sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

EDGAR MORIN NA BIBLIOTECA DO GATO






GOOGLE REGISTA E OBRIGADO:

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1-4 -morin-md-1-4-sexta-feira, 7 de Novembro de 2003

morin-1-ls- terça-feira, 24 de dezembro de 2002 - novo word - solta ou em secção «releituras do acaso» - suplemento «largo» - 1452 caracteres - correspondências mágicas - caminhos do maravilhoso


O SÁBIO É O INOCENTE: PENSAMENTO ANALÓGICO PARA PENSAR O IMPENSÁVEL

[ 3-2-1992] - Na sua obra «O Homem e a Morte», página 102 da edição em língua castelhana, Edgar Morin considera que a velha máxima ocultista «o «macrocosmos reproduz o microcosmos» é imediatamente mágica», isto é, «está intimamente ligada à vontade do microcosmos de identificar-se com o macrocosmos ou de se apropriar dele, imitando-o ou ordenando-o».
Edgar Morin cita depois S. Anthony para definir magia: «comportamento que implica que as coisas ocorrem tal como foram pensadas, desejadas ou imitadas.»
As tecnologias apropriadas (TA's) poderão ter algo de mágico, nesta acepção, mas a áurea mitológica desaparece dessas técnicas, que se mostram afinal de um pretenso rigor experimental e científico.
Tornar «mágicos» os poderes do homem é o convite das tecnologias humanas apropriadas, sem que esse objectivo de poderio seja necessariamente deliberado. Para não ser violência nem violento, o poder só pode acontecer em simultâneo com a sabedoria, que se traduzirá por inocência ou candura na nomenclatura original (radical, de raiz).
Daqui resulta a noção de oculto inerente ao poder verdadeiramente demiúrgico do homem possesso da sua ligação com Deus!
O pensamento contraditório ou paradoxal, a que os livros chamam analógico ou sincrónico, é, por isso, o único instrumento capaz de acompanhar o desafio do fantástico.
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1-3 - terça-feira, 24 de Dezembro de 2002-scan

A EQUIPA DE EDGAR MORIN E OS SÁBIOS  (*)

21-1-1973 - Sem perder o carácter de proliferação  que caracteriza o Sistema, as doenças do Sistema, os mitos, vícios, manias e alibis do Sistema, as " ciências humanas " estão a produzir uma explosão bibliográfica, como lhe chamava a revista " Psychologie”, no seu número de Dezembro último.

De facto, é impossível controlar esta crescente proliferação de " ciências humanas ". Quando não se pode convencer o estudioso pela razão, esmaga-se com " exaustiva bibliografia ".

Centenas de títulos por mês, só em França ( pátria destas coissas cartesianas), dão a medida de outros tantos especialistas empenhados na  tarefa de salvar o Sistema , à custa de desvirtuarem todos os outros (múltiplos, variados) sistemas de mitos e valores que, através do tempo e do espaço,  fingiram ignorar e por fim decidiram atacar pela porta sempre aberta nas "ciências experimentais ", mais tarde ditas humanas. Assim se põe na mesa de anatomia o que lograra escapar à ordem ocidental .

O Sistema analisa.  Goza a analisar. Mas, para analisar, a condição sine qua non é matar o bicho que pretende autopsiar. Para isso, coloca-o na mesa operatória e, depois de bem morto, começa o piedoso trabalho de autópsia.

As ciências humanas, que tanto se ufanam do título, são pois e sempre ciências necrófilas. E, além de necrófilas, uma petição de principio por definição. Matam primeiro a vida que pretendem conhecer, estudar, analisar.

