos. Até recorre à montagem de maquetes em cenário real para imprimir maior realismo e convicção ao delírio.
As ideias dos senhores cientistas até podem ser interessantes para um amante da ficção científica. A filosofia (a ética) que está por trás é que é bastante abjecta graças a Deus.
Apagar fogos com gasolina vai além do paradoxo.
Quando se diz que a saída do buraco (neste caso literalmente buraco) está em mais tecnologia espacial, apenas se confirma que continuamos sem saída.
OZONO 2007
O Canal Odisseia – e o jornal «Público» (16 de Setembro de 2007) - não deixaram de comemorar o que internacionalmente se classifica como uma grande vitória para «salvar» o Mundo.
Que – dizem os especialistas – parece estar à beira do colapso.
A BBC produziu um documentário – tecnicamente perfeito como é marca da casa – sobre o encontro da Califórnia, em 2006, onde vários cientistas de renome apresentaram projectos para combater o CO2.
«Propostas para Salvar o Planeta» - era o título do Canal Odisseia/BBC para mostrar o que 5 cientistas andam a projectar.
À parte a «árvore sintética» para enterrar o CO2, as outras quatro propostas são de arrasar qualquer amante da ficção científica.
Mas todos eles são, além de ilustres cientistas, figuras adoráveis: cabelos brancos, exalando boas intenções por todos os poros, com os netinhos ao colo, eles querem salvar o planeta das garras do CO2, em nome das novas gerações, exactamente com a mesma mentalidade, a mesma ética, a mesma ingenuidade, a mesma inocência, a mesma ignorância com que ajudaram (e muito)a afundar o mesmíssimo Planeta.
Não é o paradoxo de Fermi mas é emocionante e comovente.
O Canal Odisseia, com toda a artilharia pesada da BBC (sempre que quer convencer as massas) produziu imagens sensacionalmente bonitas dos projectos. Até recorre à montagem de maquetes em cenário real para imprimir maior realismo e convicção ao delírio.
As ideias dos senhores cientistas até podem ser interessantes para um amante da ficção científica. A filosofia (a ética) que está por trás é que é bastante abjecta graças a Deus.
Apagar fogos com gasolina vai além do paradoxo.
Quando se diz que a saída do buraco (neste caso literalmente buraco) está em mais tecnologia espacial, apenas se confirma que continuamos sem saída.
os novos panglosses
1-3 ozono-3-ie> segunda-feira, 17 de Setembro de 2007
OZONO: HÁ JÁ 36 ANOS
Em Junho de 2007, deixei na Ambio algumas considerações sobre ozono (buraco), CO2, aviões a jacto, efeito de estufa e vários especialistas me criticaram a ousadia.
Hoje, trata-se de comemorar o 16 de Setembro (sucesso na diminuição do buraco, garantem eles) e não podia faltar à festa.
Nos meus arquivos de recortes, não localizei o texto e portanto refiro aqui apenas os dados para identificar o que foi um estudo da Aviação Civil Internacional sobre o ozono. Dados retirados do meu bloco-notas, que têm a data de 1993 mas que relembram um estudo de 1971:
«« 4/5/1993 - Se bem me lembro, o texto de 1971 sobre o efeito dos supersónicos na destruição da camada de Ozono, aludia já ao célebre buraco, pelo qual buraco, mais tarde, viriam a ser responsabilizados os Clorofluorcarbonetos. A hipótese que este texto levanta, em 1971, é de duplo horror: se os Clorofluorcarbonetos vieram para desculpar os supersónicos, temos neste momento 3 facilidades numa só:
1 - Mascarada a causa verdadeira, indromina-se a humanidade com uma falsa causa;
2 - Mascarada a causa verdadeira, ela continua a actuar e o buraco do Ozono a crescer sem perspectivas de diminuir
3 - Mesmo que fosse já tomada, a eliminação dos CFC's não iria alterar nunca a situação, deixando que ela se eternizasse com os verdadeiros culpados - continuando em campo.
Publicado pela organização da Aviação Civil Internacional, com sede em Monreal (Canadá), o texto de 1971 foi apresentado por aquela organização internacional à Conferência da ONU sobre Ambiente, em Estocolmo (Junho de 1972).»»
+
OZONO: HÁ JÁ 20 ANOS
Sem querer estragar o pequeno almoço a ninguém, exumei aqui mais um texto do meu bloco-notas, de 1987, com vinte aninhos de idade. Cá vai em homenagem aos cientistas que nos «salvaram» do buraco e que irão salvar o mundo:
««LA PALICE E O PROFESSOR PANGLOSS: UMA HISTÓRIA DO APOCALIPSE
30/8/1987 - Quando a actualidade noticiosa, nomeadamente a informação televisiva, retoma técnicas de manipulação ideo1ógica que se julgavam mortas e que foram, várias vezes, crismadas de "alarmistas", o observador imparcial fica apreensivo: quando, há 10, 15 ou 20 anos, certos fenómenos de amplitude planetária começaram a ser denunciados por franco-atiradores mais angustiados com o próximo futuro da Terra e das espécies, incluindo a espécie humana, logo um clamor se levantou para os calar, considerando-os perigosos e desnecessariamente apocalípticos. Eles inseriam-se mesmo, segundo porta-vozes da Panglosseria, na onda de obscurantismo que persegue a humanidade em luta desesperada para sair das trevas e da caverna.
Recuperado pelo sistema o "ecológico" como especialidade científica sectorial, como uma das ciências biológicas, recuperados os movimentos independentes, anti-nucleares e alternativos por partidos ao serviço das grandes potências nucleares, esperava-se que os temas incómodos do tal Apocalipse desaparecessem do mapa para deixar todo o palco aos Panglosses e usufruidores do Festim.
Assim não foi, assim não tem sido. Os temas de há 10, 15 ou 20 anos são retomados pelo sistema estabelecido, que já não os considera obscurantistas nem apocalípticos nem alarmistas.
De tal modo que até o Tele-jornal de domingo (30 de Agosto de 1987) sai com uma apocalíptica notícia sobre a destruição do Ozono na alta camada da atmosfera. Investigadores norte-americanos estariam já na Antárctida para averiguarem se a percentagem de ozono destruído se mantém nos 2/3 ou se já vai a caminho do total.
A imparcialidade tranquila - o neutralismo olímpico - com que estas notícias são transmitidas, anda de par com o optimismo da personalidade convidada a depor naquele telejornal de domingo, Eurico da Fonseca, que chamou então as atenções para os gases utilizados em instalações frigoríficas e também para os atomizadores ou aerossois ou sprays. Mas dos aviões a jacto, nada.
Eurico da Fonseca deve concordar com a tese da Organização Meteorológica Mundial (OMM) que, em Novembro (dia 25) de 1978, proclamava , urbi et orbi, em Genebra, que "os aerossois são mais perigosos para a camada de ozono da estratosfera do que os aviões super-sónicos" (sic).
Tudo é relativo, como diria La Palice, primo irmão do Dr. Pangloss, mestre espiritual de quase todos estes cronistas do Planeta Terra, para os quais o futuro, mesmo com dois terços do ozono a menos, continua risonho e franco.
Segundo notícia publicada no jornal «A Capital» (25/11/1978), a OMM garantia assim que os aerossóis são mais perigosos para a camada de ozono do que os superjactos:
«Os aerossóis são mais perigosos para a camada de ozono da estratosfera do que os aviões supersónicos, segundo acaba de revelar a organização Meteorológica Mundial, em declaração publicada em Genebra.
«Situada na estratosfera, entre 10 e 45 quilómetros de altitude, a camada de ozono tem grande importância para a vida na Terra, por filtrar parte da radiação ultravioleta solar.
«A Organização Meteorológica Mundial lançou um alerta contra os perigos da utilização de certos gases nos atomizadores e nos sistemas de refrigeração, principalmente no que respeita aos clorofluorometanos, cujo lançamento na atmosfera destrói a camada de ozono.
«Determinou-se que esta última sofrerá uma rarefacção global de 5 a 15 por cento dentro de 20 anos, caso os referidos gases continuem a ser utilizados ao ritmo actual.
Em contrapartida, os aviões supersónicos não apresentam praticamente quaisquer riscos para a camada de ozono, ao contrário do que habitualmente se afirma.
