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ESPÉCIES INVASORAS: COMBATER OU REAPROVEITAR
EM BENEFÍCIO DOS HUMANOIDES?
1- Todos os dias confirmamos de como sabemos afinal tão pouco de tudo.
Novidade absoluta vou encontrá-la no jornal «Metro» (20 de Setembro de 2007) :
«Os restos de comida da cadeia de restaurantes MacDonald’s vão ser reaproveitados para gerar energia em hospitais e teatros.»
Acção exemplar ou golpe de propaganda, a iniciativa não deixa de ser uma boa notícia e a notícia não deixa de ser uma boa iniciativa.
Não tenho conhecimentos que confirmem se tecnicamente é possível transformar alimentos em electricidade.
Mas alguma coisa hoje é impossível aos técnicos e engenheiros do Ambiente?
Por isso confio que os especialistas da Ambio possam esclarecer-nos a todos.
A ser possível (tecnicamente possível) a nossa fé nos cientistas de serviço é que fica profundamente abalada: se eles sabiam isto e não disseram, há aqui qualquer coisa que não bate certo.
Se não sabiam, ainda pior.
2 – Mas isto leva-me de um salto para um assunto no qual tenho pensado muito e de que já lançara aqui na Ambio, em tempos, um repto tipo apelo, dirigido à criatividade dos senhores cientistas.
Na altura estava (e ainda estou) obcecado com o jacinto de água, considerado praga pelos cientistas que só têm soluções do tipo «lança-chamas» e de contra-ataque violento.
E agora continuo magoadíssimo, claro:
a) Porque nunca vou ter resposta a esta minha angústia
b) Porque tanta matéria verde provavelmente nem sequer sequestra CO2 (o que hoje pode ser considerado um crime de lesa pátria global)
c) Porque as acácias são basto de bonitas e, francamente, face ao pepino celulósico (vulgo eucaliptus globulus) , preferia que usassem para este o dito lança-chamas.
Vira a coisa no programa Biosfera e volto a ver, num contexto alargado, a mesma questão que, na minha velha inocência., pusera: porque não se aproveitam os jacintos como biomassa?
Tecnicamente não é possível?
Comercialmente não é rentável?
Mas há impossíveis para os cientistas e engenheiros do ambiente?
3- O programa Biosfera , da RTP 2 (19 de Setembro de 2007) coloca a big questão das «espécies invasoras»: cuidado mesmo, porque são terrivelmente prolíficas e não há biodiversidade onde elas acampam.
A acácia das lindas flores amarelas é a primeira na fila das malditas.
Aqui, como calculam, o coração bateu-me forte: será que vão também incluir os eucaliptos globulus nas invasoras?
Sim, a Maria Grego, em menos de um segundo, citou (citou só) o eucalipto e passou adiante, pormenorizando, como se impunha as restantes infestantes.
E dei comigo a perguntar às jovens biólogas que tão bem falaram das várias espécies em tribunal: queridas, porque raio não é tecnicamente possível usar tanta matéria-prima para biocombustível, tanta biomassa para produzir mais electricidade?
Será que só têm soluções de contra-ataque (violento) para nos desembaraçarem da praga?
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