segunda-feira, 22 de outubro de 2007

ecologia alimentar

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SOMOS O QUE COMEMOS
DOENÇAS METABÓLICAS E AUTOTERAPIA ALIMENTAR

«O diabético tem de ser médico de si próprio» - dizia o título de uma reportagem, da jornalista Diana Mendes, no «Diário de Notícias»(11 de Setembro de 2007).
Não podemos perder a oportunidade de falar sobre alguns itens muito importantes em ecologia alimentar.
Antes de mais, há que render homenagem à Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP) uma associação de verdadeiro serviço público e que se sobrepõe em atendimento aos serviços oficiais do Ministério da Saúde – administrações regionais de saúde - , sempre congestionados. As famosas listas de espera.
Em qualquer caso, a diabetes é, por definição, a doença que mais exige do próprio doente e da consciência que ele tiver da sua situação: como alguns dos testemunhos apresentados pela jornalista Diana Mendes, mostram e confirmam.
Doença metabólica directa e claramente dependente do regime alimentar, é mais do que correcto afirmar, como faz o título do jornal: «o diabético tem de ser médico de si próprio».
Nunca a palavra «autoterapia alimentar» fez tanto sentido.
Googlando, encontrei páginas que defendem essa «autoterapia alimentar» na perspectiva da ecologia humana e do famoso aforismo: «somos o que comemos».
«Um diabético deve aprender a controlar a sua doença, educar-se e tornar-se porta-voz, porque a informação é escassa".( Maria Isabel Coelho)
À Maria Isabel Coelho, que tão bem definiu a autoterapia que é urgente defender e divulgar, dedico estas páginas da Net:

1. http://pwp.netcabo.pt/big-bang/vidanatural/autoterapia.htm
2. http://pwp.netcabo.pt/big-bang/vidanatural/+autoterapia+.htm
3. http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&cr=countryPT&q=+site:pwp.netcabo.pt+autoterapia+alimentar
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Transcrevo a reportagem de Diana Mendes, no «DN» :

"O DIABÉTICO TEM DE SER MÉDICO DE SI PRÓPRIO"
Por DIANA MENDES

ASSOCIAÇÃO DE DIABÉTICOS É OPÇÃO ÀS LISTAS DE ESPERA

João Pedro Sousa praticava artes marciais até 1977, altura em que lhe diagnosticaram diabetes. Hoje, vê apenas vultos, mas ninguém lhe tira os 18 quilómetros de marcha por dia. Com 60 anos e meia vida partilhada com a doença, acredita que "os médicos devem dar a informação máxima e, a partir daí, o diabético passa a ser médico de si próprio". A gravidade do seu caso obriga a consultas de três em três meses. Mas chegou a ser criticado por um médico por ir a nova consulta nove meses depois.

As listas de espera fazem parte da vida de vários diabéticos, com quem o DN falou em plena Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. A entidade, com dois edifícios unidos e quatro pisos, está recheada de valências e atende diariamente dezenas de diabéticos. Muitos, se não a maioria, cansaram-se da lenta resposta dos serviços públicos de saúde, que chega a superar ano e meio, tal como o DN noticiou ontem.

É esse o caso de Vítor Teixeira, diabético há sete anos e a quem falaram de uma lista de espera "de dois anos para uma consulta". Foi por sugestão sua que a médica de família, em Alcoentre, decidiu passar uma credencial para a consulta. "Estava tudo bem, mas mandaram-me marcar nova consulta de rotina. Quando me disseram que a lista era de dois anos disse logo: Não posso marcar já?" Com 57 anos, Vítor descobriu há um a associação de doentes, onde já é seguido nas consultas de nutrição, oftalmologia e cardiologia, e as listas são curtas, garantem os doentes.

João Pedro Sousa é o doente ideal para os especialistas em diabetes. Conhece os números, os cuidados, e sabe bem os problemas que pode vir a ter. "No meu caso, tive consequências nos olhos", lamentando sofrer de uma retinopatia diabética proliferativa. As cirurgias, tratamentos a laser e viagens em busca dos melhores serviços não salvaram os seus olhos . Mas ainda hoje não cede um milímetro nos seus cuidados. Anda "6500 quilómetros por ano, 18 por dia, mais musculação e bicicleta". Nas festas, pode comer doces, mas o açúcar é substituído por adoçante. A namorada, nome de baptismo do " aparelho para medir a glicémia", tem de ir sempre atrás.

A isto chama "sermos duros connosco próprios. Agora, está na fase de "porta-voz". E explicou: um diabético deve aprender a controlar a sua doença, educar-se e tornar-se porta-voz, porque a informação é escassa".

Também Maria Isabel Coelho mostrou estar muito preocupada com a sua condição de diabética, descoberta há três anos. Depois de ir ao centro de saúde, "onde me informaram que tinha de ir ao oftalmologista, fiquei a saber que tinha de esperar um ano e meio pela consulta. Mas aqui na associação faço exames todos os anos, como a retinografia".

Enquanto espera pelo serviço público, vai visitando os edifícios da associação e, pelo meio, passa por institutos privados para suprir outras necessidades, que espelham o receio de não conseguir combater algum problema em tempo útil.

É esta espera, que pode chegar a ano e meio, que leva alguns médicos de família, como Rosa Galego, a insinuar que "não se deve fazer rastreios quando não se responde em tempo útil ao tratamento".

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