«Efectivamente, segundo a Organização Meteorológica Mundial, .uma frota importante de aeronaves supersónicas, voando a altitude inferior a 25 quilómetros, não terá efeitos significativos sobre a quantidade global de ozono da estratosfera.»
Assunto encerrado, pois, e vamos pôr os clorofluorometanos no banco dos réus, já que as indústrias de frigoríficos é que têm de ser reconvertidas e não, obviamente, as indústrias que fabricam aviões supersónicos.
RETROSPECTIVA CONFIRMATIVA:
http://ecologiaemdialogo.blogspot.com/search?q=clorofluorcarbonetos
OZONO: HÁ JÁ 36 ANOS
Em Junho de 2007, deixei na Ambio algumas considerações sobre ozono (buraco), CO2, aviões a jacto, efeito de estufa e vários especialistas me criticaram a ousadia.
Hoje, trata-se de comemorar o 16 de Setembro (sucesso na diminuição do buraco, garantem eles) e não podia faltar à festa.
Nos meus arquivos de recortes, não localizei o texto e portanto refiro aqui apenas os dados para identificar o que foi um estudo da Aviação Civil Internacional sobre o ozono. Dados retirados do meu bloco-notas, que têm a data de 1993 mas que relembram um estudo de 1971:
«« 4/5/1993 - Se bem me lembro, o texto de 1971 sobre o efeito dos supersónicos na destruição da camada de Ozono, aludia já ao célebre buraco, pelo qual buraco, mais tarde, viriam a ser responsabilizados os Clorofluorcarbonetos. A hipótese que este texto levanta, em 1971, é de duplo horror: se os Clorofluorcarbonetos vieram para desculpar os supersónicos, temos neste momento 3 facilidades numa só:
1 - Mascarada a causa verdadeira, indromina-se a humanidade com uma falsa causa;
2 - Mascarada a causa verdadeira, ela continua a actuar e o buraco do Ozono a crescer sem perspectivas de diminuir
3 - Mesmo que fosse já tomada, a eliminação dos CFC's não iria alterar nunca a situação, deixando que ela se eternizasse com os verdadeiros culpados - continuando em campo.
Publicado pela organização da Aviação Civil Internacional, com sede em Monreal (Canadá), o texto de 1971 foi apresentado por aquela organização internacional à Conferência da ONU sobre Ambiente, em Estocolmo (Junho de 1972).»»
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OZONO: HÁ JÁ 20 ANOS
Sem querer estragar o pequeno almoço a ninguém, exumei aqui mais um texto do meu bloco-notas, de 1987, com vinte aninhos de idade. Cá vai em homenagem aos cientistas que nos «salvaram» do buraco e que irão salvar o mundo:
««LA PALICE E O PROFESSOR PANGLOSS: UMA HISTÓRIA DO APOCALIPSE
30/8/1987 - Quando a actualidade noticiosa, nomeadamente a informação televisiva, retoma técnicas de manipulação ideo1ógica que se julgavam mortas e que foram, várias vezes, crismadas de "alarmistas", o observador imparcial fica apreensivo: quando, há 10, 15 ou 20 anos, certos fenómenos de amplitude planetária começaram a ser denunciados por franco-atiradores mais angustiados com o próximo futuro da Terra e das espécies, incluindo a espécie humana, logo um clamor se levantou para os calar, considerando-os perigosos e desnecessariamente apocalípticos. Eles inseriam-se mesmo, segundo porta-vozes da Panglosseria, na onda de obscurantismo que persegue a humanidade em luta desesperada para sair das trevas e da caverna.
Recuperado pelo sistema o "ecológico" como especialidade científica sectorial, como uma das ciências biológicas, recuperados os movimentos independentes, anti-nucleares e alternativos por partidos ao serviço das grandes potências nucleares, esperava-se que os temas incómodos do tal Apocalipse desaparecessem do mapa para deixar todo o palco aos Panglosses e usufruidores do Festim.
Assim não foi, assim não tem sido. Os temas de há 10, 15 ou 20 anos são retomados pelo sistema estabelecido, que já não os considera obscurantistas nem apocalípticos nem alarmistas.
De tal modo que até o Tele-jornal de domingo (30 de Agosto de 1987) sai com uma apocalíptica notícia sobre a destruição do Ozono na alta camada da atmosfera. Investigadores norte-americanos estariam já na Antárctida para averiguarem se a percentagem de ozono destruído se mantém nos 2/3 ou se já vai a caminho do total.
A imparcialidade tranquila - o neutralismo olímpico - com que estas notícias são transmitidas, anda de par com o optimismo da personalidade convidada a depor naquele telejornal de domingo, Eurico da Fonseca, que chamou então as atenções para os gases utilizados em instalações frigoríficas e também para os atomizadores ou aerossois ou sprays. Mas dos aviões a jacto, nada.
Eurico da Fonseca deve concordar com a tese da Organização Meteorológica Mundial (OMM) que, em Novembro (dia 25) de 1978, proclamava , urbi et orbi, em Genebra, que "os aerossois são mais perigosos para a camada de ozono da estratosfera do que os aviões super-sónicos" (sic).
Tudo é relativo, como diria La Palice, primo irmão do Dr. Pangloss, mestre espiritual de quase todos estes cronistas do Planeta Terra, para os quais o futuro, mesmo com dois terços do ozono a menos, continua risonho e franco.
Segundo notícia publicada no jornal «A Capital» (25/11/1978), a OMM garantia assim que os aerossóis são mais perigosos para a camada de ozono do que os superjactos:
«Os aerossóis são mais perigosos para a camada de ozono da estratosfera do que os aviões supersónicos, segundo acaba de revelar a organização Meteorológica Mundial, em declaração publicada em Genebra.
«Situada na estratosfera, entre 10 e 45 quilómetros de altitude, a camada de ozono tem grande importância para a vida na Terra, por filtrar parte da radiação ultravioleta solar.
«A Organização Meteorológica Mundial lançou um alerta contra os perigos da utilização de certos gases nos atomizadores e nos sistemas de refrigeração, principalmente no que respeita aos clorofluorometanos, cujo lançamento na atmosfera destrói a camada de ozono.
«Determinou-se que esta última sofrerá uma rarefacção global de 5 a 15 por cento dentro de 20 anos, caso os referidos gases continuem a ser utilizados ao ritmo actual.
Em contrapartida, os aviões supersónicos não apresentam praticamente quaisquer riscos para a camada de ozono, ao contrário do que habitualmente se afirma.
«Efectivamente, segundo a Organização Meteorológica Mundial, .uma frota importante de aeronaves supersónicas, voando a altitude inferior a 25 quilómetros, não terá efeitos significativos sobre a quantidade global de ozono da estratosfera.»
Assunto encerrado, pois, e vamos pôr os clorofluorometanos no banco dos réus, já que as indústrias de frigoríficos é que têm de ser reconvertidas e não, obviamente, as indústrias que fabricam aviões supersónicos.
RETROSPECTIVA CONFIRMATIVA:
http://ecologiaemdialogo.blogspot.com/search?q=clorofluorcarbonetos
gripe vulgaris
vacina-1-ac-cb>
VACINA & QUALIDADE DE VIDA
Deixou de se falar da gripe das aves e já só se fala da vulgaris
E os vacinadores não nos largam
Tudo a postos, para que ninguém fique privado da vacina abençoada. E sempre esperada.
Ainda não se sabe (ou sabe-se?) a estirpe de vírus da gripe que vai atacar esta temporada mas as vacinas já estão nas farmácias. E de certeza que vão esgotar.
Já se esqueceram da gripe das aves (e das respectivas vacinas em stock) mas já se lembraram da outra, da vulgaris, sempre à mão para as faltas.
Nada disto tem a ver com os interesses comerciais – apenas com o bem comum, especialmente com os idosos, coitadinhos, mais vulneráveis, como os media ternamente não deixam de, solícitos, sublinhar sempre.
Umas vezes são as crianças, outras vezes os idosos: a demagogia não escolhe idades nem sexo. É democrática que se farta.
O slogan «manipulai-vos uns aos outros» - sempre em vigor nas nossas democracias – tem agora a sua variante sazonal: «vacinai-vos uns aos outros».
