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O FATALISMO DE CHEGAR ANTES DO TEMPO
UM INÉDITO DE 1981
Lisboa, 6/8/1981 - Que o ecologista seja precursor e o tecnocrata lhe pilhe, sistematicamente, as teses e as ideias, começa a fazer parte da nossa rotineira delinquência diária.
Que o tecnocrata não diga onde pilhou as ideias e se proclame pioneiro, começa a tornar-se hábito.
Quando amanhã o filho do tecnocrata vociferar também contra o Nuclear, porque o pai lhe arranjou um cancro radioactivo per capita, será que o ecologista ainda será imolado por andar a dizer isso há 36 anos (fazem agora, a 6 de Agosto)?
Sabendo como os ecologistas só querem minar a civilização e os altos valores da Cristandade, como se compreende que a civilização tecnológica mais avançada esteja a plagiar tudo o que os ecologistas defendiam? Tudo o que era, ainda há meses, motivo de escárnio, pelourinho ou inquisição?
Se o solar vem «made in Germany» ou «made in USA», abrem-se as portas, venha ele, é progressista, produz megavátios e o Eurico da Fonseca dá, com certeza, mais um dos seus colóquios sobre apertos energético-combustíveis .
Mas se o solar é dos ecologistas - pequenas unidades geradoras de energia conforme as circunstâncias, as necessidades e a realidade concreta de cada local - uf!, a pressurosa imprensa progressista arranja todos os fumos e bufos para meter a ridículo ou submeter aos Pina Manique da ordem esses rapazes que cada vez mais (mesmo com a desajuda dos «mass media») mobilizam pessoas.
Há dois anos, ou ainda menos, era preso todo o que sugerisse uma disseminaçao de unidades geradoras de energia solar: hoje os alemães dizem que vão implantar no Alentejo (*) uma central solar e vai preso todo o português que não quiser.
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(*) Afinal, a central alemã parece que era só fumaça. Em 26 de Julho de 1997, não consta que essa central alemã tivesse sido construída ou qualquer outra
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
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