Primeiro as "ciências humanas" desenham um mito, um molde, uma imagem puramente fictícia e fantasmagórica . Depois vá de censurar esse fantasma como se de realidade se tratasse e por não ser realidade.
E, depois, vá de classificar de utopia toda a proposta que, apesar das deformações sofridas, se apresenta evidentemente de qualidade superior às triviais e concorrentes propostas do Sistema único.
Dado que as "ciências humanas " têm, por objecto de estudo, que se debruçar sobre sistemas de valores que lhes são alheios e a que o Sistema é hostil, o fim das  "ciências humanas" é - quando surge um sistema, uma civilização, um módulo ou uma comunidade cultural de evidente qualidade e superioridade , cognominá-la de "infame utopia". 


ASTROLOGIA NUNCA EXISTIU

Exemplo faiscante é o da astrologia.

Astrologia é coisa que, em verdade, nunca existiu fora dos  catalogadores profissionais. Dos que levam a vida a espetar a borboleta na secretária e a fichá-la.

Vai daí, pegam na astrologia que inventaram e restabelecem a ordem.

Racionalistas de um lado, homens de fé pelo outro, sabemos o que tem sido a história do fantástico e, por extensão, da heresia imaginativa frente aos poderes constituídos. Sabemos muito bem quantas vezes se crucificou, crucifica e crucificará Galileu, em nome de razão, em nome da fé, em nome do Negócio.

Le Nouvel Observateur, hebdomadário de muita razão,  entrega a observação do fenómeno "astrologia" a uma bem apetrechada equipa de sociólogos.

O resultado saiu há pouco em edição portuguesa com o titulo «O Retorno dos Astrólogos».

Alguém definiu a sociologia como a « pescadinha de rabo na boca ". Outros, não gostando do plebeísmo, preferem a metáfora mais nobre: "a sociologia é a víbora que morde a sua própria cauda".

Relativamente aos sociologistas de Le Nouvel Observateur não se pode afirmar, com segurança,  se se trata de pescadinha, se de víbora.

Mas deixemos a metáfora e falemos em linguagem científica: a astrologia é vista, por este grupo de observadores novos, de todos os ângulos incluindo o de cima para baixo, apenas para que fique demonstrada a tese adrede preparada e mantida; só os pobres de espírito se dedicam à astrologia.

Os ricos como Le Nouvel já não precisam. Cultivam outras astrologias mais puras e eruditas.

Isto claro sem falhanços, depois de se ter dado da astrologia a minuciosa e única imagem que a sociologia pode dar, e que é o puro, exacto, rigoroso reflexo da sua própria pobreza de espírito .

Quer dizer; reduzindo esta e outras técnicas iniciáticas ao capítulo redentor das "ciências ocultas" (outro fantasma das cabecinhas sociológicas), analisando fenómenos que se começa por deformar.
Produto da sociedade que o consome (outra vez a pescadinha de rabo na boca) o psiquismo que se ocupa de horóscopos - concluem triunfalmente os  observadores de Le Nouvel - ou é de massas, ou burguês, ou de raiz culta mas ... idealista.

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1-2 - terça-feira, 24 de Dezembro de 2002-scan

DOIS TESTEMUNHOS SOBRE A DISSIDÊNCIA(*)

[«Notícias da Beira», Moçambique, 10-4-1970 ] - Não é possível analisar, de uma só vez, as várias obras que, recentemente aparecidas, se ocupam do fenómeno «contracultura» com ponto de irradiação nos Estados Unidos - mas um primeiro balanço de títulos impõe-se, como medida prática de informação e como prefácio para análises mais detalhadas que venham a fazer-se dessas obras e de tudo quanto de urgente implicam.

Claude Roy não reuniu ainda em livro as suas reportagens nos Estados Unidos mas elas devem citar-se, nesta resenha de conjunto: publicadas em Le Nouvel Observateur, foram a posição lúcida de um intelectual que se interna e aventura em pleno terreno de contradições, sem receio dos mal-entendidos das academias.

Apenas ocupado e preocupado em compreender, em ver a verdade que só o conhecimento prático da realidade e a experiência vivida dão, Claude Roy foi dos primeiros testemunhos, em França, a enfrentar o imobilismo de todas as frentes.