Os jornais e telejornais, incansáveis em passar a boa nova, repetem à saciedade a boa notícia: «mais de 1, 6 milhões de vacinas nas farmácias» .
Mas o mais fantástico é o interesse paternal dos partidos pela vacinação em massa do povo que neles vota:
O PP (CDS-PP) quer vacina no Plano Nacional de 2008 (2 de Outubro de 2007)
O PCP - via Verde (do outro extremo da bancada) diz que vacina continua a ser muito cara e quer que se vacine todo o mundo.
Não me importo nada de pagar mais esta despesa, pelo bem público e porque evidentemente amo o povo a que pertenço.
Eles não sabem o que é imunidade natural, nem profilaxia alimentar ecologicamente correcta, nem que a tal «gripe» (o que eles chamam gripe) é um processo natural e sazonal do organismo para expulsar toxinas e reforçar defesas.
A única coisa lógica, ecológica e inteligente a fazer é reforçar essas defesas e não bloquear o processo como faz a vacina.
Mas querem mais vacina, ou seja, querem mais alergias, a doença do século que as vacinas criaram.
A mim, por exemplo, coube-me uma das piores modalidades: alergia aos partidos e à demagogia dos partidos.
Eles querem a vacina, porque só querem o bem do povo, dos idosos e das crianças em particular.
Nos idosos, o mais certo mesmo é que a contraiam por causa da vacina.
Mas isso que importa: mais filas de espera dão categoria ao sistema: e capital de protesto para os partidos vociferarem contra o Governo.
Aliás o Governo «pondera subsidiar vacina do colo do útero até 4% do custo» ( 2 de Outubro de 2007).
A demagogia neste caso vai um bocado longe: não é o Governo que subsidia, valha-nos Deus, somos nós os contribuintes não relapsos.
Mas isso é atribuível a quem faz os títulos de jornais, contra os quais, também, não há ainda vacina que os evite.
Desde que ganhe a demagogia e nos lavem o cérebro (ou tentem lavar) tudo bem e a bem do bem-estar (wellness) colectivo, ou seja, da nossa qualidade de vida.
Uma vez que o SNS paga os custos, também por aí não há problema. Um bem colectivo deve ser pago pela colectividade, via impostos.
VACINA & QUALIDADE DE VIDA
Deixou de se falar da gripe das aves e já só se fala da vulgaris
E os vacinadores não nos largam
Tudo a postos, para que ninguém fique privado da vacina abençoada. E sempre esperada.
Ainda não se sabe (ou sabe-se?) a estirpe de vírus da gripe que vai atacar esta temporada mas as vacinas já estão nas farmácias. E de certeza que vão esgotar.
Já se esqueceram da gripe das aves (e das respectivas vacinas em stock) mas já se lembraram da outra, da vulgaris, sempre à mão para as faltas.
Nada disto tem a ver com os interesses comerciais – apenas com o bem comum, especialmente com os idosos, coitadinhos, mais vulneráveis, como os media ternamente não deixam de, solícitos, sublinhar sempre.
Umas vezes são as crianças, outras vezes os idosos: a demagogia não escolhe idades nem sexo. É democrática que se farta.
O slogan «manipulai-vos uns aos outros» - sempre em vigor nas nossas democracias – tem agora a sua variante sazonal: «vacinai-vos uns aos outros».
Os jornais e telejornais, incansáveis em passar a boa nova, repetem à saciedade a boa notícia: «mais de 1, 6 milhões de vacinas nas farmácias» .
Mas o mais fantástico é o interesse paternal dos partidos pela vacinação em massa do povo que neles vota:
O PP (CDS-PP) quer vacina no Plano Nacional de 2008 (2 de Outubro de 2007)
O PCP - via Verde (do outro extremo da bancada) diz que vacina continua a ser muito cara e quer que se vacine todo o mundo.
Não me importo nada de pagar mais esta despesa, pelo bem público e porque evidentemente amo o povo a que pertenço.
Eles não sabem o que é imunidade natural, nem profilaxia alimentar ecologicamente correcta, nem que a tal «gripe» (o que eles chamam gripe) é um processo natural e sazonal do organismo para expulsar toxinas e reforçar defesas.
A única coisa lógica, ecológica e inteligente a fazer é reforçar essas defesas e não bloquear o processo como faz a vacina.
Mas querem mais vacina, ou seja, querem mais alergias, a doença do século que as vacinas criaram.
A mim, por exemplo, coube-me uma das piores modalidades: alergia aos partidos e à demagogia dos partidos.
Eles querem a vacina, porque só querem o bem do povo, dos idosos e das crianças em particular.
Nos idosos, o mais certo mesmo é que a contraiam por causa da vacina.
Mas isso que importa: mais filas de espera dão categoria ao sistema: e capital de protesto para os partidos vociferarem contra o Governo.
Aliás o Governo «pondera subsidiar vacina do colo do útero até 4% do custo» ( 2 de Outubro de 2007).
A demagogia neste caso vai um bocado longe: não é o Governo que subsidia, valha-nos Deus, somos nós os contribuintes não relapsos.
Mas isso é atribuível a quem faz os títulos de jornais, contra os quais, também, não há ainda vacina que os evite.
Desde que ganhe a demagogia e nos lavem o cérebro (ou tentem lavar) tudo bem e a bem do bem-estar (wellness) colectivo, ou seja, da nossa qualidade de vida.
Uma vez que o SNS paga os custos, também por aí não há problema. Um bem colectivo deve ser pago pela colectividade, via impostos.
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paradoxos do progresso
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ALMADA E SINTRA: O POVO CONTRA O PROGRESSO ELÉCTRICO
Duas notícias do dia 3 de Outubro de 2007:
«Supremo manda desligar Linha de Muito Alta Tensão»
«REN contesta Supremo e mantém Linha».
Mais: «REN insiste na relevância social da linha e lembra que a subestação de Trajouce alimenta 300 mil clientes.»
Temos aqui os dados clássicos e tradicionais de um «paradoxo», de um «beco sem saída», de um «ciclo vicioso», de uma contradição não dialéctica»: uma vez construída a Linha Aérea de Muito Alta Tensão entre Fanhões e Trajouce (concelho de Sintra) , uma vez o facto consumado os argumentos são sempre os mesmos:
a) Uma linha subterrânea teria custos incomportáveis e nessa altura a comunidade também não estaria disposta a pagar o preço dessa electricidade;
b) Se agora, depois de construída a desligam, a LAMAT irá afectar, pelo menos, 300 mil clientes, o que obviamente também ninguém quer.
Ainda não é, portanto, o epílogo do confronto – Povo contra REN (Rede Eléctrica Nacional) - mas deve ser o penúltimo acto e já se antevê como vai ser o final da tragédia.
Que, por agora, ficará como acto exemplar a ponderar pelas autoridades que decidem sempre em cima das populações sem perguntar primeiro se podem e devem.
Como não se sabe ainda o fim da história (embora já se saiba) relembro episódios anteriores.
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EFEITOS DOS CAMPOS ELECTROMGNÉTICOS
9. Novembro.2006, in «Diário de Notícias» :
1.Estudo sobre radiações está na gaveta há um ano – Apesar da incerteza científica sobre o efeito das linhas de alta tensão na saúde humana, apesar das recomendações da Organização Mundial de Saúde para se investir no estudo dessa problemática e apesar do aumento dos protestos das populações , a REN nunca avançou com um projecto de investigação que ela própria encomendou.
2.A REN tem na gaveta uma proposta de «estudo sobre os eventuais efeitos biológicos dos campos electromagnéticos» desde Setembro de 2005.
3. Para a Associação Portuguesa de Empresas do Sector Eléctrico (ELECPOR) «este não é um projecto prioritário». O que dito com palavras mais simples se traduz por: para as empresas do sector a saúde da malta não é, nunca foi nem nunca há-de ser prioritário: especialmente se nenhum deles mora lá debaixo.
4. Este estudo estima-se em 25 milhões de euros e pode comparar-se ao que custa a «requalificação ambiental da Tejo Energia, por exemplo, que irá custar 170 milhões de euros e será suportado pelos consumidores através da tarifa eléctrica ao longo de 20 anos. »
5. Se juntarmos a isto tudo os custos de uma rede subterrânea, não sei se o orçamento geral do Estado daria para pagar tanto progresso.
