domingo, 22 de julho de 2007

À ESCALA GLOBAL

merkel-2-nw> sábado, 21 de Julho de 2007

O BECO DO NUCLEAR: UMA VISÃO METAFÍSICA

A questão do Nuclear, afinal, é muito simples.
O nuclear não é apenas mais uma tecnologia num mundo orgulhoso de tanta tecnologia, mais um disparate no meio de tantos outros disparates que um alegado progresso tem imposto a uma humanidade escravizada.
O Nuclear é uma viagem ao Inferno e sem retorno. O mundo foi aprisionado e não há saída. Mesmo que alguém, algum país, quisesse recuar, não podia.
Mesmo que fosse possível (e não é) desmantelar, uma a uma, as centrais nucleares, mesmo que fosse possível não construir nem mais uma (e não é), o beco sem saída continuaria sem saída.
Mais dia menos dia, com mais ou menos proliferação, com mais ou menos países a quererem entrar na corrida, uma guerra nuclear (que pode começar por uma guerra dita de armas convencionais) torna-se inevitável.
Os que ainda hoje defendem ou alguma vez defenderam o Nuclear são automaticamente cúmplices de todos os milhares de mortos que isso provocou e continua a provocar, em sismos induzidos por rebentamentos subterrâneos de bombas ditas termo-nucleares.
Cada governante que grita querer transformar o seu País em uma potência nuclear, é automaticamente cúmplice desses milhares de mortos.
O problema do poder – tal como o sistema que vai matando os ecossistemas – é que faz parte de um conjunto que não se pode separar, as peças convenientes para um lado e as inconvenientes para outro: é o que eles próprios chamam «o preço a pagar pelo progresso».
Preço em vidas (vegetais, animais, humanas), preço em recursos da Terra, preço em energia (já se disse que uma central consome mais energia do que a que produz), tudo isso cai em cima dos poderosos, cola-se-lhes à alma e para sempre. Nunca mais sai.
Felizmente (para ele) que o poder nunca faz exame de consciência. Se fizesse, desfazia-se em pó.

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