Edgar Morin já publicou em livro - Journal de Californie (1) – os resultados da sua viagem ao extremo ocidental dos Estados Unidos, - de Setembro de 1969 a Junho de 1970, a convite da Fundação Salk de San Diego. Salk Institute for Biological Research, para sermos precisos.
Nesse domínio da nova biologia, Edgar Morin é levado a interrogar-se sobre estas questões eternas que os progressos da revolução biológica fazem emergir de maneira nova: Que é a vida? Que é o homem? Que é a sociedade? Ao mesmo tempo, ele descobre o problema da quase-mutação que esta revolução põe desde já à Humanidade.

Como diria Fernando Pessoa, os extremos tocam-se: a Califórnia, esse Extremo Ocidente que parece agora fazer simetria com o Extremo Oriente de Buda, Lao Tsé, Ramakrishna e Vivekananda, parece já anunciar, por vezes mesmo iniciar essa mutação.
A Califórnia não é somente o novo Eldorado, é o vórtice onde a civilização se acelera, se destroi e renasce. E a cabeça investigante da nave espacial Terra . O fenómeno «hippy», as grandes cerimónias colectivas como park-in e concerts, a floração de seitas místicas, marxistas, nirvânicas, a experiência das ervas e dos ácidos são, da mesma maneira, rostos provisórios da nova verdade, da nova religião, da nova sociedade que se procura.

Edgar Morin, segundo nos confessa nesse diário, viveu o profundo sentimento de se encontrar, durante alguns meses, no coração de todos os grandes problemas e não foi por acaso que ele sentiu também situar-se no coração dos seus próprios problemas.

Enquanto operava uma como que revisão do mundo, um concurso de circunstâncias levava-o a conhecer esta conjugação de paz, de plenitude e de intensidade que ele ousou - para não falar em satori ou em nirvana - chamar felicidade.

Para Jean-François Revel, autor de «Ni Marx ni, Jesus», a contra-cultura é apenas um pretexto de alimentar o seu anticomunismo e um alibi mais para impingir o manifesto radical do seu amigo Jean-Jacques Servan-Schreiber. Se ele conclui que a revolução está nascendo nos Estados Unidos, é apenas para demonstrar que ela não está feita, nem será feita em mais parte nenhuma, bloco socialista e Terceiro Mundo inclusive.

Vemos então como a contestação radical pode ser recuperada pela tecnocracia e seus funcionários, tipo Raymond Aron ou Jean-Fançois Revel ou Jean-Jacques Servan-Schreiber. Contradição esta que o estudioso não deixa de registar e de levar em conta, quando ler um livro que até convém que leia. Neste terreno fértil de contradições em que a dissidência nos lança, temos afinal o sinal evidente do seu carácter exorcistemático e da sua vitalidade... cultural.

(1) «Journal de Californie», de Edgar Morin, Seuil, Piais, 1970.
(2) «Ni Marx ni Jesus»,
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(*) Este texto de Afonso Cautela, breve nota de leitura, foi publicado em «Notícias do Futuro», jornal «Notícias da Beira», Moçambique, 10-4-1970
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1-1 notas de leitura – inéditos ac de 1970