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CANCRO E POSTES DE ALTA TENSÃO
Nuno Teixeira, coordenador do departamento de Física da Escola Superior de Tecnologia da Saúde, explicou à Lusa que há «evidência científica» de que a presença de uma corrente eléctrica muito forte pode levar ao «aumento de patologias do foro oncológico», por aquela poder originar campos electromagnéticos elevados.
Eu bem me parecia que sim, mas ainda bem que a ciência confirma evidências do senso comum.
Já não confirma outra evidência, os efeitos nefastos para a saúde dos telemóveis.
«Não estão provados cientificamente» - diz o próprio Nuno Teixeira .
Teremos que esperar, pois, que a ciência confirme o óbvio.
+
O POVO (EM ALMADA) CONTRA O PROGRESSO
Moral da história: mais uma vez se verifica que o público não quer uma obra decretada como de «interesse público».
Contradição do sistema?
Ciclo vicioso?
Buraco sem saída?
Seria apenas mais um.
+
A VOZ DO POVO ( In «Portugal Diário», 2007/09/07):
««PROTESTO CONTRA LINHA DE ALTA TENSÃO
««MORADORES CONSIDERAM QUE MEDIDA É ILEGAL E PREJUDICIAL PARA A SAÚDE DOS HABITANTES
Moradores da urbanização Quinta de São Macário, Almada, irão manifestar-se sábado contra a construção da linha de muito alta tensão junto ao local, considerando que a medida é ilegal e prejudicial para a saúde dos habitantes.
Bruno Silva, morador da urbanização, disse à Agência Lusa que alguns postos desta linha de muito alta tensão ficarão situados a 30 metros das habitações e a 100 metros do colégio Campo de Flores, uma escola com cerca de mil alunos, o que «põe em causa a saúde dos moradores e dos alunos do colégio».
Esta linha de muito alta tensão, a cargo da Rede Eléctrica Nacional (REN) pretende fazer a ligação entre as subestações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, estando prevista a sua entrada em funcionamento a partir do início de 2009.
Os moradores envolvidos no protesto acusam a REN de estar a realizar a obra ilegalmente, visto que o terreno onde ficará situado o posto mais próximo da Quinta de São Macário «estava destinado a espaços verdes, como consta no alvará de loteamento aprovado pela Câmara».
Nesse sentido, a Câmara Municipal de Almada embargou a obra iniciada no início do mês de Agosto no passado dia 24 por considerar que «as obras isentas de licenciamento ou autorização devem contudo observar as normas legais e regulamentares que lhes forem aplicáveis».
«Verificaram os serviços que o poste está a ser implementado na parcela C, que por força do alvará de loteamento emitido pela Câmara Municipal de Almada foi cedida para o condomínio privado e de acordo com esse mesmo alvará se destina a zona verde de utilização colectiva», pode ler-se no documento encaminhado pela autarquia para a Direcção de Planeamento e Administração do Território.
O protesto agendado para sábado pretende «dar conta das ilegalidades que têm acompanhado este processo e mostrar o quanto esta instalação, tão próxima de focos populacionais, é inadmissível», declarou Bruno Silva.»»
ALMADA E SINTRA: O POVO CONTRA O PROGRESSO ELÉCTRICO
Duas notícias do dia 3 de Outubro de 2007:
«Supremo manda desligar Linha de Muito Alta Tensão»
«REN contesta Supremo e mantém Linha».
Mais: «REN insiste na relevância social da linha e lembra que a subestação de Trajouce alimenta 300 mil clientes.»
Temos aqui os dados clássicos e tradicionais de um «paradoxo», de um «beco sem saída», de um «ciclo vicioso», de uma contradição não dialéctica»: uma vez construída a Linha Aérea de Muito Alta Tensão entre Fanhões e Trajouce (concelho de Sintra) , uma vez o facto consumado os argumentos são sempre os mesmos:
a) Uma linha subterrânea teria custos incomportáveis e nessa altura a comunidade também não estaria disposta a pagar o preço dessa electricidade;
b) Se agora, depois de construída a desligam, a LAMAT irá afectar, pelo menos, 300 mil clientes, o que obviamente também ninguém quer.
Ainda não é, portanto, o epílogo do confronto – Povo contra REN (Rede Eléctrica Nacional) - mas deve ser o penúltimo acto e já se antevê como vai ser o final da tragédia.
Que, por agora, ficará como acto exemplar a ponderar pelas autoridades que decidem sempre em cima das populações sem perguntar primeiro se podem e devem.
Como não se sabe ainda o fim da história (embora já se saiba) relembro episódios anteriores.
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EFEITOS DOS CAMPOS ELECTROMGNÉTICOS
9. Novembro.2006, in «Diário de Notícias» :
1.Estudo sobre radiações está na gaveta há um ano – Apesar da incerteza científica sobre o efeito das linhas de alta tensão na saúde humana, apesar das recomendações da Organização Mundial de Saúde para se investir no estudo dessa problemática e apesar do aumento dos protestos das populações , a REN nunca avançou com um projecto de investigação que ela própria encomendou.
2.A REN tem na gaveta uma proposta de «estudo sobre os eventuais efeitos biológicos dos campos electromagnéticos» desde Setembro de 2005.
3. Para a Associação Portuguesa de Empresas do Sector Eléctrico (ELECPOR) «este não é um projecto prioritário». O que dito com palavras mais simples se traduz por: para as empresas do sector a saúde da malta não é, nunca foi nem nunca há-de ser prioritário: especialmente se nenhum deles mora lá debaixo.
4. Este estudo estima-se em 25 milhões de euros e pode comparar-se ao que custa a «requalificação ambiental da Tejo Energia, por exemplo, que irá custar 170 milhões de euros e será suportado pelos consumidores através da tarifa eléctrica ao longo de 20 anos. »
5. Se juntarmos a isto tudo os custos de uma rede subterrânea, não sei se o orçamento geral do Estado daria para pagar tanto progresso.
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CANCRO E POSTES DE ALTA TENSÃO
Nuno Teixeira, coordenador do departamento de Física da Escola Superior de Tecnologia da Saúde, explicou à Lusa que há «evidência científica» de que a presença de uma corrente eléctrica muito forte pode levar ao «aumento de patologias do foro oncológico», por aquela poder originar campos electromagnéticos elevados.
Eu bem me parecia que sim, mas ainda bem que a ciência confirma evidências do senso comum.
Já não confirma outra evidência, os efeitos nefastos para a saúde dos telemóveis.
«Não estão provados cientificamente» - diz o próprio Nuno Teixeira .
Teremos que esperar, pois, que a ciência confirme o óbvio.
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O POVO (EM ALMADA) CONTRA O PROGRESSO
Moral da história: mais uma vez se verifica que o público não quer uma obra decretada como de «interesse público».
Contradição do sistema?
Ciclo vicioso?
Buraco sem saída?
Seria apenas mais um.
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A VOZ DO POVO ( In «Portugal Diário», 2007/09/07):
««PROTESTO CONTRA LINHA DE ALTA TENSÃO
««MORADORES CONSIDERAM QUE MEDIDA É ILEGAL E PREJUDICIAL PARA A SAÚDE DOS HABITANTES
Moradores da urbanização Quinta de São Macário, Almada, irão manifestar-se sábado contra a construção da linha de muito alta tensão junto ao local, considerando que a medida é ilegal e prejudicial para a saúde dos habitantes.
Bruno Silva, morador da urbanização, disse à Agência Lusa que alguns postos desta linha de muito alta tensão ficarão situados a 30 metros das habitações e a 100 metros do colégio Campo de Flores, uma escola com cerca de mil alunos, o que «põe em causa a saúde dos moradores e dos alunos do colégio».
Esta linha de muito alta tensão, a cargo da Rede Eléctrica Nacional (REN) pretende fazer a ligação entre as subestações de Fernão Ferro, no Seixal, e da Trafaria, em Almada, estando prevista a sua entrada em funcionamento a partir do início de 2009.
Os moradores envolvidos no protesto acusam a REN de estar a realizar a obra ilegalmente, visto que o terreno onde ficará situado o posto mais próximo da Quinta de São Macário «estava destinado a espaços verdes, como consta no alvará de loteamento aprovado pela Câmara».
