segunda-feira, 5 de novembro de 2007

o stress dos cientistas-2

barata-1-ac-ab> 30 de Outubro de 2007

«OS MEMBROS MAIS VOCAIS DESTA LISTA» (PEDRO MARTINS BARATA):
APELO AO PROGROM ?

A questão não é bem como o Pedro Martins Barata a coloca, em 28 de Outubro passado, nesta Ambio, na rubrica «o stress dos cientistas».
Se «os membros mais vocais desta lista» não aparecem a contestar a «indigência extrema» das minhas prosas - como ele se queixa - é porque o clima de «medo» de há muito está instalado nesta lista e não é só o P.M.B. a contribuir para isso, não.
A prova de que as pessoas têm «medo» das peixeiradas que ocupam dias e dias desta compassiva lista e desse compassivo robô que até as gralhas reproduz na íntegra!, é que no caso concreto deste item - «o stress dos cientistas» - recebi em particular palavras de apoio e simpatia.
Só o João Soares teve «coragem» de publicar o que achava e de me cumprimentar pelo que eu disse de George Steiner – do que G.S achou por bem dizer em Lisboa, na Fundação Gulbenkian – que aliás foi do conhecimento público e ao qual não acrescentei nem (mais)uma vírgula.
Não conheço o G.S. de banda nenhuma, não quero conhecer e nem sequer era ele o tema central mas o que a Fundação Gulbenkian entendeu ser pertinente (por sugestão do próprio G.S.): «Terá a ciência limites»?
Vai daí, o P.M.B. esquecendo o fundo da questão (como vai sendo regra nesta lista), dá conta das suas alergias (dos seus espirros) pessoais, apelando ao povo da Ambio -«os membros mais vocais desta lista» - que o apoiem e aplaudam nas suas irritações e subjectivismos e estados de alma e soberbas e stresses e ódios:
«espanta-me que»
«o meu nojo por»
«é uma tristeza que»
«de uma indigência extrema»: esta é a prosa altamente rica, profunda, filosófica, do P.M.B. face à «extrema indigência» da minha.
Não hão-de as pessoas fugir disto? Alhear-se disto?
Graças a Deus que temos uma lista onde cada um tem o direito de dizer o que pensa (a questão é que pense!).
O problema é que a cada canto de um virtual arame farpado há um guarda do gulag (costumam andar aos pares!), pelo que as pessoas de boa fé e de boas intenções que por aqui navegam - «os membros mais vocais desta lista» - se retraiem, preferindo comunicar em privado em vez de publicar opiniões.
Não responde mais a nenhum mail sobre este assunto – garantiu o P.M.B.
Nem precisa. Já disse de facto tudo. Bate e foge – ainda é uma atitude de grande incidência moral.
De uma, porém, não se livra: «os membros mais vocais desta lista» talvez se resolvam a fazer o que ele pede, neste seu vibrante e comovente apelo ao «progrom» contra um outro membro da lista.
Até agora ainda não resultou mas pode ser que resulte. Quando o director da lista – também incluído, é óbvio, nos «membros mais vocais desta lista» - quiser tomar uma atitude e quando as pessoas perderem o «medo» que os P.M.B. instauraram neste espaço de potencial liberdade.
Tal como os que falam do Holocausto (com toda a razão) mas esquecem os holocaustos, também não esqueço que o P.M.B. me chamou mentiroso e ignorante porque eu citei o autor de «L’Alchimie de la Vie» e a sua descoberta do 2º código genético há vinte anos.
Também, como cristão novo, não vou esquecer o que ele desta vez me chamou.
Mais uma vez, o que seria uma questão para elevar o nível filosófico desta lista foi rotulado de «esotérico» e lançado no caixote do lixo da New Age. Como aconteceu agora, a pretexto do G.S.
Dá vontade de dizer uma palavra feia.
Não hão-de as pessoas - «os membros mais vocais desta lista» - ter «medo» disto e destes guardas do gulag? Dos rótulos e estereótipos? Dos subjectivismos e alergias pessoais? De serem sistematicamente enxovalhados e humilhados? De dizerem alhos e responderem-lhe bugalhos? De psicomoralismos e paternalismos? De arrogâncias e outras doenças crónicas? De soberbas e desabafos? De polícias do pensamento e directores de opinião?
De apelos ao «progrom» contra o palestiniano que está do outro lado da fronteira?
Cruzes, canhoto.

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