CALIFÓRNIA:
LABORATÓRIO DA NOVA ALQUIMIA

1970 - Edgar Morin publicou em livro - Journal de Californie (1) - os resultados da sua viagem ao extremo ocidental dos Estados Unidos, de Setembro de 1969 a Junho de 1970, a convite da Fundação Salk, de San Diego. O Salk Institute for Biological Research, para sermos precisos.
Nesse domínio da nova biologia, Edgar Morin é levado a interrogar-se sobre estas questões eternas que os progressos da revolução biológica fazem emergir de maneira nova: O que é a vida? O que é o homem? O que é a sociedade? Ao mesmo tempo, ele descobre o problema da quase mutação que esta revolução põe desde já à humanidade.
Como diria Fernando Pessoa, os extremos tocam-se: a Califórnia, esse Extremo Ocidente que parece agora fazer simetria com o Extremo Oriente de Buda, Lao Tse, Ramakrishna e Vivekananda, parece já anunciar, por vezes mesmo iniciar, essa mutação.
A Califórnia não é somente o novo Eldorado, é o cadinho onde a civilização se acelera, se destrói e renasce. É a cabeça investigante da nave espacial Terra. O fenómeno "hippy", as grandes cerimónias colectivas como park-in e rock-concerts, a floração de seitas místicas, marxistas, nirvânicas, a experiência das ervas e dos ácidos são, da mesma maneira, rostos provisórios da nova verdade, da nova religião, da nova sociedade que se procura.
Edgar Morin, segundo nos confessa nesse diário, viveu o profundo sentimento de se encontrar, durante alguns meses, no coração de todos os grandes problemas, e não foi por acaso que ele sentiu também situar-se no coração dos seus próprios problemas.
Enquanto operava uma como que re-visão do mundo, um concurso de circunstâncias levava-o a conhecer esta conjugação de paz, de plenitude e de intensidade que ele ousou - para não falar em satori ou em nirvana - chamar felicidade.
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(1) - Journal de Californie, de Edgar Morin, Seuil, Paris, 1970.■
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1-2- 6222 caracteres morte-1>fs-3 >priori> diário de uma descoberta – diário de um aprendiz

PRIORIDADE ABSOLUTA À TANATOLOGIA

30/8/1994 – Meu Caro F.S.: Sobre a morte e como ensinar os vivos (ou moribundos) a morrer, eis o meu programa de vida, actualmente, do qual só as necessidades de atender às exigências da sobrevivência me distraem. Gostaria de encontrar alguém com quem trabalhar nisto: que, para comprazer à parte material, teria também uma «vertente» de holodiagnóstico, um diagnóstico global ou «perfil holístico».
Tenho estado a preparar a m/ casa com vista a poder obter um espaço viável para esse efeito. Será um dia destes o momento de te dar conhecimento de alguns «files» que meti em computador - sobre esse projecto do «perfil holístico».
Só que, quanto a projectos, eu encontro-me numa fase em que toda a cautela é pouca: não se pode projectar nada enquanto não se integrar. E estando eu em Nigredo puro (desestruturação completa e violenta do suporte) não posso aspirar já a qualquer reestruturação projectiva, a qualquer forma assumida. Estou, creio, na fase de «mescla» em que a decantação está longe ainda de fazer-se.
Não quero converter ninguém a nada. Quanto muito, converter cada um a si próprio. Já Nietszche preconizava «ser o que se é», repetindo o Sócrates do «conhece-te a ti mesmo», o Sócrates que, por sinal, escreveu pouco - ou nada, o que faz suspeitar de que era analfabeto. Graças aos deuses (gregos), era analfabeto, pelo que nos falou a linguagem universal, herdada do egípcio Hermes Trismegisto, via Pitágoras.
Penso, neste momento, que devo partir de uma assumido analfabetismo, sem saber quando vou aprender e se vou aprender a nova «linguagem vibratória de base molecular». Entretanto e como «burro velho não aprende línguas», desisti de «aprender línguas», inclusive a mais aberrante de todas e com o diabo na alma que é a dos computadores. Ou essa língua de piratas e merceeiros que é o inglês. Ou essa outra de punhos de renda e rigores analíticos que é o francês.
Nunca vou é fazer carreira, se não aprender os léxicos todos que eles, os patrões, querem e adoram. Admiro é Ivan Illich que conseguiu dominar aí umas oito línguas, inclusive o rebarbativo português. Mas o que eu estou mesmo excitado em fazer é um apanhado divertido dos vários «léxicos» tecnocráticos com que os tecnocratas de todos os quadrantes nos divertem.
Aliás, um dos projectos que deixei em «stand-by» (este palavrão já aprendi) foi o de inventariar (listar) os palavrões dos modernos jargões com que nos moem a paciência. Claro que o meu jargão é mais do Cais do Sodré e menos dos «yuppies» nova vaga e «new age» (outro palavrão que eu aprendi).