Nesse sentido, a Câmara Municipal de Almada embargou a obra iniciada no início do mês de Agosto no passado dia 24 por considerar que «as obras isentas de licenciamento ou autorização devem contudo observar as normas legais e regulamentares que lhes forem aplicáveis».
«Verificaram os serviços que o poste está a ser implementado na parcela C, que por força do alvará de loteamento emitido pela Câmara Municipal de Almada foi cedida para o condomínio privado e de acordo com esse mesmo alvará se destina a zona verde de utilização colectiva», pode ler-se no documento encaminhado pela autarquia para a Direcção de Planeamento e Administração do Território.
O protesto agendado para sábado pretende «dar conta das ilegalidades que têm acompanhado este processo e mostrar o quanto esta instalação, tão próxima de focos populacionais, é inadmissível», declarou Bruno Silva.»»
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1-2 - nuclear-1-sc-nw> quarta-feira, 10 de Outubro de 2007
A UTOPIA CRESCE DE TOM
In jornal «metro», 24 de Setembro de 2007
««EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO «TEM DE SER NUCLEAR»
PERITOS ESPACIAIS VÃO CONTRA POLÍTICOS E PÚBLICO EM GERAL
É preciso revolucionar as viagens espaciais. Esta foi a principal conclusão da conferência Space 07, organizada pelo Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica (AIAS), em Long Beach, nos Estados Unidos. O evento realizou-se no âmbito da celebração dos 50 anos do lançamento do primeiro satélite criado pelo homem para o espaço: o Sputnik 1, colocado em órbita pela União Soviética a 4 de Outubro de 1957.
FALTA INVESTIMENTO
Apesar da utilização da energia nuclear nos programas de exploração espacial remontar aos anos 60, os fundos para a investigação nesta área sofreram cortes sucessivos.
Em 2006, a NASA deu por terminado o projecto Prometheus, destinado à investigação de tecnologia de propulsão nuclear.
Mas, segundo os especialistas presentes na Space 07, os reactores nucleares são indispensáveis se alguma vez ambicionarmos atingir outros planetas, onde a energia emitida pelo Sol pode revelar-se insuficiente para sustentar sondas e outros equipamentos enviados, por exemplo, para Marte.
Por outro lado, registar-se-iam ganhos significativos em termos de velocidade e de potência disponível para alimentar instrumentos científicos mais avançados. Estes instrumentos consumiriam mais energia, mas poderiam oferecer em retorno muito mais informação científica. Pela frente, concordam os especialistas, há um longo caminho a percorrer que não dispensa uma grande campanha de informação e sensibilização pública.
[ In MÁQUINA DE ESCREVER]
O receio de acidentes por parte do público e o medo que os governos têm do uso errado da energia nuclear são os principais obstáculos à renovação das tecnologias de propulsão no espaço, identificados pelos peritos presentes na Space 07 e citados pelo site "Wired News".
A UTOPIA CRESCE DE TOM
In jornal «metro», 24 de Setembro de 2007
««EXPLORAÇÃO DO ESPAÇO «TEM DE SER NUCLEAR»
PERITOS ESPACIAIS VÃO CONTRA POLÍTICOS E PÚBLICO EM GERAL
É preciso revolucionar as viagens espaciais. Esta foi a principal conclusão da conferência Space 07, organizada pelo Instituto Americano de Aeronáutica e Astronáutica (AIAS), em Long Beach, nos Estados Unidos. O evento realizou-se no âmbito da celebração dos 50 anos do lançamento do primeiro satélite criado pelo homem para o espaço: o Sputnik 1, colocado em órbita pela União Soviética a 4 de Outubro de 1957.
FALTA INVESTIMENTO
Apesar da utilização da energia nuclear nos programas de exploração espacial remontar aos anos 60, os fundos para a investigação nesta área sofreram cortes sucessivos.
Em 2006, a NASA deu por terminado o projecto Prometheus, destinado à investigação de tecnologia de propulsão nuclear.
Mas, segundo os especialistas presentes na Space 07, os reactores nucleares são indispensáveis se alguma vez ambicionarmos atingir outros planetas, onde a energia emitida pelo Sol pode revelar-se insuficiente para sustentar sondas e outros equipamentos enviados, por exemplo, para Marte.
Por outro lado, registar-se-iam ganhos significativos em termos de velocidade e de potência disponível para alimentar instrumentos científicos mais avançados. Estes instrumentos consumiriam mais energia, mas poderiam oferecer em retorno muito mais informação científica. Pela frente, concordam os especialistas, há um longo caminho a percorrer que não dispensa uma grande campanha de informação e sensibilização pública.
[ In MÁQUINA DE ESCREVER]
O receio de acidentes por parte do público e o medo que os governos têm do uso errado da energia nuclear são os principais obstáculos à renovação das tecnologias de propulsão no espaço, identificados pelos peritos presentes na Space 07 e citados pelo site "Wired News".
vírus e viroses
viroses-1-ac-ab>quinta-feira, 11 de Outubro de 2007
GRIPE DAS AVES OU GRIPO AVIÁRIA: DUAS VERSÕES DA PANDEMIA
De todos os cenários armados (montados) para atemorizar os humanoides e comercializar uma vacina, a chamada «gripe das aves» (também cognominada «gripe aviária» e logo declarada, por George Bush, na ONU, a grande pandemia do século XXI) goza de artes e artimanhas insuperáveis.
Para convencer os consumidores e os governos que irão administrar a vacina.
Eis alguns pontos desse cenário, já transformado em campanha maciça de «sensibilização».
1- A teoria do vírus está particularmente bem construído para obter bons resultados comerciais. Dizendo que o vírus é causa (e não efeito, como de facto é) tudo se torna possível: e a pandemia tem mesmo que existir porque será pré-fabricada. Fotos de jornal e de telejornal mostram homens de máscara e luvas o que, para filme, se enquadra no cenário pretendido. «Infectado pelo vírus» é uma frase várias vezes repetida na fita mas que precisa de explicação. Ou «O relógio da bomba aviária», igualmente impressionante.
2- Mas o vírus coloca alguns problemas: Para já, como se transmite? Pelo ar? Pela água? Pelos líquidos orgânicos como o da SIDA? Por alimentos contaminados? Por telepatia? Por simpatia? Por telefone? Por via rádio?
3- De tudo o que lemos e ouvimos, nada disto fica claro.
4- A passagem para os humanos também é um enigma: fala-se em mutação da estirpe mas a mutação da estirpe é apenas o animal onde o vírus (gene degenerado) é identificado com a categoria genérica designada H5N1
5- A Sibéria como centro de irradiação mundial de uma epidemia das aves é o cenário ideal: dali emigram em várias rotas as aves migradoras (patos e cisnes).
6- Um cientista ex-soviético, especialista nos laboratórios de guerra bactereológica, foi o homem ideal para trazer ao Ocidente a sabedoria da sua experiência, a experiência da sua sabedoria: até o presidente Bush fez as pazes com ele, esquecendo atritos antigos do tempo da guerra fria.
7- O dr. Shestopalov ficará na história humana como o inventor da pandemia do século XXI, a qual encontrou o seu outro grande argumento de peso na «influenza» de 1918, decorrente da primeira guerra mundial em que deveriam grassar os micro-organismos patogénicos decorrentes da chacina e da decomposição de tantos cadáveres. Chamam-lhe também «gripe espanhola», sabe-se lá porquê e embora tivesse começado numa base militar norte-americana.
8- Faltam ainda respostas para muita coisa: a credibilidade a dar à identificação laboratorial do vírus H5N1, por exemplo. Ninguém duvida da honestidade dos laboratórios: mas um erro qualquer tem, especialmente se pressionado para apresentar o resultado que se espera. A análise tem esse carisma: só (se) encontra o que (se) procura. Como é óbvio. E depois os vírus são tão semelhantes! E constantemente mutáveis, não é que dizem? Mesmo com microscópio electrónico, não se pode chegar a tudo.
9- Há um facto assente: a caça aos patos bravos é um desporto muito popular na tundra siberiana. Se o dr. Shestopalov é um exímio caçador e está, portanto, naturalmente preocupado com os patos bravos da Sibéria que estão morrendo, talvez não fosse asneira pensar na própria matéria em que é perito, o seu trabalho em laboratórios de guerra bactereológica, que continuam a ser um dos grandes mistérios que pairam por aquelas bandas onde também há patos bravos! Por aquelas e por outras.
