sábado, 26 de janeiro de 2008

ECOLOGIA AC 1973

1-1- aaa-ml-1973-74


1-1 - livro6-espólio ac à vista

LIVRO6

Nesta pasta [Livro6] juntei os 36 files que resultaram da digitalização (total) do livro «Contributo à Revolução Ecológica», edição do autor, Paço de Arcos, 1976, colecção «Ecopolítica» Nº 1 .São textos escritos entre 19-6-1972 e 20-4-1974, entre os quais destaco duas entrevistas-testamento [ET] que dei ao meu amigo José de Matos-Cruz, para o «Diário de Coimbra», e uma ao José António Moedas, para o «Diário do Alentejo». É o primeiro (e talvez último) livro que me dei ao trabalho de digitalizar na íntegra, talvez pela remota data em que foi publicado. Transcrevo a seguir, a nota de abertura, tal como ficou publicada no livro: «No momento em que, não falando já das direitas panglossianas e historicistas, é a esquerda que resolve acusar a estratégia ecológica e o movimento de resistência que lhe está inerente, de reaccionários, no momento em que os ultras da industrialização resolvem acusar os ambientalistas (englobando todos, radicais e moderados, na mesma onda) de travar o progresso industrial;na momento em que é total a confusão entre anti-poluição e Ecologia, (que até não têm nada a ver uma com a outra) não deixa de ter oportunidade, para se ver de que lado está cada um, a definição política (antropolítica) da estratégia ecológica. É o que tentaremos nesta II parte de um manifesto sobre Meio Ambiente. A I ficou por aí nos escaparates com o titulo «Depois do Petróleo, O Dilúvio», em Edições Estúdios Cor, Lisboa, 1973».

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

HEMEROTECA AC 1967-88

1-2 - hac-1-chave AC - história de ac no interface da frente ecológica os anos cruciais : antes e imediatamente depois do 25 de abril a descoberta do quotidiano na intuição da ecologia humana

20-10-1998

1967-1988: OS 3 S DA ECOLOGIA HUMANA

«Cenas do Quotidiano» foi o título de uma secção que o autor publicou, desde 1971, no semanário «Notícias da Amadora», sobre temas de Ecologia Humana que na época eram ainda mais heresia do que são hoje.

Em 1973, sob o título «Crónica», publicou no jornal diário «O Século», diversos apontamentos sobre o quotidiano do cidadão, nomeadamente sobre o peão na cidade e seus direitos ecológicos.

Em 1973, na secção intitulada «Meio Ambiente», publicou no «Diário do Alentejo» (Beja) dezenas de artigos sobre temas do quotidiano sem importância e defesa do cidadãos, utente, consumidor, etc, assuntos também e ainda tabu.

Em 1975 (Fevereiro), na secção intitulada «Ninharias», do jornal «República», publicou apontamentos sobre o quotidiano do consumidor, crónicas do mundo concentracionário da cidade, cenas do fascismo quotidiano.

No mesmo jornal «República» e na secção intitulada «Margem Esquerda» analisou quase diariamente, entre 1972 e 1975, o discurso do poder, fosse ele de esquerda, centro ou direita, discurso intrinsecamente ligado à opressão do indivíduo pela instituição. Era o vírus anarquista.
O mesmo se diga, no mesmo jornal, para a secção «Relances».

Em Janeiro de 1979 iniciou, no semanário «Voz do Povo», a convite do redactor Mário Alves, a secção «O Paraíso dos Consumos».

No quadro da campanha que, como jornalista, desenvolveu em defesa do cidadão e dos seus direitos ecológicos à saúde, à segurança e ao silêncio (os três S da época...), a campanha mais demorada incidiu sobre o ruído (e o direito ao silêncio) e, dentro do ruído, teve dezenas de artigos nas seguintes publicações: «Diário do Alentejo», «O Século», «O Século Ilustrado», «Diário de Lisboa» e «Eva».

