segunda-feira, 22 de outubro de 2007

gripe vulgaris

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VACINA & QUALIDADE DE VIDA

Deixou de se falar da gripe das aves e já só se fala da vulgaris
E os vacinadores não nos largam

Tudo a postos, para que ninguém fique privado da vacina abençoada. E sempre esperada.
Ainda não se sabe (ou sabe-se?) a estirpe de vírus da gripe que vai atacar esta temporada mas as vacinas já estão nas farmácias. E de certeza que vão esgotar.
Já se esqueceram da gripe das aves (e das respectivas vacinas em stock) mas já se lembraram da outra, da vulgaris, sempre à mão para as faltas.
Nada disto tem a ver com os interesses comerciais – apenas com o bem comum, especialmente com os idosos, coitadinhos, mais vulneráveis, como os media ternamente não deixam de, solícitos, sublinhar sempre.
Umas vezes são as crianças, outras vezes os idosos: a demagogia não escolhe idades nem sexo. É democrática que se farta.
O slogan «manipulai-vos uns aos outros» - sempre em vigor nas nossas democracias – tem agora a sua variante sazonal: «vacinai-vos uns aos outros».
Os jornais e telejornais, incansáveis em passar a boa nova, repetem à saciedade a boa notícia: «mais de 1, 6 milhões de vacinas nas farmácias» .
Mas o mais fantástico é o interesse paternal dos partidos pela vacinação em massa do povo que neles vota:
O PP (CDS-PP) quer vacina no Plano Nacional de 2008 (2 de Outubro de 2007)
O PCP - via Verde (do outro extremo da bancada) diz que vacina continua a ser muito cara e quer que se vacine todo o mundo.
Não me importo nada de pagar mais esta despesa, pelo bem público e porque evidentemente amo o povo a que pertenço.
Eles não sabem o que é imunidade natural, nem profilaxia alimentar ecologicamente correcta, nem que a tal «gripe» (o que eles chamam gripe) é um processo natural e sazonal do organismo para expulsar toxinas e reforçar defesas.
A única coisa lógica, ecológica e inteligente a fazer é reforçar essas defesas e não bloquear o processo como faz a vacina.
Mas querem mais vacina, ou seja, querem mais alergias, a doença do século que as vacinas criaram.
A mim, por exemplo, coube-me uma das piores modalidades: alergia aos partidos e à demagogia dos partidos.
Eles querem a vacina, porque só querem o bem do povo, dos idosos e das crianças em particular.
Nos idosos, o mais certo mesmo é que a contraiam por causa da vacina.
Mas isso que importa: mais filas de espera dão categoria ao sistema: e capital de protesto para os partidos vociferarem contra o Governo.
Aliás o Governo «pondera subsidiar vacina do colo do útero até 4% do custo» ( 2 de Outubro de 2007).
A demagogia neste caso vai um bocado longe: não é o Governo que subsidia, valha-nos Deus, somos nós os contribuintes não relapsos.
Mas isso é atribuível a quem faz os títulos de jornais, contra os quais, também, não há ainda vacina que os evite.
Desde que ganhe a demagogia e nos lavem o cérebro (ou tentem lavar) tudo bem e a bem do bem-estar (wellness) colectivo, ou seja, da nossa qualidade de vida.
Uma vez que o SNS paga os custos, também por aí não há problema. Um bem colectivo deve ser pago pela colectividade, via impostos.

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