10- Porque ainda não percebemos como seria uma guerra virológica: bactereológica, sim, porque as bactérias existem e podem proliferar, dependendo do meio ambiente e do terreno orgânico onde se desenvolvem. Mas vírus: como é que se transmitem? Por telepatia ou via rádio?
11- Mas não há dúvida: as aves migradoras fazem um jeitão à campanha em curso: a) asseguram a difusão mundial da tese; b) a «gripe aviária» em qualquer caso seria sempre mais difícil de disseminar e teria que recorrer a transportes aéreos, vacinação obrigatória, entradas e saídas controladas, etc, toda uma burocracia indesejável, enquanto não se acertar numa vacina mais fiável do que a Tamiflu.
12- A propósito de Tamiflu: o que é feito? «Gripe aviária», como se chamava nos inícios, não combina lá muito bem com esta gripe que vem da Sibéria e que foi berço da campanha em curso: dali partem 5 rotas migratórias que podem levar a «gripe» a todos os continentes.
13- De persona non grata no tempo da guerra fria, portanto, o Dr. Shestopalov tornou-se o principal colaborador da virologia norte-americana. Há 40 estirpes de gripe – diz o Dr. Shestopalov, super-especialista em guerra bactereológica.
14- Eu, se fosse às aves, não voltava mas era à Sibéria e à proximidade perigosa desses laboratórios. Curiosamente, a «gripe das aves» (contraditoriamente «gripe aviária») vem fazer esquecer os arsenais de armas biológicas (armas de destruição maciça como as cognominaram) que estes dois países – sempre em foco com as tecno-proezas – amamentam com particular enternecimento. A campanha da gripe aviária ou das aves, para lá de soar a oco, nem sequer os patos bravos da Sibéria consegue convencer.
15- Resumindo e concluindo: há duas linhas de montagem para a campanha a favor da virose-gripal-das-aves: uma, vinha da China, por via aérea e transmitida não se percebeu muito bem como e porquê. Outra, que irradia da tundra siberiana em cinco rotas migratórias que asseguram a irradiação do vírus pelos 5 continentes, ideal para criar a psicose colectiva à escala mundial!
16- O filme do Canal Infinito que me deu todas estas informações, ainda nos elucida sobre a epidemia de 1918, chamada «gripe espanhola»: a) espalhou-se principalmente em pessoas jovens, já que começou nas fileiras do exército norte-americano; b) devido ao alarme gerado, eram administradas doses imoderadas de citoquinas (um verdadeiro «exército de citoquinas» diz o filme), pelo que a maior parte das mortes foram devidas a hemorragias daí resultantes. «Hemorragias foi o que matou a maioria dos jovens» - diz o filme. E acho que disse tudo.
GRIPE DAS AVES OU GRIPO AVIÁRIA: DUAS VERSÕES DA PANDEMIA
De todos os cenários armados (montados) para atemorizar os humanoides e comercializar uma vacina, a chamada «gripe das aves» (também cognominada «gripe aviária» e logo declarada, por George Bush, na ONU, a grande pandemia do século XXI) goza de artes e artimanhas insuperáveis.
Para convencer os consumidores e os governos que irão administrar a vacina.
Eis alguns pontos desse cenário, já transformado em campanha maciça de «sensibilização».
1- A teoria do vírus está particularmente bem construído para obter bons resultados comerciais. Dizendo que o vírus é causa (e não efeito, como de facto é) tudo se torna possível: e a pandemia tem mesmo que existir porque será pré-fabricada. Fotos de jornal e de telejornal mostram homens de máscara e luvas o que, para filme, se enquadra no cenário pretendido. «Infectado pelo vírus» é uma frase várias vezes repetida na fita mas que precisa de explicação. Ou «O relógio da bomba aviária», igualmente impressionante.
2- Mas o vírus coloca alguns problemas: Para já, como se transmite? Pelo ar? Pela água? Pelos líquidos orgânicos como o da SIDA? Por alimentos contaminados? Por telepatia? Por simpatia? Por telefone? Por via rádio?
3- De tudo o que lemos e ouvimos, nada disto fica claro.
4- A passagem para os humanos também é um enigma: fala-se em mutação da estirpe mas a mutação da estirpe é apenas o animal onde o vírus (gene degenerado) é identificado com a categoria genérica designada H5N1
5- A Sibéria como centro de irradiação mundial de uma epidemia das aves é o cenário ideal: dali emigram em várias rotas as aves migradoras (patos e cisnes).
6- Um cientista ex-soviético, especialista nos laboratórios de guerra bactereológica, foi o homem ideal para trazer ao Ocidente a sabedoria da sua experiência, a experiência da sua sabedoria: até o presidente Bush fez as pazes com ele, esquecendo atritos antigos do tempo da guerra fria.
7- O dr. Shestopalov ficará na história humana como o inventor da pandemia do século XXI, a qual encontrou o seu outro grande argumento de peso na «influenza» de 1918, decorrente da primeira guerra mundial em que deveriam grassar os micro-organismos patogénicos decorrentes da chacina e da decomposição de tantos cadáveres. Chamam-lhe também «gripe espanhola», sabe-se lá porquê e embora tivesse começado numa base militar norte-americana.
8- Faltam ainda respostas para muita coisa: a credibilidade a dar à identificação laboratorial do vírus H5N1, por exemplo. Ninguém duvida da honestidade dos laboratórios: mas um erro qualquer tem, especialmente se pressionado para apresentar o resultado que se espera. A análise tem esse carisma: só (se) encontra o que (se) procura. Como é óbvio. E depois os vírus são tão semelhantes! E constantemente mutáveis, não é que dizem? Mesmo com microscópio electrónico, não se pode chegar a tudo.
9- Há um facto assente: a caça aos patos bravos é um desporto muito popular na tundra siberiana. Se o dr. Shestopalov é um exímio caçador e está, portanto, naturalmente preocupado com os patos bravos da Sibéria que estão morrendo, talvez não fosse asneira pensar na própria matéria em que é perito, o seu trabalho em laboratórios de guerra bactereológica, que continuam a ser um dos grandes mistérios que pairam por aquelas bandas onde também há patos bravos! Por aquelas e por outras.
10- Porque ainda não percebemos como seria uma guerra virológica: bactereológica, sim, porque as bactérias existem e podem proliferar, dependendo do meio ambiente e do terreno orgânico onde se desenvolvem. Mas vírus: como é que se transmitem? Por telepatia ou via rádio?
11- Mas não há dúvida: as aves migradoras fazem um jeitão à campanha em curso: a) asseguram a difusão mundial da tese; b) a «gripe aviária» em qualquer caso seria sempre mais difícil de disseminar e teria que recorrer a transportes aéreos, vacinação obrigatória, entradas e saídas controladas, etc, toda uma burocracia indesejável, enquanto não se acertar numa vacina mais fiável do que a Tamiflu.
12- A propósito de Tamiflu: o que é feito? «Gripe aviária», como se chamava nos inícios, não combina lá muito bem com esta gripe que vem da Sibéria e que foi berço da campanha em curso: dali partem 5 rotas migratórias que podem levar a «gripe» a todos os continentes.
13- De persona non grata no tempo da guerra fria, portanto, o Dr. Shestopalov tornou-se o principal colaborador da virologia norte-americana. Há 40 estirpes de gripe – diz o Dr. Shestopalov, super-especialista em guerra bactereológica.
14- Eu, se fosse às aves, não voltava mas era à Sibéria e à proximidade perigosa desses laboratórios. Curiosamente, a «gripe das aves» (contraditoriamente «gripe aviária») vem fazer esquecer os arsenais de armas biológicas (armas de destruição maciça como as cognominaram) que estes dois países – sempre em foco com as tecno-proezas – amamentam com particular enternecimento. A campanha da gripe aviária ou das aves, para lá de soar a oco, nem sequer os patos bravos da Sibéria consegue convencer.
15- Resumindo e concluindo: há duas linhas de montagem para a campanha a favor da virose-gripal-das-aves: uma, vinha da China, por via aérea e transmitida não se percebeu muito bem como e porquê. Outra, que irradia da tundra siberiana em cinco rotas migratórias que asseguram a irradiação do vírus pelos 5 continentes, ideal para criar a psicose colectiva à escala mundial!