A fase intensiva de artigos sobre defesa do consumidor, vai de 1968 a 1973, com dezenas de artigos publicados nos jornais indicados, a que se acrescenta «Notícias da Beira» (Moçambique) e «Conteste».
Uma rápida selecção de títulos dá ideia das intuições e preocupações dominantes:
- Aperta-se o torniquete
- O paraíso dos consumos
- Armadilhas do consumo
- O consumo provocante
- Delícias do consumo
- Os males do gigantismo
- O mundo concentracionário da cidade
- Cenas do fascismo quotidiano
- Contra o ruído, marchar, marchar
- A campanha que ninguém quis
- O ruído e outros lixos chamados poluição
- Uma pinga de silêncio no oceano de ruído

«Ensaios sobre o Ambiente Urbano» podia ser o título comum às dezenas de crónicas e artigos que, entre 1967 e 1976, publicou nos seguintes jornais:
Conteste
Diário do Alentejo
Notícias da Amadora
Notícias da Beira (Moçambique)
O Século
O Século Ilustrado
República

De comum a todos eles, a intuição de que no quotidiano simples e sem importância se jogava um direito ecológico fundamental: o direito do cidadão à saúde, à segurança e ao silêncio (os três S da Ecologia Humana).
Inéditos e publicados posteriormente, em especial na Crónica do Planeta Terra, não fazem mais do que re-glosar os temas e preocupações que já estavam em questão desde, pelo menos, 1967.

Ao completar, em 1988, vinte anos depois, 10 anos de publicação semanal dessa crónica, pode ver-se que a luta pelos ecodireitos do homem, desde o final dos anos 60,não foi ocasional, não foi colada com cuspo e à pressa por pressão dos oportunismos político partidários.
Na descoberta do quotidiano estava (está) a intuição fundamental da Ecologia Humana.

ECOLOGIA AC 1974

1-11682 caracteres-analfaºs>manifest>

11-1-1992

É dos heróicos anos 74/75 um texto de Afonso Cautela, provavelmente inédito, contendo um projecto vibrante de trabalho literário e simultaneamente ecologista [interface que deu algumas das intuições ac mais polémicas],

A PALAVRA É DO POVO E DE MAIS NINGUÉM

# MANIFESTO DAS «VOZES SEM VOZ»
# CRÍTICA DO DISCURSO SOFÍSTICO DOS TRAVESTIS «AMBIENTALISTAS»
# REGRESSO DE AC ÀS ENTREVISTAS DO POVO
# DISCURSO NAIF E ARCAICO
# DE VIVA VOZ
# ESTE TEXTO PODERIA SERVIR DE COMENTÁRIO AO LIVRO DE AC «ECOLOGIA E LUTA DE CLASSES EM PORTUGAL»

Uma tese é comum aos discursos que traem a ideologia sobre a Natureza ao falarem de progresso, ambiente, técnica, futuro, sobrevivência, energia, ciência, sociedade, alternativas, consumo, crescimento industrial, desenvolvimento económico, curvas exponenciais, etc.
Vem a ser essa tese a seguinte: para lá do discurso aí patente, mais ou menos sofístico e travestido de ecológico, mais ou menos mitológico e teológico, de boa ou má fé, mais ou menos esclarecido e inteligente, guiado mais pela intuição ou mais pelo raciocínio, calculista ou prudente, generoso ou oportunista -- para lá da super-estrutura ideológica sempre deformante comum a esse discurso, é óbvio o contraste que estabelece com o discurso oral, iletrado, inculto e não erudito, do povo que associa a sua voz à sua luta.
O que se sublinha [neste volume, analisa e homenageia] é o fundamento ideológico correcto e rigoroso do (discurso do) pescador, do moleiro, da rendeira, do proletário rural, da dona de casa, do morador, sempre que falam da experiência sofrida, em contraste com o artifício dogmático, sofístico, postiço e falso do discurso culto, do discurso dominante.
Em outro volume -- «A Palavra é do Povo» -- se registará o discurso recolhido ao longo de algumas jornadas pelo País. Neste outro primeiro volume se procura a análise crítica de alguns discursos que podem ajudar tanto a vendar como a desvendar a realidade mas que concorrem quase sempre para a sua mitificação e mistificação.■

