quarta-feira, 27 de junho de 2007

COISAS DA ESTRATOSFERA

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OU SOBEM PARA BAIXO?


Meu Caro Tiago Pais: Não queria ocupar muito espaço na Ambio, evitando poluir o Ambiente e aumentar a taxa de CO2, mas tenho que lhe agradecer as linhas que dedicou à minha prosa dos fluorcarbonetos.
Juro que não percebi essa dos quilómetros de altitude e o que tem a ver com o caso - «efeito de estufa» e/ou a«destruição da camada de ozono» - o número de quilómetros que distam da nossa biosfera e dos nossos frigoríficos. O que tem a ver a bota com a perdigota.
Sem dúvida, a sua estimativa está certíssima: já lá estive, na estratosfera, e posso garantir os seus números: camada de ozono acima dos 15 KM de altitude e os aviões voando à altitude de 10-11 quilómetros.
Tudo isso é correcto, pude confirmá-lo in loco.
Mas o que tem o ozono a ver com as calças é que não consigo perceber: mais quilómetro menos quilómetro, para onde é que vão os gases emitidos, não sei quais são mas devem ter CO2?
Das três uma:
ou os aviões não emitem gases e guardam-nos em casa ( o que até é possível, pois à ciência nada é impossível) e eu tenho que saber isso;
ou as emissões de gases dos jactos e superjactos não se comportam como os clorofluorcarbonetos dos frigoríficos (que, segundo consta, sobem para cima);
ou os gases de aviões se comportam de maneira inversa aos dos frigoríficos (ou seja, sobem para baixo) e nesse caso teríamos aí uma verdadeira questão não contemplada na minha prosa e na tese que debitei. Eu é que estaria então a ver a fita ao contrário. Do que antecipadamente peço desculpa.
Mas sobre mecânica dos fluidos, o melhor é mesmo chamar de urgência um especialista. Sugiro um especialista da UNL ou, se não houver disponível, sugiro o Prof . Delgado Domingos, que me honra com a sua amizade e que pode esclarecer devidamente essa particularidade dos gases emitidos por jactos e superjactos: se for provado que os gases sobem para baixo e não para cima, estou pronto a dar a mão à palmatória e a levar as merecidas reguadas.
A minha intenção era boa mas de boas intenções, pelos vistos, está este inferno cheio: apenas quis chamar a atenção para mais um factor que concorre no efeito de estufa e portanto no estafado «aquecimento global» e no ainda mais estafado CO2.
Quando, depois ou antes dos carros e das habitações, devem ser os aviões que lançam na atmosfera a maior quantidade desse dióxido (a menos que alguém o engula), não me parece abusivo ter aqui chamado a atenção para o texto do «Diário de Notícias» que em poucas palavras nos puxava as orelhas a todos e às nossas desatenções.
E chegamos ao busílis da questão: Se a lista negra dos poluentes químicos que se juntam ao CO2 deve orçar a centena, senão mesmo o milhar, acho uma discriminação intolerável apontar a dedo só um ou dois dos responsáveis, deixando os outros todos na paz de alma e no descanso.
É injusto.
Discriminação negativo, não.
Intolerância racial, nunca.
Demos a César o que é de César e a Deus o que é do Anti-Cristo.
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Não sei como isto se faz mas deixo o texto que teve a gentileza de me dirigir na Ambio.
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Afonso,sempre pensei que a camada de Ozono se situava principalmente acima dos15Km de altitude?!Não? Os aviões circulam a uma altitude normalmente de10-11Km. Por outro lado tem sido observado uma recuperação gradual desta mesma camada de Ozono. Ora os aviões não deixaram de voar nem passaram a fazê-lo a cotas mais baixas. Por vezes a ciência serve para alguma coisa...Percebo que o Afonso não acredite em toda a informação cientifica que vem a lume. Não percebo é que acredite sistematicamente com mais facilidade em toda a informação que não está na "moda" especialmente quando sobre esta não existem quaisquer estudos, científico ou não científicos.
AbraçoTiago

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