16- O filme do Canal Infinito que me deu todas estas informações, ainda nos elucida sobre a epidemia de 1918, chamada «gripe espanhola»: a) espalhou-se principalmente em pessoas jovens, já que começou nas fileiras do exército norte-americano; b) devido ao alarme gerado, eram administradas doses imoderadas de citoquinas (um verdadeiro «exército de citoquinas» diz o filme), pelo que a maior parte das mortes foram devidas a hemorragias daí resultantes. «Hemorragias foi o que matou a maioria dos jovens» - diz o filme. E acho que disse tudo.
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ren-2-ac-ab>terça-feira, 16 de Outubro de 2007
SINTRA, SILVES E SERZEDELO:
TUDO VAI DAR AOS EUROS
O folhetim da MAT (linhas de Muito Alta Tensão) está para durar e vamos seguindo os últimos episódios.
Para quem queira acompanhar a evolução dos acontecimentos, seguimos a ordem cronológica dos títulos aparecidos em jornais.
A cronologia pode servir-nos para encontrar os desenvolvimentos no Google News e aqui dou o lay out necessário para o efeito:
9.10.2006 – Alta Tensão – Estudo sobre radiações está na gaveta há um ano
2.9.2007 – Mais cancro entre os que vivem próximo de poste de alta tensão
2.10-2007 – Monte Abraão – Tribunal manda desligar linha de Muito Alta Tensão
3.10.2007 – REN mantém linha de alta tensão – Empresa insiste na relevância social da linha e lembra que a subestação de Trajouce alimenta 300 mil clientes.
3.10.2007 – REN contesta Supremo e mantém linha.
3.10.2007 – Supremo manda desligar linha de Muito Alta Tensão
3.10.2007 – Encontro «Lisbon Energy Fórum» - Procura de energia deverá duplicar até 2030
4.10.2007 – Cancros em zona de alta tensão investigados – O delegado de Saúde de Guimarães disse ao DN que está a realizar um estudo epidemiológico sobre a relação entre a linha de alta tensão que atravessa Serzedelo e a existência de 76 casos de cancro nos últimos dez anos.
5.10.2007 - Contestação às linhas de muito alta tensão sobe de tom – A REN disse aos moradores de Sintra e de Silves que a culpa dos traçados das linhas é do Governo.
8.10-2007 – REN rende 131 euros aos pequenos investidores
9.10.2007 - Portugal não tem quadro legal para enterrar linhas eléctricas – Enterrar as linhas MAT custa no mínimo o dobro.
9.1.2007 – O presidente da REN, José Penedos, garantiu que as redes de alta tensão não causam problemas de saúde
11.10-2007 – Câmara de Sintra admite enterrar ou desdobrar linhas – Munícipes dizem ter havido pouco debate
13.10.2007 – Fátima Campos, presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, Sintra, está na origem de uma decisão judicial pioneira – A autarca que enfrentou a Rede Eléctrica Nacional.
14.10.2007 – Muito Alta Tensão preocupa Almada
15.10.2007 – Serzedelo exige medição de radiações de alta tensão – Movimento pondera acção judicial
16.10.2007 – Electricidade sobe mais que inflação – O aumento médio das tarifas para 2008 é de 2,9 por cento
16.10.2007 – Tarifas eléctricas aumentam 2,9% em 2008 ou um euro por mês
16.10.2007 – Petróleo bate recorde a caminho dos 90 dólares.
Se alguém souber de uma saída para este buraco, diga-me.
SINTRA, SILVES E SERZEDELO:
TUDO VAI DAR AOS EUROS
O folhetim da MAT (linhas de Muito Alta Tensão) está para durar e vamos seguindo os últimos episódios.
Para quem queira acompanhar a evolução dos acontecimentos, seguimos a ordem cronológica dos títulos aparecidos em jornais.
A cronologia pode servir-nos para encontrar os desenvolvimentos no Google News e aqui dou o lay out necessário para o efeito:
9.10.2006 – Alta Tensão – Estudo sobre radiações está na gaveta há um ano
2.9.2007 – Mais cancro entre os que vivem próximo de poste de alta tensão
2.10-2007 – Monte Abraão – Tribunal manda desligar linha de Muito Alta Tensão
3.10.2007 – REN mantém linha de alta tensão – Empresa insiste na relevância social da linha e lembra que a subestação de Trajouce alimenta 300 mil clientes.
3.10.2007 – REN contesta Supremo e mantém linha.
3.10.2007 – Supremo manda desligar linha de Muito Alta Tensão
3.10.2007 – Encontro «Lisbon Energy Fórum» - Procura de energia deverá duplicar até 2030
4.10.2007 – Cancros em zona de alta tensão investigados – O delegado de Saúde de Guimarães disse ao DN que está a realizar um estudo epidemiológico sobre a relação entre a linha de alta tensão que atravessa Serzedelo e a existência de 76 casos de cancro nos últimos dez anos.
5.10.2007 - Contestação às linhas de muito alta tensão sobe de tom – A REN disse aos moradores de Sintra e de Silves que a culpa dos traçados das linhas é do Governo.
8.10-2007 – REN rende 131 euros aos pequenos investidores
9.10.2007 - Portugal não tem quadro legal para enterrar linhas eléctricas – Enterrar as linhas MAT custa no mínimo o dobro.
9.1.2007 – O presidente da REN, José Penedos, garantiu que as redes de alta tensão não causam problemas de saúde
11.10-2007 – Câmara de Sintra admite enterrar ou desdobrar linhas – Munícipes dizem ter havido pouco debate
13.10.2007 – Fátima Campos, presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, Sintra, está na origem de uma decisão judicial pioneira – A autarca que enfrentou a Rede Eléctrica Nacional.
14.10.2007 – Muito Alta Tensão preocupa Almada
15.10.2007 – Serzedelo exige medição de radiações de alta tensão – Movimento pondera acção judicial
16.10.2007 – Electricidade sobe mais que inflação – O aumento médio das tarifas para 2008 é de 2,9 por cento
16.10.2007 – Tarifas eléctricas aumentam 2,9% em 2008 ou um euro por mês
16.10.2007 – Petróleo bate recorde a caminho dos 90 dólares.
Se alguém souber de uma saída para este buraco, diga-me.
guerra perpétua
nobel-1-ac-ab> quinta-feira, 18 de Outubro de 2007
OS 9 ERROS CIENTÍFICOS DE AL GORE
NOBEL DA PAZ PARA A GUERRA PERPÉTUA
1 - Por ter constatado o óbvio, deram-lhe o Prémio Nobel da Paz (?). Bem feito. Chovem sobre ele as flores dos elogios. Um pouco tarde porque já foi ultrapassado pela Hillary na ascensão à branca casa do salão oval.
Mas nunca é tarde para chegar cedo. Ou para constatar o óbvio. Ou para adivinhar que o mundo está ameaçado de perecer de uma doença crónica chamada Fim-do-Mundo.
São os profetas da desgraça, os epígonos do Apocalipse. Um pouco como o folhetim Maddie, nunca mais acaba de acabar.
No meio dos elogios, há quem diga duas palavras acertadas:
«O comité do Prémio Nobel deveria focalizar-se sobre outros grandes problemas esquecidos como a subnutrição, a malária e a falta de liberalização das trocas agrícolas, em vez do aquecimento climático.»
( Bjorn Lomborg, autor do livro The Skeptical Environmentalista)
+
«Isto é só política, é só para intervir na política norte-americana, é escandaloso!»
(Claude Allegre, ex-ministro francês da Ciência)
2-Arrogante e prepotente a destruir o ecossistema Terra, o sistema agora quer armar ao benemérito protector e salvador dos aflitos. E por força que o Aquecimento Global é que é o único a pagar as favas, porque é de origem humana. Também é, mas não principalmente. A acção do predador humanóide soma-se à entropia natural do sistema como manda a 2ª lei da termodinâmica. E o CO2 é apenas uma ínfima fracção no conjunto de causas e factores somados logaritmicamente para produzir a destruição, a auto-destruição ou suicídio do Planeta Terra.