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

ECOLOGIA AC 1967

67-09-17- rep-1967 1422 caracteres - chave ac

MANIFESTO ABJECCIONISTA

[ 17/9/1967] - Devo considerar este manifesto abjeccionista escrito sob a influência da revolta surrealista, sem que tivesse ainda superado os dados nela contidos no que respeita à tradição esotérica.
Duas (ou três?) leituras posteriores devo reconhecer que me impedem hoje de subscrever inteiramente essas páginas: refiro-me ao movimento da revista «Planète» (que pretende uma síntese da ciência e da sabedoria), à experiência pessoal com a alimentação vegetariana e tudo o que [ de herético e subversivo] a Naturopatia implica e prescreve, e uma aproximação da prática dialéctica, na sua ortodoxia marxista ou nas suas expressões intelectualizadas: encontros de Genebra (ex: «Como Viver Amanhã», «Progresso Moral e Progresso Técnico»), António Sérgio, Danilo Dolci, personalistas [cristãos], etc. , Erich Fromm.
Nesse manifesto abjeccionista [existe separata deste manifesto inédito?, 20/2/1992] parece-me subsistir a crítica aos «males da civilização», apenas que me parece hoje existir na própria civilização (considerada na totalidade) os antídotos eficazes [ doce ilusão desses tempos!] contra os desvios perpetrados pela tecnologia, pela industriocracia e, enfim, pelo economicismo que um capitalismo de esquerdas e direitas tem feito prevalecer sobre um humanismo que fundamentalmente precisa de planificar e hierarquizar a tecnologia , em vez de a deixar proliferar, como um cancro, à medida da sua voracidade. ■

domingo, 20 de janeiro de 2008

AMBIO EM 2007

1-3- balanco-4-ac-ab> terça-feira, 25 de Dezembro de 2007

TÓPICOS DAS MENSAGENS QUE PUBLIQUEI NA AMBIO EM 2007:

[2006: PETAS & TRETAS
A SEMENTE DO DIABO]
+
JANEIRO 2007
SEM MENSAGENS
*
FEVEREIRO 2007
SEM MENSAGENS
*
MARÇO 2007
SEM MENSAGENS
*
ABRIL 2007:
NEGÓCIOS DA BIOMASSA
ECOLOGIA ALARGADA
ECOLOGIA DA ABJECÇÃO
SISMOS INDUZIDOS
VERDES DESAFIOS
FATALISMO GENÉTICO
MANIPULAÇÕES GENÉTICAS
RÓTULOS & CARIMBOS
*
MAIO 2007:
ECO-PREVISÕES
MAIS SOBREIROS
INFESTANTES
ESCALADA
COISAS PESSOAIS – 1, 2 E 3
MANIFESTO DO ETANOL
IMPACTO AMBIENTAL
NO REINO DOS SOFISTAS
FÉ NA ESTATÍSTICA
ALARMISMOS & ALARMISTAS
PÉROLAS DA EVOLUÇÃO
CATÁSTROFES SILENCIADAS
GEOLOGIA
SILÊNCIOS
SOPAS DEPOIS DE ALMOÇO
*
JUNHO 2007:
SINDROMA AL GORE
O LUXO DO LIXO
A REMAKE DOS FLUORCARBONETOS
JACTOS & SUPERJACTOS
A TRAGÉDIA DOS ECO-TECNOCRATAS
PONTO FINAL
PONTO VÍRGULA
SEGUNDA STRING DO ADN
EÓLICAS A MAIS
SATÉLITES ESPIÕES
NÃO É UMA RESPOSTA
*
JULHO 2007
AMBIENTE É MODA?-1-2 E 3
ETANOL INDUSTRIAL – 1, 2 E 3
CHEGA DE BIOMASSA
ALIMENTAR OS PÓPOS
BALANÇO NA AMBIO
NUCLEAR & (CON) FUSÃO NUCLEAR
BECO SEM SAÍDA OU BURACO NEGRO?
LABORIOSOS LABORATÓRIOS
HÁ JÁ 34 ANOS
DUPLA MEMÓRIA
*
AGOSTO 2007
ELEGIA PARA ALQUEVA
RETROCESSOS DO PROGRESSO
HIROXIMA 1945
AMEAÇAS GLOBAIS
ARTE DE COMER
CORRIDAS OLÍMPICAS
TRUQUES TRANSGÉNICOS
DOENÇAS HÁ MUITAS
MIRTÁCEAS – PUZZLE SEM FIM
*
SETEMBRO 2007
GRANDE SECA
ECO-FILOSOFANDO
TRANSGÉNICOS + FOME
ECO-TECNOLOGIAS
O FOLHETIM DO OZONO
CIENTISTAS PRECISAM-SE – 1, 2 E CONCLUSÃO
EUCALIPTO AINDA
*
OUTUBRO 2007
ECOLOGIA DA ASNEIRA
ECOLOGIA DA ASNEIRA (GRALHA)
O PREÇO DO PROGRESSO
OBRIGADO AMBIO
O VÍRUS QUE VEIO DO FRIO
POVO CONTRA PROGRESSO
NOBEL DA PAZ E GUERRA PERPÉTUA
TEMAS PROIBIDOS
CALAMIDADES GLOBAIS – 1 E 2
O STRESS DOS CIENTISTAS
ALIMENTOS IRRADIADOS
O STRESS DOS CIENTISTAS (CONCLUSÃO)
*
NOVEMBRO 2007
A DESCONVERSA COM O PMB
RASTREAR OU NÃO RASTREAR
*
DEZEMBRO 2007
QUANDO OS LOBOS UIVAM

