segunda-feira, 5 de novembro de 2007

o stress dos cientistas-3

barata-2-ac-ab> sexta-feira, 2 de Novembro de 2007

P.M.B.: OS ESPIRROS DE UM ESBIRRO
A NOVA INQUISIÇÃO E A NEW AGE

Ódio, vingança e revanchismo é o resumo desta ideologia e que este caso (digno de estudo) ilustra

Depois da queixa contra o Holocausto, vem o convite ao progrom. E ao linchamento (do negro ou do ambionauta distraído)

Já tinha dado por arrumado o assunto do P.M.B. – e seus espirros de esbirro aqui na Ambio – quando o meu anjo da guarda me segreda no ombro: «cautela, afonso, olha que ele quer indrominar-te, diz que se afasta mas é só para te jogar a unha na primeira esquina. Estes intelectuais do holocausto são vingativos e andam sempre à procura de pretexto para lixar (linchar) alguém».
Como, de facto, o que era o assunto inicial por mim proposto – os limites da ciência e o stress dos cientistas George Steiner e James Watson (tema claramente ambiental e com cabimento na Ambio) – descambou numa sujeira verbal do P.M.B. com adjectivos e apelos à punição do ininputável A . C. , lá tive que voltar ao assunto mas desta vez no Blogue «Ecologia em Diálogo», deixando aqui na Ambio apenas o essencial da minha defesa.
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Como eu não sabia o que era ininputável e até que ponto o P.M.B. me insultara (ou elogiara) fui ver a um Dicionário do José Pedro Machado mas não encontrei a palavra. Só encontrei punição e aí fiquei perfeitamente elucidado: o P.M.B. queria a punição e apelou ao povo da Ambio para que se fizesse um progrom ao desgraçado.
Esta terminologia jurídico-legal – imputável e ininputável - atrofia-me um bocado mas temos que fazer um esforço quando um rufia nos sai ao caminho a gritar : «És culpado, és culpado e tens que ser punido mesmo sem ser julgado»
Mas culpado de quê, minha Nossa Senhora?!
Isto seria kafkiano se não fosse pura e simplesmente estúpido.
Desta feita o gendarme que me abordou à queima roupa apelou a toda a comunidade da Ambio para que apoiassem o seu gesto e me linchassem na pública praça.
Por acaso não apareceu ninguém a punir o ininputável AC, antes pelo contrário: o João Soares acorreu em minha defesa (corajosamente, aliás) e a Manuela Soares, indirectamente, disse as palavras certas sobre o que havia a dizer sobre o tema de fundo por mim proposto e desde logo ignorado pelo polícia de costumes que me abordou, chamando-me ininputável.
Eles tratam de tudo com adjectivos, imprecações e insultos: mas que merda é esta e porque teremos que os aturar?
Desta vez, o P.M.B. não conseguiu que o seu apelo ao progrom surtisse efeito. Pode ser que na próxima tenha mais sorte. Desejo-lhe sucesso na sua missão de purificar os ares de agentes perniciosos à ordem pública, de gentalha como eu que costuma chamar aos bois pelo seu nome, quer dizer, se o George Steiner é judeu porque não encarecer e elogiar e enaltecer essa qualidade?
Foi o que fiz.
Se este elogio é, para o P.M.B., um insulto, aí está mais uma prova de que ele vê tudo ao contrário e terá que regular as diopterias. Ou então pedir protecção à Associação Protectora dos Animais.
O P.M.B. fala em «shoah» e em outros termos que eu também conheço porque tenho estudado a Kabbalah e o Talmude e me interesso profundamente por tudo o que é a grande tradição hebraica do sagrado, ao lado evidentemente de outras tradições que ele igualmente despreza: a maya e a egípcia, para começar.
Ele está é empenhado em rotular tudo o que encontra, mete tudo no saco da New Age e vá de bater, às cegas, sobre aquilo que diz defender.
Mas há pachorra para aturar esta geringonça?
Se o P.M.B se sente benzinho na sua mediocridade (e no seu interminável ódio), porque raio há-de querer toda a gente lá dentro?
Desculpem lá mas que ele me tivesse chamado ininputável, execrável e outras adjectivações, é lá com ele e com a sua indigência mental que só conhece adjectivos e nada de substantivo tem na cabeça: agora que nem sequer defenda o que diz defender, não entendo nem admito. Digo e repito: não admito.
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P.M.B. chamou execrável à minha prosa sobre Steiner e Watson. Além de execrável nem o P.M.B. sabe os nomes que já lhe chamei a ele. Além dos mais comuns, claro: um chatarrão do caraças e que nunca mais se cala com as queixinhas do costume. Coitado dele, vítima do holocausto.
Porque é execrável falar da New Age (a mais complexa constelação de ideias que o mundo conheceu) sem saber peva do que se fala e aprioristicamente, com todos os preconceitos e chavões do costume, exalar os estereótipos da estupidez. Chega! Basta!
Ele sonha com fantasmas e só pensa, quando acorda, em punir, punir, punir. Daí a pergunta patética do P.M.B: Será o AC ininputável?
Não há ninguém na Ambio - «dos mais vocais» como ele diz - para punir este palestiniano que reivindica o território que lhe pertence?