Perante isto - perante esta nova Torre de Babel - máximas universais como «ser o que se é», «o Verbo é Deus», «ama-te a ti mesmo» são meras banalidades de base, ditas através dos tempos e das culturas e que só aguardam o momento de ser integradas no dia a dia da custosa, penosa, vaidosa tragédia humana.
Ecologia, por exemplo, se é que serviu para alguma coisa, veio ajudar a relativizar as coisas terrenas: e se a Ecologia nos diz que não há saída horizontal (porque não há mesmo, o chafurdo é mesmo chafurdo, o tremedal é mesmo tremedal), é de acelerar então a saída vertical. Deparamos com uma multidão de escolas, seitas, tradições, mas a gnose radiestésica tem talvez a vantagem de apurar todas as técnicas (sem holismo nem ecletismo) e unificá-las em uma só.
Sem vampirizar o duplo de cada um, o que - diz-se - acontece a todas as formas manipulatórias de energia: ganha-se, nessas egrégoras, em satisfações materiais (ainda quando levam o nome de espírito, mas que diz respeito ainda ao corpo espiritual) o que se perde em natureza essencial.
Uma palavra que vou imediatamente integrar no meu léxico de sucesso é o «Know-how», cheio de ressonâncias e de consequências. Fizeste com que me apercebesse disso, nunca tinha pensado nessa vantagem. É sempre bom ter alguma coisa que nos possa pôr em posição de vantagem face à bicharada que dia a dia nos suga. Como se diz em inglês «bicharada»? Mas a palavra «know-how», tão simpática, tem conotações para mim antipáticas, muito ligadas a «sapos vivos» e a «vontade de vingança»: se der atenção a esse passado de memórias, acabo por ficar com os cabelos eriçados, agora que o Delgado Domingos lança a revista de ecologismo, por exemplo, com prefácio de Mário Soares e com o José Mattoso amigo do ambiente, sinto-me ainda mais insignificante e inútil do que quando a Maria Santos se candidatou ao lugar de deputada europeia.
Se vou a pensar em termos de «know-how» e reavivar memórias de «sapos vivos», nunca mais saio desse lodaçal. Nem consigo apagar memórias que me apegam à vida e, como te disse, a morte é agora, tem de ser agora a minha prioridade. Como vou apagar memórias e apagar apegos, se der importância ao tal «Know-how»? Aliás, se falo muito em escrever as minhas memórias, esta carta não vai chegar ao destino, como aconteceu à outra...Se tiver que voltar a narrar a crónica dos sapos vivos, já tenho file , e já lá deitei considerandos, a propósito de alguns sv mais recentes: eles não faltam nunca neste país, como sabes.
Academia de artes primordiais? Só vejo, nas artes primordiais, esta que é indicada pela retoma do Egipto faraónico, dos seus deuses, da sua sabedoria, da sua gnose. Com as ciências dele advindas: Teurgia, Numerologia, Astrologia, Magia, etc. Os orientais são porreiros, especialmente os que inventaram essa magnífica vassoura que é o Zen (aspirador dos detritos da alma), mas agora estou mais virado para o Oriente próximo. Até que a morte tenha a complacência de me levar. Foi mesmo o acaso - que não existe - que nos fez encontrar aquele sábado, em que me emprestaste a revista «Caduceus» mas principalmente o artigo sobre Tanatologia e Música. Tanatologia é quanto a mim a arte (primordial) de todas as artes: pelo que lhe estou dando neste momento prioridade absoluta. Dentro daquilo que a vida deixa, só a Morte me interessa.