terça-feira, 18 de setembro de 2007

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PERGUNTAS INCÓMODAS SOBRE UMA CÓMODA MENTIRA

Quando se trata de vários factores convergentes num determinado fenómeno (a maior parte deles imponderáveis ou indetectáveis com a refinada tecnologia espacial), e o discurso dominante dos cientistas e respectivos jornalistas isola apenas um dos múltiplos factores, o mínimo que alguém pode fazer é desconfiar. E perguntar. Continuar a fazer as perguntas incómodas sobre as cómodas verdades admitidas.

O «buraco do ozono» é exemplificativo dessa subtil confusão de narizes.
Para já, todos se felicitam porque o buraco diminuiu, em vinte anos, e promete ficar fechado até 2075: «entre 2050 e 2075 a concentração de ozono na atmosfera terá recuperado aos níveis de 1980, segundo a UNEP ».

Mas esta esperança requer algumas perguntas incómodas:
- Haverá ainda mundo em 2075?
- Além do célebre buraco na Antártida – que as fotografias assinalam a cor vermelha – não haverá outros buracos na atmosfera que nunca foram nem serão detectados? Quando se fala de atmosfera, creio eu, seria toda ela e não apenas uma zona conhecida, observada, estudada e avaliada.
- Além dos compostos clorados – a que se atribui toda a malevolência – não haverá, entre os milhares existentes, outros gases de que nem sequer se suspeita o efeito?
- O «buraco do ozono» será desligável do «efeito de estufa», do «aquecimento global», do CO2 e outros itens em que os especialistas continuam a localizar problemas de amplitude global?
- Algum dia se poderão inventariar todos os factores intervenientes na crise global ?
- Algum dia se poderá saber a forma como se inter-relacionam e potenciam uns aos outros?
- Além dos 191 países que já ratificaram o Protocolo de Monreal , quantos ficam de fora? E quanto deles não estão a produzir – em nome do desenvolvimento – os mesmos gases que o mundo ocidental produziu em nome do desenvolvimento?
- Como escreve Ricardo Garcia, no jornal «Público» (16 de Setembro de 2007) « alguns gases os HCFC, que substituíram os CFC – ainda são largamente utilizados . O seu consumo está mesmo a crescer nos países em desenvolvimento:» Entre estes, ao que julgo saber, China, Índia e Rússia encontram-se entre os maiores poluidores e não querem saber de protocolos de Monreal ou de Quioto, querem continuar a poluir em nome dos mesmos princípios de «progresso e desenvolvimento» que levaram o mundo ocidental à crise global
- Factores convergentes (omissos) não são, portanto, apenas de ordem física e ambiental em sentido estrito: são também de ordem política, económica, social, etc.
- O processo, portanto, é irreversível e os alarmes bastante tardios e grotescos
- Finalmente a última pergunta: já perguntaram ao Mundo se quer ser salvo? Salvo de quem e para quê?
Salvar o Planeta, porquê?
Combater o CO2, porquê?
Diminuir o buraco do ozono, porquê?
A resposta é só uma: para continuar tranquilamente tudo na mesma, já que está na «massa do sangue», na estrutura genética do sistema que tem destruído os ecossistemas.
Com estas perguntas, não quero incomodar os cépticos que tantas certezas têm: festejos, alarmes, projectos e previsões para «salvar o Mundo» é que me parecem cada vez mais inacreditáveis.
E aos «salvadores do Mundo» dirijo esta mensagem de felicitações: abram lá a garrafa de champanhe nos dias 16 de Setembro. Enquanto houver Setembro e garrafas de champanhe porque não hão-de ter uns minutos de alegria e boa disposição?

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