CIÊNCIA COMO RELIGIÃO

1-1- segunda-feira, 14 de Janeiro de 2008

CASO HOUVESSE VÍRUS
CRENÇAS E CERTEZAS

Do que é possível saber, no actual estado do conhecimento científico, uma coisa é a guerra biológica, outra a guerra bactereológica e outra ainda (caso houvesse vírus) a guerra virológica.
Nada como um pequeno recuo no tempo para criar alguma perspectiva e distanciamento crítico com que encarar este melindroso assunto dos vírus, a crença religiosa mais arreigada da moderna investigação científica.
O discurso médico faz tudo para dizer que o vírus existe e que é um perigo público.
Ninguém se atreve a dizer que tem uma crença contrária ao dogma científico: eu não creio mas tenho a certeza de que o vírus é apenas um gene degenerado e que não existe como entidade autónoma e que anda por aí a sobrevoar os nossos pesadelos.
Mas contra as crenças da religião científica ninguém pode dizer que tem certezas contrárias.

HÁ JÁ 17 ANOS

DOSSIÊS DO SILÊNCIO :
SERÁ A ECOLOGIA HUMANA UMA CIÊNCIA TABU?

17/1/1991 - Temas-tabu (2),  estou a lembrar-me de alguns. Por exemplo:
Locais de trabalho, campos de concentração
Cancro está no ambiente químico-industrial
O chamado «cancro profissional» em particular e doenças do trabalho em geral
Radiações ionizantes - fábrica de cancros
Efeitos fisiológicos dos écrãs de visualização
Automóvel contra peão e os direitos do peão espesinhados pelo automóvel
Incêndios florestais e eucaliptomania
Toxicodependência dos pesticidas e dos medicamentos
A doença profissional do amianto em particular e as doenças profissionais em geral
Pneumoconiose dos mineiros
Ruído como indústria associada da indústria farmacêutica
Droga autorizada (medicamentos) e droga dita proibida
Ruído como causa (entre outras) de toxico-dependências
Seveso em Estarreja: a dioxina para uso dos portugueses
Poluição química varre oligoelementos do solo agrícola, da água potável e do ar respirável
Carência de lítio e outros oligoelementos nas psiconeuroses da sociedade industrial
Flúor como subproduto da indústria do alumínio é promovido para a água pública de beber
Doenças de velhos (reumáticas e degenerativas) em crianças - porquê?
Experiências com o clima em Valladolid desde 1975: até quando? O que é que descobriram?
Escalada de sismos nas duas últimas décadas, provocados por rebentamentos subterrâneos dos testes termonucleares
Monotonia, fadiga e stress no trabalho industrial
Alergias nascem das vacinas
Sida, caso-limite da iatrogénese (vacinas, antibióticos, corticóides)
Contributo dos veículos longos na morte rodoviária
Manipulação mental pela publicidade audio-visual
Sondagens, listas«top», best-sellers, etc. ou a supermanipulação da opinião pública
Despistagem ambiental da doença anula negócio de próteses cirúrgicas (litotritor, hemodiálise e outros equipamentos)
Saúde é simples e todos podem tomar conta de si próprios(complicada e muito, é a doença, implicando sistema hierárquico de especialistas)
As apólices que nunca funcionam ou a insegurança das seguradoras
Gorduras hidrogenadas nas chamadas gorduras vegetais (vulgo margarinas)
Falsificação de óleos alimentares refinados a altas temperaturas
---
Parcialmente publicado in « A Capital», 8/11/1986
--- Têm , em comum, estes temas, além de serem tabu, incluirem-se todos entre os temas fulcrais de Ecologia humana.