Agora a Ambio também serve para discutir religiões?
E política?
Andam sempre à procura da autoridade policial que os avalize na sua sanha (febre) persecutória crónica.
O que o P.M.B. ansiava mesmo era um linchamento à boa maneira dos progroms famosos.
Enganou-se, porque ninguém lhe ligou boia.
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Desviando a questão central e inicial e até interessante para a Ambio – os limites da ciência e o stress dos cientistas Steiner e Watson – para uma coisa perfeitamente lateral e ainda por cima fictícia – o que raio é isso de sionismo e anti-sionismo? - o P.M.B., mais do que um tipo irritado e aos espirros, é um caso de estudo para sociólogos, psiquiatras e outros especialistas.
A gritar para que toda a gente lhe dê atenção e lhe vá cofiar o pelo.
A questão central que ele ilustra de maneira perfeita era e continua a ser apenas uma: a nova inquisição, a pretexto de ciência e da reverência à ciência (que de científica nada tem e é apenas uma religião degradada) entende por bem proibir, proibir, proibir. Há que proibir e punir os que se querem abrir à multiplicidade de caminhos e de conhecimentos e correntes e tendências e ideias e ciências (novas e antigas), de tradições, tecnologias, alternativas de vida, etc, etc
Tal como a Manuela Soares aqui acentuou, a criatividade é que conta. Não os epígonos de régua e esquadro, a recitarem (ainda por cima mal) a lição que julgaram aprender (mal) de qualquer especialidade (ou de especialidade nenhuma).
Só que não tenho a paciência e a serenidade da Manuela Soares, a explicar bem explicadinho ao senhor P.M.B que ciência não é o papagueio que ele quer, nem andar às cabeçadas chamando nomes – ainda por cima elogiosos ecologicamente – ao «lixo da New Age».
Não tenho a vocação pedagógica da Manuela Soares nem tempo para acompanhar clinicamente estes atrasos de vida. Deixá-los rosnar até que se cansem.
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Com o rei na barriga, com os estereótipos todos do progresso e do caminho para a luz (se até a luz da Kaballah é para eles obscurantismo!), o «study case» de P.M.B. não termina aqui: no ódio a uma coisa – a New Age – de que não percebe patavina.
Há outro ódio que ele quer alimentar e a que chama anti-sionismo!
Valha-me Nossa Senhora, se o Deus de Israel não me puder valer nesta trapalhada: quem criou o anti-sionismo (se é que tal coisa existe) foram os «pensadores» do jaez do P.M.B. que tratam de tudo em «ismos», bem alimentados a ódio, vingança e revanchismo até dizer chega.
Uma gente para quem a New Age é toda lixo, não vê (o ódio os cega) que, entre as grandes tradições está precisamente a Kaballah judaica: preferem falar do que não existe (sionismo e anti-sionismo) em vez de proclamar os valores eternos de uma cultura eterna, uma das grandes tradições que a New Age veio trazer corajosamente à luz (do obscurantismo) da idade moderna, apesar dos novos inquisidores estarem a cada canto, ancorados nos seus preconceitos de raça, religião e ideologia, apesar dos esbirros que dia e noite nos fiscalizam, nos policiam, nos ameaçam, nos insultam, nos chateiam.
Colocar a coisa em termos de semitismo e de anti-semitismo, além de ridículo, é de uma altíssima inteligência: quem produziu o anti-semitismo foi o semitismo, valha-nos o Deus de Israel.
Já agora: será que o Deus de Israel também é obscurantismo? E a sublime Kaballah? E a grande tradição do esoterismo / misticismo judaico? E os ideogramas hebraicos? E a numerologia Kabalística?
Ou será que o P.M.B quer fazer da gente estúpidos? E parvos? E ignorantes? E covardes que nem sequer defendem o que dizem defender?
Droga de conversa: o que em princípio poderia e deveria ser uma discussão de ideias minimamente civilizada, o senhor P.M.B. quer transformar em questão religiosa ad hominem (ou racista, ainda por cima). Será que não temos ainda loucos e fundamentalismos suficientes à solta?
Alguma coisa de muito errado está aqui, se em nome do próprio semitismo (ou lá o raio que é) e do anti-obscurantismo, também metemos no «lixo» da New Age a grande tradição da mística judaica, insultando um dos tesouros da cultura humana – a Kaballah, uma das doze ciências sagradas – para lá de todas as fraldiqueirices da ciência moderna, do racionalismo irracionalista, da ciência paranoica, dos paranóicos da ciência, dos reverenciadores da religião dita científica e que nem sequer tem nada a ver com a ciência daqueles que a criaram porque são pura e simplesmente os chulos daqueles que criaram alguma coisa.
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Estou certo de ciência certa do que entendo do tempo novo que está nascendo, com o rótulo de New Age ou seja lá o que for. Venham os P.M.B. que vierem a queixarem-se do calo que lhes dói.

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