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VIVA O ETANOL, ABAIXO A AMAZÓNIA
Sem retoques e sem comentários, a notícia do jornal «Correio da Manhã», em todo o seu esplendor e brilho originais:
««O papel dos biocombustíveis será tema de debate entre o Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, o Primeiro-Ministro português, José Sócrates e o Chefe de Estado brasileiro Lula da Silva, em Lisboa, no próximo dia 4 de Julho.
««Os biocombustíveis e a sua influência nas alterações climatéricas, são o tema central da Cimeira UE/Brasil, que na próxima quinta-feira reúne Durão Barroso e José Sócrates do lado europeu com Lula da Silva.
««Os biocombustíveis estão a assumir um peso cada vez maior em termos económicos e ambientais e o Brasil está a desenvolver uma política agressiva neste sector. Com efeito, investiu recentemente 11 milhões de euros e Brasília prevê a construção de uma unidade por mês até ao ano de 2013.
««O investimento resulta do verdadeiro “boom” do sector, após o etanol ter sido considerado uma alternativa aos combustíveis fósseis (o petróleo, por exemplo) responsáveis pelo efeito de estufa.
SEM COMENTÁRIOS:
1. O jornal «Correio da Manhã» usa a palavra «agressivo» para adjectivar o etanol no Brasil: não vejo nada de agressivo nisto, acabar com o que resta da Amazónia será agressivo?
2. O Lula, como estava a conversar em Lisboa com as altas individualidades, não deve saber disto nem deve ter lido o nosso «Correio da Manhã»: não acredito que ele saiba e permita, porque ele sabe que o Etanol (o Bush, que é especialista, deve ter-lhe dito) em dimensão industrial, significa mais seca, mais deserto, mais fome para os deserdados que o elegeram.
3. Que esta política do Etanol seja «agressiva» como dizia o jornal, é o costume e nada a acrescentar: mas que o façam em nome do combate ao CO2 e às alterações climáticas é que me parece quererem gozar com a gente. Que eles queiram continuar a destruir a Amazónia, Pulmão do Planeta, a delapidar recursos vivos, a aumentar a seca, a desertificação, a fome,a pobreza e a morte, não é novidade e já não escandaliza ninguém, nem os alegados amigos do Ambiente: novidade é que o façam agora em nome da defesa do Ambiente e para contrariar o «efeito de estufa».
«Efeito de Estufa»? UAU! granda pinta!
quinta-feira, 5 de julho de 2007
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