PRENDAM A WAKAME

quinta-feira, 17 de Janeiro de 2008

A INVASÃO POR MAR

Ontem eram os lobos a incomodar o orçamento de Estado, agora são as algas Wakame que nos invadem pelas costas e não dão tréguas às autoridades que vigiam noite e dia as nossa águas oceânicas.
Não se pode é viver descansado, é o que é. Nem ver às quartas feiras, pelas 19 horas, o programa Biosfera, da RTP2. Só sustos.
Há muitos anos, era o Jacinto de Água que afligia as hostes.
Depois foi o Moliço na Ria de Aveiro.
Agora é a alga Wakame que tem o descaramento de ser uma «espécie exótica» e, como se isso não bastasse, «invasora».
Enfim, uma verdadeira maldição que alguém se lembrou de trazer do Japão ou que proliferou por mera poluição petrolífera-ambiental. Pelo programa Biosfera, não consegui perceber se era uma coisa ou outra ou as duas juntas: apanhado de surpresa com uma notícia destas tão terrível, não consegui capturar os malefícios da alga Wakame, que da Galiza está a invadir águas portuguesas, sem qualquer respeito pela fronteira. Mas é coisa assente que as autoridades científico-ambientais consideram esta alga (a terceira mais usada para fins alimentares) uma perigosa espécie invasora.
Ontem, portanto, e como digo, eram os lobos a precisar de uma grande trepa: agora são as algas , especificamente a Wakame, que os macrobióticos pagam a peso de ouro importada do Japão e embalada pela firma Muso .
E não, não há solução: a Wakame reproduz-se a um ritmo alucinante e as autoridades (marítimo-científicas) não arranjam tecnologia que as possa ir apanhando, nem sequer podem ir informar-se do know-how junto da tecnologia japonesa que as apanha e exporta, já não dá tempo: ficaremos cercados por todos os lados de Wakame e nem para adubo ela irá servir. Ou para dar aos porcos (?).
Enfim, apanhar e aproveitar (reciclar) uma quantidade de matéria-prima que a Natureza prodigaliza em abundância, não é tecnologicamente possível nem , provavelmente, economicamente viável: são dois argumentos de peso que se ouvem há décadas para situações idênticas (lembram-se, por exemplo, de que o solar nunca seria rentável?).
A notícia (que me deixou boquiaberto e a tremer de medo) foi dada no programa Biosfera (16.1.2008) no contexto das poluições oceânicas. Será que ainda são restos do «Prestige» que deixou marca na costa da Galiza e principalmente que continua no fundo do mar sem se saber com que consequências? Se não puderam retirar o petroleiro do fundo (como o Ministro Paulo Portas ainda ameaçou na altura) algum efeito isso há-de ter sobre a fauna e flora, não?
Na minha ignorância formulo apenas uma pergunta:
As algas proliferam por excesso de poluição petrolífera, reconvertem-na e por isso se reproduzem de modo alucinante?
Ou nada têm que ver com isso e foram lá postas, ganhando assim o título de espécies exóticas ou invasoras?
Já que não podem ou não querem apanhar as wakame para alimentar o povo macrobiótico (que irá continuar a comprá-las de importação) deixem-nas então crescer até que elas estrangulem quem têm, neste processo todo, que estrangular.
Espero bem que seja mais uma prova da revolta da Natureza e que prolifere abundantemente.
Já o ano passado levantei aqui na Ambio a questão do Jacinto de Água e do Moliço. Responderam-me com questões de nomenclatura. Desta vez é a alga Wakame, a maldita, que eu tenho de comprar a 4 euros e 40 o pacote de 50 gramas.
Invasora e exótica é o menos que se pode dizer desta mentalidade científico-ambiental e deste ambientalismo de chacha sem H.
+
Sobre infestantes, jacinto e moliço, rever :
http://ecologiaemdialogo.blogspot.com/2007_05_01_archive.html
https://mail.uevora.pt/pipermail/ambio/2007-May/007218.html