3 – É esta lógica de destruição intrínseca ao sistema do desperdício (esta guerra perpétua) que o algorismo promove e fomenta também. Mais fontes de energia para alimentar os energívoros, vão apenas aumentar o preço do barril de petróleo sem diminuir significativamente a produção de CO2: aliás, mesmo que se conseguisse diminuir esse fabuloso autor de todas as desgraças (segundo o algorismo) há mil e um outros que vão aumentar, todos os dias para aumentar logaritmicamente a destruição.
4 – O algorismo tem algumas vantagens para o sistema de destruição sistemática e por isso o nobelizam: faz que se atamanquem alguns desmandos e todos ficam felizes de que isso irá resultar. Como, porquê e para quem?
Esquecendo as outras ameaças mundiais, é fácil ter fé. Mais difícil é não pensar no resto dos problemas que o sistema produz e o algorismo não cita.
Concentrar tudo no aquecimento global evita falar das restantes desgraças que eles foram produzindo.
5 – Com ou sem algorismo, a catástrofe irá consumar-se. Uma simples guerra bactereológica, por exemplo, dá para exterminar isto tudo em três quatro meses, se tanto. Sem que o algorismo ponha na agenda esse ou outro tópico dos que constituem o painel da Abjecção contemporânea, deste Tempo-e-Mundo. O arsenal biológico ( e de destruição maciça) pode em qualquer momento reduzir o Planeta a um cemitério sem vencidos nem vencedores. Pensem na vocação de alguns grupos para o atentado suicida.
6 – O algorismo na paz das consciências, Nobel da Paz? Só se for para deixar em paz as consciência dos que contribuíram e continuam contribuindo para a destruição do Planeta. Mas essa também não colhe porque para apaziguar (más )consciências era preciso que eles tivessem essa coisa e não têm.
Nobel da Paz para Algore, por que carga de água? Mesmo atendendo ao oportunismo geoestratégico daquele prémio, é francamente abusar da liberdade de critério ou falta dele.
7 – Dias antes do Nobel, foi dado destaque nos jornais a um título muito curioso mas inconveniente: «Nove verdades pouco convenientes para Gore – Juiz britânico apontou 9 erros no filme «Uma verdade Inconveniente».
É que, segundo a notícia, o britânico Stewart Dimmock apresentou queixa contra o uso do filme de Al Gore sobre alterações climáticas, nas escolas do Reino Unido. O Tribunal decidiu que o documentário pode ser transmitido mas acompanhado de uma nota explicativa dos nove erros científicos que o ex-vice-presidente dos EUA cometeu. Convenientemente.
Procurem no Google News e deliciem-se.
8 – A minha metáfora mais antiga: o sistema é um comboio sem freio desmandado numa noite muito, muito fria apesar do aquecimento global.
9 – Não tem que ver directamente com a paz (podre) do Nobel mas serve para acrescentar um ponto e ficarem nove, convenientemente:
«O relator das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, pediu ontem em Genebra uma moratória de cinco anos na produção de biocombustíveis, para travar o aumento do preço de alimentos.» «A produção de biocombustíveis é uma catástrofe para os esfomeados.» - disse Jean Ziegler, que nunca abichará obviamente nenhum Nobel.
Esta notícia foi dada a 11 de Outubro e a do Prémio Nobel a 13.
OS 9 ERROS CIENTÍFICOS DE AL GORE
NOBEL DA PAZ PARA A GUERRA PERPÉTUA
1 - Por ter constatado o óbvio, deram-lhe o Prémio Nobel da Paz (?). Bem feito. Chovem sobre ele as flores dos elogios. Um pouco tarde porque já foi ultrapassado pela Hillary na ascensão à branca casa do salão oval.
Mas nunca é tarde para chegar cedo. Ou para constatar o óbvio. Ou para adivinhar que o mundo está ameaçado de perecer de uma doença crónica chamada Fim-do-Mundo.
São os profetas da desgraça, os epígonos do Apocalipse. Um pouco como o folhetim Maddie, nunca mais acaba de acabar.
No meio dos elogios, há quem diga duas palavras acertadas:
«O comité do Prémio Nobel deveria focalizar-se sobre outros grandes problemas esquecidos como a subnutrição, a malária e a falta de liberalização das trocas agrícolas, em vez do aquecimento climático.»
( Bjorn Lomborg, autor do livro The Skeptical Environmentalista)
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«Isto é só política, é só para intervir na política norte-americana, é escandaloso!»
(Claude Allegre, ex-ministro francês da Ciência)
2-Arrogante e prepotente a destruir o ecossistema Terra, o sistema agora quer armar ao benemérito protector e salvador dos aflitos. E por força que o Aquecimento Global é que é o único a pagar as favas, porque é de origem humana. Também é, mas não principalmente. A acção do predador humanóide soma-se à entropia natural do sistema como manda a 2ª lei da termodinâmica. E o CO2 é apenas uma ínfima fracção no conjunto de causas e factores somados logaritmicamente para produzir a destruição, a auto-destruição ou suicídio do Planeta Terra.
3 – É esta lógica de destruição intrínseca ao sistema do desperdício (esta guerra perpétua) que o algorismo promove e fomenta também. Mais fontes de energia para alimentar os energívoros, vão apenas aumentar o preço do barril de petróleo sem diminuir significativamente a produção de CO2: aliás, mesmo que se conseguisse diminuir esse fabuloso autor de todas as desgraças (segundo o algorismo) há mil e um outros que vão aumentar, todos os dias para aumentar logaritmicamente a destruição.
4 – O algorismo tem algumas vantagens para o sistema de destruição sistemática e por isso o nobelizam: faz que se atamanquem alguns desmandos e todos ficam felizes de que isso irá resultar. Como, porquê e para quem?
Esquecendo as outras ameaças mundiais, é fácil ter fé. Mais difícil é não pensar no resto dos problemas que o sistema produz e o algorismo não cita.
Concentrar tudo no aquecimento global evita falar das restantes desgraças que eles foram produzindo.
5 – Com ou sem algorismo, a catástrofe irá consumar-se. Uma simples guerra bactereológica, por exemplo, dá para exterminar isto tudo em três quatro meses, se tanto. Sem que o algorismo ponha na agenda esse ou outro tópico dos que constituem o painel da Abjecção contemporânea, deste Tempo-e-Mundo. O arsenal biológico ( e de destruição maciça) pode em qualquer momento reduzir o Planeta a um cemitério sem vencidos nem vencedores. Pensem na vocação de alguns grupos para o atentado suicida.
6 – O algorismo na paz das consciências, Nobel da Paz? Só se for para deixar em paz as consciência dos que contribuíram e continuam contribuindo para a destruição do Planeta. Mas essa também não colhe porque para apaziguar (más )consciências era preciso que eles tivessem essa coisa e não têm.
Nobel da Paz para Algore, por que carga de água? Mesmo atendendo ao oportunismo geoestratégico daquele prémio, é francamente abusar da liberdade de critério ou falta dele.
7 – Dias antes do Nobel, foi dado destaque nos jornais a um título muito curioso mas inconveniente: «Nove verdades pouco convenientes para Gore – Juiz britânico apontou 9 erros no filme «Uma verdade Inconveniente».
É que, segundo a notícia, o britânico Stewart Dimmock apresentou queixa contra o uso do filme de Al Gore sobre alterações climáticas, nas escolas do Reino Unido. O Tribunal decidiu que o documentário pode ser transmitido mas acompanhado de uma nota explicativa dos nove erros científicos que o ex-vice-presidente dos EUA cometeu. Convenientemente.
Procurem no Google News e deliciem-se.
8 – A minha metáfora mais antiga: o sistema é um comboio sem freio desmandado numa noite muito, muito fria apesar do aquecimento global.
9 – Não tem que ver directamente com a paz (podre) do Nobel mas serve para acrescentar um ponto e ficarem nove, convenientemente:
«O relator das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, pediu ontem em Genebra uma moratória de cinco anos na produção de biocombustíveis, para travar o aumento do preço de alimentos.» «A produção de biocombustíveis é uma catástrofe para os esfomeados.» - disse Jean Ziegler, que nunca abichará obviamente nenhum Nobel.
Esta notícia foi dada a 11 de Outubro e a do Prémio Nobel a 13.
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